domingo, novembro 27, 2022

Foragido da justiça potiguar acusado matar itauense por espancamento em Baraúna no RN é preso no estado de Pernambuco

Matheus matou Adalgisa Fagundes Neves

O Blog Fim da Linha, obteve em primeira mão e com exclusividade, a informação da prisão de Matheus Mangueira Silva, 24 anos, natural de Cícero Dantas no estado da Bahia, ocorrida na manhã deste sábado 26 de novembro de 2022 em Pernambuco.


A prisão dele foi efetuada pela guarnição Tático Rural da Polícia Militar de Pernambuco e aconteceu no Sítio Serrinha, zona rural do município de Serra Talhada naquele estado. Ele é acusado de matar a pauladas a idosa Adalgisa Fagundes Neves, de 61 anos.


A guarnição do Tático Rural do 14º BPM, comandada pelo 1º sargento Orlando José de Lima com apoio dos cabos, Anestor dos Santos, Francisco Pereira e André Gonary, recebeu informações do Seviço de Investigação da Polícia Civil de Euclides da Cunha do estado da Bahia, de que Matheus Mangueira era foragido do estado do Rio Grande do Norte e estava com mandado de prisão em aberto por crime de homicídio e que estaria homiziado na zona rural de Serra Talhada.


Diante das informações, os policiais foram até a localidade de Serrinha, onde encontraram o foragido e deram cumprimento ao mandado de prisão. Matheus Mangueira após ser preso foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil de Serra Talhada para os procedimentos cabíveis.


A Delegacia de Capturas (DECAP) do Rio Grande do Norte, será comunicada sobre a prisão do foragido, para que esta proceda o recambiamento dele para a Cadeia Pública de Mossoró, onde ficará a disposição da justiça. O DPC Luiz Fernando já comunicou à família de Adalgisa, a prisão do acusado de matá-la.


Entenda o caso:


A idosa Adalgisa Fagundes Neves, natural de Itaú, foi espancada e morta no dia 23 maio desse ano, na cidade de Baraúna, região Oeste do Rio Grande do Norte. A vítima foi encontrada, nas primeiras horas do 23, em uma rua que é conhecida como rua da valeta, com marcas de espancamento e estava desacordada. Ela ainda chegou a ser socorrida para o Hospital Tarcísio Maia em Mossoró, mas não resistiu e morreu no mesmo dia. O então delegado da Polícia Civil de Baraúna Dr. Luiz Fernando começou a investigar o caso e chegou a autoria do assassinato.


Segundo a investigação, Matheus Mangueira da Silva, estava trabalhando em uma linha de transmissão de energia elétrica em Baraúna e segundo a polícia, o mesmo foi visto com a vítima na noite anterior ao crime. Após o assassinato de Adalgisa, ele fugiu da cidade. O inquérito policial foi remetido à justiça com autoria definida e com pedido de prisão contra o acusado. No dia 03 de junho, o juiz  Emanuel Telino Monteiro expediu o mandado de prisão preventiva, com validade até junho de 2023.


Fonte: Fim da Linha

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Assassino de Aracruz disse à polícia que agiu sozinho, mas outros envolvidos são investigados, afirma governador do ES

Em depoimento à polícia, o atirador do ataque a escolas em Aracruz disse ter agido sozinho no crime. A informação foi dada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), neste domingo (27), que informou que, apesar da afirmação, a polícia apura se ele teve ajuda de outras pessoas no ataque.


Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amos, vítimas do ataque a escolas em Aracruz — Foto: Reprodução/TV Gazeta


"Ele disse que agiu sozinho, mas isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica", informou Casagrande.


Entre os pontos investigados estão o acesso e habilidade com armas, saber dirigir e ter acesso ao carro. Além do envolvimento com grupos extremistas. No dia do crime, ele usava vestimentas com um símbolo nazista.



"A investigação que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar", disse o governador.

As armas usadas na ação eram do pai, um policial militar. A polícia apura se há envolvimento do genitor no acesso e manuseio. "A PM está sim no processo de investigação mas é a Polícia Civil que vai dizer se de fato teve cumplicidade", disse o governador. Ele não informou se o PM já foi ouvido pela polícia.


Casagrande ainda disse que a polícia apreendeu o telefone e o computador do assassino para apurar se ele tinha relação com grupos extremistas.


"Nós temos acesso ao seu telefone, aos seus computadores, aos interrogatórios, então é um processo de investigação pra ver se ele tinha algum envolvimento com algum grupo de fora neonazista".

De acordo com a Polícia Civil, o assassino que atacou as duas escolas, por ter 16 anos, vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas. O número é menor que o de vítimas no ataque porque algumas não foram baleadas, mas se feriram na correria dos alunos em fuga.


Vítimas

Quatro pessoas morreram no ataque que aconteceu na sexta-feira (25). As vítimas são a estudante Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos de 48 anos, Cybelle Passos Bezerra, de 45 anos e Flávia Amboss Merçon Leonardo.


Os corpos de Selena e Maria da Penha foram enterrados no início da tarde de sábado. Já a família de Cybelle preferiu que o corpo dela fosse cremado e levado para Pernambuco, onde a família mora. A professora Flávia morreu neste sábado (26) e vai ser enterrada neste domingo (27).


O ataque

O ataque a duas escolas deixou quatro mortos e outros 12 feridos em Aracruz, nesta sexta-feira (25). A investigação apontou que o ataque foi planejado por dois anos e que o criminoso usou duas armas do pai, um policial militar. O assassino tem 16 anos e estudou até junho no colégio estadual atacado, segundo o governador do estado, Renato Casagrande (PSB).


Os disparos aconteceram por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e em uma escola particular que fica na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro do município. Aracruz, onde o ataque aconteceu, fica a 85 km ao norte da capital.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o assassino invadiu a escola estadual com uma pistola e fez vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores e fez novos disparos. Na unidade, duas professoras foram mortas.


