quinta-feira, novembro 18, 2021

Covid: 263 mil potiguares estão com a 2ª dose da vacina atrasada e 137 mil não tomaram reforço

Mais de 260 mil potiguares estão com a segunda dose da vacina contra a Covid em atraso. É o que aponta um levantamento divulgado pelo Laboratório em Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), que monitora os índices de imunização em todo o Rio Grande do Norte. (Veja os dados detalhados no fim do texto).


Vacina contra a Covid-19 — Foto: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação


De acordo com o relatório, 263 mil pessoas ainda não foram aos pontos de vacinação para receber a segunda dose da CoronVac, Pfizer ou Oxford/AstraZeneca. Os imunizantes só possuem eficácia após a aplicação das duas doses.


Além disso, mais de 137 mil pessoas também estão com a dose de reforço em atraso no Rio Grande do Norte.


A dose de reforço é permitida em profissionais da saúde e idosos acima de 60 anos após cinco meses da aplicação da D2, além de pessoas imunossuprimidas depois de 28 dias.


Desses, 22.838 atrasados com a dose de reforço são profissionais da saúde, sendo 10 mil só de Natal, e 115.144 são idosos.


Segunda dose

Quanto à segunda dose, o atraso está principalmente no imunizante da Pfizer. Cerca de 110 mil pessoas que tomaram a primeira dose no estado não compareceram para tomar a segunda.



Já o município com mais pessoas atrasadas é a capital Natal, que tem 75 mil pessoas com a segunda dose em atraso.


O número tem crescido neste mês de novembro. No primeiro dia do mês, eram cerca de 200 mil potiguares com D2 atrasada. No dia 12, ficou acima de 240.


Vacinação

Atualmente o Rio Grande do Norte tem 74% da população completamente vacinada - com as duas doses no caso dos imunizantes que tem essa exigência.


Atualmente, podem se vacinar no RN todos os adultos, ou seja, pessoas acima de 18 anos, e também adolescentes a partir de 12 anos de idade.


O avanço da vacinação é tido por especialistas e autoridades como o principal fator da redução do número de óbitos e internações no estado e todas elas estão autorizadas pela Anvisa, órgão regulador nacional.


No mês de outubro registrou o menor número de mortes por Covid desde abril de 2020, apesar do número de casos ter aumentado.


Atrasados (segunda dose)

Por Vacina

CoronaVac/Butantan - 64.887 pessoas em atraso

Oxford/AstraZeneca - 87.929

Pfizer - 110.573

Vacina por cidade

Natal


Natal - Coronavac/Butantan - 23.772

Natal - Oxford/AstraZeneca - 20.845

Natal - Pfizer - 30.482

Mossoró


Mossoró - Coronavac/Butantan - 5.132

Mossoró - Oxford/AstraZeneca - 8.793

Mossoró - Pfizer - 10.869

Total de pessoas em atraso: 263.413


Atrasados (dose de reforço)

Trabalhadores da saúde

Rio Grande do Norte - 22.838


Natal - 10.548 Trabalhadores da Saúde com D3 em Atraso

Mossoró - 2.046 Trabalhadores da Saúde com D3 em Atraso

Idosos

Rio Grande do Norte - 115.144


Natal - 33.705 Idosos 60+ com D3 em Atraso

Mossoró - 7.163 Idosos 60+ com D3 em Atraso


Fonte: g1

Leia Mais ››

Empresa de serviços funerários do RN 'contrata' cadela como gerente de acolhimento

Uma cadela da raça Golden Retriever foi contratada como gerente de acolhimento de um grupo especializado em serviços funerários e cemiteriais do Rio Grande do Norte. Luna, como é chamada, vai recepcionar e oferecer apoio às famílias que perderam entes ou animais de estimação.


Luna é a primeira cadela a atuar numa empresa de serviços funerários do Rio Grande do Norte — Foto: Divulgação


A inclusão de uma cadela nos quadros de uma empresa de serviços funerários é inédita no estado. Luna tem quatro meses e está em processo de treinamento especializado para que possa servir de boa companhia para as pessoas que se dirigem aos espaços da empresa nos momentos mais difíceis.


Ela irá atuar, inicialmente, no cemitério Vila Memorial Zona Norte e no Vila Pet, primeiro crematório especializado em animais do RN. "Ela ainda é uma filhote e está sendo preparada com muito amor para sua função tão nobre", comentou a gerente executiva e administrativa-financeira, Alessandra Vila.


Segundo a gerente executiva, a presença de Luna tem como objetivo ofertar um momento mais sensível, de maior acolhimento, principalmente, nas cerimônias de despedida dos animais de estimação que são cremados.


A chegada da nova colaboradora também envolveu funcionários e clientes, que puderam escolher o nome da cadela pelas redes sociais.


