quinta-feira, setembro 19, 2019

Após 8 anos, Fernandinho Beira-Mar é transferido novamente para o presídio federal de Campo Grande

O traficante Fernandinho Beira-Mar, que estava no presídio federal de Mossoró (RN), foi transferido nesta quinta-feira (19), para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Ele chegou em um avião da Polícia Federal por volta das 18h30 (de MS), no aeroporto internacional da cidade.

Desembarque do traficante Fernandinho Beira-Mar no aeroporto internacional de Campo Grande — Foto: Wilson Bisol/ TV Morena
Desembarque do traficante Fernandinho Beira-Mar no aeroporto internacional de Campo Grande — Foto: Wilson Bisol/ TV Morena

Segundo o Ministério da Justiça, a transferência faz parte da rotina do sistema penitenciário federal, já que a permanência de um preso nas unidades federais é de dois anos, com a renovação de mais um ano.

Essa é a segunda vez que Beira-Mar vai cumprir pena no presídio federal de Campo Grande. Ele esteve preso na unidade entre 25 de dezembro de 2007, quando veio de Catanduvas (PR), e ficou até 18 de dezembro de 2010, quando voltou para a penitenciária paranaense.

A Polícia Federal e agentes penitenciários federais receberam o traficante no aeroporto. Logo após a chegada, Beira-Mar foi encaminhado para o setor de triagem do presídio, onde deverá ficar por 20 dias, antes de ser levado para uma cela.

Forte esquema de segurança envolvendo a Polícia Federal e agentes penitenciários federais foi montado para receber o traficante Fernadinho Beira-Mar em Campo Grande — Foto: Dyego Queiroz/TV Morena
Forte esquema de segurança envolvendo a Polícia Federal e agentes penitenciários federais foi montado para receber o traficante Fernadinho Beira-Mar em Campo Grande — Foto: Dyego Queiroz/TV Morena

Nesse período de 20 dias, passa por essa equipe de saúde e assistência e pela comissão técnica de classificação , a qual é composta por diversos setores que realizam o plano individualizador da pena, ou seja, quais assistências precisa, com quais presos pode ter contato, etc.

Embarque do traficante Fernandinho Beira-Mar na transferência do Rio Grande do Norte para Mato Grosso do Sul — Foto: Daniel Zumba/Arquivo Pessoal
Embarque do traficante Fernandinho Beira-Mar na transferência do Rio Grande do Norte para Mato Grosso do Sul — Foto: Daniel Zumba/Arquivo Pessoal

Fonte: G1
Leia Mais ››

Com fogo controlado, Corpo de Bombeiros mantém combate a incêndio em Patu

O combate ao incêndio na Serra do Lima, em Patu, na região Oeste do Rio Grande do Norte, ainda é mantido pelo Corpo de Bombeiros. No fim da tarde desta quinta-feira (19), a corporação divulgou mais uma atualização sobre o trabalho no local.

FOTO: DIVULGAÇÃO/CORPO DE BOMBEIROS RN

De acordo com a nota, grande parte do fogo foi controlado na manhã de hoje. No entanto, o Corpo de Bombeiros “segue monitorando e combatendo outros focos de incêndio”.

Segundo o Governo do RN, mais de 200 pessoas estão envolvidas na força-tarefa, entre bombeiros e voluntários. Nesta tarde, a governadora Fátima Bezerra “autorizou o incremento de mais diárias operacionais para garantir o reforço no local até o total controle do incêndio.”

“À noite, é natural que a população veja com mais facilidade os pequenos focos de incêndio, mas já os controlamos bastante, e sabemos que, além do nosso combate incessante, a temperatura cairá com a velocidade dos ventos, o que nos favorece. Não vamos parar o combate”, disse o comandante-geral do CBMRN, coronel Monteiro Junior.

Histórico

O combate ao fogo iniciou-se na Serra do Lima na última segunda-feira (16), por volta das 15h, com equipes do Corpo de Bombeiros das cidades de Pau dos Ferros e Caicó. Mais de 40 militares da capital e de Mossoró foram enviados para somar na força-tarefa junto aos voluntários.

Alerta de baixa umidade

Durante a tarde desta quinta-feira (19), assim como nos últimos dias, Patu foi incluído em uma lista de municípios em alerta de “perigo potencial” para a baixa umidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que divulgou o aviso, a umidade varia entre 30% e 20% na região. Além do Oeste Potiguar, a Central e o Agreste também foram incluídos.

Fonte: Portal no Ar
Leia Mais ››

Vale é condenada a pagar R$ 11,8 milhões a familiares de vítimas de Brumadinho

A Vale foi condenada pela Justiça de Minas Gerais a indenizar em um total de R$ 11,875 milhões aos familiares de dois irmãos e uma mulher grávida mortos no rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro. É a primeira condenação da mineradora em uma ação individual movida em consequência da tragédia que matou 249 pessoas e deixou outras 21 desaparecidas.

A ação foi ajuizada por quatro pessoas. Helena Quirino Taliberti perdeu os filhos Luiz Taliberti Ribeiro da Silva e Camila Taliberti Ribeiro da Silva, além do neto, que estava na barriga da nora Fernanda Damian de Almeida, também vítima da tragédia. Além de Helena, processaram a Vale os pais e a irmã de Fernanda, Joel, Teresinha e Daniele de Almeida.

Luiz e Fernanda eram casados e esperavam um menino, que se chamaria Lorenzo. As famílias alegaram que sofreram enormemente com a morte de seus familiares, por isso pediram indenização por danos morais. Os autores da ação também reivindicaram que a empresa arcasse com despesas de seguro-saúde até seu falecimento

O juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Brumadinho, fixou indenização de R$ 2 milhões a Helena pela perda de cada filho e R$ 750 mil pela morte do neto, totalizando R$ 4,750 milhões.

“É incontestável o abalo moral sofrido por uma mãe que tem os seus dois únicos filhos mortos em razão da tragédia de que ora se trata, causada pela ré”, disse o magistrado na sentença. “É indubitável que a avó já nutria grande expectativa pela chegada de seu neto, natural e inerente a qualquer ser humano. Mesmo que ainda não o conhecesse, é inquestionável o sofrimento pelo qual passou e ainda passa”, afirmou.

Para os pais de Fernanda, a quantia estabelecida foi correspondente a R$ 2 milhões pela morte da filha e R$ 750 mil pelo neto, totalizando R$ 2,750 milhões para cada um. Para a irmã da gestante, o magistrado estipulou o montante de R$ 1,625 milhão.