Na sequência, o atirador deixou o local em um carro e seguiu para a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica na região. Na unidade, uma aluna foi morta. Após o segundo ataque, o assassino fugiu em um carro. Ele foi apreendido ainda na tarde de sexta.



Neste sábado, a Polícia Civil informou que o criminoso vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas.


Fonte: g1

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Com falta de orientação do Ministério da Saúde para vacina contra a Covid, capitais já aplicam até a 5ª dose

Diante de mais um aumento de casos de Covid-19, capitais brasileiras começaram a ampliar a aplicação da quarta e até da quinta dose da vacina em determinados públicos. A ação acontece sem respaldo do Ministério da Saúde, que não emite novas orientações sobre doses de reforço há cinco meses.


Covid-19: Volta Redonda começa aplicar a quinta dose da vacina para idosos acima de 80 anos e imunossuprimidos — Foto: Divulgação/Prefeitura de Volta Redonda


Diante da falta de liderança e de informações, a vacinação contra a Covid no Brasil tem hoje um cenário bagunçado e de incertezas sobre o que virá em 2023, de acordo com especialistas ouvidos pelo g1.



Levantamento feito pela equipe de reportagem na sexta-feira (25) aponta que há seis orientações diferentes sobre a aplicação da quarta dose nas 27 capitais do país. E ao menos cinco prefeituras anunciaram, nos últimos dias, a liberação de uma quinta dose para idosos e até para o público geral com mais de 18 anos.


"Não tem pedra sobre pedra", disse a médica pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). "Há muito tempo não se discute com o Ministério da Saúde sobre as atualizações em relação à vacinação", avalia.

Em relação à quarta dose, apenas seis capitais seguem a última recomendação do governo federal, de junho deste ano, que ampliou um segundo reforço apenas para pessoas com 40 anos ou mais e profissionais de saúde, com um intervalo de ao menos quatro meses da terceira dose.


É o caso de Palmas (TO), por exemplo. No perfil da prefeitura no Instagram, sobram reclamações de moradores que querem que a 'fila' da vacinação avance. "Tô tentando mesmo completar o esquema vacinal, mas tô vendo que vou ter que esperar 13 anos até meu aniversário de 40 pra tomar a quarta dose", escreveu uma seguidora em uma postagem.



"No início da pandemia, ficamos trancados em casa durante um ano. Só levei meus filhos na escola depois da primeira e da segunda doses. Perdi amigos e familiares por conta da Covid", contou ao g1 Licia Maracaípe, moradora de Palmas.


Aos 36 anos, ela aguarda com ansiedade a quarta dose da vacina. "Eu tenho medo mesmo dessa doença", completou. A prefeitura responde que aguarda novas orientações e envio de doses para avançar na vacinação.


No entanto, a maioria das capitais não esperou o governo federal: 15 prefeituras liberaram a quarta dose para todos acima de 18 anos. "No esquema LIBEROU GERAL", diz uma postagem no site da prefeitura de Salvador (BA). Em São Paulo (SP), adultos conseguem tomar a quarta dose desde julho.


Curitiba (PR) e Florianópolis (SC) são dois exemplos de capitais que, até então, estavam seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, mas recentemente decidiram avançar no reforço em públicos mais novos, e já aplicam a quarta dose da vacina contra a Covid para 35+ e 25+, respectivamente.


Em postagem da prefeitura, moradores de Palmas reclamam da vacinação da quarta dose apenas para 40+ — Foto: Reprodução/Instagram


Mais uma dose?

Pela última orientação do governo federal, a quinta dose está liberada apenas para imunossuprimidos com mais de 40 anos. Dentro desse público, considerado mais vulnerável para casos graves de Covid, adolescentes e adultos até 39 anos podem receber até quatro doses do imunizante.


Nesse caso, a vacinação nas 27 capitais brasileiras está bem diferente do que diz o Ministério da Saúde. Em 12 prefeituras, todas as pessoas imunossuprimidas com mais de 18 anos já podem tomar a quinta dose. O reforço a mais também é dado em algumas cidades para gestantes e puérperas.


Teve também quem decidiu ir além e aplicar a quinta dose em idosos com mais de 80 anos, como em Natal (RN) e em Recife (PE), e para os 60+, como Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA).


São Luis (MA) foi a primeira capital a anunciar uma quinta dose da vacina contra a Covid para todos acima dos 18 anos - segundo a prefeitura, a orientação vale para quem tomou o último reforço há pelo menos 6 meses.


As diferentes orientações sobre doses de reforço contra a Covid vão além das capitais e se espalham por outros municípios brasileiros. Volta Redonda (RJ) começou a aplicar a quinta dose para idosos acima de 80 anos e imunossuprimidos com mais de 18 anos. Já em Ouro Preto (MG), a campanha segue ofertando a quarta dose apenas para moradores com mais de 40 anos, assim como diz o Programa Nacional de Imunizações (PNI).


Gestores vêm cobrando liderança do Ministério da Saúde na tomada de decisões sobre a vacinação contra a Covid.


"O Ministério da Saúde não poderá seguir enfrentando a Covid-19 com base em Nota Técnica que só repete 'máscara, vacina e que as decisões devem ser tomadas pelos gestores locais com base na realidade de cada território'. Precisamos de liderança e coordenação nacional nas decisões tripartite", escreveu no Twitter o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes.


O que dizem os especialistas

Fernando Spilki, virologista e professor da Feevale (RS), afirma que as evidências científicas mostraram até agora que uma quarta dose não daria tantos benefícios à imunidade para quem tem mais de 40 anos e não possui comorbidades ou não se expõe diretamente à Covid.


"Isso justifica em parte a maneira como o Ministério da Saúde vem levando isso. O primeiro reforço, ou terceira dose, se tornou fundamental. Mas o segundo reforço nesta faixa etária daria pouca possibilidade de um ganho real em termos de proteção", disse.


"Do ponto de vista prático, pensando em muita gente que não se vacinou, talvez fosse muito mais importante que se mirassem os esforços nesse momento em completar os esquemas vacinais de toda a população", completou o virologista Fernando Spilki.