A atuação de animais em funções nobres, de acolhimento e ajuda às pessoas, é tradicional em diversas áreas. Nas polícias e Corpo de Bombeiros, cães utilizam o faro e memória privilegiados para o auxílio em salvamentos e trabalho de prevenção, por exemplo, do tráfico de drogas. Cães treinados como guia também servem a pessoas com deficiência visual, e até mesmo unidades de saúde, ao redor do mundo, incluem pets em seu quadro funcional como coadjuvantes para auxiliar, por exemplo, na recuperação de crianças e em terapias. Os cães de serviço psiquiátrico costumam ficar com pessoas que sofrem com depressão, ansiedade e crises de pânico e estresse pós-traumático, atuando para auxiliar no enfrentamento das doenças.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Secretaria de Educação de Natal abre sindicância para apurar caso de professora proibida de entrar no prédio por 'roupa inadequada'

A Secretaria Municipal de Educação de Natal (SME) instaurou nesta quinta-feira (18) uma comissão especial de sindicância para apurar o caso da professora Tânia Maruska Petersen, que foi proibida de entrar no prédio da pasta com o argumento de que estava vestida com "uma roupa inadequada".


Professora Tânia Maruska Petersen denuncia que foi barrada em Secretaria Municipal de Educação por conta de vestido — Foto: Reprodução


De acordo com a secretaria, a comissão é formada por três servidores efetivos e deve apresentar um relatório conclusivo sobre o episódio ocorrido na quinta-feira passada (11).


O prazo para o documento ser concluído é inicialmente de 30 dias, podendo ser prorrogado em caso de necessidade.


A portaria com a definição dos membros da comissão será publicada no Diário Oficial do Município de Natal.


A SME informou também ao g1 que não há nenhuma portaria referente à vestimenta para entrar no prédio, mas uma "norma fixada" na entrada.


Segundo a pasta, essa norma tem pelo menos 15 anos, foi estabelecida em gestões anteriores e permanece até hoje, regulamentando o acesso à secretaria "na questão de vestimentas, proibindo exatamente a entrada de pessoas trajando camiseta regata, bermudas, shorts, mini saia, procedimento comum nas repartições públicas brasileiras", informou.



Na entrada do prédio, há o seguinte comunicado: "Não é permitido o acesso de pessoas vestindo roupa de banho, bermuda, regata, shorts e saia curta".


Comunicado na entrada da Secretaria Municipal de Educação de Natal — Foto: Divulgação


Em nota, a SME também disse reafirmar o compromisso com os profissionais do magistério, "como também aos cidadãos e cidadãs que buscam atendimento nas unidades que compõem a estrutura da Rede Municipal de Ensino de Natal, destacando o respeito pelo ser humano em sua pluralidade de gênero, cor, etnias e convicções religiosas".


Fonte: g1

Leia Mais ››

'Foi uma grande humilhação', diz professora proibida de entrar na Secretaria de Educação de Natal por causa de 'roupa inadequada'

"Nunca fui impedida de entrar em um lugar por causa das minhas vestimentas. Foi uma grande humilhação". A fala é da professora Tânia Maruska Petersen, que foi proibida de entrar no prédio da Secretaria Municipal de Educação de Natal com o argumento de que estava vestida com "uma roupa inadequada".


Professora Tânia Maruska Petersen denuncia que foi barrada em Secretaria Municipal de Educação por conta de vestido — Foto: Reprodução


O caso aconteceu na última quinta-feira (11). Em entrevista ao g1 a professora classificou a situação como um caso "típico de machismo".


"Em pleno século 21 é inadmissível que uma mulher seja julgada pela roupa que está usando. Principalmente porque o meu vestido não é inadequado. Fica claro que é mais um caso de machismo", disse a professora Tânia Maruska Petersen ao g1.


"Que garota, jovem ou mulher não tem um episódio de machismo para contar? Desde muito pequenas somos ensinadas a nos esconder, nos encolher, dizem para nós como devemos ser e existir no mundo. O machismo é cultural, ele se apresenta em diversos aspectos de uma sociedade, como a economia, a política, a religião, a família, a mídia, as artes, enfim, ele permeia as nossas relações desde que nascemos", afirmou.


O caso

A professora trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é conselheira escolar. Ao g1, Tânia contou que esteve no local para resolver questões relativas ao trabalho e assinar documentos.



"Quando eu cheguei a segurança disse que achava que eu não poderia entrar por causa da minha roupa e que iria acionar o chefe. Ele já chegou dizendo que a roupa era inadequada. Eu perguntei quais eram os critérios, já que eu estava com um vestido normal, que eu já usei em outros dias de trabalho e já entrei em outros prédios públicos. Ele respondeu que existia uma portaria que explicava quais roupas não eram adequadas, que eu era uma educadora e que aquela não era roupa de uma educadora", relatou.


Ela disse que se sentiu intimidada, constrangida e humilhada.


"Meu vestido não era curto pra ser taxado de inadequado. Fiquei muito triste, envergonhada, foi uma situação vexatória. Eu sou uma excelente profissional. Eu estudo, invisto no meu trabalho, chego cedo, cumpro minhas atividades, e vou ser julgada pela roupa que eu uso?", questionou.


O que dizem sindicato e governo

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) classificou o caso como "absurdo, inaceitável e lamentável. O Sindicato se solidariza com a professora e se compromete a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja".


A SME também se manifestou e informou que está apurando os fatos para tomar as devidas providências (leia a nota completa mais abaixo).


