quinta-feira, outubro 10, 2019

Bombeiros não têm como fazer perícia de incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte não tem estrutura para realizar perícias em incêndios florestais para determinar suas causas. Segundo o comandante da corporação, coronel Luiz Monteiro da Silva, a perícia é uma responsabilidade da corporação, mas não é feita porque a estrutura é inexistente e desconhece se outro órgão faz esse trabalho. Realizar a perícia é o principal procedimento para investigar se houve algum crime ambiental ou não.

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Em Ceará-Mirim, na região metropolitana, o fogo atingiu mata próxima à cidade

“Todo e qualquer incêndio florestal ou também urbano, para se determinar a causa, tem que se fazer uma perícia de incêndio. Nós não realizamos perícia de incêndio porque ainda não temos estrutura para se determinar a causa” afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (10). “Para se fazer uma perícia de incêndio, tem que se ter laboratório, equipamentos e toda estrutura que ainda não temos”.

As exceções são casos onde há relatos de “atividades suspeitas”, que chegam de maneira informal ao Corpo de Bombeiros. É o caso do incêndio ocorrido na mata de Ceará-Mirim nesta quarta-feira (9). Relatos de moradores próximos a área afetada pelo fogo afirmaram que viram dois homens na região minutos antes da queimada iniciar. Uma notificação foi feita à Polícia Civil para iniciar as investigações.

Os incêndios florestais costumam acontecer nesta época do ano tanto por causas naturais (raios, por exemplo), acidentais (queimadas em propriedades que se alastram, bitucas de cigarro) ou de maneira mais criminosa. Em um dia, nesta quarta-feira, 21 focos foram notificados. “A baixa umidade do ar, a vegetação seca e os fortes ventos tornam propício o início de incêndios”, afirmou Monteiro.

Em casos de queimadas particulares, chamadas “controladas”, os proprietários são obrigados a ter uma licença ambiental que ateste as condições para evitar que o fogo se alastre. Nesses casos, a fiscalização é de responsabilidade da polícia militar ambiental. Se não houver licença, o proprietário pode ser penalizado.

As condições climáticas e vegetativas expostas pelo coronel Monteiro explicam os incêndios de causa naturais e os acidentais. O comandante argumenta que, por essas razões, há aumento anual de queimadas durante os meses mais secos (do mês de agosto à dezembro). “Em alguns anos, como em 2018, o número chegou a ser maior, mas não recebeu tanta atenção”, afirmou. 

Estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que entre agosto e outubro deste ano, 193 focos de incêndio foram detectados pelos satélites, contra 205 em 2018. Já o Corpo de Bombeiros conta com estatísticas apenas da região metropolitana de Natal, que também apresentam números menores esse ano se comparado ao ano passado. As estatísticas do interior estadual não foram concluídas porque praticamente a totalidade dos bombeiros estão mobilizados no combate aos incêndios.

O coronel Monteiro atribuiu durante a coletiva de imprensa a atenção maior aos incêndios desse ano a algo que chamou de “Efeito Amazônia”. “Acredito que essa atenção é graças a um 'Efeito Amazônia'. As queimadas de lá chamaram os holofotes para esse assunto”, disse durante a entrevista.

Em outro momento, entretanto, o comandante admitiu que a proporção dos incêndios desse ano são maiores, dificultando o combate. Nas regiões mais secas, como a do Seridó, os incêndios chegam a durar cinco dias antes de serem apagados, como foi o caso da Serra do Lima, no município de Patu, atingida entre os dias 15 e 20 de setembro. Pelo menos outros quatro incêndios deste ano foram considerados de grande proporção.

Enquanto concedia coletiva de imprensa nesta quinta-feira, a região de Portalegre e Viçosa também chegava a cinco dias de queimadas. A equipe do Corpo de Bombeiros está no local desde a terça-feira com a ajuda de voluntários, carros-pipa e máquinas cedidas pelas prefeituras. O comandante afirmou que a região tem uma topografia complexa e é muito seca, o que dificulta o combate. A região do Vale do Açu e Mossoró também registra incêndios de grandes proporções esse ano.

Ainda de acordo com o próprio Corpo de Bombeiros, o aumento do tamanho das queimadas em relação a anos anteriores é explicado pelo aumento da vegetação. As chuvas desse ano proporcionaram o nascimento da vegetação, que agora está seca. Em anos anteriores, apesar pela estiagem, os incêndios eram mais facilmente controlados porque a região tinha menos vegetação.

Fonte: Tribuna do Norte
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Com macas retidas em hospital, ambulâncias deixam de rodar em Natal e impedem transferência de paciente

Seis ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Natal, além de uma do Samu Metropolitano, ficaram presas nesta quinta-feira (10) no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, porque as macas dessas viaturas foram retidas na unidade. O motivo é que a administração não dispõe de acomodações para os novos pacientes que chegam ao hospital.