O juiz avaliou que o grupo tinha direito à reparação pelo dano moral e que os expressivos danos psicológicos causados com a morte de seus parentes deveriam ser abarcados pelo valor da indenização.

No entanto, indeferiu o pedido referente ao pagamento de plano de saúde e para que a companhia exibisse por 20 anos, nas entradas das sedes e filiais da Vale e de suas subsidiárias no mundo, fotografia com texto em homenagem aos mortos da família, além da leitura de um texto no início de todas as assembleias de acionistas da empresa que começava com a frase ” a vida vale mais do que o lucro”.

O magistrado considerou que, embora seja compreensível “a revolta sentida pelos autores com a terrível situação”, as solicitações poderiam ser objeto de análise em uma ação coletiva

Procurada, a Vale disse que ainda não foi intimada da decisão. “A empresa é sensível à situação das famílias e dará encaminhamento ao caso, respeitando a privacidade dos envolvidos “

Fonte: Estadão
Leia Mais ››

Aluno de 14 anos esfaqueia professor na escola

Um aluno de 14 anos, estudante do 7º ano do Centro Educacional Unificado (CEU) Aricanduva, zona leste da capital paulista, esfaqueou um professor na manhã de hoje (19). Segundo a Polícia Militar, o estudante, que também ficou ferido, saiu da sala de aula e encontrou o professor no corredor, quando o golpeou. O aluno teria voltado para a sala de aula e se ferido ao contar aos colegas o que tinha feito.

Em nota, a prefeitura informou que o estudante e o professor da Escola Municipal de Ensino Municipal Paulo Gomes Cardim estão sendo atendidos pelos serviços de saúde. O professor foi socorrido no Pronto-Socorro Municipal Jardim Iva e encaminhado para o Hospital Estadual da Vila Alpina.

O aluno foi socorrido ao Hospital das Clínicas. “A direção do CEU suspendeu as atividades de hoje na unidade. Equipes de saúde estão no local realizando atendimento psicológico dos estudantes, professores e servidores”, diz a nota.

Fonte :Agência Brasil
Leia Mais ››

Adotar energia solar é opção para reduzir custos

Adotar uma fonte de energia limpa e sustentável, preservar os recursos naturais com baixo impacto ambiental, obter financiamento e, ainda por cima, economizar na conta mensal de luz em médio prazo. Esses são alguns dos argumentos para empresários e consumidores domésticos trocar o sistema de fornecimento tradicional de energia para o sistema solar. Esse tipo de fonte energética tem avançado no Rio Grande do Norte. Hoje, o estado já possui mais de 1.300 edificações com sistemas solares já conectados à rede. A potência de geração distribuída cresceu de 21 MW para 23,4 MW de agosto para setembro segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSolar). E os especialistas consideram, a substituição vale a pena.

FOTO: WELLINGTON ROCHA/PORTALNOAR

“O valor do financiamento para instalação dos equipamentos e painéis normalmente é inferior ao valor que o consumidor residencial ou empresarial paga à concessionária de energia elétrica pela conta mensal”, explica a gerente da Unidade de Desenvolvimento Setorial do Sebrae no Rio Grande do Norte, Lorena Roosevelt. Segundo ela, o retorno do investimento ocorre em média em cinco anos, quando o financiamento é quitado é o consumidor fica sem custos para geração da energia mensal.

Outra vantagem é que há recursos disponíveis para financiar os projetos de instalação e a adoção de sistemas de energia solar reduz as perdas e posterga os investimentos em transmissão e distribuição de energia. “O consumidor pode utilizar a potência gerada excedente em outras unidades que não seja a de implantação, já que toda energia gerada é depositada na rede de distribuição”.

Para mostrar todas as vantagens desse tipo de sistema elétrico e facilitar a contratação de financiamento para essa operação, o Sebrae realiza o Encontro de Negócios do Setor Fotovoltaico no dia 23, na sede da instituição. Para participar do encontro, basta se inscrever no site http://forumenergias.com.br/ e levar uma conta de luz. O evento vai reunir em um mesmo ambiente os agentes financeiros com linhas de crédito voltadas para essa matriz, avaliadores de viabilidade de projetos de instalação e as empresas integradoras – aquelas que fazem a instalação e manutenção dos painéis fotovoltaico – para retirar todas as dúvidas de quem pretender adotar esse sistema.

Estudos de viabilidade

Durante o evento, técnicos do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) farão para os participantes estudos de viabilidade para implantação dos painéis fotovoltaicos, que ajudam no momento da contratação da implantação.

“Para adotar o modelo de painéis solares, o consumidor pode levar em consideração o índice e o potencial que tem na nossa região e a redução da conta de energia, que é possível utilizando uma fonte renovável. Quando o consumidor faz uma simulação e analisa o investimento que será necessário para ter a sua própria geração de energia, ele tem mais condições de analisar se vale a pena. Por isso, a participação dos técnicos da CT Gás –ER é muito importante”, explica Maezia Teodora, que coordena o encontro. O Banco do Nordeste, a SICOOB, a Caixa e o Banco do Brasil vão estar presente no encontro para apresentar as linhas de crédito e facilitar a futura contratação do financiamento.

O encontro vai reunir no Sebrae no Rio Grande do Norte as empresas integradoras (Fidias Engenharia, Yellowgreen Engenharia, M&R Engenharia, Ashton Comércio e Serviços, R. P. Engenharia, SMART – Energias Renováveis, Megga Solar, Gouveia Engenharia, Fhoton, H&B Soluções (Mossoró), Servindu (Mossoró), Gerar, Solist, W.T, IT Solar, Brasolar, New Energy, Natal Sol Energy, Jopavi e Hometec Soluções Inteligentes – que vão apresentar equipamentos e os custos para instalações das células fotovoltaicas. Trata-se de uma oportunidade para conversar abertamente sobre a viabilidade da adoção desse tipo de energia e tirar dúvidas sobre custos e financiamentos.

Fonte: Portal no Ar
Leia Mais ››

Estado terá que indenizar professora que foi refém em rebelião em Ceduc

O juiz Luiz Antônio Tomaz do Nascimento, da 2ª Vara Cível da comarca de Caicó, condenou o Estado do Rio Grande do Norte a indenizar ,uma educadora social que foi feita refém durante uma rebelião no Ceduc de Caicó, ocorrida em março de 2015. A Justiça determinou o valor de R$ 5 mil por danos morais.

