quarta-feira, julho 06, 2022

Azul retoma voos diretos entre Natal e Fernando de Noronha a partir de setembro

A companhia aérea Azul anunciou que vai retomar, a partir de 17 de setembro, voos diretos entre Natal e Fernando de Noronha, em Pernambuco. Os bilhetes para a rota, que será realizada semanalmente, sempre aos sábados, serão disponibilizados para vendas a partir desta quarta-feira (6).


Azul retoma voos diretos entre Natal e Fernando de Noronha a partir de setembro — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo


O voo partirá de Natal às 13h30, com chegada prevista a Fernando de Noronha às 15h55. No sentido inverso, o voo decola do arquipélago às 16h35, pousando na capital do Rio Grande do Norte às 17h05.


De acordo com a companhia, até o fim de 2022 a oferta de voos da Azul no Estado terá crescido mais de 20% em relação aos anos de 2019 e 2021.



No mês de julho, a empresa tem ligações diretas da capital potiguar para as cidades de Cuiabá, Belo Horizonte (Confins), Recife, São José do Rio Preto (SP), Mossoró (RN), Uberlândia (MG) e Campinas (SP), principal base de operações e aeroporto com maior conectividade, de onde é possível se conectar a toda malha nacional e internacional da Azul.


Fonte: g1

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Famílias denunciam invasão da PM em ocupação na Zona Leste de Natal; investigação é aberta

Residentes da Ocupação Emmanuel Bezerra, no bairro da Ribeira, na Zona Leste de Natal, denunciaram que o espaço foi invadido por policiais militares na noite de terça-feira (5) e que os moradores sofreram ameaças, intimidações e agressões.


Integrantes da Ocupação Manoel Bezerra protestaram nesta manhã em frente à governadoria — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi


A ocupação é organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que realizou um protesto na governadoria na manhã desta quarta (6). (Veja detalhes mais abaixo).


Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) informou que "determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar os fatos".


De acordo com coordenadores do MLB, um morador da ocupação chegou a ser agredido e outros que tentaram filmar a abordagem foram impedidos pelos policiais militares.



"Abordaram um dos companheiros e espancaram ele dentro de um barraco. Algemaram, saíram por uns 40 minutos, e devolveram ele como se nada tivesse acontecido", afirmou Bianca Soares, coordenadora do MLB.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil.


A ação policial foi realizada por policiais militares do 4º Batalhão da PM, que opera na Zona Norte de Natal - a região Leste, onde fica o bairro da Ribeira, é de responsabilidade do 1º BPM.


A PM disse que, assim que tomou conhecimento dos fatos, enviou uma viatura com um oficial de serviço ao local para averiguar a situação.


"A instituição ressalta que não compactua com nenhum desvio de conduta de seus integrantes e apura com rigor todas as ocorrências por meio da corregedoria", reforçou a nota da PM.

Os moradores relataram que os militares invadiram a ocupação sem qualquer autorização judicial. Eles lembraram ainda o momento complicado que estão passando por conta do alagamento ocorrido na ocupação com as fortes chuvas que caíram na capital potiguar nos últimos dias.


"Essas mesmas famílias sofreram com as chuvas, perderam quase todos os seus pertences. Várias pessoas fazendo solidariedade para que essas pessoas tivessem tudo de vez e acontece essa coisa", afirma Samara Martins, que também coordena o MLB.



Protesto

Nesta quarta-feira (6), os moradores da ocupação protestaram em um ato em frente à sede da governadoria, no Centro Administrativo, em Natal, por conta da ação da PM.


Eles se reuniram com representantes da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), com a governadora Fátima Bezerra e com representantes da Polícia Militar. A PM confirmou que não havia nenhuma operação programada na ocupação.


Fonte: g1

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Viaturas com auditores fiscais são bloqueadas durante escolta e motorista de caminhão foge com carga apreendida na Grande Natal

Quatro carros bloquearam a passagem de duas viaturas com auditores da Secretaria de Tributação (SET) do Rio Grande do Norte, durante uma escolta, e permitiram que o motorista de um caminhão que tinha acabado de ter a carga de confecções apreendida por falta de nota fiscal fugisse levando o material.