Ambulâncias ficaram retidas no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca
Ambulâncias ficaram retidas no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca

O Walfredo Gurgel é o maior hospital do Rio Grande do Norte e, com a paralisação dessas ambulâncias, não foi possível nesta terça transferir para lá os casos de urgência que apareceram em outras unidades de saúde.

A situação era essa até o final da tarde. Além das ambulâncias da capital e cidades vizinhas, havia ainda outras do interior do estado também estacionadas no pátio. No Samu Natal, são nove ambulâncias ao todo. Apenas duas ficaram rodando.

A dona de casa Eliane Pimentel conta que a mãe dela está na Unidade de Pronto Atendimento do Pajuçara, na Zona Norte de Natal, com suspeita de AVC. Entretanto não pode ser transferida para a emergência do Hospital Walfredo Gurgel por falta de transporte. A mulher agora tenta assinar um termo de responsabilidade para levar a mãe em um carro particular.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que o problema da falta de macas, que ocasiona a retenção das ambulâncias, se agravou após o feriadão da semana passada.


De acordo com a pasta, como houve um esquema de escalas para o trabalho no feriado, algumas cirurgias deixaram de ser feitas e os pacientes seguiram aguardando pelos procedimentos na unidade, ocupando as vagas. Além disso, ainda segundo a Sesap, a greve dos médicos, que durou uma semana, teria também piorado a situação do atraso das cirurgias.

Fonte: G1
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Edital vai selecionar 80 projetos culturais no Rio Grande do Norte

O Governo do Rio Grande do Norte abriu nesta quinta-feira (10) o edital de Fomento à Cultura Potiguar 2019, que vai selecionar 80 projetos artísticos no estado. O aviso da publicação do edital está na edição desta quinta do Diário Oficial do Estado.

Espetáculos de circo serão contemplados no edital do Governo do RN — Foto: Augusto César Gomes/G1
Espetáculos de circo serão contemplados no edital do Governo do RN — Foto: Augusto César Gomes/G1

O edital está disponível para ser consultado no site da Fundação José Augusto (FJA) e as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 6 de novembro.

Nesta edição estão contempladas as áreas de Música, Teatro, Circo, Artes Visuais, Audiovisual e pela primeira vez Rádios Comunitárias. Ao todo, serão investidos R$ 994 mil, sendo R$ 970 mil para distribuição dos projetos selecionados e R$ 24 mil para as comissões de seleção.

Esses recursos distribuídos serão 50% destinados para a região metropolitana de Natal e 50% para o interior do estado. Os recursos são oriundos do orçamento geral da Fundação José Augusto.

Os segmentos não incluídos nesta edição, como Dança, Literatura, Diversidade Sociocultural (Religiosa, Gênero, Étnica, Humana e Deficiência; e Geracional) e Cultura Popular (Teatro de João Redondo, Danças Populares e Folguedos e Literatura de Cordel) serão contemplados na próxima edição do edital, que, segundo a Fundação José Augusto, deve ser lançada em março de 2020.

Mais informações podem ser obtidas através dos emails cplfja@rn.gov.br e coordenacao.teatros.fja@rn.gov.br.

Destino dos recursos
Categoria do segmentoNúmero de prêmiosValor do prêmioValor total do incentivo
Auxílio música - videoclipe24R$ 10 milR$ 240 mil
Auxílio montagem teatro6R$ 25 milR$ 150 mil
Auxílio circulação teatro6R$ 15 milR$ 90 mil
Auxílio montagem circo6R$ 12,5 milR$ 75 mil
Auxílio exposição artes visuais10R$ 7,5 milR$ 75 mil
Auxílio produção audiovisual8R$ 30 milR$ 240 mil
Auxílio rádios comunitárias20R$ 5 milR$ 100 mil

Fonte: G1
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Em um dia, Corpo de Bombeiros registra 21 incêndios florestais no RN

Embora tenha registrado redução no caso de incêndios florestais de janeiro a setembro deste ano, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte informou que os casos aumentaram 40% nos primeiros dias de outubro na comparação com o mesmo período de 2018. Do dia 1º até a última terça-feira (8) foram 44 casos, contra 31 no ano passado. Somente entre esta quarta-feira (9), o estado teve registro de 21 casos, segundo a corporação.

Incêndio florestal atinge mata na zona rural do município de Portalegre, no RN.  — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Incêndio florestal atinge mata na zona rural do município de Portalegre, no RN. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Os principais incêndios registrados nesta quarta (9) foram no Vale do Açu; Patu, com 350 focos; Currais Novos; Mossoró; Portalegre, que teve três grandes incêndios seguidos; Viçosa e Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal. Outros 11 casos também no entorno da capital.

Os dados foram divulgados pelo comandante-geral da corporação, coronel Luiz Monteiro Júnior, nesta quinta-feira (10). De acordo com ele, no comparativo de janeiro a setembro, o estado estava apresentando redução no número incêndios: foram 269 em 2019, contra 339 no ano passado. Porém a tendência de queda mudou em outubro, com a chegada do tempo mais seco.

