quarta-feira, setembro 23, 2020

Brasil registra 906 mortes por Covid-19 em 24 horas e ultrapassa 139 mil

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (23).



O país registrou 906 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 139.065 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 699 óbitos, uma variação de 1% em relação aos dados registrados em 14 dias.


Em casos confirmados, já são 4.627.780 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 32.445 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 29.442 por dia, uma variação de 6% em relação aos casos registrados em 14 dias.


No total, 5 estados apresentaram alta de mortes: RJ, GO, AM, AP e BA.


GO passou da estabilidade e, agora, apresenta alta nas mortes. O CE e PB estavam com mortes em queda e hoje estão em estabilidade.


Os estados de MA, PE e RN apresentaram alta no dia anterior, mas voltaram à estabilidade de mortes. RO e PI passaram da estabilidade, ontem, para a queda de mortes.


Fonte: G1

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INSS: AGU recorre de decisão que suspendeu retorno de peritos ao trabalho presencial


A Advocacia Geral da União (AGU) recorreu nesta quarta-feira (23) da decisão da Justiça Federal que suspendeu o retorno de médicos peritos do INSS ao trabalho presencial e também suspendeu o corte de ponto de quem não retornar.


A decisão foi tomada pelo pelo juiz federal Márcio de França de Moreira, do Distrito Federal, que analisou uma ação movida pela Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP).


No último dia 18, o governo determinou a volta dos peritos ao trabalho presencial. A ANMP, no entanto, não quer retomar as atividades.


A entidade argumenta que as agências do INSS, reabertas depois do fechamento em razão da pandemia do novo coronavírus, ainda não cumprem as especificações de segurança sanitária.


"A decisão agravada [que suspendeu o retorno e o corte de ponto], além de não atender ao requisito da probabilidade do direito, causa irreparável prejuízo à União, ao INSS e a centenas de milhares de beneficiários da Previdência Social, parcela vulnerável da sociedade", argumenta a AGU no recurso.


O órgão argumenta ainda que documentos "comprovam o rigoroso cuidado que precede a reabertura de cada agência do INSS" considerada apta e os "graves prejuízos causados pela não realização das perícias, a fim de demonstrar que é de todo infundada a pretensão da associação".



O documento é assinado pela advogada da União Júlia Thiebault Sacramento e pelo procurador federal Ricardo Mendes Ferreira.


Fonte: G1

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Deputado do RN propõe criação do Dia da Visibilidade Heterossexual

O deputado estadual Albert Dickson (PROS) propôs nesta quarta-feira (23) a criação do Dia Estadual da Visibilidade Heterossexual no Rio Grande do Norte. O projeto de lei aponta que a comemoração se daria no dia 30 de agosto.


Como justificativa para para a instituição do Dia da Visibilidade Heterossexual, Albert Dickson cita que "a heterossexualidade tem origem na Bíblia Sagrada, no livro do Gênesis" e reforça que o objetivo do projeto é "valorizar o papel do homem e da mulher na família como perpetuadores da espécie humana".


"Nosso papel como parlamentar foi exatamente institucionalizar um dia para a valorização da família tradicional brasileira, família essa preconizada na Bíblia Sagrada e defendida por mim, entre um homem e uma mulher, criação de filhos, e manutenção desse padrão homem e mulher", disse o deputado em vídeo enviado pela assessoria de imprensa .


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Albert Dickson propôe criação do Dia Estadual da Visibilidade Heterossexual no Rio Grande do Norte — Foto: Divulgação/ALRN


Na terça-feira (22), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), sancionou a lei que instituiu o Dia Estadual da Visibilidade Lésbica, a ser comemorado em 29 de agosto. O projeto é de autoria da deputada estadual Isolda Dantas (PT). A data é também o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, que pauta a luta por respeito, dignidade e pelo direito das mulheres lésbicas a uma vida livre de violência, que são vítimas de misoginia no país. A nova lei foi publicada no Diário Oficial do Estado.