FOTO: ARQUIVO/PORTAL NO AR

A educadora disse que, no dia 17 de março de 2015, quando trabalhava no Centro Educacional de Caicó, ela e outros educadores foram feitos reféns pelos socieducandos em uma rebelião. A mulher narrou que um adolescente colocou uma chave de fenda no seu pescoço e a imobilizou, e que durante o movimento sofreu ameaça de morte, além de agressões de ordens físicas, psicológicas e morais.

A vítima alegou que necessitou de acompanhamento psiquiátrico e se afastou de suas atividades por causa do abalo psicológico gerado pela situação. Atribuiu ao Estado a responsabilidade por não proporcionar segurança. Requereu indenização por dano moral no valor sugerido de R$ 200 mil.

Decisão

Ao decidir sobre o caso, o magistrado Luiz Antônio do Nascimento aponta que a autora foi submetida a atendimento psicológico, necessitando de um período de afastamento de suas atividades profissionais normais a fim de recuperar-se do choque sofrido, permaneceu 90 dias de atestado médico e, por fim, passou 180 dias em readaptação de função e que é indiscutível que do ocorrido resultaram danos psicológicos a demandante e que as provas dos autos não deixam dúvida de que houve falha na fiscalização dos menores infratores, o que viabilizou a rebelião e que a existência de armas brancas permitiu que os rebelados rendessem os agentes educadores, entre eles a autora, garantindo o êxito do motim.

O magistrado destacou que de acordo com o relato da autora e testemunhas em audiência, os infratores estavam recebendo ordens de algum meliante que estava preso no presídio de Alcaçuz, tudo mediante contato telefônico, corroborando para a eclosão da rebelião e que a atuação deficiente da administração justifica a condenação a reparar os danos causados por omissão.

O julgador salienta que a atividade de educador de adolescentes no cumprimento de medidas socioeducativas em entidades de internação, mediante contato com adolescentes infratores, expõe o funcionário a risco natural e inerente da profissão, tal como afirma o réu. “Contudo, permanecer refém, sob ameaça de morte, extrapola os limites da sua função. Certamente ninguém está preparado psicologicamente para vivenciar a fúria de internos sofrendo agressões e ameaças, de modo que os reflexos dessa situação são inevitáveis e imensuráveis”.

Assim, o magistrado Luiz Antônio do Nascimento decidiu que a responsabilidade do réu é inegável, diante do nexo causal entre a falha da segurança do centro educacional, que culminou na rebelião, e os danos morais sofridos pela autora, razão pela qual ela deve reparar os danos decorrentes do evento.

No tocante ao montante da indenização, entendeu ser desproporcional e excessivo o pedido inicial no montante de R$ 200 mil e que o valor de R$ 5 mil atende ao requisito de razoabilidade, de modo a compensar a vítima, sem implicar enriquecimento nem empobrecimento dos envolvidos.

Fonte: Portal no Ar
Leia Mais ››

PF vê suspeitas de que Fernando Bezerra e filho receberam propinas de R$ 5,538 milhões

A Polícia Federal (PF) vê suspeitas de que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, e o filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE), receberam juntos R$ 5,538 milhões em propinas de empreiteiras.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o filho dele, deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil  e Wilson Dias/Agência Brasil
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o filho dele, deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil e Wilson Dias/Agência Brasil

As informações fazem parte da decisão que autorizou a operação, obtida pela TV Globo. Na manhã desta quinta-feira (19), a PF deflagrou operação no Congresso Nacional para investigar o senador e seu filho (veja no vídeo abaixo).

Por meio de nota, o advogado do senador Fernando Bezerra Coelho, André Callegari, afirmou que as medidas se referem a "fatos pretéritos". Segundo ele, o que motivou a ação da PF foi "a atuação política e combativa do senador" contra interesses de "órgãos de persecução penal" (leia ao final desta reportagem a íntegra de notas divulgadas pela defesa do senador e do filho dele).

A operação, chamada Desintegração, se baseia em delações premiadas da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016. Um dos delatores é o empresário João Lyra, apontado em investigações como operador financeiro de supostos esquemas criminosos em Pernambuco.

As denúncias apontam irregularidades em obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco, no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

'Vantagens indevidas'
De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que é relator do caso e autorizou as buscas, a PF juntou "elementos de prova que indicaram o recebimento, ao menos entre 2012 e 2014, de vantagens indevidas pelos investigados, pagas por empreiteiras, em razão das funções públicas por eles exercidas". Os indícios são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.

Os fatos são apurados em inquérito para aprofundar as delações premiadas de: João Lyra, Eduardo Leite e Arthur Rosal. Eles assinaram colaboração em razão da Operação Turbulência, que investigou o acidente aéreo que culminou na morte de Eduardo Campos.

João Lyra era dono do avião, Eduardo Leite era dono de uma factoring e outras empresas de fachada que recebiam valores de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e Arthur Rosal participava do esquema com contas bancárias de postos de gasolina.

"Os colaboradores narraram, em síntese, que participaram do pagamento sistemático de vantagens indevidas ao senador Fernando Bezerra de Souza Coelho e a seu filho, o deputado Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho, por determinação das empresas OAS, Barbosa Mello SA, SA Paulista e Constremac". Os valores pagos aos parlamentares somaram pelo menos R$ 5,538 milhões, diz a PF.

Na decisão de 30 páginas, o ministro Barroso cita "aparente esquema de pagamento dissimulado e sistemático de propinas" e afirma que as buscas nos endereços se justificam para "obtenção de objetos e documentos necessários à prova das infrações penais".

O ministro determinou, no entanto, que, por cautela, funcionários do Senado acompanhassem as buscas.

Barroso também rejeitou sequestro e bloqueio de bens de Fernando Bezerra Coelho e do filho por considerar que seriam medidas "apressadas".

Conforme o ministro, os delatores apresentaram detalhes de como eram levantados recursos para os investigados e como o ex-ministro e senador lavava o dinheiro através de empresários, operadores e outros políticos.

Barroso autorizou busca no endereço do senador Fernando Bezerra Coelho mesmo contra parecer da Procuradoria-Geral da República, que considerou que não havia elementos de que o parlamentar ocultasse material que pudesse ser coletado. Para ele, o argumento "não é convincente".

"Na criminalidade organizada econômica, porém, o natural é que todos os envolvidos tentem ocultar provas e não evitar deixar registros de seus atos. A medida cautelar serve justamente para tentar encontrar documentos mantidos sigilosamente, longe dos olhos do público e das autoridades de investigação, afirmou o Barroso.

Propinas de R$ 1,5 milhão
Segundo a decisão, em 2012, o senador Fernando Bezerra teria solicitado, por meio do auxiliar Iran Modesto, empréstimo de R$ 1,5 milhão a João Lyra. Uma parte foi obtida por transferências bancárias e R$ 500 mil em dinheiro vivo pago pelo delator Arthur Rosal na casa de Iran Modesto.