Caminhão que estava com carga de confecções apreendida foi localizado horas após a fuga, na Grande Natal, mas o material não foi encontrado. — Foto: Polícia Civil/Cedida


O caso aconteceu na madrugada da terça-feira (5), na Grande Natal, e foi confirmado pela própria SET e pela Polícia Civil.


Após ser acionada, a Polícia Civil localizou o caminhão e prendeu o dono do veículo durante a manhã da terça (5), mas a carga avaliada preliminarmente em R$ 500 mil ainda não foi recuperada. A polícia não informou o local em que o caminhão foi encontrado.



Como o material já era considerado apreendido e em posse de agentes do estado, a polícia trata o caso como roubo. Os agentes investigam a participação de outras pessoas.


Em nota, a Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) informou que, durante inspeção de rotina, os auditores fiscais interceptaram um caminhão carregado com artigos de confecção sem documentação fiscal na BR-101, em Parnamirim, na Grande Natal.


Durante a abordagem ao veículo, um dos auditores foi agredido pelo motorista e a equipe de fiscalização foi reforçada para fazer a escolta da carga para pesagem, apreensão e notificação na 1ª Unidade Regional de Tributação (URT), no bairro Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal.


No entanto, durante o trajeto, os carros das equipes de fiscalização foram bloqueados por outros quatro veículos, que impediram a passagem deles. Nesse momento, o motorista do caminhão fugiu levando o veículo com o material irregular.


O Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil foi acionado para iniciar uma investigação, localizou o caminhão e prendeu o proprietário do veículo horas depois. Segundo a polícia, ele vai responder pelo crime de roubo qualificado.


Segundo a SET, a interceptação dos outros veículos aconteceu já perto da unidade da pasta em Cidade da Esperança. Em nota, a secretaria repudiou "qualquer forma de violência" contra os servidores públicos em pleno cumprimento do exercício da profissão.


A Polícia Civil informou que a investigação deverá apurar a participação de outras pessoas, como os ocupantes dos veículos que bloquearam as viaturas da SET, no crime.


Fonte: g1

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Suspeito de aplicar golpe do falso boleto em potiguar por aplicativo de mensagem é preso em SP

Um homem foi preso em São Paulo suspeito de ter aplicado o golpe do "falso boleto" em uma potiguar, que teve prejuízo calculado na casa dos R$ 11 mil. A ação fez parte da operação Scammer, deflagrada nesta quarta-feira (6).


Homem foi preso e outro é considerado foragido após ações do Ministério Público do RN — Foto: Divulgação/MPRN


Dois mandados de prisão foram cumpridos, mas um dos alvos não foi localizado, se tornando foragido. Na residência do suspeito que foi preso, na capital paulista, foram apreendidos celulares e computadores.


As investigações apuram, ainda, a participação do suspeito em outros crimes e se houve participação de mais pessoas nos golpes aplicados. Ele está à disposição da Justiça em uma unidade prisional no estado de São Paulo.


Operação teve apoio do MP de São Paulo e da Polícia Civil paulista — Foto: Divulgação/MPRN


O golpe

De acordo com as investigações, o golpe ocorreu em junho de 2021, quando a vítima foi abordada pelo estelionatário através de um aplicativo de mensagens.


O homem se passou por um representante de um escritório de cobranças, informando detalhes sobre financiamento de um veículo que a vítima tinha em aberto. O valor cobrado era R$11.947,07, quantia equivalente a duas parcelas que não tinham sido pagas pela vítima.


Diante da quantidade de detalhes informados, a mulher afirmou não ter desconfiado que se tratava de um golpe e efetuou o pagamento. Três dias depois, ela foi cobrada, através de contato telefônico, do mesmo valor que sido pago dias atrás.


Em contato com o escritório terceirizado, ela apresentou o comprovante da transação que havia sido feita, mas foi informada que o documento não remetia ao código de barras do boleto oficial.

A vítima fez uma denúncia ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que iniciou a apuração dos fatos. A operação teve apoio do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil paulista. A operação foi baseada como Scammers, uma tradução livre para a palavra "golpistas', em inglês.