Confira justificativa completa do projeto de lei do deputado Albert Dickson:


Os valores humanos podem ser definidos como os princípios morais e éticos que conduzem a vida de uma pessoa. Eles fazem parte da formação de sua consciência e da maneira como vivem e se relacionam em uma sociedade.


Os valores humanos funcionam como normas de conduta que podem determinar decisões importantes e garantir que a convivência entre as pessoas seja pacífica, honesta e justa. São os valores cultivados por uma pessoa que vão basear suas decisões e demonstrar ao mundo quais os princípios que regem sua vida.


Há coisas que aprendemos com nossos pais que não se aprendem nas Universidades, os maiores valores adquiridos de um ser humano são que se aprendem desde o primeiro dia de suas vidas, a importância dos valores familiares não nos dão diplomas, mas nos capacitam para desenvolver as mais diversificadas tarefas no mundo em que vivemos, é fácil perceber os valores de um Homem de uma Mulher somente em olhar sua postura, ou se tivermos o contato verbal.


Somente lembrando que a heterossexualidade tem origem na Bíblia Sagrada no livro do Gênesis. E a ciência tem sido clara de que a perpetuação da espécie humana só ocorre por essa opção predominante entre os sexos opostos. Ainda que pouco lembrada e a mais atacada quando se fala em transtornos familiares e violência doméstica. Valorizar o papel do homem e da mulher na família como perpetuadores da espécie humana é nosso objetivo com esse projeto.


Assim, diante de todo o exposto, contamos, uma vez mais, com o apoio de nossos nobres pares para a aprovação desta propositura.


Fonte: G1

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Estudantes e servidores protestam contra reitor temporário no dia do aniversário do IFRN

 Estudantes, servidores e professores do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) fizeram um protesto nesta quarta-feira (23), dia do aniversário de 111 anos da instituição, contra o reitor pro tempore (temporário) Josué Moreira. A manifestação aconteceu em frente ao campus da Cidade Alta, em Natal.


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Protesto aconteceu nesta tarde no IFRN — Foto: Sara Cardoso/Inter TV Cabugi


Josué Moreira foi nomeado no dia 17 de abril como reitor pro tempore pelo presidente da República Jair Bolsonaro. Ele, no entanto, sequer participou da eleição para o cargo, que elegeu José Arnóbio de Araújo Filho. A nomeação de José Arnóbio, vencedor da disputa nas urnas, foi a principal reivindicação no protesto.


"Mesmo sendo uma data comemorativa, nossos 111 anos de instituição pública gratuita, e que se esforça pra ter qualidade e ser inclusiva, estamos hoje sob intervenção", disse Nadja Costa, coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissionais e Tecnológica (SINASEFE).


O protesto começou no campus da Cidade Alta e foi, em carreata, até o campus na Salgada Filho.


Outra reivindicação é para que o IFRN libere de forma antecipada o auxílio financeiro para compra de computadores e instalação de internet pelos alunos, já que aulas remotas da instituição retornam no próximo dia 5 de outubro - mesma data prevista para a liberação do auxílio. Dessa forma, os alunos que necessitam do valor vão perder os primeiros dias de aula sem o material necessário.



"Vou ter agora que enfrentar a retomada das aulas de forma online, mas sem conseguir a garantia do auxílio e do dinheiro para comprar o material educacional, pagar a internet e os equipamentos", falou o estudante Matheus Araújo, que ainda aguarda o recebimento do auxílio.


Ao todo, o IFRN tem mais de 40 mil alunos em todo o estado e mais de 3 mil servidores técnicos e professores.


Fonte: G1

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RN tem 67.761 casos confirmados de Covid-19 e 2.356 mortes pela doença

O Rio Grande do Norte registra 67.761 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia e 2.356 mortes pela doença em todo o estado. Os números foram atualizados no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) publicado nesta quarta-feira (23). Outros 312 óbitos seguem sob investigação.


