domingo, agosto 02, 2020

Campanha de vacinação contra o sarampo começa nesta segunda-feira (3) no RN

A campanha de vacinação contra o sarampo tem início nesta segunda-feira (3) e segue até o dia 31 de agosto no Rio Grande do Norte. O objetivo da Secretaria Estadual de Saúde Pública é imunizar as pessoas de 20 a 49 anos de idade contra a doença que voltou a circular no Brasil.

Campanha de vacinação contra o sarampo começa nesta segunda-feira (3) — Foto: JL Rosa/Sistema Verdes Mares
Campanha de vacinação contra o sarampo começa nesta segunda-feira (3) — Foto: JL Rosa/Sistema Verdes Mares

"A vacinação é a principal forma de proteger a população contra o sarampo, interrompendo a cadeia de transmissão do vírus, reduzindo a incidência e gravidade da doença nesse público-alvo", conta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Katiucia Roseli.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas se encontram nessa faixa etária no estado. A meta é vacinar 95% desse público e, para atingi-la, é necessário que todos os serviços de saúde das redes estadual e municipais estejam mobilizados para a vacinação. "Nesse momento, ressaltamos a importância de atualizar o cartão de vacina, mas lembramos que durante qualquer período do ano essa população terá acesso à vacina", reforçou Katiucia.

Em 2019, o Rio Grande do Norte registrou 11 casos de sarampo, sendo dois importados. Neste ano, o estado não registrou nenhum caso da doença e também não há nenhum caso em investigação.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Brasil registra média de 1.011 mortes pelo coronavírus por dia na última semana; 8 estados e DF têm alta de óbitos

Covid-19: com mais 852 óbitos, Brasil chega a 88.470 mortes pela ...O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h deste domingo (2).

O país registrou 514 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 94.130 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.011 óbitos, uma queda de 3% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Em casos confirmados, já são 2.733.622 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 24.746 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 44.817 por dia, uma variação de 34% em relação aos casos registrados em 14 dias.


(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 93.622 mortes e 2.709.617 casos; e às 13h, com 93.659 mortes e 2.708.876 casos confirmados.)

Progressão até 2 de agosto
No total, 8 estados e mais o Distrito Federal apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC, MG, DF, MS, AC, RR, TO.

Estados

Subindo: PR, RS, SC, MG, DF, MS, AC, RR, TO
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: RJ, SP, GO, MT, RO, BA, PI, RN, SE
Em queda: ES, AM, AP, PA, AL, CE, MA,PB, PE
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Fonte: G1
Leia Mais ››

Ministério Público da Bahia investiga denúncias feitas por 14 mulheres de abusos sexual e psicológico contra líder espiritual

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga denúncias de abusos sexual e psicológico contra um líder espiritual, Jair Tércio Cunha Costa, de 63 anos, ex-grão-mestre de uma loja maçônica na Bahia e desenvolvedor de uma doutrina pedagógica que é estudada em retiros espirituais promovidos por ele toda semana.

Segundo informações da promotora de Justiça, Gabriella Manssur, as denúncias de 14 mulheres, que participavam da seita de Jair Tércio, chegaram à Ouvidoria das Mulheres, órgão do Conselho Nacional do Ministério Público e ao Projeto Justiceiras.

"Desde quando uma mulher fala sobre um caso de abuso sexual que é cometido em série pelo mesmo agressor contra um grupo de mulheres que de alguma forma ele tem alguma superioridade, alguma hierarquia, outras mulheres falam", disse.

Uma dessas 14 mulheres é a pedagoga Tatiana de Amorim Badaró, que namorava um jovem que frequentava os encontros. Ela conta que buscou amparo emocional na doutrina após ficar grávida.

"Ele se aproveitou de um momento de extrema fragilidade, eu grávida aos 16 anos. precisando de apoio. A partir daí eu perdi minha vida", disse a pedagoga.

Jair Tércio é suspeito de abusar sexualmente de 14 mulheres — Foto: Reprodução / Fantástico
Jair Tércio é suspeito de abusar sexualmente de 14 mulheres — Foto: Reprodução / Fantástico

Tatiana de Amorim Badaró foi a primeira mulher a denunciar a opressão que diz ter sofrido de Jair Tércio, por 12 anos, entre 2002 e 2014.

"Eu não pude escolher profissão, ele determinou que era pedagogia. Eu fui obrigada a trabalhar na escola que ele fundou. Me afastei de minha mãe por ordem dele, tive que mudar celular, apagar e-mail e criar outro e-mail para que ninguém da minha vida tivesse contato comigo", revelou.

A pedagoga afirma que o guru a ameaçava e dizia que ela sofreria retaliações espirituais se os casos fossem revelados.

"Todo tempo um terrorismo psicológico, uma ameaça de retaliação espiritual. Porque ele nunca diz que ele vai fazer, ele diz que a espiritualidade vai resolver, a 'espiritualidade vai te cobrar, porque você teve a chance de viver perto de um iluminado e não aceitou'", disse a pedagoga.
Ao Programa Fantástico, a denunciante contou que a rotina de estupro começou quando ela foi convidada a preparar uma palestra na casa de Jair Tércio.

"Ele disse que precisava equilibrar minha energia. Na primeira noite foi só isso, na semana seguinte passou a mão em mim dizendo que tava equilibrando meus chacras e na seguinte ele penetrou dizendo que precisava jogar a energia dele dentro de mim", contou Tatiana.

Ao ser perguntada se o guru usava preservativos no momento dos abusos, ela disse que não. "Não usava porque ele dizia que nada daquilo era material".

A pedagoga afirmou que os casos de abuso sexual fizeram com que ela se afastasse dos familiares e amigos.

"Eu me sentia péssima. Eu chegava em casa e vomitava e com isso eu me afastei mais ainda de todo mundo. Inclusive das pessoas da seita, porque ele fala que ninguém é confiável, que a gente só pode confiar nele", contou Tatiana.
A denunciante disse também que Jair Tércio criava intrigas. Segundo Tatiana, ela entrou em depressão e engordou 20 kg após receber uma carta do guru, onde ele revelava que Vi, pai do filho dela, não sentia mais desejo pela companheira.