"A SME-Natal lamenta o episódio e esclarece, que na ocasião a professora foi atendida na sequência em sua demanda pela diretora do Departamento de Administração Geral. A SME reafirma o respeito às professoras e professores, como também a qualquer cidadã ou cidadão que procura atendimento".


Machismo

Para a professora Tânia, o constrangimento que ela passou é "retrato de uma sociedade patriarcal, machista e misógina".



Ela ressaltou ainda que decidiu denunciar o caso para dar voz a outras mulheres.


"A gente denuncia, mas fica com receio de que venha alguma represália. Mas eu não poderia me calar, preciso dar voz a outras mulheres porque o feminismo ainda é tratado como 'mimimi', como tolice, por muita gente. Tratam como uma pauta supérflua e não é".


"A violência é imposta todos os dias às mulheres, seja física, seja psicológica, quando temos nossos corpos sexualizados, objetificados. Eu não quero que outras mulheres passem por isso".

Nota da SME na íntegra:


Sobre o episódio denunciado pela professora Tânia Maruska Petersen, a Secretaria Municipal de Educação de Natal está apurando os fatos para tomar as devidas providências. A SME-Natal lamenta o episódio e esclarece, que na ocasião a professora foi atendida na sequência em sua demanda pela diretora do Departamento de Administração Geral.


Na oportunidade, a SME-Natal reafirma o respeito às professoras e professores, como também, a qualquer cidadã ou cidadão que procura atendimento na sede da SME-Natal, no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), ao anexo no qual funciona o Departamento de Atenção ao Educando (DAE) e nas 146 unidades de ensino distribuídas pelas quatro regiões administrativas da cidade.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Anvisa cobra do Ministério da Saúde os dados que embasaram decisão de aplicar dose de reforço no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quinta-feira (18) que enviou ao Ministério da Saúde um ofício solicitando informações sobre os "elementos técnicos que embasaram a decisão" de aplicar doses de reforço das vacinas contra a Covid-19.


Frascos das vacinas Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca e Janssen — Foto: Cristine Rochol/PMPA/Divulgação


Na noite de quarta-feira, em uma nota técnica, o governo apontou que a decisão pela dose de reforço foi tomada sob a guarda da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid).


Segundo o ministério, compete à Secovid “definir e coordenar as ações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação relativas às vacinas Covid-19, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações."


Na nota técnica, a principal justificativa apontada pelo Ministério da Saúde foi um estudo de Israel relacionado à Pfizer e à Moderna. "Os autores sugerem em sua conclusão de que doses de reforço podem ser necessárias em decorrência da redução na resposta imune observada também em outros estudos", aponta a Secovid na nota técnica.


Sem consulta à Anvisa

A decisão de definir o reforço ocorreu sem a consulta à Anvisa, que vinha mantendo conversas com os fabricantes das vacinas e aguardava dados sobre a eficácia do reforço. Um desses casos é o da Astrazeneca, que somente na quarta protocolou pedido para inclusão da dose de reforço no esquema vacina.



Em nota divulgada no dia do anúncio, a Anvisa ressaltou que outras decisões semelhantes (de aplicar a dose extra) tomadas pelo mundo contaram com a participação das agências reguladoras dos respectivos sistemas de saúde.


"Antes de incorporar a dose de reforço das vacinas, países como Estados Unidos, Canadá, Indonésia, Grã-Bretanha, Israel, membros da Comunidade Europeia e outros submeteram a estratégia à avaliação prévia das suas autoridades reguladoras. Primariamente, a terceira dose ou dose de reforço foi indicada para pessoas com sistema imunológico enfraquecido, idosos e profissionais de saúde", informou a Anvisa na terça-feira (16).


Entretanto, apesar da cobrança pública, a Anvisa reconhece que os dados disponíveis sugerem a necessidade da dose de reforço.


"Os dados disponíveis até aqui sugerem diminuição da imunidade em algumas populações, ainda que totalmente vacinadas. A Agência vem acompanhando as decisões de outros países sobre a vacinação de reforço, bem como os resultados dos estudos de efetividade realizados pela Fiocruz, os quais apontam para a necessidade da dose de reforço", afirmou a Anvisa.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Com pandemia, número de mortes no Brasil tem salto de quase 15% em 2020, aponta IBGE

Nunca morreu tanta gente no Brasil como em 2020, ano marcado na história mundial pela pandemia da Covid-19. Estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que passou de 1,5 milhão o número de registros de óbitos feitos no país ao longo do ano - maior contingente de mortes da história recente do país.


16 de julho de 2020: coveiros com roupas de proteção enterram caixão no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no Brasil — Foto: Amanda Perobelli/Reuters


Ao todo, foram registradas 195.965 mortes a mais no país na comparação com 2019, o que corresponde a um aumento de 14,9% dos registros de óbitos – maior aumento, tanto em número absoluto quanto em percentuais, desde 1984, quando teve início a série histórica das Estatísticas do Registro Civil feita pelo IBGE.


