domingo, janeiro 17, 2021

Após aprovação da Anvisa, governadora do RN diz que estado está preparado para vacinação contra Covid-19

Após a autorização de uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse nas redes sociais que o estado está preparado para a vacinação.


Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) — Foto: Elisa Elsie/Assecom/Governo do RN


"Finalmente! Vacinas Coronavac e de Oxford aprovadas pela Anvisa! Vitória da vida, vitória da ciência! Já disse e repito: estamos prontos pra dar início à campanha de vacinação em todo o estado!".


De acordo com o governo, o Rio Grande do Norte possui 900 mil seringas em estoque e mais dois milhões adquiridas e destinadas especificamente à vacinação contra a Covid-19.


Em entrevista coletiva na tarde deste domingo (17), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que começa a distribuir vacinas às 7h de segunda-feira para todos os estados e prevê início da vacinação para quarta às 10h.


O Governo do RN informou que no sábado (16) foi feita uma simulação da operação distribuição das vacinas em todo o estado com apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal e equipe de apoio e logística da Sesap.


Sistema RN Mais Vacina

O Governo do Rio Grande do Norte desenvolveu, também em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), o sistema RN Mais Vacina que irá monitorar o processo de vacinação contra a Covid-19 em todo o território potiguar. O sistema vai registrar a chegada da vacina enviada pelo Governo Federal, a transferência aos 167 municípios e a aplicação que será feita pelas secretarias municipais de saúde. De acordo com o governo, foram distribuídos mil tabletes para as salas de vacina em todo estado.


Natal

Em relação à capital potiguar, a Prefeitura anunciou que seriam disponibilizados 70 postos e 6 locais de drive thru para vacinação contra a Covid-19.


RN tem 900 mil seringas em estoque para vacinação contra Covid-19 — Foto: Sando Menezes/Assecom/Governo do RN


Fonte: G1

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Candidatos do RN relatam medo de contaminação por Covid-19 no 1º dia de Enem 2020: 'preferia que fosse adiado'

Candidatos potiguares relataram preocupação com a contaminação pelo novo coronavírus durante a realização das provas do Enem 2021, que começam neste domingo (17). Os portões dos locais de prova se abriram às 11h30, para fechar às 13h. Alguns candidatos, porém, chegaram com mais de uma hora de antecedência.


ENEM 2020 - Natal, 17/01/2021 - Candidatos na entrada do maior local de prova na capital, na avenida Roberto Freire, em Capim Macio, na Zona Sul. — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


"Na realidade, eu preferia que o Enem fosse adiado, por questão de segurança. A vacina já está ai em processo de finalização, não é? Mas como não cabe a nós escolher isso, aceitei e estou aqui, tentando", afirmou Pedro Lucas Calado, de 18 anos, pretende cursar história. Essa é a segunda vez que ele faz o Enem, em Mossoró, no Oeste potiguar. O local de prova foi a Ufersa.


ENEM 2020: Mossoró, 17/01/2020 - Pedro Lucas Calado, de 18 anos, fala que preferia que provas fossem adiadas. — Foto: Isaiana Santos/Inter TV Costa Branca


Outro candidato preocupado com a pandemia é Leonardo Júlio Dantas, de 25 anos, que quer tentar carreira no jornalismo, mas está preocupado com a pandemia. Ele pegou o ônibus circular da UFRN para chegar ao local de prova.


"Além do uso da máscara, eu venho me contendo bastante em casa, nos últimos dias. Não tive a doença até o momento e me preocupa um pouco a prova durante a pandemia, por causa de todos esses problemas", disse.


O estudante ainda afirmou que levou máscaras para trocar a cada duas horas.


ENEM 2020 - 17/01/2021. Leonardo Júlio Dantas, de 25 anos, dentro do ônibus circular da UFRN, relata medo de fazer a prova do Enem durante a pandemia. — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


José Paulo Menezes de Oliveira chegou uma hora antes das aberturas dos portões, após viajar mais de 100 quilômetros, entre o município de São Tomé e Natal, para fazer a prova na UFRN.


"Eu trouxe duas máscaras e álcool em gel", afirmou sobre os cuidados para evitar contaminação pelo coronavírus.


ENEM 2020: Natal, 17/01/2021 - José Paulo Menezes de Oliveira viajou mais de 100 km para fazer Enem 2020 em Natal. — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


Maria Alessandra Silva de Lima, 27 anos, chegou uma hora e meia antes da abertura dos portões, à UFRN, para procurar o local de prova e aproveitou o tempo de espera para revisar possíveis temas de redação. Ela quer cursar enfermagem ou odontologia. No campus da Universidade Federal, não foram vistas aglomerações.


ENEM 2020 - Natal, 17/01/2021 - Maria Alessandra Silva de Lima, 27 anos, faz Enem 2020 pela segunda vez. — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


A secretaria de mobilidade urbana de Natal registrou trânsito lento em algumas avenidas da capital. Por volta das 11h50, havia retenção na Avenida Engenheiro Roberto Freire, que estava com com trânsito lento desde o Viaduto de Ponta Negra até a UNP - um dos locais de votação - no sentido Ponta Negra.


Trânsito

Outra avenida com retenção no trânsito, por volta de 11h40, era Avenida Bernardo Vieira nos cruzamentos com a Rua dos Pegas, Rua Dr. Manoel Miranda, Avenida Coronel Estevam - todas nos dois sentidos - e também entre a Rua Jaguarari e Avenida Prudente de Morais.


Também teve trânsito intenso Na rua Apodi, entre a Av. Hermes da Fonseca e Av. Prudente de Morais e nas proximidades do Colégio Marista. Na Prudente de Morais, houve trânsito pesado na altura da Praça Cívica e no cruzamento com a Rua Ceará-Mirim. Houve reforço nas linhas de ônibus, o que evitou aglomerações no transporte público.