"Vi confidenciou a lute que não o satisfazias na cama", dizia a carta.

A denúncia só foi feita ao grupo As Justiceiras após ela descobrir que outras mulheres passaram pela mesma situação. Tatiana afirmou que sofreu ameaças anônimas depois de fazer a denúncia.

Gabriella Manssur afirmou que a maior dificuldade nesses casos é de comprovar os atos. "Mas se nos conseguimos reunir vários depoimentos, há provas de que esses fatos ocorreram".

"São vitimas mulheres, muitas meninas, e o que mais chama atenção é que esses abusos ocorrem por um longo período, se prolongam no tempo, fazendo com que elas entendam que aquilo faz parte de um ritual, de um tratamento", disse a promotora.

Uma outra mulher, que preferiu não revelar a identidade, contou que o baiano tentou estuprá-la.

"E eu disse: ele não é um Deus, não é santo, é um homem e não é um homem bom, porque ele sabia do amor que eu tinha como um pai, muitas vezes eu não ouvia meu pai e ouvia ele", disse.

Outra, que também não quis revelar a identidade, disse que não conseguiu se defender das ações. "Ele me tocou. Tocou nos meus seios, me masturbou, mandou me virar. Aquilo foi me deixando estática e ele foi fazendo, foi me molestando, foi mexendo em mim", revelou.


O advogado do suspeito, Fabiano Pimentel, afirma que, "por ser uma pessoa solteira, um homem solteiro, ele teve alguns relacionamentos amorosos, mas que em nenhum momento houve qualquer tipo de violência seja psicológica ou física a ensejar qualquer tipo de crime de estupro ou importunação nesse sentido".

"Não, eu não estou dizendo que elas estão mentindo. O que eu estou dizendo é que ele afirma que destes relacionamentos foram feitos de forma consensual", contou o advogado de Jair Tércio.
A Grande Loja Maçônica da Bahia disse, em nota, que suspendeu os direitos maçônicos de Jair Tércio. "A maçonaria não tem responsabilidade nenhuma com relação aos atos dessa pessoa".

Relação com menor de idade

Um boletim de ocorrência registrado em Salvador, consta que a voz do homem em um telefonema analisado pelo MP, é de Jair Tércio e a outra voz é de uma menor de idade.

No diálogo, a adolescente pergunta ao homem se ele tirou a virgindade dela. Ele nega e diz: "Comigo não é relação, não. Comigo foi carinho, foi amor".

Na sequência, a adolescente diz que a mãe dela vai levá-la ao ginecologista e ele pede para que ela evitasse. "Você não vai. Esqueça isso, minha filha. Pelo amor de Deus, viu?", disse.


Uma adolescente de 16 anos disse que se sentia suja por não obedecer as "regras" ditadas pelo guru.

"Eu sempre pensava que por eu não querer fazer aquelas coisas, por não querer seguir aquelas regras, eu era suja e errada. Isso complica a minha vida de forma absurda, eu sempre tenho complexo de culpa por causa disso", conta.
O advogado de Jair Tércio afirma que o guru nega qualquer tipo de envolvimento em relação a menores ou estupro de vulneráveis.

Fonte: G1
Leia Mais ››

PF e FAB apreendem 1,1 tonelada de cocaína ao interceptarem aeronaves em MS; dois pilotos foram presos

Uma aeronave monomotor, modelo EMB-720 Minuano, foi interceptada em ação conjunta da Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal (PF), neste domingo (2). As informações foram levantadas pelo setor de inteligência e então foram usadas quatro caças da FAB a apreensão do veículo e cocaína.

Aeronave fez pouso forçado e estava lotada de cocaína — Foto: FAB/Divulgação
Aeronave fez pouso forçado e estava lotada de cocaína — Foto: FAB/Divulgação

Conforme a FAB, o monomotor foi escoltado até o pouso obrigatório em Rondonópolis (MT), onde houve a abordagem e 450 kg de cocaína foram apreendidos. Os pilotos que estavam no interior da aeronave foram presos em flagrante.

Na segunda ação, um bimotor B-58 Baron foi interceptado também na capital sul-mato-grossense, sendo orientado a pousar em Três Lagoas, na região leste do estado. O bimotor não cumpriu as ordens e tentou fuga, porém, foi localizado no município de Ivinhena, com cerca de 700 kg de cocaína a bordo.

A FAB informou que as ações fazem parte da Operação Ostium, deflagrada para coibir ilícitos transfronteiriços. Para a ação, além das quatro caças A-29 Super Tucano da FAB e um E-99, também houve esforço de todo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).

Fonte: G1
Leia Mais ››

Depois de quase cinco meses, Jericoacoara iniciará retomada gradual de serviços

A prefeitura de Jijoca de Jericoacoara assinou decreto neste sábado (1º) autorizando o retorno das atividades na Vila de Jericoacoara, litoral Norte, um dos principais destinos turísticos do Ceará. A retomada terá início no próximo dia 8, sábado. O município foi o primeiro do Estado a parar as atividades econômicas e a implantar barreiras sanitárias, ainda em março, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Já são quase cinco meses de inatividade.

A partir do dia 8, de acordo com o documento, ficam autorizadas reservas em hotéis, pousadas e meios de hospedagem. Além disso, nesta primeira fase de reabertura, restaurantes também ficam autorizados a volta gradual, porém com horário reduzido e público limitado. As empresas também deverão adotar todos os cuidados necessários para preservação da saúde de clientes, funcionários e entregadores.

“Com essa reabertura, a gente espera poder resgatar, de forma gradual, todo esse turismo que deixou de vir para cá. Esperamos que esse turismo volte, de forma gradual e com bastante cautela, para desenvolver toda a economia”, projeta Ricardo Gusso, secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Meio Ambiente de Jijoca de Jericoacoara.