Fonte: g1

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Médico e paciente são levados a delegacia após agressões em UPA de Natal

Um médico e um paciente foram parar na Central de Flagrantes da Polícia Civil em Natal, na noite de terça-feira (5), após troca de agressões na Unidade de Pronto-Atendimeto (UPA) do conjunto Cidade Satélite, na Zona Sul da capital potiguar.


Paciente de UPA disse que foi agredido por médico. Profissional disse que tentou conter homem, que estaria agressivo. — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


O paciente disse que foi agredido. Já o profissional de saúde alegou que precisou conter o homem, que estava alterado e o agrediu. O caso teria acontecido após o paciente reclamar, por esperar mais de seis horas pelo atendimento.


O paciente contou que chegou às 14h com febre, tosse e sintomas gripais e teve uma discussão com o médico e com a equipe da unidade de saúde ao procurar saber o motivo da demora.



"Como, direito eu fui saber porque estava demorando, porque tinha muita gente passando na minha frente, e perguntei por minha ficha que estava na mesa, que eu tinha deixado lá. Se reuniram, foram procurar minha ficha e acharam já, numa situação, como se eu saísse de lá só amanhã. Reclamei, porque eu não estava sendo atendido e porque minha ficha estava sendo passada. E fui muito educado", declarou o homem, que pediu para não ser identificado.


Ainda de acordo com o paciente, uma servidora disse que ele era o próximo da fila, mas o médico disse que não. "Eu disse: se tiver passando pessoas idosas, prioridade, pode continuar com o atendimento. Mas não tinha", argumentou.


O homem ainda alegou que ficou na porta do consultório, para ser atendido, depois que a atendente afirmou que ele era o próximo.


Secretário de Saúde de Natal, George Antunes, foi à delegacia e apresentou versão do profissional. — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


"Ele soltou a prancheta lá dentro e veio na minha direção. O médico bateu nos meus peitos com as duas mãos. Cai por cima de pessoas que estavam sentadas esperando atendimento lado de fora e por cima de uma paciente que tinha acabado de chegar com o Samu. Ele me pegou pelo pescoço, me estrangulou de frente, me pegou de frente e tirou meus pés do chão", relatou.



Na delegacia, o homem mostrou o pescoço ferido ao delegado de plantão.


O secretário de Saúde de Natal, George Antunes, e a secretária adjunta, Rayane Araújo, foram à delegacia conversar com o médico e com o delegado de plantão. Na saída do local, o secretário contou a versão que ouviu do profissional de saúde da UPA.


"Ele disse que o paciente estava alterado, tumultuando lá dentro, peitou, teve o contato corporal com ele duas vezes, afrontou de novo, bateu nele, empurrou, e ele teve que conter o paciente. Vai ser encaminhado agora para a Justiça, já que houve um desacato e uma tentativa de agressão a um profissional em serviço", declarou Antunes.



O paciente e o médico foram ouvidos e liberados da delegacia após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência na Central de Flagrantes. O caso foi registrado como desacato.


O secretário George Antunes tentou justificar a demora no atendimento aos pacientes, que motivou a confusão.


"Existe uma classificação de risco nas unidades de urgência e emergência que classifica os pacientes como vermelho, amarelo, verde e azul. Ele era um paciente azul, então ele deveria esperar sim, como todos esperam. Igual a ele, possivelmente, deveria ter mais um monte de gente esperando, e ninguém fez esse tumulto nem agrediu ninguém", disse.


Fonte; g1

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Mais de 60 milhões de brasileiros sofrem com insegurança alimentar, diz FAO

A quantidade de brasileiros que enfrentou algum tipo de insegurança alimentar ultrapassou a marca de 60 milhões, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado nesta quarta-feira (6).


Os números da publicação mostram que o número de pessoas que lidou com algum tipo de insegurança alimentar foi de 61,3 milhões – praticamente três em cada dez habitantes do Brasil, que tem uma população estimada em 213,3 milhões. Desse total, 15,4 milhões enfrentaram uma insegurança alimentar grave.