O número de mortes a mais que o registrado em 2019 coincide com total de mortos em decorrência da Covid-19 contabilizado pelo Consórcio de Veículos de imprensa - foram 195.441, conforme balanço divulgado no dia 1º de janeiro de 2021. Como são levantamentos com fontes e metodologias diferentes, porém, não é possível estabelecer uma relação direta entre os números.


Até esta quarta-feira (17), o Brasil registrava 611.898 mortes desde o início da pandemia, sendo que a grande maioria desse total de óbitos (68%) ocorreu em 2021.


Com pandemia, número de mortes no Brasil teve salto histórico - nunca morreu tanta gente no país. — Foto: Economia/g1


Antes, o maior aumento no número de mortes no Brasil havia sido registrado entre 1992 e 1993 – foram 56,4 mil registros a mais de um ano para o outro, o que corresponde a uma alta de 6,7%.


“Nessa época, o sub-registro era muito alto, o que pode interferir nessa variação. Então, fizemos essa análise considerando os últimos dez anos. Nesse intervalo, o maior aumento foi registrado na passagem de 2015 para 2016, cerca de 43,2 mil mortes a mais, ou uma alta de 3,5%”, apontou a gerente das Estatísticas do Registro Civil, Klivia Brayner.


A pesquisa mostrou, também, que:


91% do total de mortes ocorridas no país se deram em decorrência de causas naturais;

73,5% dos óbitos registrados no país ao longo de 2020 ocorreram em hospitais;

o aumento substantivo foi concentrado entre pessoas acima de 60 anos de idade;

o número de mortes aumentou mais entre homens (16,7%) que entre mulheres (12,7%);

houve queda no número de mortes na faixa etária abaixo de 15 anos


O levantamento considerou o total de registros de óbitos feitos no país, que inclui mortes por causas naturais (classificação que inclui a Covid-19) e não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc), além daquelas de natureza desconhecida. A causa da morte em si não foi objeto do estudo. Todavia, segundo a coordenadora da pesquisa, alguns dados permitem apontar que o aumento de mortes está diretamente relacionado à pandemia.


“Houve um crescimento bastante relevante das mortes por causas naturais, o que é condizente com o cenário de uma epidemia”, apontou Klívia Brayner.


O IBGE destacou que, das 195.965 mortes a mais registradas em 2020 na comparação com o ano anterior, 190 mil se deram em decorrência de causas naturais, sendo que 148.561 foram de pessoas com mais de 60 anos, grupo com maior taxa de letalidade da Covid-19. Além disso, desse total, 73,5% dos óbitos ocorreram em ambiente hospitalar.


Maioria das mortes registradas no Brasil em 2020 ocorreram em ambiente hospitalar — Foto: Economia/g1


Para a epidemiologista Fátima Marinho, assessora sênior da Organização Não Governamental (ONG) Vital Strategies, “a grande maioria do excesso de mortes [em relação a 2019] foi por Covid-19”.


“Sabemos que aumentou um pouco o número de mortes por homicídio e que caiu um pouco o número de mortes por acidentes de transportes. Foram as mortes por causas naturais que aumentaram e o que chamamos de risco competitivo teve pouco impacto sobre esse aumento”, apontou.

Risco competitivo, explicou a pesquisadora, são doenças pré-existentes que aumentariam os riscos de morte por Covid-19. As principais, segundo ela, são doenças cardiovasculares e pneumonia, ambas com queda na comparação com 2019.


As mortes em decorrência de causas naturais representam 91% do total de óbitos registrados no país em 2020. Na comparação com o ano anterior, as mortes dessa natureza tiveram aumento de 16%, enquanto os óbitos por causas não naturais registraram uma alta de, apenas, 1,52%.


Maio e julho foram os meses com os maiores número de óbitos registrados no país. — Foto: Economia/g1


Maio e julho foram os meses que registraram os maiores números de mortes no país. Na comparação com 2019, os maiores aumentos do número de registros mensais foram observados em maio e dezembro. A gerente da pesquisa ponderou que "julho é um mês em que, historicamente, se vê um volume maior de óbitos mesmo", supostamente relacionados às baixas temperaturas do inverno brasileiro.



Aumento de mortes concentrado entre idosos

Dentre as 195.965 mortes registradas a mais em 2020 na comparação com o ano anterior, 148.561 foram de pessoas com mais de 60 anos de idade. Ou seja, a população idosa, mais vulnerável às complicações da Covid-19, respondeu por 75,8% do aumento do número de óbitos no país.


Considerando apenas os óbitos por causas naturais, houve aumento de 16,6% entre os idosos, o que corresponde a 144.704 registros na comparação com 2019.


"Para as idades abaixo de 15 anos, observou-se redução dos óbitos entre 2019 e 2020", destacou o IBGE. A redução de mortes nessa faixa etária foi de 15,1%, sendo ligeiramente maior para os homens (15,5%) e menor para as mulheres (14,6%).


Segundo a gerente da pesquisa, "o fato de as crianças e adolescentes terem ficado em casa parece ter reduzido expressivamente os óbitos até os 15 anos, talvez pela menor exposição a agentes patógenos em geral ou a riscos de causas externas".