Empresários estão investindo nos protocolos de higiene e segurança para a reabertura. — Foto: Mateus Ferreira/SVM
Empresários estão investindo nos protocolos de higiene e segurança para a reabertura. — Foto: Mateus Ferreira/SVM

Um dos critérios analisados para a liberação gradual foram os números da pandemia na localidade. Em Jijoca, até a manhã deste domingo (2), foram confirmados 593 casos e 8 óbitos de Covid-19, sustentando uma das menores taxas de letalidade do estado, de 1,4%. O município registra ainda 538 recuperados, de acordo com plataforma da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

Outro critério considerado foram as necessidades e impactos dos setores econômicos do município, que tem no turismo a sua maior movimentação. Segundo a prefeitura, a vila recebe cerca de 70 mil turistas só no mês de julho. Para Ana Clara Souza, empresária do ramo, esse impacto foi muito sentido. “Nós nunca tínhamos ficado sem turista aqui na Vila [de Jericoacoara], e já estamos praticamente há cinco meses sem trabalhar. Um impacto muito grande”, explana.

Jericoacoara é um dos principais destinos turísticos do Ceará. — Foto: Mateus Ferreira/SVM
Jericoacoara é um dos principais destinos turísticos do Ceará. — Foto: Mateus Ferreira/SVM

Meios de hospedagem
Hotéis, pousadas ou outros meios de hospedagem podem voltar a realizar reservas, mas fica sendo obrigatório seguir o protocolos sanitários, como fornecimento de equipamentos de proteção individual para clientes e funcionários, adotar medidas para evitar aglomerações, comunicação para os hóspedes sobre as restrições municipais e a permanência de comunicados e orientações sanitárias nas dependências do estabelecimento.

Helena Farias, proprietária de uma pousada, fez uma série de investimentos no local para essa retomada. “Fizemos construção de locais específicos para recebimento de mercadorias, higienização e sanitização. [Também] fizemos investimento em toda a parte d madeira que tínhamos, todo nosso mobiliário foi novamente pintado com material possível de sanitização”, destaca.


“Investimos em treinamento. Todas as equipes foram treinadas com manuais específicos para cada setor. Então acreditamos que vamos retomar seguros dos protocolos de prevenção à Covid-19, que estamos cumprindo”, pontua Helena.

Barracas e restaurantes
Os restaurantes e as barracas de praia também têm normas específicas de funcionamento, segundo o decreto municipal. Conforme o documento, os estabelecimentos funcionarão em horário reduzido, das 7h às 18h. Após esse período, é permitida apenas a retirada ou entrega de refeições, “sem atendimento em mesa ou balcão no local”.

O público no local deve se limitar a 50% da capacidade total e as mesas devem ser dispostas a, no mínimo, dois metros de distância umas das outras. Também é responsabilidade do estabelecimento evitar aglomerações, no interior ou exterior do local. Em caso de filas, deverá ser obedecido distanciamento mínimo e uso de EPIs. Um funcionário deverá orientar e organizar as filas.

A empresária Mariela Leitão, dona de dois restaurantes, pensando nesses protocolos sanitários, fez mudanças estruturais para dar mais segurança tanto a clientes quanto a funcionários, nesse momento de retomada das atividades. “Eu abri todo o teto para ficar 100% ao ar livre, para conseguir dar segurança aos frequentadores”, conta.

“Aos poucos a gente vai se adaptando. [Mas] não vai ser fácil”, conclui.
Covid-19 no Ceará
O Ceará chegou a 7.709 mortes em decorrência da Covid-19, com 176.544 casos confirmados, segundo dados da plataforma IntegraSUS, atualizada às 9h10 deste domingo (2). Já são 147.669 pessoas recuperadas da doença no Estado.

Aulas presenciais devem voltar em setembro, diz Camilo; bares e cinemas não têm previsão de retorno
A plataforma indica que há ainda 593 mortes em investigação e 77.991 casos suspeitos. Já foram realizados 471.063 exames para detectar o novo coronavírus.

Fortaleza concentra 3.691 óbitos pela Covid-19, com 42.247 diagnósticos positivos. Os bairros mais periféricos da capital registram as maiores taxas de mortalidade da enfermidade. No bairro Conjunto Ceará II, na Regional V, a cada dez casos confirmados, mais de sete (73%) chegam a óbito, portanto, a maior taxa de letalidade pelo Sars-CoV-2, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).


Fortaleza está na quarta fase do plano de reabertura econômica e, a partir de segunda-feira (3), shoppings e salões de beleza terão o horário de funcionamento estendido. De acordo com o Governador Camilo Santana, a permissão para aulas presenciais, que também estava prevista para a etapa quatro da retomada, não deve ocorrer antes de setembro.

Em seguida no número de casos está a cidade de Sobral, com 9.976 registros e 284 mortes. Em Juazeiro do Norte, no Cariri, o número de diagnósticos é de 9.543, com 220 óbitos pelo novo coronavírus.

Na Macrorregião de Fortaleza, Maracanaú contabiliza 5.356 casos confirmados e 233 mortes. Caucaia é a segunda cidade em óbitos pela doença, com 318 ocorrências e 5.041 diagnósticos positivos. Em Maranguape, que registra 4.086 casos, 106 pessoas não resistiram à Covid-19.

O número de casos do novo coronavírus também chama atenção nas cidades de Crato (3.277), Quixadá (2.894), Tianguá (2.642), Acaraú (2.470) e Itapipoca (2.258).

Veja outras informações da plataforma:
A taxa de ocupação das UTIs cearenses é de 74,3%;
A taxa de ocupação das enfermarias cearenses é de 38,43%;
A letalidade da doença no Estado é de 4,4%.
Os números apresentados pela Sesa são atualizados permanentemente. As mortes não foram contabilizadas no dia em que ocorreram, nem os casos, no dia dos primeiros sintomas, e sim, registrados conforme a liberação dos resultados de exames.