Especialistas consideram hoje um esquema vacinal completo composto por 3 doses: as 2 doses inciais + uma de reforço. Dados do Ministério da Saúde de 22 de novembro mostram que:


19,4 milhões de brasileiros ainda não foram tomar a segunda dose da vacina contra a Covid;

69 milhões estão com a terceira dose atrasada,

31 milhões ainda não receberam a quarta dose, apesar de estarem aptos segundo as normas da pasta.

A médica Isabella Ballalai considera preocupante a baixa adesão da terceira dose, principalmente entre os jovens, e citou uma falta de comunicação por parte das autoridades sobre os números da Covid. A terceira dose é atualmente recomendada para todos com mais de 12 anos.


"O que faz uma pessoa buscar a vacinação é a percepção de risco. Se a comunicação é de que tudo está bem e que jovem não tem doença grave, não vai ter essa adesão", disse. "Estamos entrando em uma nova onda de Covid, que já era esperada, com uma população não adequadamente vacinada".

Países como Estados Unidos vêm apostando na vacinas bivalentes da Pfizer, que dão uma proteção extra contra subvariantes da ômicron, na aplicação da terceira dose.


Já no Reino Unido, a vacinação acontece de uma maneira mais organizada, com campanhas sazonais. Neste ano, grupos mais vulneráveis, como profissionais de saúde, adultos acima dos 50 anos e imunossuprimidos a partir dos 5 anos, foram convocados para tomar mais um reforço antes do inverno e do verão.


Reforço nas crianças e vacinação em 2023

De acordo com os especialistas, quando se fala em reforço, o Brasil está atrasado em um público: o das crianças de 5 a 11 anos. Nos Estados Unidos, a faixa etária já recebe reforço com a vacina bivalente da Pfizer.


A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), grupo assessora a pasta nas questões de vacinação, foi convocado pelo Ministério da Saúde para uma reunião na próxima semana para discutir a possibilidade de dar uma terceira dose para esse público infantil.


Outra questão que deverá vir à tona na reunião é a vacinação contra a Covid para 2023, que ainda é uma incógnita. A atual gestão do Ministério da Saúde, sob comando do presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda não divulgou nenhum planejamento sobre como será a campanha e quantas doses serão necessárias. As incertezas devem ser herdadas pela próxima gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


A vacina bivalente da Pfizer, já aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dose de reforço nos adultos, deve ser incorporada à vacinação. Os primeiros lotes chegam ao Brasil no início de dezembro.


Publicamente, o Ministério da Saúde diz que "a estratégia de vacinação para o próximo ano está em discussão pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), assim como o quantitativo necessário de doses para garantir a continuidade da imunização da população e a máxima proteção contra a Covid-19".


Fonte: g1

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Condenados por chacina no Ceará destruíram grade e fugiram saltando de viatura a caminho de presídio

Os três condenados a 207 anos de prisão por participação na Chacina de Quixeramobim, que resultou na morte de quatro pessoas em 2018, fugiram logo após o julgamento, arrombando a grade da cela do veículo que os conduzia para o presídio. A fuga aconteceu com o carro da polícia em movimento.


Izaias Maciel da Costa, Mateus Fernandes dos Santos Sousa e Francisco Fábio Aragão da Silva fugiram na noite desta sexta-feira (25).


Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que os quatro policiais penais responsáveis pela escolta dos condenados, "armados, treinados e equipados, só perceberam a fuga ao chegarem para a unidade prisional".



Ainda conforme a SAP, após notarem a fuga, equipes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) iniciaram as buscas. A polícia também usa equipamentos como drones e câmeras termais para auxiliar na procura pelos foragidos.


"A SAP comunica que já abriu uma investigação interna rigorosa para apurar o ocorrido na noite desta sexta-feira, além de ter encaminhado a situação para a Delegacia de Assuntos Internos (DAI)", informou a pasta.


Fuga


Condenados destruíram grade e pularam de viatura em movimento quando eram transferidos para presídio no Ceará — Foto: Reprodução


Os três fugitivos foram condenados a 207 anos e quatro meses de reclusão em julgamento ocorrido em Fortaleza. A sessão teve início às 9h e foi concluída às 23h30 desta sexta, na 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, após transferência da comarca de origem.


Os três réus foram condenados por homicídios qualificados por motivo torpe — disputa de facções criminosas — e recurso que impossibilitou defesas das vítimas, bem como por integrarem organização criminosa.


De acordo com a presidente do Conselho Penitenciário do Ceará (Copen), Ruth Leite Vieira, policiais penais que não quiseram se identificar se queixaram de três agentes terem feito a escola dos presos, com alta periculosidade, sozinhos durante a madrugada. Segundo eles, tais condições de escolta são inadequadas — o que foi corroborado em particular pela representante do órgão.


"São presos de alta periculosidade, conduzidos por três policiais penais na madrugada, com grandes chances de fuga ou resgate [...] É uma escolta inadequada em razão das circunstâncias."

No vídeo recebido pelo g1, o compartimento destinado a presos no veículo policial aparece vazio e com uma abertura na tela de proteção e segurança. Nas imagens, é possível ver que o cadeado permanece fechado, mas a estrutura está danificada.



Julgamento

O processo tramitava na Comarca de Quixeramobim, mas foi transferido para Fortaleza conforme previsão baseada no artigo 427 do Código de Processo Penal. Isso ocorre em razão de o legislador, por exemplo, pressupor riscos de imparcialidade do júri ou segurança pessoal na comarca de atuação.


Após o julgamento, os réus receberam as seguintes penas:


Mateus Fernandes de Sousa (conhecido como “Gato a Jato”): 66 anos de reclusão;

Izaias Maciel da Costa (conhecido como “Mucuim”): 70 anos e 8 meses de reclusão;

Francisco Fábio Aragão da Silva (conhecido como “Pão”): 70 anos e 8 meses de reclusão.