Só que as investigações apontam indícios de que os valores eram propina a eles e a aliados, além de dinheiro para quitação de gastos de campanha.

Depois, Iran Modesto teria indicado o pagamento do empréstimo seria feito pela OAS, que integrava o consórcio das obras de transposição do Rio São Francisco, "custeadas com recursos do Ministério da Integração Nacional, comandado por Fernando Bezerra de Souza Coelho". Outra construtora, Barbosa Mello, operacionalizaria o pagamento.


"Para a execução do acordado, foram forjados contratos de locação de caminhões basculantes sem operador e boletins de medição pela Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda. para a Construtora Barbosa Mello S.A. Foram emitidas as notas fiscais nº 0981 e 0994, nos meses de julho e agosto de 2013, cada uma no valor de R$ 656.400,00, efetivamente pagas", diz a decisão.

Conforme as investigações, "os elementos já obtidos pela Polícia Federal constituem indícios razoáveis de que empreiteiras com interesses em obras sob influência dos investigados tenham quitado, ao menos parcialmente (R$ 1.312.200,00), o empréstimo fornecido pelos colaboradores (de R$ 1,5 milhão). Os repasses de valores teriam sido realizados de forma dissimulada, por meio de contas de terceiros e simulação de contratos de prestação de serviços".

Outros valores
A investigação indica ainda que a OAS tinha um "setor de projetos estruturados" para geração de caixa dois e emissão de notas fiscais fictícias e superfaturadas – mais de R$ 40 milhões teriam sido gerados assim, segundo delatores. Os pagamentos tinham que ser autorizados por Léo Pinheiro ou Cesar Mata Pires, acionistas da OAS.

Segundo o delator João Lyra, ele participou de uma parte da geração do dinheiro, que era disponibilizado na conta de pessoas jurídicas controladas por ele. Ele sacava e entregava em espécie para funcionários da OAS.

João Lyra também relatou ter recebido pedido da OAS para dar R$ 670 mil ao senador Fernando Bezerra O valor teria sido entregue por um funcionário da empreiteira na Avenida Boa Viagem, em Recife.

A decisão relata ainda que o delator João Lyra mencionou outro pedido de empréstimo em 2014 de R$ 1,7 milhão para financiamento de campanhas de Fernando Bezerra Coelho, no mesmo modus operandi do empréstimo anterior, de 2012.

Lyra, então, procurou a OAS: "João Carlos Lyra afirmou que, antes de consentir com o empréstimo, teria procurado a Construtora OAS S.A. com o intuito de confirmar se a empresa, mais uma vez, arcaria com o adimplemento do mútuo. Segundo afirma, teria obtido essa confirmação de Adriano Santana de Quadros Andrade e Roberto Cunha, funcionários da empreiteira, que teriam relatado a existência de uma dívida remanescente de R$ 1.670.000,00 para com Fernando Bezerra Coelho". Diante disso, o dinheiro foi repassado em espécie para Iran Modesto.


A OAS, porém, não teria pago os valores e o empresário cobrou o senador, que pediu mais tempo em razão de ter tido o nome envolvido na Lava Jato, relata a decisão. As negociações para pagamentos do valor continuariam até 2017.

"Há indícios, portanto, de que ainda em 2017 o sistema de repasses de valores indevidos continuava, mesmo após a menção ao nome do Senador na 'Operação Lava Jato'", afirma o ministro.

Além disso, a Constremac teria repassado R$ 2 milhões para João Lyra para que o valor chegasse ao senador.

"As entregas de dinheiro, segundo o colaborador, eram feitas na sede da Constremac Construções S.A, em São Paulo. Em seguida, João Carlos Lyra entregava os valores no escritório Trombeta e Morales, que, por sua vez, realizava transferências para os destinatários indicados por Iran Padilha Modesto", relata a investigação.

Para o ministro, todos os fatos mostram "indícios razoáveis" da existência do esquema. "Os elementos já obtidos pela Polícia Federal constituem indícios razoáveis de que empreiteiras com interesses em obras sob influência dos investigados realmente transferido valores a 'operadores' de Fernando Bezerra Coelho. Os repasses de valores teriam sido realizados de forma dissimulada, por meio de contas de terceiros e simulação de contratos de prestação de serviços."

As buscas desta quinta são relacionadas às empresas que teriam participado do esquema de repasses.

Os investigados foram ainda intimados a comparecer, caso quisessem, para prestar depoimentos. Pela decisão de Barroso, tinham o direito de não ir, ir e ficar em silêncio ou ir com um advogado.

Bloqueio de bens
Sobre o bloqueio de bens solicitado, no valor de R$ 5,5 milhões em relação ao senador e de R$ 1,7 milhão em relação ao filho, o ministro considerou que era preciso aprofundar as investigações.

"Entendo prudente aguardar o aprofundamento das investigações antes de decretar medidas cautelares patrimoniais sobre os valores. É garantia fundamental do investigado o direito à razoável duração do processo, de modo que me parece desproporcional uma constrição tão elevada neste momento ainda distante do desfecho da apuração", disse.

Liderança do Governo
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse na manhã desta quinta-feira (19) que colocou seu posto de líder do governo no Senado à disposição do presidente Jair Bolsonaro (veja no vídeo acima).

Fernando Bezerra disse que conversou por telefone com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Palácio do Planalto ainda não confirmou se vai trocar o líder.

Bolsonaro chamou sua equipe, no Palácio da Alvorada, para avaliar os efeitos da operação da PF contra o líder do governo no Senado (veja no vídeo abaixo). Segundo assessores, o presidente quer saber detalhes das investigações e como elas atingem o senador e seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE).

Notas da defesa
Leia abaixo três notas divulgadas pela defesa do senador Fernando Bezerra e do filho dele.

Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal.

Advogado André Callegari

A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho esclarece que a Procuradoria Geral da República opinou contra a busca em face do senador, afirmando taxativamente “que a medida terá pouca utilidade prática”. Ainda assim o ministro Luís Roberto Barroso a deferiu. Se a própria PGR - titular da persecutio criminis - não tinha interesse na medida extrema, causa ainda mais estranheza a decretação da cautelar pelo ministro em discordância com a manifestação do MPF. A defesa seguirá firme no propósito de demonstrar que as cautelares são extemporâneas e desnecessárias.