O número de óbitos dos menores de 1 ano de idade caiu 13,9%, o que corresponde a 4,1 mil mortes a menos entre bebês


"Esse fato pode estar relacionado tanto com a diminuição dos níveis de mortalidade quanto com o menor número de filhos nascidos no último ano", apontou a gerente da pesquisa.

Ela destacou, ainda, que entre crianças na faixa etária entre 1 e 4 anos de idade, as reduções no número de óbitos foram foram ainda mais significativas, de 23%, o que corresponde a 1.326 óbitos a menos) - um anos antes, este grupo havia registrado alta de 1,5% do número médio de mortes.


Na análise por gênero, o IBGE observou que "o padrão da curva da sobremortalidade masculina, em 2020 não se alterou em relação àquela observada em 2019, já que os óbitos dos dois sexos sofreram aumentos".



O número de mortes aumentou mais entre homens (16,7%) que entre mulheres (12,7%). Considerando óbitos de qualquer natureza, em média, são registrados 128 óbitos masculinos para cada 100 femininos. Quando se observa apenas as mortes naturais, são 117 óbitos de homens para 100 de mulheres.


Já entre entre as mortes decorrentes de causas não naturais, são registradas, em média, cinco óbitos masculinos para um feminino.


Maior aumento no Norte, puxado pelo Amazonas e Pará

Ao fazer a análise dos registros de óbitos regionalmente, o IBGE observou que todas as regiões do país tiveram alta significativa na comparação com 2019. Os maiores aumentos foram no Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%).


O Nordeste (16,8%) também teve alta superior à média do país . Nas regiões Sudeste (14,3%) e Sul vieram a seguir (7,5%) o aumento foi menor que a média nacional.


O aumento na Região Norte foi puxado, sobretudo, pelo Amazonas (32%) e por Pará (28%), estados com as maiores altas percentuais do número de registros de mortes em relação ao ano anterior.


"Em todas as 27 unidades da federação houve aumento número de mortes em 2020. As menores variações foram observadas no Paraná (10,6%), Santa Catarina (9,5%), Minas Gerais (7,9%) e Rio Grande do Sul (4%).


Em números absolutos, a Região Sudeste, a mais populosa o país, concentrou quase a metade do total de registros de óbitos em 2020 - foram 702,3 mil, o que corresponde a cerca de 46% do total de mortes no país. O Nordeste, região com a segunda maior população do país, com 388 mil óbitos registrados, respondeu por cerca de 1/4 (25%) das mortes ocorridas no país.


Da mesma forma, São Paulo, que concentra a maior população absoluta do país, foi o estado com o maior número de óbitos registrados em 2020 - 347,7 mil, o que corresponde a aproximadamente 23% de todas as mortes ocorridas no Brasil.


Nascimentos diminuem ainda mais com a pandemia

Enquanto o número de mortes disparou no país, o número de nascimentos diminuiu ainda mais em meio ao cenário de pandemia. De acordo com o IBGE, o número de registros de nascimentos em 2020 teve queda de 4,7% em relação ao ano anterior.


Foram 2.728.273 registros de nascimentos em 2020 - cerca de 160 mil a menos que em 2019 - sendo que, desse total, 2.678.992 se referem a crianças nascidas em 2020 e registradas até o 1º trimestre de 2021. Cerca de 2% (49.281) são nascidos em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado.


Em meio à pandemia, número de nascimentos no Brasil tem queda mais acentuada desde 2016 — Foto: Economia/g1


Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, a queda da natalidade no ano passado foi a segunda mais intensa desde 2016, quando o país viveu uma pandemia de Zika vírus e viu o número de nascimentos cair em 5%.


“Em 2020, contudo, cabe ressaltar que a pandemia pode ter agravado o adiamento dos registros, por conta da dificuldade de deslocamento até os cartórios. Então, pode ser que uma parte dos 133 mil registros de nascimentos a menos tenha apenas sido postergado”, explica Brayner.


Houve queda no número de nascimentos em todas as regiões, sendo superior à média nacional nas regiões Norte (-6,8%) e Nordeste (-5,3%), e igual ou inferior no Centro-Oeste (-4,7%), no Sudeste (-4,3%), e no Sul (-3,1%).


Entre as unidades federativas, o Amapá teve a maior queda (-14,1%), seguido por Roraima (-12,5%), Acre (-10,0%) e Amazonas (-7,4%).


O levantamento evidenciou, ainda, que as mulheres seguem, cada vez mais, adiando a maternidade. Em 2020, do total de nascimentos registrados, 62,1% das mães tinham menos de 30 anos, enquanto 34,2% delas tinham entre 30 e 39 anos. Duas décadas antes, em 2000, esses percentuais eram, respectivamente, de 76,1% e 22%.


As mães na faixa dos 20 a 29 anos sempre concentraram mais de 50% do total de nascimentos. Em 2000, eram 54,5% das genitoras e, em 2010, 53,1%. Porém, em 2020, pela primeira vez, esse percentual ficou abaixo da metade (48,7%).


Número de casamentos tem a queda mais intensa da série

As estatísticas do registro civil mostraram, ainda, que o número de casamentos teve a queda mais intensa da série histórica da pesquisa. Em 2020, foram registrados 757.179 casamentos civis, 26,1% a menos que em 2019.