Em relação ao boletim do dia anterior, há uma morte a mais e outros 302 casos confirmados 


O número de casos suspeitos subiu para 33.128 e o boletim ainda registra outros 135.311 descartados. O número de confirmados recuperados segue em 39.924, enquanto os inconclusivos, que agora são tratados como "Síndrome Gripal não especificada", se mantém em 52.762.


De acordo com a Sesap, o número de pessoas internadas por Covid-19 no estado atualmente é de 193, sendo 147 na rede pública e 46 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 41,15% na rede pública e de 17,4% na rede privada.


O boletim da Sesap também aponta que foram realizados 169.939 testes para coronavírus no estado, sendo 82.984 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 86.955 sorológicos.


Números do coronavírus no RN

67.761 casos confirmados

2.356 mortes

39.924 confirmados recuperados

33.128 casos suspeitos

135.311 casos descartados





Fonte: G1

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Duas pessoas morrem em acidente envolvendo carros e caminhão na BR-304 no RN

 Um acidente na BR-304, no trecho que liga as cidades de Mossoró e Assu, no interior do Rio Grande do Norte, deixou duas pessoas mortas na tarde desta quarta-feira (23).



Acidente deixou dois mortos na BR-304 — Foto: Rafael de Andrade/De Olho no RN


De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu no km 89 da pista e envolveu dois carros - um do tipo Focus e uma Saveiro -, além de um caminhão. Segundo a PRF, um dos veículos tentou fazer uma ultrapassagem e colidiu frontalmente com o outro. O caminhão, que seguia atrás, bateu em seguida, mesmo tentando desviar - ele chegou a sair da pista após a colisão.


O condutor da saveiro, Edson Iedo Alves Mota, morreu na hora. A condutora do Focus, Ana Paula dos Santos Paiva, que morava em Assu, chegou a receber atendimento médico no local, mas também não resistiu - ela estava sozinha no carro. Um outro homem que estava com Edson no veículo foi levado em estado grave para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.



Acidente vitimou duas pessoas na BR-304 no RN — Foto: Rafael de Andrade/De olho no RN


Outro acidente

Em um trecho próximo da pista, no km 93, outro acidente aconteceu nesta tarde. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a colisão foi transversal entre uma motocicleta e um carro do tipo Ônix. Esse acidente deixou uma pessoa morta, que ainda não teve o nome divulgado, no local.


Fonte: G1

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Bombeiros registram 2.173 ocorrências com abelhas no RN em 2020

O Corpo de Bombeiros atendeu 2.173 ocorrências envolvendo enxames de abelhas em todo o Rio Grande do Norte até o mês de agosto deste ano. Os dados são da Diretoria de Engenharia e Operações (DEO) da corporação.



Casos envolvendo abelhas passaram dos 2 mil até agosto — Foto: CBMRN/Assecom


Duas regiões acumulam 92% das ocorrências: Natal e Região Metropolitana, com 1.501 casos, e Mossoró e região, com 513. As demais chamadas foram para atender casos em Caicó e Região (96) e Pau dos Ferros e Região (63).


Segundo a corporação, há uma tendência de aumento no número de casos daqui pra frente, já que o período entre agosto e fevereiro é o de reprodução das abelhas, o que faz crescer o perigo de ataques, em função da incidência de incêndios florestais e da defesa em relação a presença externa de homens e animais.


“Além dos incêndios florestais que ocorrem nesse período do ano, o Corpo de Bombeiros também tem uma preocupação em relação as ocorrências envolvendo abelhas. Esses casos aumentam consideravelmente entre os meses de agosto e fevereiro, pois há uma maior produção desses insetos, consequentemente aumentando os enxames”, explicou o Comandante do Serviço Operacional do CBMRN, Major Christiano Couceiro.


O que é acontece é que as queimas registradas nessa época do ano fazem com que as abelhas saiam do seu habitat natural e busquem abrigo em áreas urbanas. Esse tipo de ocorrência foi inserida na Operação Abrace o Meio Ambiente (AMA) do Corpo de Bombeiros.