Veja como está o plano de retomada por região:
Fortaleza segue na fase 4 (cinemas e bares ainda não têm permissão de funcionamento)
Municípios da Macrorregião de Fortaleza avançam para a fase 4;
Macrorregiões do Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe continuam na fase 2;
Macrorregião Norte segue para a fase 2;
Macrorregião do Cariri segue para a fase 1
Veja o que pode reabrir na 4º fase do plano de transição em Fortaleza
Restaurantes e barracas nos períodos diurno e noturno (até 23h);
Academias (30% da capacidade)
Transporte interestadual de passageiros;
Locação de automóveis com motorista;
Comércio de produtos não essenciais;
Atividades religiosas (100% da capacidade).

Fonte: G1
Leia Mais ››

Prefeitura de Natal interdita bar que registrou aglomeração na sexta-feira (31)

Um bar localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire, em Ponta Negra, zona Sul de Natal, foi interditado pela prefeitura na tarde deste sábado (1º). O estabelecimento registrou aglomeração na última sexta-feira (31), na primeira noite com venda de bebidas alcoólicas liberada em bares e restaurantes da capital potiguar.

Bar da zona Sul de Natal é interditado após registro de aglomeração — Foto: Divulgação/Semdes
Bar da zona Sul de Natal é interditado após registro de aglomeração — Foto: Divulgação/Semdes

De acordo com a prefeitura, houve o desrespeito às normas legais do decreto municipal que disciplina a abertura gradual da economia, seguindo critérios sanitários de prevenção ao contágio do novo coronavírus.

"Os bares podem funcionar e até comercializar bebida alcoólica, porém devem cumprir todas as exigências sanitárias que estão relacionadas no decreto. Caso contrário, interditaremos", ressaltou Mônica Santos, titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes).

A medida da prefeitura teve caráter punitivo e de orientação, já que, além da interdição, especificou as determinações legais para que o estabelecimento possa funcionar de acordo com o que recomenda os decretos.

Durante a fiscalização ocorrida no sábado, foram vistoriados todos os pontos do bar, como área total, quantidade de pessoas que pode comportar, distância entre mesas e cadeiras, acesso ao alcance das pessoas de álcool gel a 70%, como também as exigências de uso obrigatório de máscaras de proteção.

Qualquer denúncia de desrespeito aos decretos podem ser feitas pelo número 190 do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). "Estamos vigilantes e pedimos que a população denuncie, que iremos agir", disse o subcomandante de Segurança da Guarda Municipal do Natal (GMN), Carlos Cruz.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Superlotada, Maternidade Januário Cicco interrompe atendimentos em Natal

A Maternidade Escola Januário Cicco fechou a porta de emergência nesta sexta-feira (31) por causa da superlotação. Na manhã deste sábado (1º), 17 pacientes estavam no corredor da unidade, outras cinco mulheres esperavam por cesárea e 10 bebês estavam em salas de parto ou centro cirúrgico de forma improvisada. A direção da unidade responsabiliza a regulação, feita pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), pelo colapso.

Superlotada, Maternidade Januário Cicco interrompe atendimentos em Natal — Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi
Superlotada, Maternidade Januário Cicco interrompe atendimentos em Natal — Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi

“A regulação infelizmente não está funcionando como deveria. Nós temos dois hospitais na cidade que são referência para o alto risco: somos nós que somos da UFRN e o Hospital Santa Catarina que é do Estado. O Hospital Santa Catarina recebeu na quarta-feira oito encaminhamentos e nós recebemos 27. Nós não estamos vendo a regulação funcionar. No momento em que nós temos uma regulação que é pra distribuir o excesso d epacientes, mesmo nós estamos lotados nós recebemos 27 pacientes. Eu liguei pessoalmente para o secretário de Saúde do Estado, Cipriano Maia, e para o adjunto, Petrônio Spinelli, e hoje pela manhã eles agendaram para segunda-feira, como se a saúde pudesse esperar’, disse o superintendente da Maternidade, Murilo Britto.

Em nota, a Sesap informou que a regulação acontece de acordo com a pactuação feita com a MEJC onde a maternidade não receberia pacientes Covid e passaria a atender pacientes da 3ª região de saúde (Mato Grande).


"Chegamos a esse limite porque não temos mais leitos. A gente colapsou e o nosso objetivo é avisar à população que a nossa maternidade não tem condições de receber mais nenhum paciente. Nós precisamos estabilizar o hospital para poder reabrir as portas", disse Murilo.

No final de junho o G1 noticiou que a maternidade já sofria com a superlotação e bebês internados em sala improvisada aguardavam transferência para leitos de enfermaria e UTI.

De acordo com a diretora da unidade, a superlotação é recorrente desde março. "Nós estamos há alguns meses já com superlotação. Desde o final de março quando a Maternidade Januário Cicco fez um acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de receber os pacientes da 3ª região de saúde que nós enfrentamos a superlotação", disse Maria Daguia Dantas.

Confira a nota da Sesap na íntegra:

No final do mês de março, a Secretaria de Estado da Saúde Pública reuniu-se com a direção da Maternidade Escola Januário Cicco e o Comitê Materno Infantil do Estado para organizar o fluxo de atendimento a gestantes de alto risco a partir daquele momento tendo em conta a pandemia do novo coronavírus.

Na reunião, foi pactuado que a MEJC não receberia pacientes Covid e que passaria a atender pacientes da 3ª região de saúde (Mato Grande). Já o Hospital José Pedro Bezerra (HJPB) continuou a receber gestantes de alto risco não Covid da zona Norte de Natal e Região Metropolitana (RM) e Covid do Agreste (1ª região de saúde), Mato Grande (3ª), Seridó (4ª), Potengi/Trairí (5ª) e Região Metropolitana (7ª).

A pactuação existente antes da pandemia era de que o atendimento na MEJC seria direcionado a moradoras das 1ª, 4ª e 5ª regiões de saúde e zona Sul de Natal e o HJPB a moradoras da zona Norte de Natal, RM e 3ª região de saúde.