Os dados da FAO para o Brasil englobam o período de 2019 a 2021.


Filas por comida na Lapa, região central do Rio — Foto: Marcos Serra Lima - G1


Os últimos números da instituição revelam uma piora alarmante da fome no Brasil. Entre 2014 e 2016, a insegurança alimentar atingiu 37,5 milhões de pessoas - 3,9 milhões estavam na condição grave.


Segundo a FAO, as definições para a insegurança alimentar são as seguintes:


Insegurança moderada: as pessoas não tinham certeza sobre a capacidade de conseguir comida e, em algum momento, tiveram de reduzir a qualidade e quantidade de alimentos.

Insegurança grave: as pessoas que ficaram sem comida e passaram fome e chegaram a ficar sem comida por um dia ou mais.


No ano passado, em todo mundo, 2,3 bilhões de pessoas enfrentavam um cenário de insegurança alimentar ou severa, 350 milhões a mais do que o observado antes da pandemia de coronavírus.


A pesquisa também mostrou que as mulheres sofreram mais com a insegurança alimentar.


Em 2021, 31,9% das mulheres no mundo enfrentavam um cenário de insegurança moderada ou grave, acima dos 27,6% apurados entre os homens. A diferença de quatro pontos percentuais também é maior do que a observada 2020, quando era de três pontos.


De acordo com as projeções da FAO, 670 milhões de pessoas passarão fome em 2030, o que é equivalente a 8% da população global.


Fonte: g1

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Anvisa mantém proibição do cigarro eletrônico e defende fiscalização do comércio ilegal; entenda regras

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu, nesta quarta-feira (6), para discutir a regulação dos cigarros eletrônicos no Brasil.


Foto mostra mulher fumando cigarro eletrônico em Nova York em setembro de 2018. — Foto: Brendan McDermid/Reuters


Os diretores da agência analisaram o Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que trouxe dados reunidos pela equipe técnica da Anvisa sobre o uso desse tipo de cigarros, incluindo os impactos à saúde, a toxicidade e o posicionamento de organizações internacionais sobre o tema.


Ao fim da votação, a diretoria da Anvisa decidiu manter a proibição dos cigarros eletrônicos, por votação unânime.


Agora, segundo a Anvisa, será feita uma reforma da legislação atual e aberta uma consulta pública para depois seguir para nova aprovação.


Além da proibição, a agência também votou pela adoção de medidas não normativas para a redução da oferta e da demanda (ações de fiscalização em parceria com outros órgãos e campanhas educativas).


Essa decisão havia sido recomendada pela própria equipe técnica da agência – a Gerência-Geral de Registro e Fiscalização de Produtos Fumígenos, derivados ou não do Tabaco (GGTAB) – no relatório analisado.


Ainda segundo a GGTAB, não há evidências científicas que indiquem atualmente uma regulamentação diferenciada para dispositivos eletrônicos para fumar com refis líquidos ou tabaco aquecido.


A Anvisa também esclareceu que, os países onde os DEF estão sendo comercializados não os autorizam como “produtos de dano reduzido”, como os EUA, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, países do Reino Unido e União Europeia.


"A autorização de comercialização de cigarros eletrônicos com refis líquidos e dos com refis de tabaco aquecido pelo FDA ocorreu diante de informações ainda desconhecidas relativas aos produtos", afirma a Anvisa.


Os dispositivos eletrônicos para fumar, incluindo os cigarros eletrônicos, são proibidos desde 2009 no Brasil, conforme uma resolução da Anvisa (RDC 46/2009) sobre o tema. A proibição inclui a comercialização, a importação e a propaganda desse tipo de cigarro.


Veja então como ficam as regras:


Anvisa mantém as proibições estabelecidas pela normativa RDC nº 46/2009, proibindo comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos;

Agência discutirá ainda questões de aprimoramento de fiscalização, monitoramento e disseminação de informações sobre esses tipos de produto;

Ainda nesse ano, será feita uma reforma da legislação atual e aberta uma consulta pública sobre o tema;

Uma nova RDC deve então ser publicada.

Entenda o que é o cigarro eletrônico.