Como medida de precaução, a corporação alerta para que a população não tente exterminar enxames ou se aproxime de colmeias, já que as abelhas agem por defesa. Isso pode ajudar a evitar acidentes com o inseto. "Todos os dias os nossos bombeiros intensificam ações contra os ataques de abelhas dentro de residências, escolas, hospitais e em estabelecimentos comerciais. No entanto, pedimos mais uma vez que a população não tente agir por conta própria e muito menos exterminar os enxames", falou Couceiro.


"O ideal é ligar no 193 e uma equipe especializada irá ao local realizar a captura e depois os animais serão devolvidos à natureza”.


Ocorrências por região

Natal e Região: 1.501

Mossoró e Região: 513

Caicó e Região: 96

Pau dos Ferros e Região: 63


Fonte: G1

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Governo e oposição chegam a acordo para votação da reforma da previdência do RN


O governo do Rio Grande do Norte cedeu à pressão de deputados da oposição e acatou sugestões de emendas que alteram o projeto de reforma da previdência do estado. Com isso, o texto foi lido no plenário da Assembleia Legislativa nesta quarta (23) e vai passar pelo primeiro turno de votação nesta quinta-feira (24). O estado tem até dia 30 de setembro para aprovar a reforma.


Com as novas propostas, os servidores ativos que ganham até R$ 3,5 mil continuarão contribuindo com 11% do salário para a previdência. Os aposentados que ganham até esse valor também serão isentos de contribuição. Já os servidores que ganham acima de R$ 25 mil terão a contribuição de 18% - quando a proposta inicial era de 16%.


"Foi uma forma que a oposição apresentou e foram feitas as contas. De certa forma essa mudança altera um pouquinho aquilo que poderia ter de recuperação fiscal para o estado, mas como o governo nunca teve os votos para aprovação da PEC, foi uma forma de se fazer o acordo, para a gente votar, porque tem o prazo até o final desse mês, até 30 de setembro", afirmou o deputado George Soares (PL), líder do governo no Legislativo.


Com as alterações acatadas, um dos 10 deputados de oposição, Kelps Lima (Solidariedade), considerou que o acordo está fechado. "Por mim sim. Acho que conseguiremos chegar a um consenso hoje", disse.


"Não sei de acordo, porque não sou da oposição, sou independente. Mas me procuraram para perguntar meu posicionamento e eu disse que votaria favorável se aceitassem minhas emendas. Eles acataram parte delas, mas ainda não sei qual vai ser meu voto", declarou Sandro Pimentel (Psol).


Se a Proposta de Emenda à Constituição realmente for votada em primeiro turno nesta quinta-feira (24), o segundo turno de votação deverá ocorrer na próxima terça (29) ou quarta (30), prazo final para aprovação da reforma no estado. Segundo George Soares, as emendas não teriam que passar novamente pela comissão especial da reforma, mas dependem apenas de um consenso dos líderes das bancadas.


Em julho, por sete vezes, deputados governistas esvaziaram as sessões para evitar a votação. Para aprovar uma PEC, são necessários os votos favoráveis de 15 dos 24 deputados, em duas votações, porém o governo só contava com 13. O projeto foi tirado de pauta após o governo federal aumentar o prazo para as reformas estaduais serem aprovadas. Inicialmente a data era 31 de julho e agora é 30 de setembro.


Como ficam as contribuições

A contribuição básica é de 14% sobre o salário.


Até R$ 3.500 (-3%) - 11% de contribuição - aposentados são isentos.

R$ 3.500,01 e R$ 6.101,06 - 14% de contribuição

R$ 6.101,06 a R$ 15.000 (+1%) - 15% de contribuição

R$ 15.000,01 a R$ 25.000 (+2%) - 16% de contribuição

Acima de R$ 25.000 - (+4%) - 18% de contribuição


Fonte: G1

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Sem auxílio emergencial, cerca de 6,6 milhões de domicílios teriam renda mensal per capita de R$ 12, diz IBGE

Dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) enfatizaram a relevância do auxílio emergencial para a sobrevivência dos brasileiros mais pobres, que tiveram alta de mais de dois mil por cento na renda diante do benefício.