A pena aplicada a Mateus foi menor em razão de a participação dele em organização criminosa não ter ficado comprovada. A decisão ainda cabe recurso.


Como foi o crime


Casa em Quixeramobim foi invadida e quatro pessoas foram assassinadas — Foto: Arquivo pessoal


A chacina ocorreu em 28 de junho de 2018, por volta das 20h30, no Assentamento Irmã Tereza, no Bairro Conjunto Esperança, em Quixeramobim. Na ação criminosa, um grupo de homens encapuzados chegou em carros e motos ao local, atirando contra pessoas que estavam em uma casa.


Três mulheres — uma delas adolescente — e um homem morreram na hora: Antônia Damila Alves Pereira (25), que respondia por tráfico ilícito de drogas; Francisco Neto Lopes de Sousa (22), com passagem por homicídio doloso; Antônia Heyla Ferreira Galdino (20), sem antecedentes criminais; e Débora Mayra do Nascimento de Souza (16), também sem antecedentes.


Além do quarteto, um homem de 52 anos também foi atingido pelos tiros. Ele, contudo, foi levado por moradores das redondezas para uma unidade hospitalar do município.


Fonte: g1

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Guia morre após passar mal em trilha no Parque do Ibitipoca

Um guia morreu na tarde deste domingo (27) durante uma subida no Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte. Alex Mendes Ferreira de Souza, de 48 anos, estava perto do local conhecido como "Cachoeirinha", quando passou mal.


Parque Estadual do Ibitipoca, foto de arquivo — Foto: Dimas Stephan/g1


Em nota à TV Integração, a gerência do parque informou que o funcionário teve um mal súbito. "Ele foi atendido imediatamente por profissionais de Saúde que estavam no grupo e realizaram os procedimentos de socorro".


O guia chegou a ser resgatado com ajuda de um transporte aéreo, mas não resistiu e morreu. Confira abaixo o comunicado do parque.



"Com pesar, informamos que tivemos uma ocorrência no parque, em que um dos nossos guias credenciados, o Alex Mendes Ferreira de Sousa, infelizmente, veio a óbito. A causa foi um mal súbito, durante subida, próxima a Cachoeirinha. Foi atendido imediatamente por profissionais de saúde que estavam no grupo e realizaram os procedimentos de socorro. Foi resgatado com apoio aéreo".


O Instituto Estadual de Florestas (IEF) também lamentou a morte do guia. "Nesse momento de profunda tristeza o IEF se solidariza com os familiares e amigos e manifesta as mais sinceras condolências", complementou.


Parque Estadual do Ibitipoca

O Parque Estadual do Ibitipoca está localizado nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata mineira, a 70 quilômetros de Juiz de Fora. O parque, que fica próximo à Serra da Mantiqueira, é o mais visitado entre as unidades de conservação de Minas Gerais.


A comunidade de Conceição de Ibitipoca tem pouco mais de mil habitantes e a principal fonte de renda é o turismo.


O parque é uma reserva florestal de 1.488 hectares, localizado na Serra do Ibitipoca, uma ramificação da Serra da Mantiqueira com altitudes entre 1.200 e 1.784 metros, com predomínio de campos ferruginosos e bioma de Mata Atlântica.


Fonte: g1

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Conta de luz segue sem cobrança adicional em dezembro, decide Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) que a conta de luz seguirá sem cobrança extra em dezembro.


A agência manteve acionada a bandeira tarifária verde, que não acrescenta custos aos consumidores com base no consumo mensal de energia. A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril.


O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. No final de todo mês, a agência decide a cor da bandeira para o mês seguinte.


Quando o custo da produção de energia aumenta, por exemplo, por conta do acionamento de usinas térmicas (mais poluentes e mais caras), a Aneel pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 — que representam custo extra ao consumidor.


Novos valores das bandeiras tarifárias, em vigor entre 1º de julho e meados de 2023 — Foto: Editoria de Arte / g1


"Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas", informou a agência em nota.


Situação dos reservatórios

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia no país, está em 47,34% – situação mais confortável do que a registrada no mesmo período de 2021.


Diante da crise hídrica do ano passado, o governo implementou a bandeira escassez hídrica, que vigorou entre setembro de 2021 e 15 de abril deste ano. Nesse intervalo, ela representou um custo adicional de R$ 14,20 para cada 100 kW/h consumidos no mês.


Fonte: g1

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Ministério da Saúde diz que vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid chegam no início de dezembro


O Ministério da Saúde disse, nesta sexta-feira (25), que o primeiro lote de vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19 chega ao Brasil no início de dezembro.


O governo federal não detalhou ainda quantas doses virão e qual público será contemplado com os novos imunizantes.


O posicionamento do Ministério da Saúde foi divulgado três dias após esse tipo de vacina ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no mesmo dia em que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou para "possível nova onda" de Covid e apontou que a vacinação está "muito aquém" do esperado.



A atuação do governo federal também foi criticada, na quinta-feira (24), pelo presidente do Instituto Butantan. Dimas Covas disse que o grupo poderia estar se planejando para oferecer uma vacina trivalente contra Covid, que está em fase de desenvolvimento, mas falta interesse e planejamento no atual governo.


Na atual fase, o Brasil enfrenta um baixo índice de aplicação das doses contra a Covid. De acordo com os dados mais atualizados do consórcio de veículos de imprensa, somente 49,4% dos brasileiros tomaram a dose de reforço.


Aprovadas para reforço

A Anvisa aprovou o uso de duas novas vacinas da farmacêutica para dose de reforço na população acima dos 18 anos. Elas são chamadas de bivalentes por darem uma proteção contra a cepa original do coronavírus e um reforço extra contra subvariantes da ômicron.


“É importante ressaltar que o Ministério da Saúde possui acordo com a farmacêutica Pfizer, assinado ainda em novembro de 2021, que contempla a entrega de todas as vacinas disponíveis e aprovadas pela Anvisa", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.