Argumentos

Representantes de diversas entidades médicas e científicas nacionais e internacionais (veja lista ao final da reportagem) foram convidados a elaborar argumentos sobre os cigarros eletrônicos.


Os especialistas foram unânimes em destacar os prejuízos à saúde causados pelo vaping – como é chamado o hábito de fumar esse tipo de cigarro. Veja alguns dos argumentos apresentados:


Drauzio Varella:

"Levamos décadas para reduzir o cigarro para o que ele realmente é: um vício chinfrim que provoca mau hálito, deixa cheiro ruim no corpo, nas roupas e causa um número incrível de doenças. As piores doenças que conheci na medicina foram causadas pelo cigarro", disse o médico.


Gerações dos cigarros eletrônicos. — Foto: Kayan Albertin/g1


"No Brasil, nós conseguimos reduzir o número de fumantes de uma forma espetacular, elogiada por todas as organizações de saúde, inclusive a OMS. Estamos vivendo essa epidemia do cigarro eletrônico, apresentado para crianças e adolescentes como o cigarro foi apresentado na minha época: uma coisa que solta uma fumacinha, não faz mal nenhum", pontuou.


"O cigarro eletrônico foi feito com a desculpa de que serviria para reduzir os danos, para ajudar as pessoas a pararem de fumar. No ambiente científico não há demonstração de que ele seja capaz de sequer disso", afirmou.

"Estamos criando uma legião de crianças e adolescentes dependentes de nicotina. Na minha experiência pessoal, a nicotina é a droga mais difícil de largar, porque é a única que causa crises de abstinência em minuto", finalizou o médico.


Fiocruz:

"Esses dispositivos são consumidos, em países onde são liberados, prioritariamente por adolescentes e por adultos jovens. Isso significa um boom de dependência à nicotina em toda uma geração de brasileiros atuais e significa também um comércio a mais de uma droga, que é a nicotina", afirmou Vera Luiza da Costa e Silva, da Fiocruz.

Inca:

"Os dispositivos eletrônicos não são eficazes e nem seguros para o consumo humano. Os estudos têm demonstrado que esses dispositivos eletrônicos são eficazes na atração de crianças, adolescentes e jovens para o consumo da nicotina, tornando-se dependente dessa substância", afirmou Liz Maria de Almeida, do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Opas:

"O Brasil pode se orgulhar pelo seu histórico de conquistas em controle do tabaco nas Américas. Evidências atuais não sugerem que esses produtos sejam menos prejudiciais do que os cigarros convencionais. Os cigarros eletrônicos não contêm tabaco, mas são prejudiciais à saúde", disse Anselm Hennis, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).


"Na região das Américas, além do Brasil, que continua a demonstrar uma liderança destacada em saúde pública nesta área, outros Estados-membros, como Argentina, México, Panamá, Suriname, Uruguai e Venezuela, proíbem a a venda do cigarro eletrônico. México e Panamá também proíbem a venda de produtos de tabaco aquecidos", completou Hennis.


Apenas a fabricante de tabaco e cigarros Philip Morris Brasil, que também participou da exposição, foi contra os argumentos apresentados pelos médicos e cientistas.


"O relatório parcial teve violações da lei da Liberdade Econômica, das agências reguladores, do decreto federal que regulamenta o processo e ao próprio regulamento dessa Agência", disse Fernando Neustein, representante da Philip Morris Brasil.


Veja lista de entidades participantes:

Associação Brasileira de Estudos em Álcool e Outras Drogas (ABEAD)

Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)

Associação Médica Brasileira (AMB)

Associação Mundial Antitabagismo e Antialcoolismo

Associação de Controle do Tabagismo, Promoção da Saúde e dos Direitos Humanos

Campanha para Crianças Livres do Tabaco - Campaign for Tobacco-Free Kids (CTFK)

Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz

Comitê do MP do Estado do Paraná de Enfrentamento às Drogas e do Projeto Estratégico Semear

Coordenadora estadual do programa antitabagismo de São Paulo

Deputado Federal Alexandre Padilha

Deputado Federal Zacharias Calil

Deputado Mauro Nazif

Dr Drauzio Varella

Incor HCFMUSP

Instituto Nacional de Câncer

Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento contra tabagismo do Incor