A Sesap reforça que está aberta ao diálogo e que se a MEJC optar por passar a atender pacientes Covid, a distribuição de atendimento voltará a acontecer da maneira existente antes da pandemia, com o HJPB atendendo pacientes da região do Mato Grande. Lembra ainda que todas as maternidades de risco habitual do Estado estão com fluxo para atendimento de pacientes com suspeita ou confirmados com o novo coronavírus.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Rede de voluntários arrecada e distribui 126 toneladas de alimentos no RN

Voluntários se reuniram nesta sexta (31) e sábado (1º) para distribuir alimentos para entidades e instituições sociais do Rio Grande do Norte. Ao todo, 126 toneladas de alimentos, o que corresponde a mais de 7 mil cestas básicas, foram distribuídas para iniciativas que trabalham no auxílio de grupos de famílias em vulnerabilidade social.

Ação social arrecada e distribui 126 toneladas de alimentos no RN — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi
Ação social arrecada e distribui 126 toneladas de alimentos no RN — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi

"A gente precisa de agentes de transformação e eu sou grata por ser uma. Traz uma alegria que não tem como explicar", conta a voluntária Acsa Maia, que participava da distribuição das cestas na manhã deste sábado em Nova Parnamirim.

Voluntários se reuniram nesta sexta (31) e sábado (1º) para distribuir alimentos para entidades e instituições sociais do Rio Grande do Norte — Foto: Ayrton Freira/Inter TV Cabugi
Voluntários se reuniram nesta sexta (31) e sábado (1º) para distribuir alimentos para entidades e instituições sociais do Rio Grande do Norte — Foto: Ayrton Freira/Inter TV Cabugi

A arrecadação e distribuição dos alimentos é feita por voluntários do Transforma Brasil, uma plataforma digital que conecta pessoas e instituições que desejam, juntas, causar um impacto positivo nas comunidades.

Os alimentos arrecadados foram distribuídos para projetos sociais pré-cadastrados com mais de seis meses de existência. "Estamos distribuindo para todos os nichos do estado, lar de idosos, moradores de rua, lar de crianças", explica Matheus Santos, um dos participantes da campanha.

Manoel da Silva, que prefere ser chamado de Manequinho, saiu de Currais Novos, percorreu quase 200 quilômetros para buscar cestas básicas para distribuir para as famílias das crianças da ong que ele representa e que incentiva a prática de esportes entre a criançada. “Eu fico emocionado quando uma pessoa que tá precisando me olha e diz muito obrigado”, disse.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Seminarista de 20 anos morre com Covid-19 em Natal

Um seminarista de 20 anos de idade morreu nesta sexta-feira (31), em Natal, em decorrência da Covid-19. Nicolas Matheus estava internado em estado grave desde 12 de julho, mas não resistiu. De acordo com a Arquidiocese de Natal, a família de Nicolas informou que ele não tinha comorbidades.

Nicolas Matheus, de 20 anos, era seminarista e morreu de Covid-19 após 20 dias internado — Foto: Redes Sociais
Nicolas Matheus, de 20 anos, era seminarista e morreu de Covid-19 após 20 dias internado — Foto: Redes Sociais

O jovem era natural de São Paulo do Potengi, onde viveu, até ingressar no Seminário de São Pedro, em Natal, em 2019. Atualmente, cursava o 2º ano do curso propedêutico. De acordo com a Arquidiocese de Natal, os seminaristas estão todos em casa por causa da pandemia do coronavírus e as aulas estão ocorrendo online.

No dia 2 de julho Nicolas Matheus começou a sentir alguns sintomas da Covid-19, como febre e dores no corpo. Ele foi a uma unidade de saúde em São Paulo do Potengi, fez o teste de coronavírus e deu negativo.

No dia 9 ele passou mal e foi internado em São Paulo do Potengi. Um novo teste deu positivo. Três dias depois, em 12 de julho, Nicolas Matheus teve uma piora e foi transferido para o Hospital Dr. Luiz Antônio (Liga), em Natal. Ele ficou entubado até esta sexta (31), mas não resistiu.

De acordo com a Arquidiocese de Natal, o corpo foi levado para São Paulo do Potengi neste sábado (1º), onde seria sepultado.

A Arquidiciose de Natal emitiu nota de pesar pela morte do seminarista. "Aos seus familiares, especialmente seus pais e irmãos, bem como aos seminaristas, seus companheiros de caminhada vocacional, e demais amigos desejamos que este momento de dor seja atravessado na firme confiança no Deus da Vida e na esperança da feliz Ressurreição".

Fonte: G1
Leia Mais ››

'Escola é ambiente com alto risco de infecção’, diz médica do comitê científico do RN; confira entrevista

Antes do final de agosto, o comitê científico do Rio Grande do Norte não terá condições de apontar uma possível data para retorno das aulas presenciais de forma segura no Rio Grande do Norte. Isso é o que garante a médica infectologista e professora da UFRN, Marise Reis, que faz parte do grupo de pesquisadores que assessora o governo do estado nas tomadas de decisão sobre a pandemia da Covid-19 e recomendou o adiamento da volta às aulas presenciais, que era prevista para agosto. A decisão final sobre o processo de reabertura das atividades, no entanto, cabe à administração estadual.

Marise Reis, professora do Departamento de Infectologia da UFRN e membro do comitê científico que acompanha a pandemia da Covid-19 no RN — Foto: Arthur Barbalho/Lais/UFRN
Marise Reis, professora do Departamento de Infectologia da UFRN e membro do comitê científico que acompanha a pandemia da Covid-19 no RN — Foto: Arthur Barbalho/Lais/UFRN

Para a profissional, além de as escolas serem um ambiente com "alto risco de infecção", o estado não tem capacidade atual para atender a uma possível demanda de leitos para crianças com casos graves de Covid-19. Por mais que sejam raros, os casos poderiam ser mais numerosos com o retorno de cerca de 800 mil alunos à sala de aula, somente no ensino básico. "Ao trazer esse contingente grande para exposição ao vírus, eu vou trazer um evento que é raro. Mas na hora que eu tenho um grande número exposto, eu posso ter um número razoável de casos que precisem de suporte de saúde", considerou.