ENEM 2020 - 17/01/2021 - Candidatos chegam para primeiro dia de provas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


Mais de 129 mil candidatos

Somente Natal teve mais de 46 mil inscritos no Enem 2020. Ao todo, no estado, foram mais de 129 mil candidatos com inscrição confirmada.


Neste primeiro domingo de provas, a aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração. Vai começar às 13h30 e segue até às 19h, com questões de ciências humanas (45), linguagens e códigos (45 questões, sendo 5 de língua estrangeira) e redação.


ENEM 2020 - 17/01/2021 - Candidatos na entrada do maior local de provas em Mossoró, no Oeste potiguar. São 4 mil candidatos inscritos no local. — Foto: Isaiana Santos/Inter TV Costa Branca

ENEM 2020 - 17/01/2021 - Candidatos chegam para primeiro dia de provas na Ufersa em Mossoró. — Foto: Isaiana Santos/Inter TV Costa Branca


Segundo a assessoria da Polícia Militar, nenhuma ocorrência relacionada ao Enem foi registrada até a publicação desta matéria.


Protocolo contra a Covid-19, divulgado pelo Inep

Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores;

Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas (a quantidade total só será conhecida após a aplicação do exame);

Recomendação de distanciamento social no deslocamento até as salas de provas

Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – haverá marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila

Contratação de um número maior de salas: na edição de 2019 foram 140 mil locais de aplicação; agora serão 200 mil no país.

Salas de provas com cerca de 50% da capacidade máxima

Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima

Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame


Fonte: G1

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Agricultores potiguares esperam boas chuvas e preparam terras para plantio em 2021

Na propriedade de seu Manoel Antônio, na zona rural do município de Paraú, região Oeste do Rio Grande do Norte, os animais são alimentados com capim e ração. Com o fim da pastagem natural, por conta dos meses secos, essas são as principais alternativas para alimentar o gado e as ovelhas.


Agricultor Manoel Antônio, prepara terra para receber plantação quando chuvas começarem no RN. — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


“O pasto já acabou e agora a gente tá comprando a ração de armazém e esse capim. Mesmo com a ração mais cara, é o único jeito de alimentar os bichos até começar a chover”, explica o agricultor que já está esperando o período chuvoso começar.


A esperança do agricultor era que o ano de 2021 começasse com chuva. Por isso, o terreno destinado ao plantio de milho e feijão tem quase um hectare e está praticamente pronto para receber as sementes. O agricultor espalhou palhas de carnaúba no solo para servir de adubo. Muitos agricultores da região utilizam essa técnica para preparar a terra antes de receber as sementes.


“É um adubo e tanto”, diz o produtor rural.

Perto dali, na propriedade ao lado, seu Messias também está animando com o período chuvoso que deve começar nas próximas semanas. O mês de fevereiro é o mais importante. É quando os agricultores esperam pelas primeiras chuvas.


Antes de preparar a terra onde vai plantar milho, feijão e sorgo, o agricultor deixou os animais comerem o restante da rama. O corte de terra com a ajuda do trator só deve acontecer em fevereiro.


“Primeiro eu deixo os animais comerem tudo e aproveitarem o mato verde. Aí só depois que limpo o terreno”, explica.


Segundo a Empresa de Pesquisas Agropecuárias (Emparn), o período chuvoso no Rio Grande do Norte deve ficar dentro da média esperada em 2021. De olho nessas previsões, os agricultores do Assentamento Hipólito, em Mossoró, também já começaram os preparativos para o plantio.


Para o agricultor Wilson Salvador, o primeiro passo é a manutenção das cercas que protegem os terrenos de animais invasores. Ao longo do ano, as estruturas se danificam com a ação do tempo e é necessário consertá-las antes mesmo de limpar o terreno.


Agricultores consertam cerca no RN, na preparação para início do plantio. — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


“A gente já deixa tudo pronto pra não ter problema de animal entrar depois pra comer as plantas quando elas estão nascendo”, alerta o agricultor.


O Assentamento Hipólito tem mais de 60 agricultores que plantam na área coletiva. Cada um tem um espaço e a maioria planta milho, feijão e sorgo. Os grãos servem de alimento para a família e também para os bichos. Já o sorgo se transforma em forragem para os animais.


Depois de anos de seca, os agricultores puderam comemorar as colheitas de 2020. Para este ano a expectativa é ainda melhor.


“É muito bonito quando a gente vê as plantas crescendo, tudo verdinho. Com fé em Deus, será um ano bom pra gente do campo”, acredita Risolene Vitorino, agricultora e presidente do assentamento.


Risolene Vitorino, agricultora e presidente do assentamento Hipólito, na região Oeste potiguar — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


Fonte: G1

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Durante pandemia, Enem realiza 1º dia de provas para mais de 129 mil pessoas no RN

Mais de 129 mil estudantes potiguares são esperados para o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, neste domingo (17), na primeira edição realizada em meio a uma pandemia. Os portões dos locais de prova abrem às 11h30 - meia hora mais cedo que o tradicional, para evitar aglomerações - e fecha às 13h.


ENEM 2019 em um dos principais locais de prova em Natal. (Arquivo) — Foto: Gabriela Fernandes/Inter TV Cabugi


Neste primeiro domingo de provas, a aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração. Vai começar às 13h30 e segue até às 19h, com questões de ciências humanas (45), linguagens e códigos (45 questões, sendo 5 de língua estrangeira) e redação. O desafio é maior para alunos de escolas públicas que não tiveram aulas durante o ano inteiro, devido à Covid-19.


Ao todo, o estado teve 129.101 inscritos. O número cresceu cerca de 8,2% em relação ao ano passado, quando se inscreveram 119.324 pessoas - são 9,7 mil pessoas a mais. As provas são aplicadas em 40 cidades potiguares.