Ministério Público do Estado de São Paulo

Organização Pan Americana da Saúde (Opas)

Tania Cavalcante, médica

Vital Strategies Brasil

União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Respiratórias

Philip Morris Brasil (fabricante de tabaco)

Entenda o cigarro eletrônico:

1. O que são os dispositivos eletrônicos para fumar?


São todos os chamados cigarros eletrônicos, que também podem ser apelidados de vaporizadores, pods, e-cigarettes, e-pipes, e-ciggys, etc.


Há também uma outra categoria, que é a dos produtos de tabaco aquecido que usam vaporização. Em vez de ter como base uma essência ou líquido, esses aquecem diretamente o tabaco, a planta da qual é extraída a nicotina.


2. Quais são as principais diferenças entre os cigarros tradicionais?


O cigarro tradicional tem alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, monóxido de carbono (que dificulta a oxigenação do sangue), nicotina, aromatizantes e uma mistura de mais de 7 mil produtos químicos que são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde. Eles funcionam por meio da combustão dessas substâncias.


Webstory Cigarro comum x cigarro eletrônico — Foto: Elcio Horiuchi/g1


Já os eletrônicos não agem dessa maneira, eles aquecem o líquido de seu reservatório (também chamado de e-líquido) que é então inalado pelo usuário. Assim, por não existir combustão, não há geração de monóxido de carbono. Apesar disso, eles também têm nicotina (por isso também geram dependência) e outras substâncias líquidas como glicerol, glicerina vegetal, propilenoglicol e aromatizantes alimentares.


"É um entregador de nicotina com uma roupa nova", explica a médica Liz Maria de Almeida, coordenadora de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer, o INCA. "Esse é o principal fator em comum entre esses tipos de cigarros".

A nicotina, o princípio ativo presente no tabaco, é uma droga. Almeida explica que ela é psicoativa, ou seja, liga-se a aos neurotransmissores do sistema nervoso responsáveis pela liberação de uma substância que dá uma sensação de bem estar no nosso corpo, a dopamina. E esse efeito é bastante rápido. Em cerca de 15 segundos depois da tragada, 25% da nicotina atinge esse sistema de recompensa.



Fora isso, também são colocados nesses produtos aditivos químicos feitos pela indústria alimentícia com sabores de frutas, mas que em nada se parecem com as propriedades desses alimentos.


"Então além da nicotina, que é uma substância que tem ação psicoativa que leva à dependência e que também gera aumento dos batimentos cardíacos, tem efeitos pulmonares, tem efeitos cardiovasculares, tem efeitos imunológicos, etc., você tem o agravante da presença de substâncias químicas muito variadas que são apresentadas nesses dispositivos eletrônicos", alerta a médica.


Fonte: g1

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Contas de luz: reajustes devem ser menores no 2º semestre; veja lista de distribuidoras que ainda terão revisão tarifária

Os reajustes tarifários nas contas de luz no segundo semestre devem ser menores que os registrados na primeira metade do ano, segundo cálculo da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.


Imagens de lâmpadas e conta de luz na região de São Paulo (SP). — Foto: WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


A TR estima que consumidores atendidos por distribuidoras de energia que ainda passarão por processos de reajustes ou revisão tarifária em 2022 devem receber autorização para uma alta média de 5,6% nas contas de luz, bem abaixo do reajuste médio de 13,57% verificado no primeiro semestre. No acumulado do ano, a previsão é que as tarifas residenciais no país tenham um aumento médio de 9,8%.

Ou seja, a projeção indica um impacto inflacionário mais atenuado dos custos da energia elétrica até o final do ano. No início do ano, os reajustes aprovados chegaram a ultrapassar 20%.



A expectativa de aumento menor no segundo semestre se deve ao fato de que muitos dos custos da crise hídrica do ano passado já foram repassados aos consumidores.