Comandante do Corpo de Bombeiros do RN, coronel Luiz Monteiro Júnior (à esquerda) fala sobre incêndios florestais no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Comandante do Corpo de Bombeiros do RN, coronel Luiz Monteiro Júnior (à esquerda) fala sobre incêndios florestais no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Por causa dos incêndios florestais, o Governo do Estado publicou um decreto de emergência para combater incêndios e mitigar os estragos na região de Portalegre e Viçosa. O documento, válido por 30 dias, permite ao Corpo de Bombeiros contratar serviços e comprar equipamentos sem licitação.

De acordo com o comandante, a corporação ainda prepara um orçamento, para saber quanto vai custar a compra dos equipamentos, porém eles já estão definidos: são enxadas, pás, rasteios, 4 picapes, 70 bombas costais, 20 sopradores, binóculos, lanternas, capacetes, perneiras e máscaras, entre outros. O dinheiro, segundo ele, já existe no orçamento e será tirado do Fundo Especial de Reaparelhamento da corporação, abastecido por uma taxa cobrada junto com o IPVA no estado.

Combate continua
Um dos incêndios mais demorados é o registrado na serra da cidade de Portalegre, distante 369 km de Natal. Já são cinco dias de combate, que agora conta com 40 militares. Durante todo o dia equipes de bombeiros militares se reversam, com voluntários. Umas das principais dificuldades é o acesso às chamas devido à topografia e a mata fechada. Mesmo assim, vários focos já foram combatidos e debelados.

Fonte: G1
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Com dificuldade de acesso, bombeiros mantêm combate a incêndio em Portalegre

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRN), continua o combate intenso ao fogo na serra da cidade de Portalegre, distante 369 km de Natal. Já são cinco dias de combate às chamas.

FOTO: DIVULGAÇÃO/CBMRN

Durante todo o dia equipes de bombeiros militares se reversam, com voluntários, no combate ao fogo. Umas das principais dificuldades é o acesso ao foco devido a topografia e a mata fechada. Mesmo assim, vários focos já foram combatidos e debelados.

Ontem (9), o CBMRN deflagrou a Operação Abrace o Meio Ambiente (AMA) que tem o objetivo de intensificar as ações contra os incêndios florestais através do investimento em equipamentos de proteção individual, viaturas operacionais, entre outras estruturas necessárias para reforçar as ações de prevenção e combate a incêndio nas áreas de maiores riscos. Os recursos utilizados serão do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros Militar que administra as taxas cobradas pela instituição.

Em decorrência do aumento do número de incêndios florestais, o Governo do RN decretou situação de emergência nos municípios de Portalegre e Viçosa por 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período. O texto será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial nesta quarta-feira (9). O decreto permite ao Corpo de Bombeiros Militar contratar, mediante dispensa de licitação, as obras e os serviços necessários a mitigar as consequências provocadas pelos incêndios, além da aquisição de materiais e equipamentos necessários ao combate às queimadas. Será possível também adotar medidas preventivas junto aos municípios, dentre elas a formação e treinamento de brigadas de incêndio e ações educativas para a população.

Fonte: Portal no Ar
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RN perderá R$ 140 milhões após decisão da Câmara dos Deputados

O Rio Grande do Norte deverá receber R$ 320 milhões dos R$ 457 milhões que eram esperados com a distribuição de recursos da cessão onerosa do pré-sal para os estados. A redução de 28% – cerca de R$ 140 milhões – ocorrerá após a Câmara dos Deputados ter aprovado novos critérios para essa partilha.

Agora, com os novos critérios aprovados, 10% dos repasses ocorrerão de acordo com as regras do FPE e 5% pela metodologia da Lei Kandir/Fundo de Exportação. Por essa lei, o percentual de recursos a que o RN tem direito é de 0,44%, conforme informou o secretário de Planejamento do Estado, Aldemir Freire, ao jornal Tribuna do Norte.

A expectativa pelos R$ 457 milhões existia caso tivesse prevalecido o disposto no relatório inicial do senador Cid Gomes (PDT-CE) aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ, do Senado, que determinava a distribuição para as unidades da Federação de 15% dos recursos de acordo com as regras do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

A Câmara dos Deputados também definiu que os recursos da cessão onerosa do pré-sal serão utilizados no pagamento de dívidas previdenciárias e investimentos.

Municípios

Para os municípios não há alteração de percentual. O rateio fica em 15% conforme regras do FPM.

O novos critérios precisam ser confirmados pelo Senado.

Fonte: Portal no Ar
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[VIDEO] Corpo de Bombeiros alerta para riscos de incêndios e faz apelo para população


O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBM-RN) divulgou um vídeo alertando a população para o risco de incêndios florestais no estado. As imagens foram gravadas pelo Major Couceiro.

Nas imagens, o militar pede que a população evite queimar lixo em terrenos baldios, além do descarte de piubas de cigarros em locais inadequados. “Estamos passando por um período de altas temperaturas. A vegetação está desidratando em virtude das altas temperaturas. A umidade está baixa”, alertou.