Ainda de acordo com o ministério, a entrega da vacina bivalente ao Brasil está em negociação há, pelo menos, dois meses.


Fonte: g1

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Ataque a escolas em Aracruz: o que se sabe e o que falta esclarecer

Um ataque a duas escolas deixou três mortos e 13 feridos em Aracruz, no Espírito Santo, nesta sexta-feira (25). Os disparos aconteceram em duas escolas de um bairro afastado do Centro da cidade. O assassino foi apreendido.


Samu socorre vítimas de ataque em escolas de Aracruz, Espírito Santo — Foto: Divulgação/Notaer


Onde aconteceu o ataque?

O caso aconteceu em duas escolas de Aracruz, cidade no norte do Espírito Santo, a cerca de 85 km da capital, Vitória. Foram atacadas pessoas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, que é particular. As escolas ficam no bairro de Coqueiral, a 22 km do centro de Aracruz.


Como foi o ataque?

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o caso aconteceu entre 9h30 e 9h40 desta sexta-feira (25).


De acordo com o capitão Alexandre, do 5º Batalhão de Polícia Militar, o criminoso entrou na escola Primo Bitti e fez vários disparos com uma arma, matando duas professoras na sala dos docentes.


Em seguida, ele foi de carro – um Renault Duster de cor dourada com as placas tampadas – até o Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde matou um aluno. Além dos mortos, outras 13 pessoas ficaram feridas.


Ainda de acordo com o capitão, ele fugiu no veículo em direção à orla.



Um professor de uma das escolas atacadas relatou que estava no pátio acompanhando os alunos durante o intervalo quando começaram os disparos. “Pega a sua turma e corre que está rolando tiro”, foi o que ele disse ter escutado das professoras em meio ao tumulto.


Quantas pessoas estavam nas escolas no momento dos ataques?

Segundo dados do Censo Escolar de 2021, a escola Primo Bitti tem cerca de 500 alunos matriculados. O governo estadual não confirmou quantos alunos estavam no local no momento do atentado. Também não há informações sobre o número de alunos que estavam na Centro Educacional Praia de Coqueiral.


Quem são as vítimas?


Duas professoras da escola Primo Bitti e uma aluna do Centro Educacional Praia de Coqueiral foram mortas no ataque. Seis dos 13 feridos seguem hospitalizadas. Entre eles, estão duas crianças em estado gravíssimo.


Uma das vítimas foi identificada por familiares como sendo a professora de alfabetização Maria Penha Pereira de Melo Banhos, de 48 anos.


Uma menina de 12 anos, Selena Zagrillo, estudante do 6º ano da escola particular atacada, também morreu no ataque.


A identidade da terceira vítima não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem.


Quem é o criminoso?

Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (25), o governador Renato Casagrande informou que o assassino tem 16 anos e era estudante da escola Primo Bitti até junho deste ano. Ainda segundo informações das autoridades capixabas, as armas utilizadas pelo criminoso eram do pai dele, que é policial militar.



A identidade do criminoso não foi divulgada.


O assassino foi preso?

Em publicação no Twitter, o governador Renato Casagrande escreveu: "Nossas equipes de segurança alcançaram o assassino que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã".


A Polícia Rodoviária Federal no Espírito Santo disse que o assassino foi apreendido em Aracruz por volta de 14h desta sexta (25).


Quais foram as armas usadas no crime e a quem pertenciam?

Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta (25), representantes do governo estadual informaram que foram usadas duas armas no crime, e um revólver .38 e uma pistola .40. Ambas as armas pertencem ao pai do assassino, que é policial militar.


O que diz o governo do Espírito Santo?

Em uma publicação no Twitter, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), confirmou que as escolas tinham sido invadidas e que acompanhava o caso "com pesar e muita tristeza". Ele também decretou 3 dias de luto no estado.


O que diz a prefeitura de Aracruz?

Em nota, a prefeitura de Aracruz informou que suspendeu as aulas em todas as escolas da rede municipal nesta sexta-feira (25) e que solicitou ao governo do estado o reforço no policiamento na região. Foi decretado luto de 3 dias na cidade.


A prefeitura também anunciou o adiamento da abertura da programação de Natal na cidade e o cancelamento dos Jogos Indígenas do Espírito Santo, que seriam realizados entre sexta (25) e domingo (27) na Aldeia Caieira Velha, próxima às escolas atacadas.


O que diz a escola particular?

O Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC) divulgou nota sobre o ataque:


"O Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC) lamenta profundamente o grave incidente ocorrido na manhã desta sexta-feira (25) no bairro Coqueiral de Aracruz, em que duas escolas foram invadidas por homens armados fazendo disparos.


Nos solidarizamos com todos os que passaram por esse momento de extremo horror, incluindo nossos alunos, nossas equipes e seus respectivos familiares.


Ainda estamos procurando entender a extensão desse ataque, que deixa marcas profundas em todos nós.


Contamos com a eficiência das forças policiais para que os responsáveis por esse ataque sejam presos e responsam por seus atos."


Fonte: g1

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Héctor Bonilla, ator famoso por participação em 'Chaves', morre aos 83 anos

Héctor Bonilla, ator mexicano conhecido no Brasil principalmente por causa de sua participação em um episódio de "Chaves", morreu aos 83 anos nesta sexta-feira (25).


Héctor Bonilla em participação em 'Chaves' e no filme 'Natal, mas pouco' — Foto: Reprodução e Alejandro Lopez Pineda/Netflix


A causa da morte não foi divulgada, mas em 2019 ele foi diagnosticado com um câncer nos rins, de acordo com a agência de notícias México.


"A Secretaria de Cultura lamenta profundamente a morte do ator Héctor Bonilla, formado na Escola de Arte Teatral do Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura e considerado um dos melhores atores do México", escreveu a instituição nas redes sociais.


"Desenvolveu-se no teatro, televisão e cinema, onde participou em filmes como 'Amanhecer vermelho'."