“Desde 2015, o número de casamentos vem recuando, mas a queda de 2020 pode também ter relação com as medidas de isolamento social, já que muita gente pode ter adiado os planos de matrimônio por conta de não poder fazer festa, por exemplo”, avaliou a gerente da pesquisa do IBGE, Klívia Brayner.


O número de casamentos registrados em cartório recuou em todas as regiões, com mais intensidade no Nordeste (27,8%) Centro-Oeste (27,7%) e Sudeste (27,3%).


Fonte: g1

Leia Mais ››

Influenciador negro faz registro de ocorrência após ser abordado por PMs no Centro do Rio

O influenciador negro Júlio de Sá fez um registro de ocorrência na 5ª DP (Gomes Freire) após uma abordagem policial considerada racista no Centro do Rio. Ele registrou o fato por meio de uma live em uma rede social.


Em um vídeo divulgado no Instagram, ele afirma que foi abordado após sair de uma loja por um policial militar do programa Segurança Presente na quarta-feira (17).


O caso foi registrado como um crime de preconceito, na lei 7116, que trata de crimes de preconceito por raça, cor, religião ou etnia.


Segundo o delegado Bruno Gilaberte, titular da 5a DP (Centro), os agentes serão chamados para prestar depoimento.


“Vou verificar ainda todos que estavam na ocorrência, e vamos chamar um a um. Só depois de ouvi-los é que vamos ter um panorama mais preciso sobre o que ocorreu”.


Como foi a abordagem

No vídeo públicado nas redes sociais, Júlio contou sua versão da abordagem.


“Ele chegou em mim do nada, eu estou andando normal, aí ele me aborda”, diz ele, gravando com o celular, enquanto discute o motivo da abordagem.


“Por que você me abordou?”, repete Júlio.


“Você ingeriu bebida alcoólica? Você está alterado”, questiona um dos policiais na gravação. “A polícia está aqui para te proteger”, diz um dos agentes.


Júlio na 5ª DP (Gomes Freire) — Foto: Henrique Coelho


Júlio, então, diz que apenas entrou em uma loja no Centro do Rio e volta a questionar o motivo da abordagem.


“Você entrou e saiu muito rápido”, alegou um agente.


“O fato de eu ter sido abordado porque eu entrei e saí muito rápido da loja, isso não tem como justificar, o fato de ‘o vento bateu na tua cintura e fez um volume’… Eu vim aqui solicitar uma resposta da instituição, levantar a bola para que a gente possa discutir essa questão”, alegou Júlio.


Em uma rede social, Júlio lamentou o incidente.


Ele disse que abriu uma live para mostrar a abordagem que estava sofrendo com o objetivo de se proteger:


“Não foi por uma rebeldia, ou para atacar diretamente o policial, mas sim para me defender, porque a gente está vendo constantemente aí pessoas pretas sendo presas injustamente”.


O influenciador, que tem mais de 184 mil seguidores na página Carioquice Negra, disse que já passou por outros episódios de abordagens policiais, e se filmar foi uma resposta a isso.


“Eu falei: ‘Preciso comprovar também que eu não estou fazendo absolutamente nada’. É uma questão de você vivenciar isso o tempo todo e ter o amadurecimento para isso”, finalizou.


Júlio foi até a delegacia acompanhado de dois advogados, Joel Luiz e Djeff Amadeus, que representam o Instituto de Defesa para a População Negra


Fonte: g1

Leia Mais ››

Mochileiros que percorriam o Brasil sofrem acidente grave na etapa final da viagem

Os mochileiros Tiago Escarcell Boher, de 32 anos, e Jennifer Santos, 19 anos, estão internados em estado grave após sofrerem um acidente na BR-060, no município de Paraíso das Águas (MS), na terça-feira (16).


Ele teve a perna amputada e ela está no CTI.


O casal estava na etapa final de uma viagem de motocicleta de 36 mil quilômetros com passagens por todos os estados brasileiros. A dupla encerraria a viagem em Mato Grosso do Sul, após oito meses e 13 dias na estradas, quando aconteceu o acidente.


Após mais de 36 mil quilômetros percorridos pelo Brasil, casal está em estado grave depois do acidente em Mato Grosso do Sul. — Foto: BNC Notícias e Redes socias/Reprodução


Como foi o acidente

Segundo o boletim de ocorrência, um motociclista de 63 anos, que estava em uma motocicleta de luxo, tentou ultrapassar um caminhão em local proibido e bateu de frente na moto do casal de mochileiros. Com a batida, Thiago e Jennifer foram arremessados para a margem da rodovia. Já o motociclista que causou o acidente foi atingido por uma carreta e morreu no local.


Os mochileiros foram socorridos e encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande onde estão internados. De acordo com o hospital, Tiago Scarcell teve a perna esquerda amputada no acidente e segue em estado grave. Jennifer Santos sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e está em observação no Centro de Tratamento Intensivo (CTI).


Na manhã de terça, poucas horas antes do acidente, o casal publicou um vídeo no Facebook para comemorar os destinos já percorridos em pouco mais de oito meses de viagem (veja o vídeo acima). Na gravação, muito emocionados, eles soltaram fogos de artifício e comemoraram o fato de terem chegado ao estado.