Ainda de acordo com o major, o CBM-RN está atendendo cerca de 40 ocorrências de incêndios florestais por dia em todo o estado. “Colocamos todo o efetivo e equipamentos, mas precisamos da ajuda da população”, concluiu.

Vídeo:


Fonte: Portal no Ar
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Adolescente negro vira 'suspeito' em grupo de moradores após tirar fotos no bairro

Um adolescente de 17 anos relatou ter sofrido preconceito por parte de moradores e de um vereador enquanto fazia fotografias pelas ruas do bairro Eloy Chaves, em Jundiaí (SP). O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Moradores tiraram fotos do jovem após considerarem a atitude dele como 'suspeita' — Foto: Reprodução/Facebook
Moradores tiraram fotos do jovem após considerarem a atitude dele como 'suspeita' — Foto: Reprodução/Facebook

Segundo Gabriel Souza, funcionário de uma borracharia, o mal-entendido aconteceu quando, durante o horário de almoço, saiu para fotografar alguns pontos do bairro com uma câmera.

"É um equipamento novo que eu havia ganhado há pouco tempo, então decidi testar durante o meu horário de almoço. Até então, não estava sabendo de nenhuma repercussão", conta.

Depois desse dia, fotos e áudios foram divulgados em grupos de moradores no Whatsapp e no Facebook alertando sobre a presença do rapaz e aconselhando que, se o vissem, acionassem a Guarda Civil Municipal.
Postagem em grupo de moradores do bairro alertou para a presença do adolescente — Foto: Reprodução/Facebook
Postagem em grupo de moradores do bairro alertou para a presença do adolescente — Foto: Reprodução/Facebook

Um áudio atribuído ao vereador da Câmara de Jundiaí Antônio Carlos Albino (PSB), que também é integrante do grupo de moradores, reforçava o pedido de alerta: "Boa tarde! Se vocês virem esse indivíduo para a rua, por favor, já liguem 153, porque a viatura da Guarda está tentando achar ele no bairro. É um suspeito de estar filmando e tirando fotos das casas."

"Um dia após as fotos serem feitas, no horário de almoço, saí para comprar um refrigerante próximo à borracharia. Percebi vários olhares de reprovação pela rua, mas achei que fosse por conta da roupa suja de graxa, então não dei importância", lembra o adolescente.

Gabriel conta que só entendeu o que estava acontecendo quando um cliente e morador de um condomínio próximo mostrou a ele as fotos e áudios que estavam circulando na internet.

"Por nos conhecer, ele veio até aqui para nos avisar. Fiquei assustado e desesperado ao ver a quantidade de fotos minhas sendo compartilhadas nas redes sociais", explica.
O jovem comenta que, por duas vezes, tentou registrar um boletim de ocorrência em dois distritos policiais da cidade, mas não teve sucesso.

"O delegado de um dos distritos comentou que não havia crime para registrar boletim de ocorrência. Já outro delegado pediu que eu escrevesse meus dados em uma folha sulfite e fizesse uma foto para que eu pudesse ser investigado posteriormente, queria me fichar."

Adolescente fez postagem para denunciar episódio — Foto: Reprodução/Facebook
Adolescente fez postagem para denunciar episódio — Foto: Reprodução/Facebook

Segundo ele, o vereador compareceu até a borracharia para esclarecer a situação e publicou uma mensagem no Facebook dizendo que havia sido um mal-entendido.

"Foi quando eu percebi a dimensão do que estava ocorrendo. Ele veio até a borracharia e logo percebeu que toda a situação tinha sido um engano, quando todos os áudios, imagens e até a Guarda Civil já estava atrás de mim. Ele ligou para o administrador do grupo e pediu que apagassem as fotos, pediu desculpas e ficou por isso", explica.

Adolescente concilia trabalho de borracheiro com paixão pelas fotos em Jundiaí — Foto: Gabriel Souza/Arquivo Pessoal
Adolescente concilia trabalho de borracheiro com paixão pelas fotos em Jundiaí — Foto: Gabriel Souza/Arquivo Pessoal

Antônio Carlos Albino foi procurado pela TV TEM nesta quinta-feira (10) para enviar um posicionamento, mas não deu retorno.

Além de procurar a polícia, o adolescente postou um desabafo na internet para reclamar do episódio. Na postagem ele publicou as fotos que tirou no bairro e causaram preocupação nos moradores.

Adolescente postou fotos que tirou no bairro em Jundiaí — Foto: Gabriel Souza/Arquivo pessoal
Adolescente postou fotos que tirou no bairro em Jundiaí — Foto: Gabriel Souza/Arquivo pessoal

Fonte: G1
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Venezuela diz que Salles é tendencioso ao culpar o país pelo óleo nas praias brasileiras

O governo de Nicolás Maduro afirmou, nesta quinta-feira (10), que o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, foi "tendencioso" ao dizer que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atingiu praias do Nordeste brasileiro;

Comunicado conjunto foi publicado no site da PDVSA nesta quinta-feira (10) — Foto: Reprodução/Site PDVSA
Comunicado conjunto foi publicado no site da PDVSA nesta quinta-feira (10) — Foto: Reprodução/Site PDVSA

Salles declarou, na quarta (9), que as manchas de óleo "muito provavelmente" estão relacionadas a produto do país vizinho, que pode ter sido transportado perto da costa brasileira (veja mais abaixo).