Ao longo da carreira, Bonilla gravou mais de 20 filmes e novelas. A famosa participação em "Chaves", na qual interpretou a si mesmo, foi ao ar em 1979. O último filme, "Natal, mas pouco", foi lançado em 2021.


Fonte: g1

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Lula chega a Brasília nesta semana para negociar PEC do Bolsa Família e desenhar equipe ministerial

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve desembarcar em Brasília na noite deste domingo (27) para dar continuidade aos trabalhos da transição de governo.


Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: EPA


Após dias de repouso médico em São Paulo e sem aparições públicas, Lula terá o desafio de reorganizar a articulação política da transição, definir a equipe ministerial e preparar a base para a largada do terceiro mandato à frente da Presidência.


A quase um mês do início do governo, aliados têm feito críticas à falta de uma liderança para negociações necessárias às propostas de Lula – como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que retira do teto de gastos os recursos para o programa Bolsa Família.


Amigo próximo do presidente eleito, o senador Jaques Wagner (PT-BA) chegou a apontar também que a indefinição de um nome para o comando do Ministério da Fazenda tem atrapalhado.


O cenário tem atrasado o encaminhamento ao Congresso Nacional de um texto de consenso da PEC. Para colocar um freio de arrumação no processo, o presidente eleito participará presencialmente das discussões a partir desta semana.


Articulação da PEC

O relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), pretende apresentar o texto até esta terça-feira (29) para garantir que a PEC seja aprovada até o final deste ano.


Aliados de Lula defendem três possíveis formatos para o texto, com divergência sobre o período em que o programa ficaria fora do teto – um, dois ou quatro anos:



a proposta do PT, que libera R$ 198 bilhões do teto de gastos por quatro anos;

a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), elevando o teto em R$ 80 bilhões;

e a proposta do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), com um furo no teto de R$ 70 bilhões para bancar o Bolsa Família.

“Ele [Lula] vai estar lá [em Brasília] a partir de segunda-feira. Quer participar de várias reuniões com partidos, bancadas; quer conversar novamente com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Vai passar em Brasília de segunda a sexta para fazer essas conversas e também encaminhar PEC, que é muito importante”, afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.


Segundo o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), designado por Lula para tratar de pautas relacionadas ao Orçamento da União em 2023, Lula pretende participar das tratativas ao lado do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB).


Indefinição de ministérios

Há quase duas semanas, em uma viagem a Portugal, o presidente eleito havia indicado que começaria a estruturar a equipe ministerial que vai chefiar o país em 2023 quando retornasse ao Brasil no último fim de semana.


“A partir de segunda-feira, terça-feira, eu vou assumir a minha tarefa de coordenação-geral [na transição de governo], vou tentar trabalhar a ideia de começar a montar o governo e vou criar os grupos de transição que faltam ser criados”, disse.


Lula, no entanto, foi surpreendido por uma cirurgia para retirada de lesões na prega vocal esquerda. Em repouso a pedido da equipe médica que o acompanha, Lula foi obrigado a adiar compromissos presenciais previstos para a última semana em Brasília.


Embora afastado publicamente, as cobranças de aliados e do mercado financeiro sobre as nomeações não esfriaram, e o desafio de dar início à nomeação de ministros deve estar presente nas pautas ao longo desta semana em Brasília.


A escolha dos ministros também é vista como fundamental para que pautas de interesse do futuro governo avancem ainda neste ano no Congresso.


Gleisi Hoffmann tem dito que o presidente não tem pressa para as definições dos comandos de pastas, em especial do comandante da equipe econômica. Ela segue o tom adotado por Lula durante toda a campanha à Presidência.



“[Ele] vai fazer no momento que achar oportuno e achar correto, quer ter bastante segurança nesse sentido. Pode ser que ele fale alguma coisa na semana que vem ou não, não é esta a finalidade dele na ida a Brasília”, disse a presidente do PT.


Além da estrutura do futuro governo, Lula tem outro problema a ser resolvido ainda na transição. Três grupos técnicos ainda não tiveram membros anunciados: defesa; inteligência estratégica; e centro de governo.


O grupo que vai fazer o diagnóstico e iniciar o diálogo institucional do novo governo com os militares tem recebido especial atenção. Para aliados, as indicações são importantes para uma aproximação da gestão Lula com as Forças Armadas, um dos principais pilares do apoio público ao atual governo Jair Bolsonaro (PL).


Segundo Gleisi, os integrantes desses grupos de trabalho ainda pendentes devem ser anunciados já nesta segunda.


Fonte: g1

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Alckmin diz que 'não tem reforma a ser desfeita' e que imposto sindical obrigatório não voltará

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (26) que "não tem nenhuma reforma" aprovada em governos anteriores "a ser desfeita" pelo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir do ano que vem.


O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo


Alckmin participou de evento promovido pela organização Esfera Brasil. Também compareceram ao o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.


Ao ser questionado sobre a possibilidade de desfazer reformas aprovadas em governos anteriores, o vice-presidente respondeu:


“Não tem nenhuma reforma a ser desfeita, nenhuma".

Em seguida, Alckmin negou a volta da obrigatoriedade do pagamento, pelos trabalhadores, do imposto sindical. O pagamento é facultativo desde 2017, quando a reforma trabalhista foi aprovada.


"A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar imposto sindical", disse Alckmin.

O vice-presidente eleito defendeu, entretanto, que é preciso ‘aprofundar’ a discussão sobre a proteção social de trabalhadores de aplicativos, como entregadores.


"Nós estamos frente a uma questão de plataformas digitais, que precisam ser verificadas. Quando você tem um menino lá, entregador de lanche, que não tem descanso semanal, não tem saúde, não tem aposentadoria, não tem nada, é preciso aprofundar essas coisas", declarou.

Ajuste fiscal

O vice-presidente eleito afirmou, ainda, que o ajuste fiscal será feito "de forma permanente".


"Podem acreditar, vai haver ajuste [fiscal]. E não em uma semana, vão ser quatro anos de ajuste porque você pode todo dia estar melhorando a eficiência do gasto público", disse.