Nós precisamos de uma rede de saúde adequada para cuidar de crianças graves. E nós não temos isso no Rio Grande do Norte hoje. O estado se preparou montando leito de terapia intensiva para adultos, e está bem suprido, mas não tem para crianças.
— Marise Reis, professora de Infectologia da UFRN
A volta às aulas presenciais após praticamente cinco meses de suspensão, foi um dos temas mais comentados, ao longo da semana, no estado. Na quarta-feira (29), o governo do estado apontou o adiamento do prazo previsto inicialmente para o dia 17 de agosto. No mesmo dia, a Prefeitura de Natal marcou data para a volta as aulas e depois recuou da decisão. No dia seguinte, o comitê científico apresentou o parecer contrário à reabertura, após reunião realizada também na quarta (29).

Confira a entrevista completa
Porque o comitê científico defende a manutenção da suspensão das aulas?

O comitê analisou isso com muito cuidado e a nossa grande preocupação para o retorno das aulas, neste momento, é que nós estamos fazendo uma retomada gradativa das atividades econômicas, sociais e que vai, portanto, expor pessoas que estiveram protegidas ao risco de contaminação com o vírus. Essa retomada iniciou tem cerca de um mês. Com isso, nós tivemos um contingente de pessoas expostas, porque é isso: o vírus está circulando na comunidade e à medida que me exponho, corro risco de me contaminar. O que a gente observa ao longo desse mês é uma oscilação na taxa de transmissibilidade do vírus. Nós tínhamos taxas inferiores a 1 durante mais de três semanas, antes da abertura, e após 1º de julho essa taxa começou a subir acima de 1 em várias regiões, em vários municípios do Rio Grande do Norte. Quando a gente observou essa variação da taxa, dissemos 'opa'. Vimos que tinha alguma coisa errada, porque a taxa de transmissibilidade significa a capacidade do vírus de se transmitir de uma pessoa para outra.

Mesmo identificando hoje uma oferta confortável de leitos de terapia intensiva e clínicos para Covid, que é outro fator importante - setor de saúde está em condições adequadas de cuidar das pessoas - a gente entende que abrir escolas agora significa colocar na rua um grande contingente de pessoas, que equivalem a mais de 800 mil pessoas, se considerar só o ensino básico nas redes pública e privada. São mais de 800 mil pessoas em circuito, porque também entram os pais, os motoristas de vans, os professores. Então, a gente entendeu que, com essa oscilação da Rt, e por estarmos no processo de retomada, é mais prudente aguardar um pouco mais. Porque essas pessoas são efetivamente os que fizeram o isolamento social. Quem verdadeiramente fez o isolamento social foram os estudantes, sejam crianças, adolescentes, ou adultos, porque as escolas fecharam, as áreas sociais de convivência fecharam, então eles realmente ficaram em casa. Por isso a gente entendeu que esse momento não era o adequado, ainda.

As escolas particulares argumentam que estão em uma situação preocupante do ponto de vista econômico. É claro que vocês, do ponto de vista científico, não estão avaliando esse quesito. Mas, como elas têm uma estrutura melhor, seria possível, hoje, uma liberação apenas das escolas privadas?

Eu diria que as escolas privadas deveriam ser as últimas a se preocuparem com retorno de aula presencial, porque elas têm estrutura e seus alunos têm capacidade para uso do ensino remoto. A escola privada verdadeiramente deveria ser a que neste momento deveria se preocupar, dialogar com as famílias e com a sociedade, sobre a possibilidade de manter o ensino remoto. Elas têm condição para isso, diferente da pública, que não tem. Na pública, é complicado o ensino remoto, porque as crianças e jovens pobres não têm esse recurso. Veja que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) já assumiu que esse semestre vai ser remoto. As escolas do mundo inteiro, as universidades do mundo inteiro, já assumiram que esse ano vai ser remoto, e talvez até mais um pouco, no ano que vem. Então eu acho que as escolas privadas precisam criar um diálogo com seus usuários sobre como garantir a manutenção da escola de qualidade, com ensino remoto, nesse cenário atípico.

A gente tem que entender isso. Nós não estamos em tempos normais. É claro que o ensino presencial é muito melhor para a formação da pessoa, do jovem. As relações pessoais são muito importantes, o convívio na escola, mas esse momento é inseguro, porque a escola, por outro lado, é um ambiente de alto risco de transmissão. É só lembrar, nas épocas normais das gripes sazonais, que chega um doente na escola e metade da turma está doente em dez dias. É muito comum isso, é normal, porque as pessoas estão mais próximas. E quando é possível abrir? É possível abrir na hora que estivermos em uma condição da epidemia mais estável e que eu não tenha risco de adoecimento de um grande contingente populacional em espaço muito curto de tempo. Senão a gente volta lá para o início de maio, a viver tudo aquilo de novo.

Como é que se dá a contaminação na escola? Ela é facilitada?

A facilitação da transmissão na escola é múltipla. As crianças se abraçam, elas se juntam, se tocam. Como é que se dá a transmissão do vírus? Por via respiratória e contato. Então eu tenho o controle menor sobre o tocar na boca, o tocar no nariz, no olho das crianças. Eu tenho controle menor sobre o uso adequado da máscara. Essa máscara que talvez ela possa trocar. A criança talvez entenda que isso seja um jogo, que ela possa trocar com a do colega, que é mais bonita. Tudo isso são facilitadores. Sem contar os espaços públicos dentro da escola, como o banheiro, outras áreas sociais. A proximidade entre elas facilita e os artigos onde elas tocam: a mesa, a maçaneta da porta. Tudo isso tem que se considerar.

E ai tem outro fator agravante, quando você fala das escolas privadas. Hoje praticamente todas as escolas privadas têm salas de aula fechadas, com ar-condicionado. Esse seria um fator que precisaria de uma adaptação imediata. Eu vou trazer jovens que estão adaptados a um nível de conforto que eles não vão poder dispor neste momento. Isso precisa ser trabalhado com muito cuidado, para não gerar confusão também. Quando eu lido com crianças e jovens, eu tenho uma forma de resposta e entendimento que é distinta e precisa ser trabalhado com muito cuidado. O risco de transmissão de vírus respiratórios na escola, em geral, é maior.

Não há registro de muitos casos graves de Covid-19 em crianças, mas existe um risco para professores e familiares?