Em comunicado divulgado em seu site, a estatal venezuelana de petróleo, PDVSA, afirmou ainda "rechaçar categoricamente" as declarações de Salles. O texto também foi publicado no site do Ministério do Petróleo da Venezuela (veja íntegra ao final da reportagem).

"Petróleos da Venezuela, S.A. (PDVSA) rechaça categoricamente as declarações do Ministro do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do Nordeste do Brasil desde o início de setembro, considerando essas alegações infundadas, uma vez que não há evidência de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que poderiam ter causado danos ao ecossistema marinho do país vizinho."
"Condenamos essas afirmações tendenciosas", diz o texto, observando que as manchas estavam localizadas a cerca de 6.650 km de sua infraestrutura de petróleo.

O G1 entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente nesta quinta. Em nota, o órgão respondeu que "a indicação de origem venezuelana do óleo se baseia em análise técnica laboratorial da Petrobras. A hipótese aventada é que pode ter sido derramado a partir de navios que trafegaram ao longo da costa brasileira, e não necessariamente de campos do governo ditatorial venezuelano".

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a resposta dada pelo governo Maduro sobre o óleo é "descabida". "Porque ela diz que não há vazamento de campos, e a hipótese não é de vazamento de campo, e sim o vazamento de um navio que tenha transportado o óleo venezuelano. Isso pode ter sido abastecido lá. A investigação da Marinha é nesse sentido", afirmou Salles, também nesta quinta.

No comunicado, a PDVSA afirma que não recebeu nenhum relato de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos de petróleo perto do Brasil.

Relatório da Petrobras

Na quarta-feira (9), em uma audiência na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Congresso, Salles afirmou que o vazamento, "acidental ou não", provavelmente veio de um navio estrangeiro. O ministro foi o primeiro membro do governo Bolsonaro a citar o país vizinho como provável origem do petróleo.

"Esse petróleo que está vindo muito provavelmente é da Venezuela, como disse o estudo da Petrobras. É um petróleo que vem de um navio estrangeiro, ao que tudo indica, navegando perto da costa brasileira", disse Salles em audiência.
Na fala, o ministro se referia a um relatório divulgado pela Petrobras na terça (8), segundo o qual o petróleo nas praias do Nordeste é uma mistura de óleos venezuelanos. De acordo com o documento, a substância não é produzida, comercializada ou transportada pela estatal brasileira.

Questionado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que ainda não é possível dizer de onde o óleo veio.

Também na terça, mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse suspeitar que o derramamento fosse criminoso, mas não citou quem poderia estar por trás das manchas.

“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que estivesse afundando, por exemplo, estaria saindo ainda óleo. Parece que, não é mais fácil, parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse o presidente.
No sábado (5), Bolsonaro determinou a apuração das causas e dos responsáveis pelas manchas de óleo. As investigações são conduzidas pela Polícia Federal, Ministério da Defesa, Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Manchas de óleo no Nordeste: o que se sabe sobre o problema
A produção de petróleo da Venezuela despencou nos últimos anos devido ao subinvestimento e à má administração e, mais recentemente, às sanções dos Estados Unidos à PDVSA, destinadas a forçar a saída do presidente Nicolás Maduro.


Bolsonaro está entre os críticos mais importantes de Maduro na América Latina. O Brasil não reconhece o governo de Maduro, e sim o de Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela em janeiro.

O que diz o ministro de Minas e Energia
Nesta quinta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que ainda não se sabe de onde vieram as manchas de petróleo.

"As correntes se espalharam para o noroeste e para o Sul. Por isso, é uma investigação complexa. Ainda não sabemos de onde esse óleo veio e como veio”, declarou Albuquerque. "Discordo da opinião de que o governo demorou a tomar providências. A investigação começou no dia 2 e foram disponibilizados os meios para conter o óleo", disse. A declaração foi feita durante um leilão de petróleo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

O diretor-geral da ANP, Decio Oddone, afirmou, no mesmo evento, que "esse caso não tem qualquer relação com a exploração de petróleo no Brasil. Provavelmente veio de um navio que passava pelo litoral e liberou esse óleo".

Manchas no litoral
As manchas de óleo começaram a aparecer no litoral do Nordeste no início de setembro. Desde então, segundo levantamento do Ibama, 139 locais de 63 municípios da região já foram atingidos pela substância, distribuídos entre 9 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (veja lista completa de praias atingidas).

Nesta quinta, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) afirmaram que o petróleo que atinge o litoral do Nordeste veio da Venezuela.