Advogado André Callegari

Causa estranheza à defesa do deputado Fernando Filho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos sem contemporaneidade e que não guardariam hoje qualquer justificativa com o objeto da investigação. A defesa ainda não teve acesso ao pedido e à decisão do ministro que autorizou as medidas, mas pode afirmar que as medidas são desnecessárias e extemporâneas.

Advogado André Callegari

Fonte: G1
Leia Mais ››

PF prende dois suspeitos em nova fase de operação sobre invasão de celulares de autoridades

A Polícia Federal prendeu temporariamente nesta quinta-feira (19), em uma nova fase da operação que investiga a invasão de celulares de autoridades, Thiago Eliezer Martins dos Santos e Luiz Molição, suspeitos de participação no esquema.

Resultado de imagem para PF prende dois suspeitos em nova fase de operação sobre invasão de celulares de autoridades

Segundo as investigações, os dois são integrantes do grupo que interceptou os celulares de procuradores da Lava Jato e autoridades como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Thiago Eliezer Martins dos Santos foi preso em Brasília e Luiz Molição, em Sertãozinho, interior de São Paulo. Os mandados de prisão são válidos por cinco dias e os dois deverão ser interrogados nesta sexta-feira (20) em Brasília.

A segunda fase da Operação Spoofing também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades onde os dois presos estavam e em São Paulo, com a participação de 30 policiais federais.

A ação desta quinta foi autorizada pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, mas os detalhes da investigação foram mantidos em sigilo.

A primeira etapa da operação foi deflagrada em julho, após o site The Intercept divulgar trocas de mensagens entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro. Na ocasião, quatro suspeitos foram presos.

Investigados mantidos na prisão

Todos os quatro alvos da primeira etapa da operação continuam presos em Brasília, após a prisão temporária ser convertida em preventiva, sem prazo para acabar.

Um dos presos, Walter Delgatti Neto, assumiu ter sido o responsável por interceptar o celular de Moro. Em depoimento, ele contou como acessou o Telegam — aplicativo de troca de mensagens —do procurador chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e de outros procuradores.

No depoimento, Delgatti Neto:

revelou que a ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) foi a intermediária entre ele e o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, que começou a publicar o conteúdo das mensagens em 9 de junho;
disse que não recebeu nenhum dinheiro em troca do diálogo;
disse que sempre se comunicou com Glenn Greenwald de maneira virtual, sem revelar a própria identidade.
De acordo com o Juiz que autorizou a prisão dos quatro suspeitos na primeira etapa da operação, Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, as investigações apontaram que:

os supostos hackers tiveram acesso ao código enviado pelos servidores do aplicativo Telegram para o celular de Moro e dos outros alvos para abrir a versão do aplicativo no navegador de um computador, e não no celular.
depois, fizeram ligações para o número de telefone da vítima, "a fim de que a linha fique ocupada e a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web seja direcionada para a caixa postal da vítima”.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Após conversa com Moro, Bolsonaro mantém diretor-geral da PF para evitar novos desgastes

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, conseguiu reverter a ideia do presidente Jair Bolsonaro sobre a permanência de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal (PF), pelo menos por ora.

O ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto em agosto — Foto: REUTERS/Adriano Machado
O ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto em agosto — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Moro e Bolsonaro estiveram juntos nesta semana, logo após o retorno do presidente à Brasília. Bolsonaro ficou nove dias internado em um hospital em São Paulo, depois do quarto procedimento desde a facada sofrida no abdômen em 2018. Os dois já haviam se encontrado em São Paulo, quando o ministro visitou o presidente.

Valeixo, que estava de férias e reassume os trabalhos nesta quinta-feira (19), foi ameaçado no cargo após declarações do presidente.

Em meados de agosto, Bolsonaro afirmou que poderia substituir o diretor-geral da Polícia Federal. Na época, ele afirmou que é o responsável por indicar o ocupante ao cargo, e não o ministro Sergio Moro, a quem a PF está vinculada.

Dias depois, durante seminário no Ministério da Justiça, o ministro Sergio Moro saiu em defesa do delegado Maurício Valeixo.

Nos bastidores, Moro dava sinais de que, se Valeixo fosse demitido sem sua anuência, ele poderia deixar o cargo, o que ele nega oficialmente, como fez ao programa "Em foco", na GloboNews.

No governo, ministros da ala militar vêm repetindo, de forma reservada, que se Moro sair do governo o desgaste para o presidente seria incalculável, principalmente para o discurso do combate à corrupção – um dos pilares da campanha que elegeu Bolsonaro.


Mas o pano de fundo da polêmica envolve a desconfiança de que Moro é candidato em 2022 – o que o ministro já negou.

Um ministro chegou a dizer ao blog nesta quarta-feira (18) que "não havia necessidade em trocar Valeixo enquanto Moro estava sendo "de uma correção e gentileza" com o presidente. E que as "teorias de conspiração" que alimentam Bolsonaro sobre possível candidatura de Moro são produzidas pelo "grupo da raiva", conselheiros do presidente que não trabalham no governo.

Valeixo é escolha de confiança de Moro, mas entrou na mira do grupo do presidente Bolsonaro nos últimos meses.

Para aliados do Moro, pesou para a "fritura" de Valeixo o despacho de um delegado do Rio de Janeiro, responsável por uma investigação sobre crimes previdenciários, que cita um homem identificado como Hélio Negão, que seria homônimo do deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), conhecido como "Helio Negão" – amigo há mais de décadas do presidente da República.

A avaliação é a de que "grupos na PF" estavam atuando para "queimar Valeixo e Ricardo Saad" junto ao presidente. Bolsonaro disse que iria substituir o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por problemas de "gestão e produtividade".

No mesmo dia, entretanto, a PF divulgou nota dizendo que a substituição não tinha relação com a produtividade de Saadi, e anunciou que o posto seria assumido por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco.

No dia seguinte, entretanto, Bolsonaro reagiu ao nome de Sousa e, ao dizer que seria Alexandre Silva Saraiva, de Manaus, e afirmou que "quem manda sou eu".

Com a permanência de Valeixo na diretoria-geral da PF, Moro dá sequência aos trabalhos no Ministério da Justiça e, no ano que vem, pode ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nas contas de seus aliados.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Ganhadores da Mega-Sena podem parar de trabalhar se investirem dinheiro

Resultado de imagem para Ganhadores da Mega-Sena podem parar de trabalhar se investirem dinheiroO prêmio de R$ 120.085.143,97 no concurso 2.189 da Mega-Sena será repartido entre 49 cotas de um bolão da Caixa, ou seja, cada uma será no valor de cerca de R$ 2,5 milhões. A aposta vencedora é de Brasília (DF) e o prêmio será dividido por um grupo de funcionários da assessoria da liderança do PT na Câmara dos Deputados.