Somente Natal terá aplicação de provas para 42.456 pessoas, ou 32% dos candidatos do RN. Depois da capital, os municípios com mais pessoas inscritas para o Enem são Mossoró (15.255), Parnamirim (7.176), Caicó (4.917) e Pau dos Ferros (4.456).



Embora o Inep afirme que a capacidade das salas será reduzida pela metade, como medida de prevenção à covid-19, o órgão não informou ao G1 quantas salas foram disponibilizadas neste ano no Rio Grande do Norte, informando que os dados sobre logística só serão divulgados após a prova. No Enem 2019, o estado contou 3.281 salas de provas distribuídas em 236 locais.


A prefeitura de Natal anunciou que aumentou o número de ônibus circulando neste domingo (17), para atender à demanda. Já a Polícia Militar informou que reforça a segurança em todo o estado com 1.800 policiais militares atuando na segurança da prova.


Protocolo contra a Covid-19, divulgado pelo Inep

Uso obrigatório de máscaras para candidatos e aplicadores;

Disponibilização de álcool em gel nos locais de prova e nas salas (a quantidade total só será conhecida após a aplicação do exame);

Recomendação de distanciamento social no deslocamento até as salas de provas

Identificação de candidatos do lado de fora das salas, para evitar aglomeração – haverá marcações no piso para ter distanciamento, caso haja fila

Contratação de um número maior de salas: na edição de 2019 foram 140 mil locais de aplicação; agora serão 200 mil no país.

Salas de provas com cerca de 50% da capacidade máxima

Candidatos idosos, gestantes e lactantes ficarão em salas com 25% da capacidade máxima

Higienização das salas de aulas, antes e depois do exame

Faixa etária dos candidatos potiguares

Menor de 16 anos - 213

16 anos - 1.834

17 anos - 6.763

18 anos - 14.312

19 anos - 14.881

20 anos - 12.277

De 21 a 30 anos - 53.342

De 31 a 59 anos - 25.100

60 anos ou mais - 379


Fonte: G1

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Comércio varejista do RN tem queda de 0,6% nas vendas em novembro

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o volume de vendas do comércio varejista potiguar teve uma redução de 0,6%, em novembro 2020, na comparação com outubro. De acordo com o levantamento, apenas Rio Grande do Norte e Paraíba (- 3,5%) tiveram resultados negativos no mês entre os estados da região Nordeste.


Volume de vendas do comércio varejista potiguar teve uma redução de 0,6%, em novembro 2020 — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi


No Brasil, 14 estados cresceram e 13 retraíram-se. A PMC diz ainda que a média do volume de vendas no Brasil (- 0,1%) ficou praticamente estável.


O varejo do Rio Grande do Norte também registrou uma redução de 3,6% no acumulado de 12 meses, a quarta maior do Brasil.

O varejo ampliado, que compreende o varejo acrescido das atividades de "veículos, motos, partes e peças" e "material de construção", também teve uma redução de 0,6% no Rio Grande do Norte em novembro.


Serviços

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE constatou que, apesar dos resultados positivos nos serviços desde agosto 2020, o Rio Grande do Norte acumulou queda de 16% no volume de serviços entre janeiro e novembro de 2020, na comparação com o mesmo período em 2019.


O RN e a Bahia tiveram a segunda maior redução no volume de serviços entre as unidades da federação no período.


No comparativo entre novembro e outubro de 2020, houve um crescimento de 2,5% no volume de serviços.


Fonte: G1

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Governo do RN lança sistema que vai monitorar distribuição e aplicação de vacinas contra Covid-19 no estado

O governo do Rio Grande do Norte lançou um programa que vai monitorar todo o processo de vacinação, desde a distribuição dos imunizantes contra a Covid-19 até a a aplicação nos postos municipais. A iniciativa segue o modelo do Regula RN - um programa que atualmente permite acompanhar a ocupação de leitos de assistência aos infectados pelo novo coronavírus em tempo real pela internet.


Programa RN + Vacina é lançado no Rio Grande do Norte e vai monitorar imunização contra Covid-19 no estado. — Foto: Elisa Elsie/Governo do RN


O sistema foi elaborado em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e apresentado nesta quinta-feira (14) a representantes dos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho. Após discutir e aperfeiçoar estratégias com os órgãos fiscalizadores, o governo anunciou que vai apresentar o programa à sociedade nesta sexta (15).


"É um sistema que traz transparência e seriedade no acompanhamento de todo o percurso da vacina - da chegada ao estado até a aplicação junto ao cidadão nos municípios. E queremos o apoio dos Ministérios Públicos, que consideramos fundamental para o sucesso da iniciativa", afirmou a governadora Fátima Bezerra (PT), que afirmou que a iniciativa é pioneira.


O RN + Vacina deve permitir um processo simples, transparente e inteligente, segundo o coordenador do LAIS, Ricardo Valentim. "O programa tem a perspectiva de dar transparência a todos os municípios no acesso às informações. Com ele vamos saber o caminho percorrido pela vacina até chegar ao braço do cidadão. E permitirá também identificar possíveis desvios e correções", explicou.


Pesquisador do LAIS, Fernando Lucas de Oliveira disse que o novo programa também vai melhorar a atuação de quem estará nas salas de vacina e da gestão da saúde pública, por que simplifica o acompanhamento da aplicação das doses e o controle em tempo real. "O gestor público poderá acompanhar o índice de vacinação em cada sala e corrigir possíveis dificuldades", afirmou, acrescentando que outra vantagem será identificar quantas doses estão nas centrais e nas salas de vacinação, quantas foram aplicadas, quantas perdidas e corrigir alguma distorção".