"Nossos estudos agroquímicos evidenciam que o óleo é proveniente de uma bacia da Venezuela. Foram diversas análises geoquímicas a partir da coleta dessas amostras. Esse trabalho realmente revelou que se trata de um petróleo produzido na Venezuela", afirmou Olivia Oliveira, diretora do Instituto de Geociências da instituição.

Riscos e danos
O petróleo que apareceu nas praias, bruto, é tóxico: uma complexa mistura de hidrocarbonetos que apresenta contaminações variadas de enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais. Por isso, é importante evitar contato direto com o material. O Ibama orienta que banhistas e pescadores não toquem o material ou pisem nele.

Os animais marinhos podem ser afetados tanto pela ingestão da substância quanto pelo contato com ela. O óleo já atingiu ao menos 15 tartarugas e uma ave bobo-pequeno ou furabucho (Puffinus puffinus), conhecida pela longa migração. Nove dessas tartarugas foram encontradas mortas ou morreram após o resgate. A ave também não resistiu ao óleo.

O projeto Tamar na Bahia e em Sergipe também suspendeu a soltura de filhotes de tartarugas marinhas.

Íntegra do comunicado da PDVSA
"Petróleos da Venezuela, S.A. (PDVSA) rechaça categoricamente as declarações do Ministro do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do nordeste do Brasil desde o início de setembro, considerando essas alegações infundadas, uma vez que não há evidências de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que poderiam ter causado danos ao ecossistema marinho do país vizinho.

Da companhia estatal de petróleo da Venezuela, reiteramos que não recebemos nenhum relatório, no qual nossos clientes e / ou subsidiárias relatam uma possível avaria ou vazamento nas proximidades da costa brasileira, cuja distância com nossas instalações de petróleo é de aproximadamente 6.650 km, via marítima.


A República Bolivariana da Venezuela ratifica seu compromisso com a preservação da vida na Mãe Terra, objetivo histórico consagrado em nossa Constituição e na Lei do Plano da Pátria 2019-2025.

Condenamos essas reivindicações tendenciosas que buscam aprofundar as ações unilaterais de agressão e bloqueio contra nosso povo."

Fonte: G1
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Análise de pesquisadores da UFBA aponta que óleo que atinge litoral do NE é produzido na Venezuela

Um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) aponta que o petróleo que atinge o litoral do Nordeste veio da Venezuela. A informação foi divulgada pela diretora da entidade, a pesquisadora Olivia Oliveira, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).

"Nossos estudos agroquímicos evidenciam que o óleo é proveniente de uma bacia da Venezuela. Foram diversas análises geoquímicas, a partir da coleta dessas amostras. Esse trabalho realmente revelou que se trata de um petróleo produzido na Venezuela", afirmou Olivia.

Foto do folheto divulgado pelo Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos Aquasis (CRMM) mostrando uma tartaruga coberta de óleo sendo tratada por biólogos do Aquasis no município de Caucaia, Ceará, Brasil, em 29 de setembro de 2019 — Foto: Andressa Gomide/AFP
Foto do folheto divulgado pelo Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos Aquasis (CRMM) mostrando uma tartaruga coberta de óleo sendo tratada por biólogos do Aquasis no município de Caucaia, Ceará, Brasil, em 29 de setembro de 2019 — Foto: Andressa Gomide/AFP

Apesar da afirmação dos pesquisadores, o governo de Nicolás Maduro nega que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atinge as praias do litoral nordestino. Conforme o comunicado, não há evidências de vazamentos de petróleo nos campos de petróleo da Venezuela que possa ter causado danos ao ecossistema do Brasil.

De acordo com a diretora do Instituto da UFBA, o resultado que comprova a nacionalidade do resíduo foi encontrado após diversos testes comparativos com sete amostras coletadas em Sergipe e duas na Bahia.

"Nós temos diversos dados da literatura onde mostram perfis cromatográficos, resultados que nós produzimos no laboratório. Além disso, nós temos um banco de óleo de diversas partes do mundo, que também fazemos essa comparação. Através de análises como essas, chegamos ao resultado", disse.

Olivia Oliveira, diretora do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) — Foto: Cid Vaz/TV Bahia
Olivia Oliveira, diretora do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

Segundo a pesquisadora, os dados apontam também que a substância se assemelha com petróleo cru. Ainda não há informações, no entanto, de quanto tempo o resíduo está no mar, nem se é proveniente de um navio ou não.

"Se parece muito com petróleo cru. Mas não deixamos a possibilidade de ser bunker, combustível de navio. Seria um óleo mais pesado. Um óleo mais de resíduo. Mas ainda não temos a real certeza. O óleo apresentava uma certa degradação. Pode ser um óleo cru, como poderia ser bunker, onde a parte crua, onde a parte do diesel que é utilizada com esse bunker foi evaporada", completou a diretora.