“Concluímos os 27 estados [incluindo Distrito Federal] , acabamos de chegar em Mato Grosso do Sul, demos a volta no Brasil! Acabamos de chegar e estamos cansados. Ontem dormimos só três horas, tá sendo uma história que está marcada. Nem sei o que dizer, bora viver!”, disse Tiago.

Familiares e amigos de Tiago e Jennifer, que são de Pelotas (RS), pediram ajuda nas redes sociais para se deslocarem até Campo Grande. A mãe de Jennifer já está a caminho de Mato Grosso do Sul e deve chegar ainda a Campo Grande.


Fonte: g1

Leia Mais ››

MP prende suspeitos de vender carne de cavalos abatidos clandestinamente a restaurantes no RS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) iniciou, na manhã desta quinta-feira (18), operação contra um grupo suspeito de abater clandestinamente animais, incluindo cavalos, e vender a carne para restaurantes em Caxias do Sul, na Serra. Até as 7h30, seis pessoas foram presas.


Operação é realizada na manhã desta quinta-feira (18) em Caxias do Sul — Foto: Tiago Coutinho / Imprensa MPRS


Os investigados abasteciam estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne, em forma de hambúrgueres e bifes, provenientes do abate clandestino de equinos. As informações são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e foram apuradas por meio de conversas interceptadas com autorização da Justiça.


Segundo o MP, a suspeita foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul. Nesses estabelecimentos, foi encontrada a presença de DNA de cavalo nos lanches. Também eram misturadas carnes de peru e suíno.


Além dos seis mandados de prisão preventiva, estavam sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.


De acordo com o fiscal agropecuário e supervisor regional da Secretaria Estadual da Agricultura Willian Smiderle, que acompanhou a operação, foram localizados pontos de abate e locais onde eram enterradas as carcaças e ossos que restavam dos animais.



"Localizamos pontos de abate de equinos, sem registro, sem identificação de inspeção sanitária. Então havia o recebimento de animais sem origem aqui no local, que eram abatidos, depois a carne era fracionada, eram feitos cortes, pra entrega para estabelecimentos que utilizam essa carne", diz.


Segundo o coordenador do Gaeco – Seguranca Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, o grupo distribuía em torno de 800kg semanais.


Ainda de acordo com o MP, o grupo não possui autorização para o abate e a comercialização de nenhum tipo de carne. Assim, as atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e comercialização ocorriam sem qualquer fiscalização.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Operação apreende mais de R$ 1 milhão em dinheiro dentro de estepe de caminhonete em Rancharia

A Polícia Militar Rodoviária apreendeu R$ 1,1 milhão em dinheiro nesta quarta-feira (17), no km 509 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Rancharia (SP).


Operação apreende mais de R$ 1 milhão em dinheiro dentro de estepe de caminhonete em Rancharia (SP) — Foto: Polícia Rodoviária


Durante a Operação Paz e Proteção, os militares abordaram uma caminhonete, com placas de Dourados (MS), e localizaram as notas dentro da roda de estepe do veículo.


Operação apreende mais de R$ 1 milhão em dinheiro dentro de estepe de caminhonete em Rancharia (SP) — Foto: Polícia Federal


A motorista, de 44 anos, e a passageira, de 34, foram indiciadas por crime contra a economia popular e levadas à Delegacia da Polícia Federal, em Presidente Prudente (SP). Segundo a polícia, elas foram ouvidas e liberadas.


Além do dinheiro no estepe, também foram apreendidos a caminhonete, dois celulares e ainda mais R$ 2.583, que estavam com as ocupantes do veículo.


Operação apreende mais de R$ 1 milhão em dinheiro dentro de estepe de caminhonete em Rancharia (SP) — Foto: SSP-SP


Operação apreende mais de R$ 1 milhão em dinheiro dentro de estepe de caminhonete em Rancharia (SP) — Foto: Polícia Rodoviária


Quase R$ 12 milhões

No dia 1º de outubro deste ano, quase R$ 12 milhões em dinheiro, entre reais e dólares, foram apreendidos também pela Polícia Militar Rodoviária, em Presidente Prudente. Um homem, de 38 anos, foi detido.


Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), esta foi a maior apreensão de dinheiro realizada em território paulista em 2021.


O dinheiro estava no fundo falso na cabine de uma carreta bitrem.


O total apreendido foi de R$ 11.551.636,40, dos quais R$ 4.344.166,04 eram em dólares (US$ 798 mil).


Fonte: g1

Leia Mais ››

Lira diz não ver espaço para reajuste a servidores mesmo com aprovação da PEC dos Precatórios

Fazendo upload: 658956 de 658956 bytes.


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quinta-feira (18) desconhecer o espaço fiscal mencionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para dar reajuste a servidores públicos se a PEC dos Precatórios for aprovada pelo Congresso.