O cidadão poderá acessar o RN + Vacina, inclusive pelo celular, mediante cadastro. O programa também vai disponibilizar o acesso a informações sobre vacinas e um cartão virtual de vacinação.


Como vai funcionar

Em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, Ricardo Valentim afirmou que a tecnologia vai permitir que o estado organize a distribuição e o controle das vacinas, para evitar por exemplo, que pessoas furem a fila. O sistema vai controlar o material desde à central de distribuição até as salas de vacinação.


"Temos um painel para os órgãos de fiscalização, outro painel para os gestores municipais, para as autoridades sanitárias municipais e do estado acompanharem toda essa logística. Então nós vamos conseguir rastrear a vacina, em qual paciente ela foi aplicada e qual lote. Para evitar o desperdício, para garantir que chegue primeiro às pessoas prioritárias, respeitando os critérios, o sistema também vai permitir que essa rastreabilidade em tempo real. O extravio de vacinas é mais difícil quando a gente consegue medir esses controles". apontou.


Ainda de acordo com o pesquisador, o sistema vai poder gerir todas as vacinas contra Covid-19 que chegarem ao estado e ficará de legado, após a pandemia, para controle de outras imunizações no estado.


Valentim ainda afirmou que os cidadãos poderão fazer cadastro no sistema, a partir do próximo dia 18, permitindo também que a gestão pública possa conhecer melhor o público e melhorar o gerenciamento e planejamento de vacinação. Ainda de acordo com ele, o sistema terá sistemas de alarme para evitar que lotes se vençam sem serem aplicados, ou avisar quando determinada pessoa precisa tomar a segunda dose, por exemplo.


Uma das ferramentas será o vacinômetro, que vai apontar o percentual da população que está vacinado, em cada município e no estado. Conforme o coordenador do Lais, o sistema estará integrado às plataformas de Saúde da União.


Fonte: G1

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'Não tenham medo', diz Mônica Calazans, 1ª pessoa a ser vacinada no Brasil

"Falo com segurança e propriedade, não tenham medo". A frase é da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, primeira pessoa a ser vacinada no Brasil. A enfermeira foi imunizada neste domingo (17) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).


A enfermeira Monica Calazans, de 54 anos, recebe uma dose da vacina Sinovac contra a Covid-19 no Hospital das Clínicas, em São Paulo, depois que a Anvisa aprovou seu uso emergencial neste domingo (17) — Foto: Amanda Perobelli/Reuters


O governo de São Paulo aplicou a primeira dose da CoronaVac após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19.


"Que a população acredite na vacina. Estou falando agora como mulher, brasileira, mulher negra, que acreditem na vacina. Vamos pensar no monte de vidas que nós perdemos, quantas famílias nós perdemos, quantos pais, mães, irmãos. Eu quase perdi um irmão também com Covid. E diante disso é que eu tomei coragem e participei da campanha da vacina".

Mônica foi voluntária da terceira fase dos testes clínicos da CoronaVac realizados no país e tinha recebido placebo. "Fui muito criticada. Eu recebia piadinhas, memes, mas não dei sequer importância. Me falaram que eu era cobaia de uma pesquisa de vacina".


A enfermeira faz parte do grupo de risco para a doença, e atua na linha de frente contra Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela mora em Itaquera, na Zona Leste.



Mônica atuou como auxiliar de enfermagem por 26 anos, e se graduou em Enfermagem aos 47 anos. Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos, e cuida da mãe, que aos 72 anos vive sozinha em outra casa.


Outros vacinados


Enfermeiro Wilson paes de Pádua, do hospital Vila Penteado, é segunda pessoa a ser vacinada no Brasil — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1


O segundo a ser vacinado foi o enfermeiro Wilson Paes de Pádua, de 57 anos, do hospital Vila Penteado, na Zona Norte. “Estou muito feliz, acho que nós temos que lutar pela vacina, lutar pela ciência, para melhorar a saúde e sair dessa pandemia. Me sinto muito orgulhoso e feliz desse momento”.


Ele contou que perdeu colegas e foi infectado pela Covid-19 em junho, enquanto atuava na linha de frente da pandemia. “Pensei que ia morrer, tinha momentos que rezei para Deus pensando que estava partindo”.


A terceira pessoa a ser vacinada no Brasil é a médica geriatra Fabiana Fonseca, médica pediatra do hospital Padre Bento, em Guarulhos.


Primeira indígena a ser vacina no Brasil, com CoronaVac, na tarde deste domingo (17) — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1


No evento, foi vacinada a primeira indígena do país. Vanusa Kaimbé, de 50 anos, é técnica de enfermagem e assistente social, presidente do conselho dos indígenas kaimbe do estado de São Paulo. Ela vive na "aldeia Kaimbé filhos da terra", em Guarulhos.


“Eu vim aqui hoje representar a população indígena e falar a importância da vacina. A vacina salva vidas. Fui a primeira indígena a ser vacinada e recomendo para todos os meus parentes”.


O mais velho a ser vacinado neste domingo foi o doutor Almir Ferreira de Andrade, de 79 anos. Ele é diretor da emergência da neurocirurgia do Hospital das Clínicas.


"Esse dia hoje é uma dádiva. Vai permitir que a gente trabalhe com mais tranquilidade atendendo pacientes de Covid-19. Como Joe Biden, presidente dos EUA, estou me sentindo como um menino, que está começando agora", disse Almir.

Ele disse que não parou um só dia de trabalhar para atender pacientes no Incor e no HC, mesmo sendo do grupo de risco. "A gente escolheu essa profissão para ajudar as pessoas".


Fonte: G1

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Governo de SP dá início nesta segunda a plano de vacinação de profissionais de saúde em hospitais do estado

A partir desta segunda-feira (18), o governo de São Paulo começa a distribuir insumos e doses da CoronaVac para seis hospitais de referência do estado. A vacinação começou neste domingo no Hospital das Clínicas, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da vacina contra a Covid-19. Segundo o governo estadual, 112 profissionais foram imunizados neste primeiro dia.