Conforme a pesquisadora, todas as análises desenvolvidas na UFBA serão encaminhadas para Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Manchas na Bahia

Mancha de petróleo em Arembepe  — Foto: Arquivo Pessoal
Mancha de petróleo em Arembepe — Foto: Arquivo Pessoal

Seis cidades baianas já foram atingidas pelas manchas de petróleo entre 3 de outubro, quando a substância chegou no estado, até a manhã desta quinta-feira (10). O último município atingido foi Camaçari, que já tem 3 praias contaminadas. No total, são 14 localidades afetadas no estado. São elas:

Guarajuba, Itacimirim e Arembepe (Camaçari)
Mangue seco e Coqueiro (Jandaíra)
Barra da Siribinha , Barra do Itariri , Sítio do Conde e Poças (Conde)
Baixio e Mamucabo (Esplanada)
Subaúma e Porto do Sauipe (Entre Rios)
Praia do Forte (Mata de São João)
Todos os municípios afetados ficam no litoral norte do estado. De acordo com a Marinha, Arembepe é a praia mais ao sul do estado atingida pelo petróleo até então.

Em Conde, a cerca de 185 km de Salvador, 18 toneladas de óleo foram retiradas da areia da praia de Sítio de Conde até a quarta-feira (9), segundo informações divulgadas pelo fiscal ambiental da cidade Ari da Silva Manaia.

Manchas de petróleo chegaram a Arempede, na Bahia  — Foto: Itana Alencar/G1
Manchas de petróleo chegaram a Arempede, na Bahia — Foto: Itana Alencar/G1

Na praia de Poças, no município de Conde, a cerca de 150 km de Salvador, grandes placas de óleo se acumulam nas pedras e na areia. Segundo a prefeitura do município, são 40 quilômetros de praias atingidas pelas manchas. Pescadores dizem que os peixes da região estão contaminados.

Na praia de Siribinha, que também fica no município de Conde, as manchas de óleo são menores, mas estão espalhadas por quase toda a área. Barraqueiros que atuam na região afirmam que a poluição vem afastando os turistas das praias.

O Projeto Tamar informou que o óleo adere à pele e é de difícil remoção. A substância também pode causar irritação, em caso de contato com os olhos ou de inalação. A instituição também disse que o petróleo cru pode conter compostos considerados cancerígenos.

Para fugir das manchas do óleo, os especialistas do Projeto Tamar levaram 500 filhotes das praias de Conde e Jandaíra e soltaram na Praia do Forte, 100 quilômetros ao sul, onde a quantidade das manchas é bem menor.

Manchas no Nordeste

Manchas de óleo que atingem mar no Nordeste chegam na Bahia — Foto: João Arthur/Tamar
Manchas de óleo que atingem mar no Nordeste chegam na Bahia — Foto: João Arthur/Tamar

Mais de 130 praias já foram afetadas pelo problema em todo o Nordeste. Há registro em todos os nove estados da região. A Bahia foi o último a ser atingido.


O Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartaruga nas regiões afetadas, para preservar os animais que são desovados na Bahia. Segundo o Projeto, os filhotes correm risco de morte se entrarem em contato com a substância.

Além das investigações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Marinha do Brasil e outras instituições do Nordeste e do Brasil, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) tentam descobrir a origem da mancha.

fonte: G1
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Alvo de operação contra esquema de golpes em empréstimos exibe vida de luxo em rede social

Roniel Cardoso se apresenta em uma rede social como empresário, CEO do Grupo Rony Cardoso e fazendeiro. Ele encerra o miniperfil com uma mensagem de fé: "Deus é fiel". Com 157 mil seguidores, nesta quinta-feira (10) o empresário foi preso pela manhã em uma operação das polícias do Rio de Janeiro, Maranhão e Brasília que mira quadrilha especializada em aplicar golpes em servidores.

Ronei posa na Torre Eiffel, em Paris — Foto: Reprodução/Instagram
Ronei posa na Torre Eiffel, em Paris — Foto: Reprodução/Instagram

Segundo a investigação, o bando que Roniel integra é suspeito de cometer ao menos quatro modalidades de crimes: associação criminosa, estelionato, crime contra a ordem econômica e relações de consumo e lavagem de dinheiro. O grupo criminoso é suspeito de conduzir um esquema conhecido como "pirâmide".

A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 50 milhões dos suspeitos. Roniel Cardoso dos Santos foi preso em casa, no Anil, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Com ele a polícia encontrou dinheiro em espécie.

A operação busca ainda outros cinco suspeitos e cumpre 36 mandados de busca e apreensão em endereços em São Paulo, Brasília e Maranhão.

Ronei em hotel de luxo na orla de Ipanema, no Rio — Foto: Reprodução/Instagram
Ronei em hotel de luxo na orla de Ipanema, no Rio — Foto: Reprodução/Instagram

No Instagram, é possível dizer que Roniel, ou Roni, tem um número considerável de pessoas que o acompanham. Viagens internacionais, carros de luxo, helicópteros, cavalos e motos aquáticas são paixões do empresário, que inclusive esteve no Rock in Rio, que terminou no último domingo (6).

Alguns dos destinos salvos por Roniel no Instagram incluem capitais europeias: Amsterdã, na Holanda; Bruxelas, na Bélgica; e Londres, Inglaterra. No Brasil, o empresário também tem registros de passagens por Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza.

