quarta-feira, julho 06, 2022

Ministro diz que militares não duvidam do sistema eleitoral, mas defende 'aperfeiçoamento'

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (6) que o sistema eletrônico de votação “precisa sempre de aperfeiçoamento”, mas negou que as Forças Armadas coloquem em dúvida o processo eleitoral.


O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira (terceiro da esq. para a dir.), e comandantes militares durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados — Foto: Billy Boss / Câmara dos Deputados


As Forças Armadas integram a Comissão de Transparência das Eleições. O órgão foi criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado para discutir medidas que possam ampliar ainda mais a transparência e a segurança das eleições.


O presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição, vem levantando suspeitas sem provas sobre a urna eletrônica, afirmando que não são auditáveis — embora sejam — e defendendo a aplicação de voto impresso, considerado um retrocesso pela Justiça Eleitoral.



Em meio aos ataques de Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira tem pressionado o TSE a adotar medidas sugeridas pelos militares que, afirma, garantiriam mais segurança ao processo eleitoral, apesar de o tribunal, que o responsável por comandar as eleições, afirmar que o processo é seguro.


“Sabemos muito bem que esse sistema eletrônico precisa sempre de aperfeiçoamento. Não há programa imune a um ataque, imune a ser invadido”, disse Nogueira durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.


"Não se está duvidando, ou achando isso ou aquilo outro. É simplesmente um espírito colaborativo. Esse é o espírito da equipe das Forças Armadas. Desde o início estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para melhoria do processo”, acrescentou o ministro.


Urnas são seguras

As urnas eletrônicas jamais entram em rede e, por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e apuração.


O método de votação usado no Brasil foi resultado de um trabalho de mais de 60 anos e, desde sua implementação, em 1996, nunca houve fraude numa eleição, segundo a Justiça Eleitoral.


O titular da Defesa disse que as sugestões dos militares à comissão de transparência do TSE têm o objetivo de dar mais transparência, segurança e melhores condições de auditabilidade ao sistema de votação.


“Só isso. Não tem outro viés”, destacou.


Fonte: g1

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