Estrutura montada para aplicar 1ª dose da CoronaVac em SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1


"Vamos começar com os Hospitais da Clínicas de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas (da Unicamp), Botucatu (da UNESP), Marília (FAMEMA) e Hospital de Base de São José do Rio Preto. E, na sequência, todos os hospitais públicos e privados", disse o governador João Doria.

Em seguida, as vacinas e insumos também serão enviados para as prefeituras do estado, "com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia".


O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP informou que montou uma megaoperação para vacinar seus cerca de 30 mil funcionários da saúde nesta primeira etapa. A partir desta segunda, começa a vacinação das equipes no Centro de Convenções Rebouças. A imunização será feita das 7h às 19h.


Segundo o governo, os profissionais da saúde do complexo HC serão convocados em horários marcados para não gerar aglomerações.


'Não tenham medo'


A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, mostra seu cartão de vacinação após ser a primeira brasileira a receber a vacina CoronaVac no Hospital das Clínicas, em São Paulo, neste domingo (17) — Foto: Carla Carniel/AP


"Falo com segurança e propriedade, não tenham medo". A frase é da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, primeira pessoa a ser vacinada no Brasil. A enfermeira foi imunizada neste domingo (17) no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).


"Que a população acredite na vacina. Estou falando agora como mulher, brasileira, mulher negra, que acreditem na vacina. Vamos pensar no monte de vidas que nós perdemos, quantas famílias nós perdemos, quantos pais, mães, irmãos. Eu quase perdi um irmão também com Covid. E diante disso é que eu tomei coragem e participei da campanha da vacina".


Mônica foi voluntária da terceira fase dos testes clínicos da CoronaVac realizados no país e tinha recebido placebo. "Fui muito criticada. Eu recebia piadinhas, memes, mas não dei sequer importância. Me falaram que eu era cobaia de uma pesquisa de vacina".


A enfermeira faz parte do grupo de risco para a doença, e atua na linha de frente contra Covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela mora em Itaquera, na Zona Leste.


Mônica atuou como auxiliar de enfermagem por 26 anos, e se graduou em Enfermagem aos 47 anos. Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos, e cuida da mãe, que aos 72 anos vive sozinha em outra casa.


Fonte: G1

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Enem 2020: candidatos são avisados de lotação de sala e impedidos de fazer a prova

Estudantes inscritos no Enem 2020 no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em São Paulo relatam que foram impedidos de fazer a prova devido a lotação das salas.


Neste ano, o Inep, organizador do exame, divulgou um protocolo sobre a Covid-19 que reduziria a capacidade das salas para manter distanciamento mínimo entre os candidatos.


Em Curitiba, alunos chegaram a registrar um boletim de ocorrência. A atual edição do Enem está sendo marcada por manifestações contrárias a realização da prova em meio à piora dos números da pandemia do coronavírus no Brasil.


Ações tentaram na Justiça a mudança de data, mas os pedidos foram negados. Apenas o Amazonas, depois de um decreto do governo estadual, determinou a suspensão do Enem.


Alunos, como a candidata do Rio Grande do Sul no vídeo acima, reclamam que receberam a informação de que seriam obrigados a fazer a reaplicação da prova nos dias 23 e 24 de fevereiro sem levar um comprovante sobre a mudança de data e por qual motivo.


O Inep ainda não comentou a situação relatada nos três estados da região Sul. Às 20h, haverá uma entrevista coletiva para falar sobre o primeiro dia de provas do Enem.


"Cheguei super cedo no lugar mas quando entrei na fila pra entrar me disseram que não tinha lugar pra todo mundo na sala", diz a estudante Tayna Guedes Bampi, de 21 anos, que tentou fazer a prova na UniRitter.


Pelo menos dois locais registraram problemas no estado: a PUC-RS e a UniRitter, ambas em Porto Alegre.


Segundo ela, funcionários informaram que ela realizaria a prova em outra data. Mas não foi entregue nenhum tipo de comprovante. "Só marcaram com caneta no meu nome", relata.


Em Santa Catarina, estudantes reclamaram de desorganização, fila e calor. Na sexta (15), a UFSC já havia comunicado o Inep, autarquia do MEC responsável pelo Enem, que havia recebido um plano de salas com ocupação de 80% de candidatos para a realização do Enem.


De acordo com a instituição, a condição para ceder os espaços seria que as salas tivessem limite máximo de 50%.


Enem 2020 em SC: Representante do Inep avisa candidatos que terão de reaplicar provas pro causa de lotação das salas na UFSC — Foto: Diogenes Pandini/NSC


No Paraná, em pelo menos quatro locais de prova houve casos de inscritos que não puderam fazer o exame. Candidatos também afirmam que deixaram o local sem um comprovante de presença.


A candidata Mariana Ribeiro de Jesus, de 25 anos, disse apenas 15 pessoas entraram na sala em que ela faria a prova, no Colégio Medianeira.


Candidatos que não puderam fazer a prova na Unicuritiba fizeram um boletim de ocorrência — Foto: Reprodução/RPC


"Eu estava na fila para entrar na sala, e quanto chegou a minha vez, me falaram que tinham atingido o limite de 50% do local", afirmou.


Ela disse assinou uma ata, onde foram anotadas as informações pessoais dela, e que a única orientação que recebeu foi de entrar em contato com o Inep pelo 0800-616161.


"Eu ainda pedi para tirar foto dessa ata, mas não me deixaram", disse a estudante, que tenta o Enem pela terceira vez para cursar medicina.