Alckmin defendeu, ainda, que "governar é escolher" e que há "muitas formas de fazer ajustes".


"Qual é a preocupação que a gente deve ter? Eu não vou gastar mais do que eu arrecado, então eu preciso cortar gastos. Eu vou cortar do salário mínimo? Eu vou fazer ajuste em cima de 71% dos aposentados e pensionistas do Brasil?", questionou Alckmin.


Também presente no evento, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, defendeu um "equilíbrio" entre buscar novas fontes de receitas e cortar despesas.


"Se nós deteriorarmos de alguma maneira, ainda que não intencional, as regras fiscais, o efeito imediato será o Banco Central subir o juro. E olha que a taxa Selic talvez seja a última taxa que sobe", disse Dantas.


"Temos uma dificuldade que precisa ser posta na mesa que é exatamente buscar o equilíbrio. E equilíbrio não é só buscar fontes de receita e nem é só conter avanço de despesas. É preciso mexer em cima, mexer embaixo e ver exatamente onde nós conseguimos chegar."


Ministro da Fazenda

Perguntado sobre quem irá assumir o Ministério da Fazenda, Alckmin respondeu que "cada coisa vem a seu tempo".


Como mostrou o blog da colunista Ana Flor, o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ganhou força.


Em entrevista à Globo News, Haddad afirmou que a escolha cabe ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.


Entre as principais pastas que devem ser recriadas no novo governo estão a da Fazenda e a do Planejamento. Hoje, essas duas áreas estão unidas no Ministério da Economia.


Fonte: g1

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Como os nordestinos 'inventaram' o Sul do Brasil

Manifestações de desprezo e até ódio contra nordestinos marcaram algumas concentrações promovidas por eleitores inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro no segundo turno do pleito presidencial, em 30 de outubro. Vídeos e áudios produzidos por estudantes de São Paulo e do Rio de Janeiro incluem, entre outros gestos, expressões degradantes contra brasileiros dos nove Estados do Nordeste.


Cidade de Castro, no Paraná, em aquarela de Debret; entre os primeiros povoadores do Sul estavam sesmeiros, tropeiros, militares, comerciantes, artesãos, religiosos e sobretudo escravizados nascidos no que depois se chamaria de Nordeste — Foto: Domínio público


Esse fenômeno expõe uma divisão política refletida em linhas mais ou menos geográficas: o Nordeste foi a única das cinco regiões brasileiras em que a votação de Luiz Inácio Lula da Silva superou a de Bolsonaro. Mas, na visão de historiadores ouvidos pela BBC News Brasil, essas manifestações expressam também, em uma perspectiva mais abrangente, os impasses e fraturas da formação do Estado nacional brasileiro.



Pesquisadores apontam a ironia de o ânimo antinordestino situar-se na contramão de uma evidência histórica: sem o protagonismo de indivíduos vindos do que é hoje a Região Nordeste, a existência das demais regiões não teria sido possível.


Entre os primeiros povoadores dessas regiões, especialmente do Sul, estavam sesmeiros, tropeiros, militares, comerciantes, artesãos, religiosos e sobretudo escravizados nascidos na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Ceará e no Maranhão.


Essa realidade pode ser constatada não apenas pelo exame dos sobrenomes das famílias mais antigas, muitos dos quais são ramos de célebres clãs baianos e pernambucanos - Azevedo, Coelho, Silva, Freire, Furtado, Melo, Cunha, Borges, Costa, Vieira e outros - como pela observação de tipos físicos, economia, religiosidade e cultura.


Autor da trilogia A Fronteira (2002 e 2015), sobre a fixação dos limites entre Brasil, Uruguai e Argentina, o historiador Tau Golin recomenda cuidado àqueles que, no Rio Grande do Sul, fizerem referência a nordestinos como inferiores. "Ao fazer isso, grande parte dessas pessoas está possivelmente degradando os próprios antepassados. Muitos descendem desses nordestinos", adverte.


Segundo o historiador, os atuais Estados do Sul e, principalmente, o Rio Grande do Sul foram inicialmente territórios conquistados e ocupados por uma grande variedade de brasileiros vindos do Norte, entre os quais se sobressaem os oriundos da região que hoje corresponde ao Nordeste.



Aqueles que hoje se chamam nordestinos eram especialmente numerosos entre os engajados nas primeiras expedições marítimas à costa rio-grandense.


"Nos períodos colonial e imperial, o Rio Grande do Sul foi povoado por políticas de Estado e por aventureiros. As políticas de Estado eram executadas por meio de projetos de povoamento territorial e, em época de guerra, pela concessão de lotes rurais e urbanos a soldados", descreve Golin, doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.


A história do Rio Grande do Sul é permeada de personagens nascidos e criados na atual região Nordeste que, radicados ou de passagem pelo Sul, ajudaram a mudar a integrar o espaço ao Brasil.


Foi um militar nascido na Bahia, Domingos Alves Branco Muniz Barreto (1748-1831), o primeiro a incentivar a exploração do charque ("as carnes salgadas que devem ser exportadas a este reino em lugar das que vem da Irlanda") na região de Pelotas, destinada a Portugal pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777).


No século 19, outros militares deixaram sua marca na história local, como o marechal Deodoro da Fonseca (de Alagoas), o almirante Custódio José de Mello (da Bahia) e o capitão Tupy Caldas (do Maranhão), a quem muitas vezes é erroneamente atribuída origem gaúcha.



Para Golin, porém, é um erro limitar a contribuição do atual Nordeste a esses personagens ilustres.


"São nomes da elite colonial, do Império e da República, conhecidos na história oficial. O fenômeno é muito mais profundo, porque é preciso levar em conta o contingente populacional. Os nordestinos vão contribuir muito na formação gentílica, na mestiçagem", explica Golin.


A influência nordestina no charque

A indústria do charque (chamado de carne de sol no Nordeste), atividade econômica mais importante do Rio Grande do Sul no século 19, é um dos exemplos mais claros da influência nordestina.