As dezenas sorteadas foram: 04 - 11 - 16 - 22 - 29 - 33.
Ricardo Maila, especialista em gestão financeira pela FGV, diz que é possível ficar sem trabalhar pelo resto da vida se o ganhador investir o valor de R$ 2,5 milhões de forma diversificada, em vários tipos de aplicações, mas mantendo seus gastos mensais no patamar de R$ 10 mil. Mas, se o dinheiro ficasse na poupança, duraria 20 anos, mantendo o mesmo patamar de gastos mensais – veja os detalhes abaixo.

“O melhor caminho é montar uma carteira de investimentos conservadora com produtos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDBs, por exemplo, e fundos de investimentos de diversas estratégias. Com essa diversificação e sendo ainda seguro e conservador é possível buscar 12% ao ano”, diz Maila. Segundo ele, levando em conta uma inflação de 3,5% ao ano, seria possível não precisar mais trabalhar e ter rendimentos mensais de R$ 16.310,66.


Já para Silvio Paixão, professor de macroeconomia da Faculdade Fipecafi, o ganhador poderá viver por 40 anos sem aplicar o dinheiro nem trabalhar, desde que tenha rendimento mensal de R$ 5.208,33 – veja detalhes abaixo.

Veja a avaliação de gastos e rendimentos de Ricardo Maila:

Cenário: Orçamento mensal: R$ 10 mil / Inflação IPCA: 3,5% ao ano / Taxa básica de juros Selic: 5,5%

Na poupança: duraria 20 anos e 5 meses sem trabalhar, rendendo aproximadamente R$ 8.020 ao mês. Descontada a inflação, ficaria em R$ 7.177;
Tesouro Direto IPCA+ (3,6% ao ano): 36 anos e meio sem trabalhar – R$ 7.379 de rentabilidade mais R$ 7.177,25 de atualização da inflação (total de R$ 14,6 mil) - os saques são possíveis, mas haverá perdas ou ganhos parciais conforme o prazo estabelecido na aplicação;
Aluguel do imóvel no valor de R$ 2,5 milhões (considerando aluguel de 0,4% sobre o valor do imóvel, que é a média de São Paulo): renda de R$ 9.986;
Se não aplicar o dinheiro: duraria 14 anos e 8 meses, com gastos mensais de R$ 10 mil e considerando a inflação de consumo.
Veja a avaliação de gastos e rendimentos de Silvio Paixão (considera o imposto de renda pago, mas não a perda de poder aquisitivo decorrente da inflação):

Poupança: R$ 7.882,69 mensais
Tesouro Direto Selic com 15% de IR: R$ 7.411,48 mensais
Tesouro Direto Selic com 22,5% de IR: R$ 5.528,10 mensais
Aluguel com 27,5% de IR: R$ 5.437,50 mensais
Não investir o dinheiro, só gastar (com 27,5% de IR): R$ 5.208,33 por 40 anos

Fonte: G1
Leia Mais ››

Verba para vacinas será R$ 400 milhões menor em 2020; Saúde nega impacto e aponta renegociação de preços

O orçamento para a compra e distribuição de vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sofrerá em 2020 uma redução de 7% em relação a este ano, conforme previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2020 (PLOA 2020). O Ministério da Saúde esclareceu nesta quinta-feira (19) ao G1 que a variação de quase R$ 400 milhões não afetará as ações do Calendário Nacional de Vacinação.

Governo reduz orçamento com vacinação em 7% — Foto: André Santos/Prefeitura de Uberaba
Governo reduz orçamento com vacinação em 7% — Foto: André Santos/Prefeitura de Uberaba

Entenda o Orçamento em seis tópicos:

Vacinação em 2020 terá orçamento 7% menor que em 2019
Valor será o mesmo que 2018: R$ 4,9 bilhões
Orçamento ainda precisa aprovado pelo Congresso
Ministério diz ter reduzido custos com compras em quantidade
Pasta diz que valores podem ser remanejados em caso de eventual surto
Governo afirma que vacinas contra febre amarela, rotavírus, poliomielite e tetra viral já foram compradas
A proposta orçamentária ainda deve ser analisada pelo Congresso Nacional. O Projeto de Lei Orçamentária destina para a Saúde R$ 134,8 bilhões. Em 2019, o montante foi de R$ 122,2 bilhões.

Dentro desse valor, serão R$ 4,9 bilhões para aquisição e distribuição de imunobiológicos e insumos. Em 2019, o orçamento foi de R$ 5,3 bilhões.

Evolução nos últimos 4 anos

Redução nos preços
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse ao G1 que a variação no orçamento para o próximo ano ocorre por negociações da pasta na compra das vacinas em grandes quantidades.

Gabbardo explicou que a aquisição de vacinas como a tríplice viral – que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola –, pelo Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), gerou uma economia de 75% no valor unitário.

Segundo o ministério, as doses compradas antes a R$ 24 caíram para R$ 6. Somente neste ano foram adquiridas 10 milhões de doses. Ainda segundo Gabbardo, outra vacina que teve seus preços reduzidos foi a Meningocócica ACWY, que protege contra a meningite.

O secretário ressaltou que o orçamento foi enviado pelos técnicos do próprio ministério e não sofreu outras interferências dentro do Executivo. Também assegurou que não haverá cortes na oferta de vacinas, que não podem ser contingenciadas.

Gabbardo explicou que o orçamento é uma proposta inicial e que se for identificada, durante o próximo ano, alguma necessidade de realocação de verbas para controlar algum surto (como o caso do sarampo em São Paulo nos últimos três meses), os valores poderão ser revistos.

Aumento na cobertura
A Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim) disse temer que o corte nas verbas das vacinas possa impedir o acesso aos imunizantes e que ações de prevenção sejam ampliadas.

Isabella Ballalai, médica pediatra e vice-presidente da Sbim comentou não acreditar que a redução no orçamento afete a cobertura vacinal já alcançada no país, mas defendeu que os valores economizados poderiam ser destinados à ampliação de campanhas.

Por sua parte, o ministério explicou que além da aquisição das vacinas de rotina, a pasta deve repor os estoques estratégicos do Programa Nacional de Imunização e comentou também que parte das aquisições programadas com o orçamento de 2019 serão entregues no próximo ano, a partir de janeiro.

Entre as vacinas compradas em 2019 para entrega em 2020 estão as contra a febre amarela, rotavírus, poliomielite e tetra viral.