Claro. As crianças são como que protegidas da infecção habitual, pelo Sars-Cov-2, pelo coronavírus novo, apresentando formas assintomáticas, ou formas muito leves. No entanto, elas podem ser a fonte para seus familiares que são vulneráveis. A gente tem uma proporção relativamente alta aqui no Rio Grande do Norte de crianças que vivem com idosos. É acima de 10%, entorno de 14%. Isso é muito difícil de lidar. Porque seria interessante que o retorno às escolas liberasse essas crianças. As crianças que vivem com idosos não deveriam voltar à escola. Como vou administrar isso também? Mas o ideal seria isso, porque ao retornar para casa, elas poderiam trazer o vírus. E ai tenho os professores, os familiares, todo um conjunto de pessoas que vão estar expostas.

E tem outro fator que nos preocupa hoje: é que as crianças não são "alvo preferencial" para o vírus, mas vem sendo descrita desde o final de março a ocorrência de manifestações graves em crianças, doença grave em criança, relacionada ao coronavírus. Isso é raro, mas a gente já tem ocorrência disso no Brasil. Já há inclusive nota técnica do Ministério da Saúde alertando os médicos pediatras para diagnosticarem precocemente essa possível relação de uma doença grave, que parece uma sepse de início súbito de uma criança que aparece gravemente enferma e que isso poder ser relacionado ao coronavírus. Então existe esse fenômeno que a gente ainda não compreende muito bem porque ele acontece. Ele às vezes acontece em crianças que não tiveram sintoma nenhum de coronavírus, mas ai o que vai se identificar é que, ou ela [criança] testa positivo, ou tem uma exposição muito estreita ao coronavírus. E isso nos preocupa também porque nós precisamos de uma rede de saúde adequada para cuidar de crianças graves. E nós não temos isso no Rio Grande do Norte hoje. O estado se preparou montando leito de terapia intensiva para adultos, e ele está bem suprido, mas não tem para criança. Então trazer esse contingente grande para exposição ao vírus, eu vou trazer um evento que é raro, mas na hora que eu tenho um grande número exposto, eu posso ter um número razoável de casos que precisem de suporte de saúde, de terapia intensiva para crianças e a gente não tenha.

Por isso a gente acha que é importante ser comedido, com prudência, observando o andar da epidemia, observando as experiências de outros países e estados, que nos antecederam e que estão vivenciando esse problema. Escolas que foram abertas e que tiveram que ser fechadas posteriormente por conta do recrudescimento da epidemia. A gente entende que esse é um momento que merece atenção maior e aguardar um pouco mais, para a gente observar o real impacto dessa retomada do setor econômico, que está levando, a cada onda de abertura, um volume maior de pessoas para a rua, para ver o que acontece. E eu quero passar um recado: não é porque o setor econômico está abrindo, que as pessoas precisam ir para a rua, se não há uma necessidade clara, se isso não é essencial para a vida dela. Abrir o shopping não significa que eu preciso ir para lá, me expor. É esse grande movimento de pessoas em um espaço menor que faz com que a transmissão volte a acontecer e a gente volte a perder o controle da pandemia. A gente ainda não conseguiu derrubar efetivamente esse vírus do nosso convívio.

Antes do surgimento de uma vacina, existe um momento ideal para reabertura das escolas? Quais pontos que, convergidos, poderiam permitir a retomada?

Eu penso que a reabertura das escolas deve ser o último retorno. As escolas foram o primeiro [setor] a fechar e deve ser o último a abrir. Porque a gente entende que vai ter um grande contingente de pessoas expostas. Cada vez que eu abro para exposição, eu sei que vai ter mais casos acontecendo, mas ai eu preciso ter capacidade para cuidar desses casos, que vão precisar de assistência à saúde. Então, se nossa decisão foi por começar com o setor econômico, e isso tem toda a sua importância, então vamos abrir o setor econômico gradativamente, observando, monitorando. Na hora que eu tiver com o setor econômico todo aberto e com o tempo de exposição suficiente para avaliar - 'olha, o risco aumentou em x' - faremos isso. Que tempo é esse? Duas, ou três semanas. Menos que isso, não dá para avaliar.

Eu entendo que no final de agosto teremos já uma condição mais aproximada de ver quando podemos retornar com as escolas. Quando a parte da economia toda estiver aberta, comércio, indústria, etc, já levei os adultos para a exposição e agora eu tenho como ver qual foi o impacto disso na ocorrência de novos casos, para depois trazer o contingente de jovens e crianças. Imagino que antes do final de agosto a gente não vai ter condições de dar uma resposta razoável sobre isso.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Professora faz campanha para arrecadar computadores e doar para estudantes da UFRN

Uma professora do curso de ciências e tecnologias da UFRN está arrecadando computadores para alunos que não possuem o equipamento e precisam deles para as aulas virtuais. A UFRN informou que as aulas do segundo semestre começam no dia 24 de agosto apenas por meio virtual. Docente há 12 anos na universidade, Edna Rangel tem uma lista com mais de 20 alunos que precisam da doação.

Docente há 12 anos na universidade, Edna Rangel tem uma lista com mais de 20 alunos que precisam da doação — Foto: Reprodução/Vídeo
Docente há 12 anos na universidade, Edna Rangel tem uma lista com mais de 20 alunos que precisam da doação — Foto: Reprodução/Vídeo

“É muito difícil para um aluno estudar só com o celular. Ele não tem como editar o material disponível para as aulas, fazer as atividades, pois muitos dos alunos têm celulares bem simples”, explica a professora, que encerrou hoje o semestre 2020.5 com aulas remotas.

A primeira aluna a ganhar o computador foi Sarah Freitas, que está feliz com a nova ajuda para as aulas. “Fui contemplada com um notebook usado para auxiliar nos meus estudos. E nesse projeto outros alunos poderão ter acesso a esse equipamento”, conta a estudante, que é ingressante do curso de Ciências e Tecnologia.

A professora Edna explica que pode ser doado computadores com defeitos, já que o projeto conta com integrantes para fazer os reparos antes de entregar o material aos alunos.