Roniel, preso nesta quinta (10), exibia uma vida de luxo nas redes sociais — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Roniel, preso nesta quinta (10), exibia uma vida de luxo nas redes sociais — Foto: Reprodução/ Redes sociais

Ronei em moto aquática — Foto: Reprodução/Instagram
Ronei em moto aquática — Foto: Reprodução/Instagram

Golpes em servidores
O inquérito policial apontou que o bando visava, principalmente, aplicar golpes em servidores públicos. O objetivo da quadrilha era convencer as vítimas a contratar empréstimos consignados e, em troca, prometia ganhos extraordinários que segundo a polícia eram "incompatíveis com a realidade do mercado".

A investigação também indicou que os valores investidos pelas vítimas era reaplicado pelos empresários para que eles mesmos se beneficiassem. As benesses incluíam viagens ao exterior e até o lançamento de campanhas políticas.

Dos 36 mandados de busca e apreensão, quatro tinham como alvo a sede de empresas que, de acordo com os investigadores, foram abertas para aplicar os golpes.

A equipe de reportagem não conseguiu contato com a defesa dos investigados.

Ronei em viagem à Europa — Foto: Reprodução/Instagram
Ronei em viagem à Europa — Foto: Reprodução/Instagram

Fonte: G1
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Caixas misteriosas no litoral nordestino são de navio alemão naufragado na 2ª Guerra Mundial, dizem pesquisadores

As caixas misteriosas que apareceram em praias do Ceará e de outros estados do Nordeste são provenientes de um navio alemão que naufragou no litoral nordestino em 1944. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), quando investigavam a origem das manchas de óleo que surgiram no litoral do Nordeste.

Mais "caixas misteriosas" são encontradas no Litoral do Ceará, em São Gonçalo do Amarante. — Foto: José Cláudio de Araújo/ Arquivo Pessoal
Mais "caixas misteriosas" são encontradas no Litoral do Ceará, em São Gonçalo do Amarante. — Foto: José Cláudio de Araújo/ Arquivo Pessoal

Os materiais são grandes fardos de borracha, mas ainda não se sabe para que eram utilizados. Em uma das caixas havia uma placa metálica com inscrições em alemão, que foi a principal pista para a descoberta da origem das caixas. A placa foi encontrada quando a equipe pesquisava o ponto de vazamento que atinge as praias de todo o Nordeste.

O mistério das caixas começou em outubro do ano passado, após o primeiro aparecimento em Alagoas. No Ceará, os fardos apareceram nas praias de Aracati, Camocim, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Trairi e Pecém, além do Serviluz, em Fortaleza. De acordo com o professor Luís Ernesto Bezerra, cerca de 200 caixas foram encontradas em todo o litoral.

Bezerra começou a investigar a origem das caixas misteriosas após encontrar uma delas em Itarema, no interior do Ceará. "[Ela] tinha uma inscrição pertencente à Indonésia Francesa, que ficou independente em 1953, ou seja, é muito antiga. Então começamos a pesquisas e encontramos confirmações desse naufrágio", conta.

(Correção: O G1 errou ao informar que o ano do naufrágio do navio foi 1941. Os pesquisadores apontam que a data foi 1944. O erro foi corrigido às 12h27)

Conforme Carlos Teixeira, oceanógrafo físico do Labomar, o navio "SS Rio Grande" utilizava nome brasileiro para se disfarçar dos inimigos de guerra e era carregado com esses fardos de borracha. Ele foi afundado por forças aéreas dos Estados Unidos.

"A gente sabia das caixas, mas nunca tínhamos conseguido desvendar de onde elas vinham. Aí veio a problemática do óleo. Por coincidência, ou não, a ocorrência desse óleo está acontecendo na mesma época do ano em que as caixas começaram a aparecer no ano passado", relata.
A relação entre as manchas de óleo e as caixas, porém, está descartada "por enquanto" pelos pesquisadores. Isso porque o petróleo cru encontrado nas praias é relativamente recente. "Para ter relação [com as caixas], o óleo teria que ser muito velho."

Pacote também foi encontrado na Praia do Forte, em Natal  — Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi
Pacote também foi encontrado na Praia do Forte, em Natal — Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi

O navio naufragou entre 1º e 4 de janeiro de 1944, mas só foi descoberto mais de 50 anos depois, em 1996, a cerca de mil quilômetros do litoral. Carlos Teixeira começou então um trabalho de simulação para confirmar que as caixas poderiam chegar até a costa nordestina e obteve a confirmação nesta quarta-feira (9): "Temos 99% de certeza dessa origem".

O professor Luís Ernesto Bezerra explica por que os fardos de borracha começaram a aparecer recentemente. "Navios naufragados começam a sofrer corrosão, então, décadas depois, começam a vazar as suas cargas. E por ter acontecido no Oceano Atlântico perto do Nordeste, elas [as caixas] chegaram até aqui", diz.

Fonte: G1
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