Fonte: G1
Leia Mais ››

EUA têm sete mortes e 530 casos de doenças relacionadas a cigarros eletrônicos

Autoridades de saúde dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira (19) que há no momento 530 casos (confirmados e prováveis) e sete mortes causadas por doenças pulmonares graves relacionadas a cigarros eletrônicos e que não há indicativos de que o surto esteja melhorando.

Usuário de cigarro eletrônico; doença pulmonar não identificada está ligada ao produto — Foto: Christopher Pike/Reuters
Usuário de cigarro eletrônico; doença pulmonar não identificada está ligada ao produto — Foto: Christopher Pike/Reuters

Os números apontam um aumento de 380 casos em relação aos registros da semana passada. Do total de pessoas afetadas, três quartos são homens e dois terços tem entre 18 e 34 anos.

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, investiga mais de 150 produtos e informou que acionou seu setor de investigações criminais para explorar a cadeia de fornecimento de cigarros eletrônicos, além de identificar a causa do surto.

Nenhum usuário será alvo individual de investigação, disse o diretor do Centro de Produtos de Tabaco da FDA, Mitch Zeller. O diretor afirmou que nenhuma substância ou componente específico, como THC ou acetato de vitamina E, foi correlacionada a todos os casos até o momento.

Sete pessoas morreram de doenças relacionadas a cigarros eletrônicos, informou o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC). As mortes ocorreram na Califórnia, em Illinois, em Indiana, no Kansas, em Minnesota e em Oregon.

"Nós esperamos outras (mortes)", disse a médica Anne Schuchat, vice-diretora do CDC, a repórteres.

Schuchat aconselhou que as pessoas parem de consumir cigarros eletrônicos se puderem. Quem não o fizer deve monitorar seu organismo com atenção a sintomas como problemas respiratórios, tosse seca e dor no peito, e, em alguns casos, diarreia, vômito e febre, além de buscar ajuda médica.

A vice-diretora também pediu que as pessoas que trocam os cigarros por vaporizadores à base de nicotina não retornem ao antigo hábito, mas busquem tratamentos ou produtos aprovados pela FDA que ajudem a combater o vício.

Fonte: G1
Leia Mais ››

TRF-4 nega mais um pedido da defesa de Lula para afastar procurador de processo do sítio de Atibaia

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou pela segunda vez, nesta quinta-feira (19), pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar o procurador Maurício Gotardo Gerum do processo do sítio de Atibaia, na Operação Lava Jato, em segunda instância.

Fachada do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região situado no bairro Praia de Belas, Porto Alegre — Foto: João Victor Teixeira/G1RS
Fachada do prédio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região situado no bairro Praia de Belas, Porto Alegre — Foto: João Victor Teixeira/G1RS

O G1 entrou em contato com a defesa de Lula e aguarda retorno.

Em 15 de agosto, os desembargadores federais que compõem a 4ª Seção da Corte já haviam decidido por rejeitar a solicitação, mantendo Gerum no processo. Ele é o autor dos pareceres da Procuradoria Regional da República.

Após a negativa, a defesa entrou com recurso de embargos de declaração, em que questionava a decisão. As alegações desse embargo também foram negadas.

A defesa de Lula sustenta, no pedido, que Gerum deve ser afastado pois possui parentesco com o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que atua em primeira instância e subscreve a denúncia contra o ex-presidente, e também com o advogado Rodrigo Castor de Mattos, irmão de Diogo.

Este, aponta a defesa, teria atuado na negociação da delação premiada de Mônica Moura e João Santana, ouvidos como testemunhas na ação penal. A assessoria do advogado, no entanto, informou que ele não atuou na negociação que resultou no acordo.


Em manifestação do MPF, ainda no primeiro julgamento, o órgão sugeriu que o recurso fosse negado. "A existência de parentesco entre o excepto [Gerum] e os irmãos Diogo e Rodrigo Castor de Mattos não demanda qualquer diligência ou dilação probatória, já que o excepto reconhece ser primo destes, ou seja, possui parentesco de quarto grau, o que não enseja impedimento", diz em despacho.

O próprio Gerum também havia se manifestado, classificando o pedido como “descabido".

Denúncia do sítio de Atibaia
Lula foi condenado em fevereiro, em primeira instância, a 12 anos e 11 meses pelo processo que apurou irregularidades relacionadas ao sítio de Atibaia, atribuído ao ex-presidente. A defesa apelou ao TRF-4 pedindo a absolvição de Lula, em 15 de maio.

O Ministério Público Federal, por sua vez, sustenta que o ex-presidente deve ter a pena aumentada. O processo tramita na segunda instância e ainda não tem data para julgamento.

De acordo com o MPF, Lula recebeu propina do Grupo Schain, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.

A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS.

Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.

Lula cumpre pena por outro processo, do caso do Tríplex, na Polícia Federal de Curitiba, desde abril do ano passado. Neste julgamento, ele recebeu pena em segunda instância de 12 anos e um mês, diminuída após recurso pelo STJ para 8 anos e 10 meses.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Uso excessivo de tecnologia pode afetar capacidade das crianças de escrever, avaliam professores

Cada vez mais alunos apresentam dificuldades para escrever à mão. A constatação parece ser unânime entre professores e pais, seja na França ou no Brasil. O principal motivo: o uso excessivo de novas tecnologias, como tablets e smartphones, que acostumaram crianças e adolescentes à escrita digital. Em entrevista à RFI, especialistas alertam para os perigos deste fenômeno que tem graves consequências na capacidade da escrita.

O impacto da tecnologia afeta a aprendizagem das crianças nas escolas  — Foto: Unsplash
O impacto da tecnologia afeta a aprendizagem das crianças nas escolas — Foto: Unsplash

“Ele não consegue segurar um lápis direito”, diz Luana, mãe de um menino de 6 anos que enfrenta dificuldades para aprender a escrever na escola.

À RFI, a brasileira radicada na França contou que a criança se acostumou desde pequena a manipular o tablet e controles de videogames, o que acabou afetando sua coordenação motora. Segundo Luana, o garoto reconhece as letras, tem forte habilidade para cálculo, mas sua interação manual é inteiramente voltada para suportes digitais, cuja utilização domina com destreza.

“Para ele, é mais fácil digitar algo do que segurar uma caneta. Afinal, essas tecnologias facilitam tudo. Utilizando apenas um dedo você pode escrever. Até pintar fica mais fácil”, observa.

A dificuldade que Luana enfrenta com o filho, e que tem tentado solucionar com a ajuda de pedagogos e psicólogos, não é uma exceção. O fenômeno parece estar se tornando uma regra nas salas de aula, como contou à RFI a professora francesa Roxanne, que leciona para turmas do 5° ao 9° ano.