Entre os estudantes que aguardam um computador está João Paulino, amazonense que estuda em Natal e ainda não teve condições financeiras para adquirir o equipamento. Com isso, ele tenta desenvolver as atividades por meio do celular. “Com o celular você fica dependendo muito de outras pessoas para conseguir ter o material da aula”, conta.

Como doar
A doação pode ser articulada por meio do contato (84) 98876-8170.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Bombeiros registram aumento de 38% em atendimentos de ocorrências com enxames de insetos na Grande Natal

O número de atendimentos do Corpo de Bombeiros em ocorrências com enxames de insetos na Grande Natal aumentou 38% no primeiro semestre deste anos em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte dos atendimentos é relacionada a enxames de abelhas e marimbondos.

Número de atendimentos em casos de enxames aumentou 38% em 2020, segundo o Corpo de Bombeiros — Foto: Divulgação
Número de atendimentos em casos de enxames aumentou 38% em 2020, segundo o Corpo de Bombeiros — Foto: Divulgação

De acordo com o Corpo de Bombeiros, nos seis primeiros meses deste ano foram registrado 921 atendimentos envolvendo enxame de insetos em toda a Região Metropolitana de Natal. No mesmo período de 2019 foram 663 atendimentos.

Ainda segundo a corporação, este ano a Diretoria de Engenharia e Operações (DEO) do Corpo de Bombeiros adicionou mais equipes de captura para atender a demanda reprimida.

Para evitar problemas, o Corpo de Bombeiros Militar recomenda os seguintes cuidados:

Use roupas claras, pois as escuras atraem abelhas;
Não grite, pois as abelhas são atraídas por ruídos;
Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo a colmeias;
Evite operar qualquer máquina barulhenta próximo a colmeias;
Ensine as crianças a se precaver e não matar as abelhas;
Pessoas alérgicas a picada de insetos deve evitar caminhadas em áreas de mata;
Caso seja alérgico a picadas, pergunte ao seu médico o que fazer;
Caso alguém seja picado, é importante que faça a remoção imediata dos ferrões, pois eles continuam liberando peçonha gradativamente;
Em casos de formação de colmeias em residências, o proprietário deve acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Em pouco mais de um mês, América Latina passa de 100 mil para 200 mil mortes por Covid-19

O número de mortos na América Latina pela Covid-19 ultrapassou 200 mil na noite deste sábado (1º), segundo contagem da agência Reuters baseada em dados oficiais.

Vista das covas no Cemitério da Cachoeirinha em São Paulo (SP), na tarde desta sexta-feira (31), durante a pandemia de Covid-19 — Foto: ROGÉRIO GALASSE/ESTADÃO CONTEÚDO
Vista das covas no Cemitério da Cachoeirinha em São Paulo (SP), na tarde desta sexta-feira (31), durante a pandemia de Covid-19 — Foto: ROGÉRIO GALASSE/ESTADÃO CONTEÚDO

A marca foi alcançada após o Ministério da Saúde do Peru confirmar mais 191 mortes pela doença, alcançando um total de 19.408 óbitos pelo coronavírus. O país está entre os dez no mundo que mais perderam vidas para o novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Há pouco mais de um mês, em 24 de junho, a América Latina confirmava 100 mil mortes pela Covid-19. Na mesma data, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a região ainda não havia chegado ao pico da epidemia.

Dos dez países com mais mortes por Covid-19 no mundo, três estão na América Latina: Brasil, México e Peru.

Países com mais mortes por Covid-19 em 02/08
PAÍSMORTES
Estados Unidos154.449
Brasil93.622
México47.472
Reino Unido46.278
Índia37.364
Itália35.146
França30.268
Espanha28.445
Peru19.408
Irã16.982

Altas

Pessoa fantasiada da "morte" passeia por praia em Puerto Morelos, no México, neste domingo (2), convidando as pessoas a voltarem para casa, porque as praias ainda estão fechadas para visitantes por causa da pandemia do novo coronavírus. O México é o terceiro país no mundo que mais perdeu vidas para a Covid-19, atrás de Estados Unidos e Brasil.  — Foto: Elizabeth Ruiz/AFP
Pessoa fantasiada da "morte" passeia por praia em Puerto Morelos, no México, neste domingo (2), convidando as pessoas a voltarem para casa, porque as praias ainda estão fechadas para visitantes por causa da pandemia do novo coronavírus. O México é o terceiro país no mundo que mais perdeu vidas para a Covid-19, atrás de Estados Unidos e Brasil. — Foto: Elizabeth Ruiz/AFP

No sábado, o Brasil ultrapassou as 93 mil mortes registradas, e o México confirmou 764 mortes em 24 horas, alcançando 47.472 óbitos. Juntos, os dois países concentram 70% das mortes pela doença na região.

Na sexta (31), o México se tornou o 3º país no mundo com mais mortes pela Covid-19, ultrapassando o Reino Unido e ficando atrás apenas de Brasil e Estados Unidos.

No mesmo dia, o Brasil fechou o mês com o número mais alto de mortes desde o início da pandemia: 32.912. Foi o segundo mês seguido em que mais de 30 mil pessoas perderam a vida para a Covid-19 no país.

Mortes por Covid-19 até 31 de julho no Brasil e em outros países — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1
Mortes por Covid-19 até 31 de julho no Brasil e em outros países — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

No mundo, a doença já tirou mais de 685 mil vidas e registrou mais de 17,8 milhões de casos, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins. Na sexta-feira (31), a OMS registrou um recorde de casos diários da doença, com 292 mil infecções em 24 horas.

Dos dez países com mais casos, metade é latino-americana: Brasil, México, Peru, Chile e Colômbia –esta última também já ultrapassou a marca das 10 mil mortes, segundo a Johns Hopkins.

Países com mais casos de Covid-19 em 02/08
PaísCasos
Estados Unidos4.620.502
Brasil2.709.617
Índia1.750.723
Rússia849.277
África do Sul503.290
México434.193
Peru407.492
Chile357.658
Colômbia306.181
Reino Unido305.572

Fonte: G1
Leia Mais ››