Pesquisa do IBGE enfatiza a relevância do auxílio emergencial na renda dos mais pobres; 43,9% dos domicílios contaram com o benefício em agosto — Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Estadão Conteúdo


Segundo o levantamento, em cerca de 6,6 milhões de domicílios a média da renda per capita, ou seja, por pessoa, em agosto foi de R$ 12,47. Com o auxílio, no entanto, essa renda saltou para R$ 349,48 – uma alta de 2.703%.


Dos cerca de 6,6 milhões de domicílios com os menores rendimentos do país, quase um milhão não recebeu algum tipo de auxílio emergencial relacionado à pandemia do coronavírus. Para eles, a renda mensal máxima foi de R$ 88,03.


Para os domicílios cuja renda média per capital em agosto foi de R$ 192,27, com o auxílio esse valor subiu para R$ 436,27, uma alta de aproximadamente 127%. Já para aqueles com rendimento médio de R$ 342,11, o auxílio aumentou o valor em cerca de 63%, chegando a R$ 558,90.


Este cálculo, segundo o IBGE, evidencia o quanto o benefício é mais relevante para os mais pobres. O órgão considerou como auxílio emergencial relacionado à pandemia tanto aquele de R$ 600, batizado como Auxílio Emergencial, quanto a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.



Para analisar o alcance do auxílio emergencial, o IBGE dividiu os domicílios do país em dez faixas de rendimento mensal per capita. Constatou-se que mais da metade dos domicílios nas primeiras seis faixas de rendimento, ou seja, de menor renda per capita média, contaram com o recurso extra em agosto.


O IBGE destacou que o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia algum auxílio do governo concedido em função da pandemia foi de R$ 1.802, mais de duas vezes superior ao daqueles onde algum morador recebia o benefício, que era de R$ 816.


De acordo com o IBGE, ao todo cerca de 31,1 milhões de domicílios contaram, em agosto, com algum tipo de auxílio financeiro criado especificamente para socorrer a população diante da crise provocada pela pandemia, o que corresponde a 43,9% de todos os domicílios do país.


Norte e Nordeste têm maior proporção de beneficiados

O IBGE indicou que os estados das regiões Norte e Nordeste foram os que apresentaram as maiores proporções de domicílios onde ao menos um dos moradores recebeu algum tipo de auxílio emergencial em agosto.


Segundo o levantamento, três estados da região Norte estão entre os cinco primeiros com maior percentual de domicílios recebendo auxílio emergencial: Amapá, Pará e Amazonas. No Nordeste, Alagoas e Maranhão também completam os cinco estados com maior proporção de domicílios beneficiados.


1,6 milhão sem remuneração do trabalho

O levantamento mostrou, ainda, que 1,6 milhão de pessoas afastadas do trabalho ficaram sem remuneração em agosto, o que corresponde a 23,7% do contingente de afastados. Um mês antes, em julho, esse percentual chegou a 32,4%.


Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio real domiciliar per capita efetivamente recebido do trabalho no Brasil em agosto foi de R$ 1.302, o que corresponde a uma alta de 2,2% em relação ao valor apurado em julho, que foi de R$ 1.274.


Os dados fazem parte da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.


O estudo mostrou que o desemprego diante da pandemia teve alta de 27,6% em quatro meses. Essa alta foi puxada pelo maior número de pessoas que voltaram a procurar trabalho diante da flexibilização das medidas de isolamento social por todas as regiões do país.


Fonte: G1

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Cerca de 8 mil perícias médicas agendadas não foram realizadas, diz secretário

Cerca de 8 mil perícias médicas que estavam agendadas desde o início da reabertura das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não foram realizadas, segundo informou nesta quarta-feira (23) o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.



INSS: 190 agências voltam a realizar perícias em todo país, mas atendimento ainda não foi normalizado


Em entrevista à rádio CBN, o secretário informou ainda que o INSS ligará para os segurados que não conseguiram ser atendidos para reagendar a perícia médica.