“No caso daquelas [distribuidoras] que passam pelo processo no primeiro semestre, os custos extras com a crise foram repassados às tarifas apenas neste ano, pressionando os porcentuais”, explica o diretor de Regulação da TR Soluções, Helder Sousa.


Veja abaixo a lista de concessionárias que ainda passarão por reajustes tarifários:


Table with 3 columns and 30 rows. Currently displaying rows 1 to 30. Sorted descending by column "Distribuidora"
UHNPALTocantins22/07
RR EnergiaRoraima31/10
Mux EnergiaRio Grande do Sul22/07
HidropanRio Grande do Sul22/07
ForcelParaná26/08
ERORondônia12/12
Equatorial PIPiauí01/12
Equatorial MAMaranhão28/08
EquatorialPará7/08
EPBParaíba28/08
Enel GOGoiás21/10
ELFSMEspírito Santo22/09
EletrocarRio Grande do Sul22/07
ElektroSão Paulo27/08
EFLULSanta Catarina29/08
EFLJCSanta Catarina29/08
EDP SPSão Paulo22/10
EDPEspírito Santo7/08
EACAcre12/12
DME-PCMinas Gerais21/11
DemeiRio Grande do Sul22/07
DceltSanta Catarina29/08
CPFL PiratiningaSão Paulo22/10
CooperaliançaSanta Catarina29/08
CHESPGoiás21/11
CelescSanta Catarina22/08
CEEERio Grande do Sul21/11
CEBDistrito Federal21/10
CEAAmapá12/12
AmEAmazonas31/10


Os reajustes nas tarifas de energia acontecem anualmente e variam conforme cada distribuidora. Normalmente, acontecem no aniversário de contrato de cada distribuidora, com exceção de quando há a revisão tarifária periódica.



O objetivo do reajuste tarifário anual é justamente repassar ao consumidor a alta dos custos das empresas e a inflação. Os reajustes precisam ser aprovados pela Aneel.


Em SP, conta de luz ficou 12,04% mais cara neste mês

A projeção de reajuste médio de 5,6% nas contas de luz no 2º semestre já considera os aumentos que passarão a valer neste mês, como os aprovados para a Energisa Sul Sudeste e para a Enel SP. Para 24 municípios, incluindo a capital paulista e cidades da Grande SP, a tarifa de energia ficou 12,04% mais cara desde o dia 4.


Apesar do calendário de reajustes prever ao menos 30 processos tarifários até o final do ano, isso não significa que a conta de luz necessariamente subirá em todas essas concessionárias.


A TR cita como exemplo a CEEE, distribuidora controlada pelo grupo CPFL que atende a região metropolitana de Porto Alegre. A concessionária teve praticamente todo o passivo financeiro da crise hídrica reconhecido no reajuste tarifário de novembro do ano passado. "Com isso, neste ano, é possível que os consumidores da CEEE observem até mesmo redução nas contas de luz", avalia.


Medidas para amenizar a alta de preços

Os reajustes homologados pela Aneel têm mostrado uma desaceleração após governo e Congresso aprovarem medidas para amenizar a alta de preços em ano eleitoral.


O preço médio da energia elétrica residencial no país registrou queda de 0,68% em junho, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerando para uma alta de 4,52% no acumulado em 12 meses.


Entre as medidas que contribuem para amenizar a alta da conta de luz está redução do ICMS incidente sobre energia elétrica e o aporte de R$ 5 bilhões do processo de privatização da Eletrobras ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano.


O montante, que já vem sendo considerado pela Aneel nos processos tarifários das últimas semanas, deve resultar, nos cálculos da TR, uma redução de cerca de 2,5 pontos percentuais nos reajustes deste ano.


O teto aprovado para cobrança de ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e outros serviços, por sua vez, tem potencial para reduzir a conta de luz em 12% em média, segundo a Aneel. Esse impacto, porém, será percebido no valor das faturas da conta de luz, e não nas tarifas aprovadas pela agência.


A Aneel decidiu manter em vigor a bandeira verde em julho. Com isso, a conta de luz segue sem cobrança adicional por mais um mês. A expectativa da agência é que a bandeira verde continue vigente ao longo deste ano, dada à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.


Fonte: g1

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