Imagem de charqueada em Pelotas; pioneiro dessa atividade foi José Pinto Martins, vindo do Ceará — Foto: Domínio público


A implantação de charqueadas com vistas à comercialização é atribuída a José Pinto Martins, português que criou a primeira fábrica de charque às margens do Arroio Pelotas ou do Canal de São Gonçalo no último quartel do século.



Pinto Martins chegou ao Rio Grande do Sul vindo do Ceará, onde já produzia carne de sol. A mudança foi motivada pela seca de 1777, conhecida como "Seca dos Três Sete", que se estendeu até 1880 e provocou a morte de mais da metade da população da região atingida no Nordeste.


"Uma das razões mencionadas para a transferência de Pinto Martins para o Rio Grande é que as secas tinham deixado o gado nordestino em estado reduzido e mal nutrido", afirma Ester Gutierrez, autora de Negros, Charqueadas e Olarias: Um Estudo sobre o Espaço Pelotense (2001).


Em 1824, Pinto Martins sentiu-se mal e ditou seu testamento. Solteiro, reconheceu como herdeiro João Pinto Martins, filho que tivera com uma ex-escravizada, e deixou dinheiro para dois outros filhos de ex-cativas.


"Esses escravos, que trabalhavam nas embarcações que levavam o charque para o porto de Rio Grande, eram nordestinos. No testamento, Pinto Martins libertou-os", diz a doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.


A ideia de identidades regionais

Para Jocelito Zalla, autor de Simões Lopes Neto e a Fabricação do Rio Grande Gaúcho (2022), a ideia de influência do Nordeste na formação do Sul antes do século 20 deve ser vista com cautela. Foi só a partir dessa época que se firmaram as noções de identidade regional predominantes até hoje.



"A ideia de Nordeste é recente. Segundo o historiador Durval Muniz de Albuquerque, até os anos 1920 usava-se o termo mais geral 'Norte' para a região. Os traços culturais e sociais, além da definição da paisagem representativa, só se estabelecem nesse período", lembra.


Nos períodos colonial e imperial, diz Zalla, a própria população do que hoje é conhecido como Nordeste definia-se a partir de outros recortes de identidade política, geralmente locais.


Charqueada do Brasil, em aquarela feita por Debret; a história do Rio Grande do Sul é permeada de personagens nascidos e criados na atual região Nordeste que ajudaram a mudar a integrar o espaço ao Brasil — Foto: Domínio público


"Nem o Nordeste nem o nordestino existiam no período de formação do Rio Grande do Sul. Do ponto de vista da História, as pessoas que emigraram para cá (Sul) ainda não eram nordestinas", assinala.



No século 20, por outro lado, Zalla identifica não apenas trocas simbólicas entre as regiões mas uma verdadeira colaboração na construção das duas identidades, a do Sul e a do Nordeste.


"A visão de regionalismo de Gilberto Freyre confluiu com a dos modernistas do Rio Grande do Sul, como Moysés Vellinho, principalmente depois dos anos 1930. José Lins do Rego comentou literatura gaúcha em seus livros de crítica literária dos anos 1930 e articulou uma visita de Freyre ao Rio Grande do Sul", enumera o doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


No terreno da cultura, essa proximidade evoluiu muitas vezes para a produção de obras. A primeira edição crítica da coletânea Contos Gauchescos e Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto (1865-1916), em 1949, não foi organizada por nenhum pesquisador gaúcho, mas pelo alagoano Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989).


"Ele incluiu na obra um estudo formalista consagratório e um vocabulário que permitiu a compreensão do texto no restante do Brasil, além de mobilizar sua rede de sociabilidade intelectual no Rio de Janeiro para difundir o livro", explica Zalla.


Outro exemplo é o de Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002), um dos fundadores do movimento conhecido como tradicionalismo gaúcho, que, nos anos 1950, em São Paulo, produziu canções e programas regionalistas de TV em parceria com nordestinos e compôs um xote gravado por Luiz Gonzaga (1912-1989).



O preconceito

Isso não significa, de acordo com Zalla, que não existam estigmas relacionados à região que corresponde ao atual Nordeste. "No Rio Grande do Sul, por exemplo, no século 19 chamavam-se de forma pejorativa de 'baianos' todos os brasileiros dos atuais Norte e Nordeste. Isso pode ser mapeado no cancioneiro da Revolução Farroupilha", observa.


Para Golin, esse preconceito antibaiano e antinordestino, no Sul, está ligado a um aspecto central da formação nacional brasileira: a questão racial.


"Esse problema se manifesta pela questão do fenótipo, do tipo físico, que, por sua vez, se relaciona ao lugar social dos nordestinos. Essa base, que vai se associar à ignorância histórica, tem um lastro muito acentuado entre os descendentes de migrantes", afirma.


Golin define esses contingentes como "grandes cotistas". "São pessoas que vêm para o Brasil com grandes vantagens, num processo de migração que tinha por paradigmas o estímulo à pequena propriedade e à produção para o mercado interno e, principalmente, o processo de apagamento da história da escravidão e o branqueamento da população", explica.


O pano de fundo dessa política foi, na opinião do historiador, o desejo do Império do Brasil de participar do Concerto das Nações.


Os migrantes instalaram-se em espaços desprezados pelo latifúndio e pela grande empresa rural: os territórios indígenas. "Foi preciso convencer esses migrantes, com um discurso ideológico e racial, de que estavam vindo para o Brasil travar uma luta entre civilização e barbárie", argumenta.


O resultado foi que, nas regiões de predomínio de migrantes, a população assentada tende a situar tudo que não se assemelha a sua etnia "em um nível inferior", diz Golin.


"Seu discurso se expressa em chacotas, mas também em formulações políticas, como uma forma de diminuição do que não pertence à comunidade de origem migrante. Os 'estranhos' são os brasileiros, os negros", conclui.


Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63733197


Fonte: g1

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