São Paulo

Em Mogi das Cruzes, região metropolitana de SP, o estudante Kevin Steven Philippart, de 18 anos, relatou que não conseguiu fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (17), na Escola Estadual Pedro Malozze.


O estudante relata que chegou ao local de prova às 12h30. E ao chegar no andar onde faria a prova os problemas começaram.


“Um instrutor perguntou a sala onde eu faria a prova e pediu para eu esperar. Depois de 15 minutos mandaram descer. Já tinha umas 40 pessoas nesse momento. Quando nós descemos ficamos em uma fila sem distanciamento e todo mundo sem saber o que ia acontecer. Depois chegou uma moça que pediu número do RG e perguntou a sala”, conta o estudante.


Kevin Steven Philippart explica que pediram para esperar até as 13h, para ver se sobrava vagas nas salas. Os instrutores avisaram que havia cinco vagas e as cinco primeiras pessoas da fila entraram. O restante foi dispensado.


“Quando era 13h15, a coordenadora fez uma reunião e falou que por culpa do Inep mandaram colocaram mais pessoas na sala, mas que o instituto ouviu o conselho de outros órgãos para não ter tanta gente. E por isso não tem lugar e não pode fazer Enem. Ela disse só que tinha pegado o nosso nome e sala.”


Enem da pandemia

As provas serão aplicadas em 1.689 cidades neste domingo (17), de acordo com números do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC), responsável pela prova.


O Enem 2020 estava previsto para ocorrer em novembro, mas foi adiado devido à pandemia e ocorre agora em meio ao pior momento de transmissão de casos.


Em 58 cidades, as provas não vão acontecer. As suspensões foram determinadas pela Justiça em todo o estado do Amazonas (56 cidades) e em duas cidades de Rondônia (Espigão D'Oeste e Rolim de Moura).


Dos 5.687.397 inscritos na versão impressa do Enem 2020, 159.338 deixam de fazer o exame no Amazonas, 2.863 em Rolim de Moura (RO) e 969 em Espigão D'Oeste (RO).


O exame terá ainda a versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. São esperados 96 mil candidatos para esta modalidade, que acontecerá pela primeira vez nesta edição.


Até as 20h deste sábado (16), treze estados registravam alta nas mortes: AL, AM, GO, MG, MT, PE, PI, RJ, RN, RR, SE, SP e TO. Eles somam 3,1 milhões de inscritos no exame (54,25% do total).


O Enem é considerado o maior vestibular do país, e a nota serve para disputar vagas em universidades e ter acesso a programas de bolsas (Prouni) ou financiamento de mensalidade (Fies). Candidatos ouvidos pelo G1 dizem estar pressionados entre o sonho de ter uma graduação e o risco de se contaminar.


A aplicação do Enem tem sido alvo de disputas judiciais, devido à pandemia. A prova, prevista originalmente para novembro de 2020, foi adiada para janeiro deste ano – mesmo após enquete com participantes indicar o mês de maio de 2021 como a opção mais votada pelos estudantes. Segundo o governo, a prova em maio atrasaria o cronograma de outros programas de ingresso no ensino superior.


Fonte: G1

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Inep abre novo prazo para candidatos com Covid pedirem reaplicação do Enem 2020

Candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 que tiveram sintomas de Covid-19 e diagnóstico comprovando a infecção terão novo prazo para pedir a reaplicação do exame.


Segundo o Inep, autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela prova, candidatos diagnosticados após 16 de janeiro poderão entrar na Página do Participante entre 25 e 29 de janeiro para enviar o laudo médico.


A informação foi divulgada neste domingo (17), primeiro dia de provas desta edição. O segundo dia está programado para o próximo domingo (24).


O endereço da página do participante é: https://enem.inep.gov.br/participante/


Mais de 5 mil já pediram reaplicação

Mais de 5 mil candidatos inscritos do Enem em todo o país pediram reaplicação da prova por apresentarem sintomas de doenças respiratórias antes do exame, segundo informou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em Curitiba.


"Foram quase 5 mil alunos que fizeram esse pedido com essa alegação de estarem doentes", afirmou o ministro.

Os pedidos foram enviados entre 11 e 16 de janeiro. Neste sábado, às 12h (horário de Brasília), o sistema foi fechado para que os pedidos fossem avaliados e os participantes recebessem a resposta antes da aplicação, informou o Inep.


Ministro da Educação, Milton Ribeiro, acompanha a abertura dos portões do Enem no Colégio Estadual Pedro Macedo, em Curitiba — Foto: Giuliano Gomes/PR Press


O primeiro dia de exame acontece neste domingo para mais de 5,5 milhões de candidatos confirmados, em meio à alta no número de casos de coronavírus.


Ribeiro disse não acreditar que o Enem vá piorar a situação da pandemia no país.


"Não acredito. Os portões abriram meia hora mais cedo para evitar aglomeração. Todos os cuidados foram cumpridos. Nós não podíamos adiar mais. Os mais pobres e mais humildes seriam os maiores prejudicados", disse


Novos pedidos de reaplicação

Os concorrentes que pediram reaplicação da prova terão seus pedidos analisados pelo Inep. Segundo o órgão, os candidatos devem acompanhar se a solicitação foi aprovada ou reprovada na Página do Participante.


Para fazer a solicitação, os candidatos terão que apresentar um documento legível que comprove a doença.


O documento precisa conter:


nome completo do participante

o diagnóstico com a descrição da condição

código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10)

assinatura e identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente

data do atendimento

o documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 MB.

Disputas judiciais

A aplicação do Enem tem sido alvo de disputas judiciais, devido à pandemia.


A prova, prevista originalmente para novembro de 2020, foi adiada para janeiro deste ano – mesmo após enquete com participantes indicar o mês de maio de 2021 como a opção mais votada pelos estudantes.