“Percebo que os alunos não apenas estão mais lentos para escrever, mas que a prática os incomoda muito. Por exemplo, quando eles têm que copiar lições curtas, com cerca de dez linhas, frequentemente vários reclamam e me perguntam se ainda precisarão escrever muito mais”, relata a professora.
Para piorar a situação, a professora percebe que há uma diminuição da prática da escrita durante as aulas. “Responsabilizo o sistema escolar francês por isso. Diante de programas cada vez mais densos, classes sobrecarregadas, a alunos com perfis diversos e com diferentes problemas de aprendizagem, os educadores têm menos tempo para treinar a escrita”, lamenta.

Exercícios de caligrafia para o 4° ano do ensino básico
Nas escolas do Brasil, o panorama não é muito diferente. Flávia Machado é professora do 4° ano do ensino básico em Tubarão (SC). Percebendo a dificuldade dos alunos para escrever, ela diz que se viu obrigada a passar exercícios de caligrafia – uma técnica que antigamente era empregada para crianças no início da alfabetização.

“Eles simplesmente não sabem escrever as letras corretamente. Nós sabemos, por exemplo, que quando queremos escrever à mão, começamos de baixo para cima, da esquerda para a direita. Mas tenho alunos que não obedecem essa sequência linear para escrever. Eles desenham as letras de forma incoerente”, afirma.

Flávia diz que exige a escrita à mão em trabalhos em sala de aula e em deveres, mas as próprias famílias são resistentes à estratégia. “Se envio uma pesquisa para as crianças fazerem em casa, os pais começam a me mandar mensagens perguntando: ‘eles podem digitar, porque assim terminam mais rápido?’”, conta.

Proibição de smartphones nas escolas francesas

Desde o início do ano escolar de 2018, a França proibiu o uso de smartphones pessoais nas escolas, para o alívio dos professores. Além disso, após vários alertas a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas famílias também tiveram a iniciativa de limitar o uso de novas tecnologias por crianças e adolescentes em casa. É o caso de Patricia, brasileira radicada na França, mãe de duas meninas, de 11 e 14 anos.

Muitas famílias também tiveram a iniciativa de limitar o uso de novas tecnologias por crianças e adolescentes em casa. — Foto: Unsplash
Muitas famílias também tiveram a iniciativa de limitar o uso de novas tecnologias por crianças e adolescentes em casa. — Foto: Unsplash

“Minhas filhas não têm dificuldade ou resistência para escrever porque elas foram acostumadas desde cedo a não utilizar novas tecnologias. Elas também sempre foram incentivadas a se ocuparem com livros, com desenhos à mão, com jogos não eletrônicos, como dominó e quebra-cabeça. Para mim, sempre foi óbvio que quanto mais tarde elas tivessem contato com telas portáteis, melhor”, diz.

Engenheira especializada em Ciência da Educação, Patricia é professora em um liceu particular profissional no sul da França, onde leciona para alunos de 13 a 21 anos. Para ela, o importante é saber utilizar as novas tecnologias, mas sem proibi-las.

“Eu transmito isso para minhas filhas e meus alunos: existem outras maneiras de a gente passar nosso tempo que não seja diante de telas portáteis e virtuais. Mas não sou a favor de proibir as novas tecnologias. Elas são um aliado de peso na escolaridade para pessoas com deficiência, por exemplo. O importante é saber tornar as novas tecnologias em algo positivo na sua vida”, aconselha.


Nem demonizar, nem idealizar
Especialistas ouvidas pela RFI estão de acordo com a postura de Patricia. “Acho que não devemos nem demonizar, nem idealizar. Para mim, é realmente importante utilizar as duas alternativas no aprendizado. É preciso saber equilibrar”, avalia a grafoterapeuta Agnès Daubricourt.

Autora do livro “Jeux d’Éveil à l’Écriture” (“Jogos Para Despertar para a Escrita”), a especialista elabora e aplica técnicas personalizadas para ensinar crianças a aprender e a melhorar a escrita. Segundo ela, a dificuldade para escrever faz cada vez mais parte do cotidiano de professores e pais. “É comum hoje vermos crianças que não conseguem segurar um lápis de forma ergonômica, que têm dificuldade para escrever”, observa.

Segundo Daubricourt, além das novas tecnologias, outros fatores podem contribuir para dificultar o processo de aprendizagem da escrita, como a falta de estímulos ou exercícios físicos.

“As crianças não usam suficientemente as mãos quando brincam, não manipulam suficientemente: são os efeitos da modernidade. Antes deixávamos os bebês brincando no chão, eles engatinhavam, escalavam… Mas hoje temos medo de micróbios, de sujeira, então os bebês ficam estáticos nos carrinhos. O que acontece é que os reflexos arcaicos não são ativados, os músculos não se tonificam e isso vai influenciar no aprendizado da escrita no futuro”, avalia.

Por que é importante saber escrever à mão
A psicopedagoga Larissa Fonseca, especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e adolescente, defende a evolução da educação em paralelo com as inovações e as características das novas gerações. Entretanto, lembra que a escrita à mão não deve ser deixada de lado porque implica na aprendizagem de habilidades psicomotoras fundamentais para o desenvolvimento saudável e completo da criança. “A prática e o exercício da escrita não trazem apenas o aprendizado da grafia. São habilidades que vão muito além do decodificar as letras e as palavras”, salienta.


De acordo com a especialista, diversas capacidades são desenvolvidas através da escrita no papel, como a memorização, a compreensão e a psicomotricidade. “Quando uma criança escreve à mão, ela registra melhor, ela pensa melhor, ela elabora as ideias de forma mais organizada. Então, a aprendizagem se torna mais significativa e efetiva”, reitera.

Por isso, Fonseca aconselha a professores resgatarem o recurso dos livros físicos, da leitura, do exercício da escrita e da significação deste exercício. “A importância da escrita se perdeu hoje. Muita gente pensa que como se comunica através de e-mails ou WhatsApp, não faz mais sentido saber escrever à mão. Por isso é essencial retomar o significado da escrita como algo prazeroso e significativo”, considera.

Para as famílias, a psicopedagoga sugere que pais e mães incentivem os filhos à escrever com mais frequência de forma lúdica e sem que esse exercício tenha o peso de uma obrigação. “Redijam em cartões postais, cartões de aniversário, façam listas de supermercado, bilhetes. A resinificação da escrita à mão como uma atividade prazerosa ajuda a auxiliar a familiaridade e a conexão com essa prática”, conclui.

Fonte: G1
Leia Mais ››