Em viagem ao Bahrein nesta semana, Bolsonaro afirmou que o governo avalia conceder reajuste para "todos" os servidores públicos se a matéria for aprovada


Enviada pelo governo em agosto, a PEC dos Precatórios parcela o pagamento dos precatórios (dívidas da União reconhecidas pela Justiça). O Palácio do Planalto quer a aprovação da matéria como forma de gerar recursos para bancar o Auxílio Brasil, programa social criado para suceder o Bolsa Família.


O texto já passou pela Câmara (vídeo abaixo) e ainda depende de aprovação do Senado. O governo afirma que, se aprovada, a PEC abrirá espaço de R$ 91,6 bilhões no orçamento.


“Eu absolutamente não vi esse espaço. Não conheço esse espaço. O número que foi apresentado pela economia para a Câmara dos Deputados não previa esse aumento”, disse Lira nesta quinta ao final de uma reunião com líderes partidários.


O presidente da Câmara disse esperar que o "portfólio" de custos apresentado pela equipe econômica seja mantido para preservar o acordo e as discussões realizadas no plenário da Câmara


“Eu não me lembro pelo menos — a não ser que esteja errado — de que tenha nenhum tipo de espaço para dar aumento a funcionários naquela proporção da abertura de espaço orçamentário”, declarou.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Senado aprova projeto que tipifica injúria racial como racismo



O Senado aprovou nesta quinta-feira (18) o projeto que tipifica a injúria racial como racismo e estabelece pena mais rigorosa para quem comete o crime. A proposta, que recebeu 63 votos favoráveis e nenhum contrário, segue para análise da Câmara dos Deputados.


O texto alinha a legislação brasileira a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em outubro, tornou imprescritível (passível de punição a qualquer tempo) a injúria racial e estabeleceu que a prática pode ser equiparada ao racismo.


O projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovado em uma sessão do Senado destinada à análise de propostas de enfrentamento ao racismo e de valorização da cultura negra. No próximo sábado (20), é celebrado no país o Dia da Consciência Negra.


A proposta aprovada pelos senadores insere na Lei de Crimes Raciais, sancionada em 1989, um artigo que diz que quem "injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional" será punido com 2 a 5 anos de prisão e pagamento de multa.


Atualmente, o crime de injúria racial é previsto no Código Penal, o qual estabelece punição de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem ofende a dignidade de outra pessoa utilizando elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, entre outros.



O projeto aprovado, portanto, transfere a injúria racial do Código Penal para a Lei de Crimes Raciais. O objetivo da mudança, segundo defensores da proposta, é eliminar "qualquer dúvida" de que a prática, assim como o racismo, é inafiançável e imprescritível.


"A transposição do crime de injúria racial do Código Penal para o bojo da Lei nº 7.716, de 1989 [Lei de Crimes Raciais], trará segurança jurídica no enfretamento da questão, pois retira qualquer dúvida de que o comportamento configura racismo, crime inafiançável e imprescritível", afirmou o relator do projeto, senador Romário (PL-RJ).


"O aumento da pena é adequado e razoável, está em harmonia com as demais previstas pela Lei do Racismo e terá a finalidade de desestimular a perpetuação de atos racistas, bem como punir mais severamente eventuais criminosos", disse o parlamentar.


O crime de racismo, previsto em lei, é aplicado se a ofensa discriminatória é contra um grupo ou coletividade — por exemplo: impedir que negros tenham acesso a estabelecimento. O racismo é inafiançável e imprescritível, conforme o artigo 5º da Constituição.


Para Romário, há, no meio jurídico, uma diferenciação "frágil" de que o racismo, para ser configurado, demanda uma ofensa à coletividade e não apenas a um indivíduo e a proposta busca superar tal ideia.


"Esse entendimento confere aos agressores um tratamento penal mais brando, o que estimula a continuidade dessas práticas de ódio", declarou o relator.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Moraes encerra investigação sobre delegado da PF afastado de inquérito sobre Bolsonaro



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta quinta-feira (18) uma apuração do Ministério Público Federal (MPF) sobre a conduta do delegado Felipe Leal no inquérito que investiga uma suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.


Leal foi afastado do caso após pedir informações sobre dois atos do atual diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, que levaram à substituição de delegados que atuaram em investigações sobre o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.


Os pedidos de informações feitos por Leal foram anulados pelo ministro Alexandre de Moraes que considerou que eles não tinham relação com o inquérito original, sobre a suposta ingerência de Bolsonaro na PF, em período anterior à gestão de Maiurino.


Após a decisão do ministro, a Procuradoria da República no DF pediu ao Supremo o compartilhamento de informações para analisar a conduta de Leal. Cabe ao Ministério Público fiscalizar a atividade policial.


Em sua decisão, Moraes afirma que os pedidos de Leal não configuram crime e nem improbidade administrativa.


“No entanto, constata-se que essa circunstância – ausência de pertinência entre as providências do despacho nº 3630329/2021 e o objeto da investigação – não representa, por si só, qualquer ato ilícito, não havendo quaisquer elementos que indiquem a presença de conduta dolosa do delegado de Polícia Federal subscritor do despacho, que, em tese, poderia caracterizar eventual improbidade administrativa ou crime de abuso de autoridade”, afirmou.


Fonte: g1

Leia Mais ››