quarta-feira, dezembro 23, 2020

Contaminação de jovens pela covid no RN preocupa pesquisadores

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 Com a chegada das festas do fim de um ano marcado pela pandemia de covid-19, reunir familiares para as tradicionais ceias natalinas e de réveillon, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pode ser uma atividade perigosa. A avaliação se dá, sobretudo, pelo novo perfil de infectados identificado, que hoje é quatro anos mais jovem do que o apresentado em julho de 2020.


Segundo os dados da PNAD Contínua do terceiro trimestre de 2020, em cerca de 147 mil domicílios potiguares (12,2% do total), há idosos residindo com jovens de 18 a 35 anos. Isso aumenta o risco de contaminação, especialmente pelo fato de que, segundo relatórios da Secretaria Estadual de Saúde do RN (Sesap/RN), a população jovem corresponde a quase a metade de casos de covid-19 atualmente (46,5%).


“Festas familiares são um evento catalisador de novas infecções, especialmente quando se reúnem familiares que não tem um convívio diário ou habitual”, enfatizam os pesquisadores em relatório.


Segundo o pesquisador e professor César Rennó Costa, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), o mesmo padrão de evolução da doença no Brasil foi observado em outros lugares do mundo, ocasionado, especialmente, por festas e eventos públicos.


“Na Flórida, nos Estados Unidos, houve um crescimento acentuado de casos depois das festas de Spring Break – algo como um Carnaval em abril –, mas sem que houvesse um paralelo imediato na curva de óbitos. Porém, no mês seguinte, houve uma mudança no perfil dos infectados, tendendo para os mais velhos e logo se observou um aumento nas taxas de hospitalização e de óbitos”, comenta o professor.


Segundo a pesquisadora Luciana Lima, do Programa de Pós-Graduação de Demografia da UFRN, “o cenário atual é preocupante. Há um contingente alto de pessoas jovens infectadas e uma percepção popular de que a epidemia não está tão avançada, o que pode reduzir os cuidados na realização dos eventos de fim de ano”.


Para os estudiosos, a reabertura econômica possivelmente possibilitou mais exposição de adultos à contaminação, assim como uma maior circulação de jovens em locais com aglomerações, como casas noturnas, bares e eventos. Em conjunto, todos esses fatores podem, segundo a pesquisa, ter contribuído para esse rejuvenescimento da curva de contaminados.


Ainda segundo os pesquisadores, a percepção da população sobre a pandemia não parece refletir a gravidade da situação: os índices de isolamento social de hoje (39%) são menores que no período anterior ao primeiro pico (44%).


Em casos em que as famílias optarem pelas festividades de fim de ano, os acadêmicos aconselham a todos seguirem as recomendações da Fundação Oswaldo Cruz para a redução dos riscos de contaminação.


Fonte: Tribuna do Norte

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Presidente do STJ concede prisão domiciliar a Crivella e define uso de tornozeleira



O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, concedeu nesta terça-feira (22) prisão domiciliar ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). Com isso, Crivella deixará o presídio de Benfica e terá de usar tornozeleira eletrônica.


A decisão também:


determina que Crivella informe endereço fixo para o cumprimento da prisão;

proíbe Crivella de manter contato com terceiros, "salvo familiares próximos, profissionais da saúde e advogados devida e previamente constituídos";

determina que o prefeito entregue telefones, computadores e tablets às autoridades;

proíbe Crivella de sair de casa sem autorização, e

proíbe que o político use telefones.

O prefeito foi preso no início da manhã desta terça-feira (22) em uma operação da Policia Civil e do Ministério Público local. Crivella foi encaminhado ao presídio no início da noite, após ter a prisão preventiva confirmada em uma audiência de custódia.


Mesmo voltando para casa, sob monitoramento eletrônico, Crivella seguirá afastado do cargo. O mandato do prefeito termina no próximo dia 31.


A decisão de Martins atende parcialmente ao pedido dos advogados de Crivella, que queriam a revogação da prisão do prefeito. Para o presidente do STJ, a prisão preventiva é adequada, mas deve ser cumprida em regime domiciliar.


No documento, Martins cita que Crivella tem 63 anos de idade, sendo considerado grupo de risco para a Covid-19.


A decisão

Ao manter a prisão preventiva de Crivella, Martins afirma que "as circunstâncias apresentadas não são suficientes para demonstrar a periculosidade do paciente, de modo a justificar o emprego da medida cautelar máxima – especialmente – a fim de evitar a prática de novas infrações penais, tendo em conta que o mandato de prefeito do município do Rio de Janeiro expira em 1º de janeiro de 2021”.


O ministro do STJ criticou a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que autorizou a detenção de Crivella, por não ter analisado medidas diversas à prisão.


"Quanto à adoção de medida cautelar substitutiva, a relatora nem sequer fez análise minuciosa das circunstâncias fáticas para não aplicação da medida cautelar menos gravosa".



'QG da Propina'

A investigação aponta a existência de um "QG da Propina" na Prefeitura do Rio e Crivella seria o líder da organização criminosa. No esquema, de acordo com as apurações do MP, empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela gestão municipal.


Em entrevista coletiva na tarde desta terça, promotores do Ministério Público disseram que Prefeitura do Rio fazia pagamentos a empresas por conta da propina mesmo "em situação de penúria" e que o valor arrecadado pela organização criminosa chega a R$ 50 milhões.


Para os investigadores, a soltura de Crivella colocava em risco as investigações, já que o prefeito teria atuado para impedir o avanço das apurações.


A defesa do prefeito pediu a revogação da prisão sob argumento de que não há elementos concretos de que o prefeito tentou atrapalhar as investigações.


“A decisão, além de não demonstrar indícios concretos de risco à investigação ou à garantia da ordem pública, viola as mais básicas garantias constitucionais bem como a pacífica jurisprudência dos tribunais superiores”.


Os advogados argumentaram ainda que: não há provas de que Crivella se beneficiava com a propina ou que a autorizava; prefeito está a dias do fim do mandato e não oferece risco à ordem pública, sendo que é possível aplicar no caso medidas diversas da prisão.


Fonte: G1

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PF faz busca e apreensão em Mato Grosso para apurar ameaças a ministro do Supremo

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A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (22) mandados de busca e apreensão em Mato Grosso para investigar ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal e seus familiares.


A Operação Shield foi autorizada pela Justiça Federal de Mato Grosso e teve como objetivo reunir elementos sobre um investigado no município de Paranatinga (MT).


Segundo a TV Globo apurou, ameaças eram dirigidas ao ministro Alexandre de Moraes e às filhas dele.


O investigado se identifica nas redes sociais como Ezequiel Souza Lopes. Em novembro, ele postou em uma rede social a seguinte mensagem: "Você Alexandre de Moraes e a sua família vai ser executada, e não tem mais volta você, você pediu isso, então toma tiro".


Por ordem judicial, os perfis do investigado em redes sociais foram bloqueados.


Alexandre de Moraes é o relator de um inquérito instaurado "de ofício" em março do ano passado pelo então presidente do Supremo, Dias Toffoli, a fim de apurar ameaças a ministros do Supremo.


A operação realizada nesta terça no Mato Grosso não tem relação direta com o inquérito que tramita no Supremo.


Fonte: G1

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