Segundo o governo, a prova em maio atrasaria o cronograma de outros programas de ingresso no ensino superior.


A Defensoria Pública da União e entidades estudantis haviam pedido novo adiamento da prova em todo o país, alegando risco à saúde da população devido ao deslocamento e aglomeração de alunos em salas de prova. O pedido foi negado. A decisão afirmava que em locais onde haveria necessidade de restringir a circulação de pessoas, as autoridades locais poderiam impedir o Enem.


Fonte: G1

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Redação do Enem 2020 é 'O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira'; professores comentam

O tema da redação do Enem 2020 é 'O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira'.


Enem 2020: tema da redação é 'O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira'. — Foto: Reprodução/Twitter/@inep_oficial


Os candidatos terão que fazer um texto dissertativo-argumentativo, apresentar opiniões e organizar a defesa de um ponto de vista.


Para os professores ouvidos pelo G1, o tema foi considerado "pertinente" e "acertado", mas os alunos devem ficar atentos à palavra "estigma" para desenvolver a argumentação.


As redações são avaliadas de acordo com cinco competências, segundo o Inep. A nota pode chegar a 1.000 pontos, mas há critérios que podem zerar a redação, como fuga ao tema, escrever menos de sete linhas, entre outros. Em 2019, o tema foi 'Democratização do acesso ao cinema no Brasil' (veja a lista com todos os temas abaixo da análise dos professores). 


Análise de professores

Thiago Braga, professor de redação e autor do Sistema PH:

"Entre 2015 e 2018, os casos de depressão relatados aumentaram 52% entre brasileiros de 15 a 29 anos. Isso me chamou a atenção e trabalhei o tema em sala", afirma. "Isso indica que mais pessoas buscaram ajuda e que houve mais dispêndio de investimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas isso não diminuiu o estigma social. É neste ponto que o aluno deve tocar: a gente tem aumento de casos, mas a percepção do mercado de trabalho ainda é preconceituosa de muitas vezes demitir ou deixar a pessoa estigmatizada", completa.


Milton Costa, professor do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante:

"Tema importante, pertinente e dentro do padrão esperado para o Enem. Eles apresentam uma situação problema dentro da realidade brasileira. Neste caso, candidatos deveriam propor caminhos para vencer o estigma que persegue vários brasileiros que têm doença mental", afirma.


"Surpreendeu também que o tema se insurja contra ações recentes do próprio MEC, que propõe uma volta à discriminação de crianças com essas deficiências, e que já havia sido experimentada no passado, e que felizmente foram rechaçadas na Justiça, ainda que com liminares", afirma, referindo-se à Política Nacional de Educação Especial.


David Gonçalves, professor do Colégio e Curso AZ

"Um tema acertado, sobretudo por conta de tudo que foi vivido em 2020, um ano muito simbólico no que diz respeito às discussões sobre saúde mental. A pandemia aprofundou as discussões sobre esse tema, contudo, nos últimos cinco anos, esse já era um debate com mais protagonismo, sobretudo com a influência das redes sociais. O fato de a dinâmica social ter mudado em 2020, com grandes alterações no modo de trabalhar e estudar, interferiu na forma como os brasileiros lidam com a questão psicológica, com seus medos e ansiedades. Tudo isso alterou a maneira geral de pensar e agir das pessoas. Ao trazer esse tema, O Enem coloca em pauta, apesar de não ser o foco da frase temática, as alterações que a pandemia trouxe. Os alunos que acompanharam de perto esse processo e os fatos provavelmente terão mais capacidade para desenvolver a redação."


"A presença da palavra estigma no tema é um ponto relevante. Quando o Enem a utiliza, de alguma forma, sugere uma perspectiva negativa em relação a quem sofre de algum tipo de problema relacionado à saúde mental. Existe uma boa chance de os alunos abordarem o tema saúde mental sem levar em conta a palavra estigma. Assim, estará correndo risco de tangenciar o tema e ter um desconto significativo na nota. Portanto, era preciso considerar a questão do tema à luz de possíveis estigmas, ou seja, contextualizando em uma sociedade que tem perspectiva negativa, deturpada e estereotipada em relação a quem sobre algum tipo de doença mental."


Sérgio Paganim, coordenador de Linguagens do Curso Anglo

"O tema do Enem 2020 tem vários aspectos envolvidos. Primeiro, estigma. Essa conotação negativa que a sociedade atribui às doenças mentais, talvez muito ligado ao histórico de tratamento manicomial e também por uma falta de informação e conhecimento mais consistente a respeito das doenças, do que significam e de como são tratadas. Este estigma pode trazer pouca visibilidade que a sociedade então deixa de perceber a doença como algo relevante, o que implica em poucas ações do estado para mitigar o problema. As questões das doenças mentais podem ser avaliadas em contraponto às doenças físicas, perceptíveis. As mentais têm o estigma de serem consideradas ou problemas de saúde ou falta de vontade.


Esse ano a gente teve o filme “O Coringa”, que também aborda a questão das doenças mentais; as portarias sobre saúde mental que estão em discussão, se o governo vai revogá-las ou não; o SUS com assistência psiquiátrica e mesmo as patologias mentais agravadas pela pandemia também compõem um cenário para discutir as doenças mentais.


A intervenção aqui pode ter várias questões: o Estado, o Ministério da Saúde, o SUS, ampliando o atendimento, criando políticas públicas de inclusão e proporcionando mais informação para as novas gerações por meio da escola e não só por meio das campanhas, como tem acontecido do Setembro Amarelo. Claro que isso tudo são apenas reflexões gerais. Precisamos dos textos da coletânea para perceber qual é o recorte que a banca realmente fez do tema, mas aí a gente tem várias questões ligadas ao estigma, à doença mental em si, a um contexto mais recente que pode intensificar a discussão e as intervenções."


Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Poliedro

"Tema possibilita que aluno coloque em discussão temas em alta em todo ano passado. foram colocados em pauta volta de alguns tratamentos como eletrochoque, internações em manicômio e um certo reforço de políticas públicas aos discursos capacitistas e mesmo de estigmatização.


Como repertório, os alunos tinham, de forma bastante acessível, o diálogo com literatura brasileira, Machado de Assis, colocando "O Alienista". Mais próximo da sua dinâmica cotidiana, o próprio uso de palavras pejorativas, como "retardado". Pensar em algumas figuras brasileiras icônicas do assunto, como o artista Artur Bispo do Rosário, a médica Nise da Silveira, que foi uma das primeiras em contexto nacional a defender claramente uma política antimanicomial."


Simone F. G. Motta, coordenadora de Português do Colégio Etapa

"O tema é um assunto de interesse coletivo e sempre atual, de fundo social, que impacta diretamente na forma como a sociedade acolhe o indivíduo portador de uma dessas síndromes.


O estudante poderia conduzir seu texto apresentando algumas das diversas síndromes existentes, várias de conhecimento público, tais como ansiedade, depressão, déficits de atenção, transtornos de desenvolvimento – incluindo o autismo –, esquizofrenia e outras psicoses, por exemplo e, a partir delas, discorrer sobre a forma como essas síndromes afetam o relacionamento interpessoal, por meio de relações preconceituosas e que promovem a incompreensão, ou, ainda, a intolerância.


Além disso, também poderia ser usada a constatação – sobretudo em época de pandemia, como a que estamos vivenciando nesse momento – de que os transtornos mentais continuam crescendo, com impactos significativos sobre a saúde, com consequências sociais que envolvem soluções que respeitem os direitos humanos.


Tendo em vista que a redação do Enem cobra propostas de intervenção para o problema, o candidato poderia se apoiar em ações facilitadoras no processo de inserção desse indivíduo, de modo que os estigmas sejam minimizados e a inclusão ocorra de forma natural, sempre respeitando os direitos humanos."


Maria Aparecida Custódio, professora do Laboratório de Redação do Objetivo

"O tema é muito oportuno em virtude da pandemia que tem contribuído para agravar muito os problemas de saúde mental dos brasileiros.


E provavelmente os textos motivadores vão mostrar em que circunstâncias se manifestam os estigmas, como eles se refletem, no preconceito, na discriminação, na dificuldade de inserção das pessoas que têm algum transtorno mental, inserção até na família. Rejeição do mercado de trabalho, rejeição da sociedade e as dificuldades que acompanham tudo isso. Uma possível reabilitação, melhora desses transtornos para que a pessoa possa ter mais qualidade de vida.


Claro que se espera, como sempre, uma intervenção. Pode falar do Ministério da Saúde, de campanhas, da importância da escola, não recusar, não rejeitar, estudantes que tenham algum tipo de doença."


Carol Achutti, professora de redação do Descomplica

"O eixo temático da saúde foi muito trabalhado. Em um ano de pandemia é quase irônico que tenha sido essa a escolha, mas também muito relevante que se tenha levantado a discussão nacionalmente. Os alunos estavam preparados. Talvez o maior desafio seja não “pessoalizar” a redação, utilizando a primeira pessoa, o que seria um erro gravíssimo no gênero dissertativo-argumentativo. É um tema sensível para todos nós em 2020/2021, então o risco de fazer um relato pessoal existe e seria problemático. A pandemia e o isolamento poderia surgir como um dos dois argumentos trabalhados, mas não é o ponto focal. Era importante o aluno ter certeza que entendeu o significado de estigma, que aqui está relacionado a termos sinônimos como estereótipo, preconceito ou mácula, por exemplo. Além disso, não deveria fazer recortes muito específicos sobre tipos de doenças mentais, a abordagem é mais generalista."


Vinícius Beltrão, professor de Linguagens e Integrador Pedagógico do SAS Plataforma de Educação


"O aumento de brasileiros buscando tratamento mental tem aumentado, e o cenário pandêmico ocasionado pela Covid-19 acentuou ainda mais o número de brasileiros que sofrem de algum transtorno mental, como a ansiedade. Há várias esferas de discussão e o estudante deve atentar para a carga que o termo "estigma" traz.


É coerente discorrer sobre o preconceito social com pessoas que passam por algum tratamento nesse sentido. No âmbito profissional, as empresas ainda não possuem uma política de inclusão robusta para acolher, desenvolver e ajudar os indivíduos.


No âmbito escolar, os estudantes de inclusão ainda representam um grande complicador entre o "aceitar" a matrícula e, de fato, a escola dispor de estrutura e pessoal para conduzir um processo educativo adequado. Pode- se trazer, inclusive, uma discussão sobre os diversos laudos que as famílias entregam às escolas, pois há casos em que o laudo é familiar, não comprovadamente clínico.


Trazer tais discussões será vital para o bom desempenho do estudante, com base em fatos, estatísticas e toda informação, inclusive legal, sobre a inclusão e tratamento de indivíduos com doenças mentais no Brasil. Muita atenção à problematização. O estudante que somente comentar sobre os casos sem trazer uma real discussão com vistas à resolução, poderá comprometer sua nota."


Lista de todos os temas de redação do Enem

1998: Viver e aprender

1999: Cidadania e participação social

2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional

2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?

2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?

2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo

2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação

2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira

2006: O poder de transformação da leitura

2007: O desafio de se conviver com as diferenças

2008: Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar

2009: O indivíduo frente à ética nacional

2010: O trabalho na construção da dignidade humana

2011: Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado

2012: Movimento imigratório para o Brasil no século 21

2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

2019: 'Democratização do acesso ao cinema no Brasil'


Fonte: G1

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