"Temos cerca de 8 mil segurados, que serão contatados, que não foram atendidos, estavam agendados e não foram atendidos entre os dias 14 e 21. Eles serão contatados pela Central 135 para que seja feito esse reagendamento", afirmou.

"Hoje estamos iniciando um trabalho que chamamos de contato ativo. A própria Central 135 vai entrar em contato com pessoas que não conseguiram esse atendimento para que haja a remarcação", explicou.


As perícias são necessárias para permitir que trabalhadores recebam auxílio, retornem ao trabalho ou consigam a aposentadoria.


Segurados terão reagendamento automático

O INSS esclareceu também nesta quarta que fará reagendamentos automáticos dos atendimentos não realizados e que avisará ao segurado através de ligações.


"O INSS ligará para todos os segurados que possuam o cadastro correto até sexta-feira, informando sobre o novo reagendamento", informou.


"O segurado que não receber a ligação até a próxima sexta é porque não tinha o cadastro com o telefone válido, sendo assim, esses devem remarcar o horário ligando para o 135 e, a partir da semana que vem, também disponível pelo Meu INSS", acrescentou.

O INSS disse ainda que, diante das dificuldades enfrentadas pelos usuários para agendar e reagendar atendimentos presenciais, aumentará em 30% a capacidade de atendimentos do telefone 135, com a contratação de uma nova central.


Na véspera, o INSS publicou portaria que permite a remarcação de perícia médica através do telefone 135 "nos casos de não comparecimento do usuário na data agendada ou em que não foi possível a realização do atendimento" na data previamente agendada.


190 agências liberadas

De acordo com Nogueira, o INSS, mais 42 agências estarão com agendamento de perícias aberto a partir desta quarta-feira (23), o que elevará para 190 o total de agências liberadas e aptas para o atendimento.


Nesta terça-feira (22), 351 peritos médicos federais compareceram aos seus postos de trabalho nas agências do INSS, o que representa 72% de toda categoria. Até às 16h, tinham sido realizadas 3.059 perícias presenciais.


Na última semana, o INSS publicou uma convocação para que os médicos voltassem ao trabalho nas agências consideradas adequadas, sob pena de desconto na remuneração. Eram esperados 486 peritos já na segunda-feira, mas apenas 149 se apresentaram.


Segundo o secretário, outros 160 peritos devem retornar ao atendimento nesta quarta.


"Este é um número ainda aquém da nossa expectativa, mas acreditamos que ao longo dos próximos dias vamos caminhar para a normalização", avaliou.


Ao todo, o INSS tem 3,5 mil peritos, mas nem todas as agências estão liberadas para o retorno desses profissionais – e parte deve seguir em trabalho remoto. O país tem cerca de 1,5 milhão de processos na fila do INSS, incluindo 790.390 que aguardam perícia médica.


Nogueira reforçou a posição do governo de descontar os salários de médicos peritos que não retornarem ao trabalho sem motivo justificado. "Se ele simplesmente não apareceu, a primeira medida seria não receber aquele dia de trabalho, m prejuízo de outras medidas administrativas a serem tomadas", afirmou.


Restrição de serviços

As agências do INSS começaram a reabrir na semana passada após quase 5 meses fechadas em razão da pandemia de coronavírus. Nesta primeira etapa, as agências atenderão apenas segurados agendados para evitar aglomerações.


O agendamento deve ser feito pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.


Nesta primeira etapa de reabertura, segundo o INSS, estarão disponíveis para atendimento presencial os serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência justificação administrativa ou judicial e reabilitação profissional.


Solicitações de aposentadoria, pensão, salário maternidade, continuarão sendo feitos remotamente.


Fonte: G1

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Torre Eiffel, em Paris, é esvaziada

A Torre Eiffel, um dos principais pontos turísticos de Paris, na França, foi esvaziada na manhã desta quarta-feira (23), mas já foi reaberta ao público, de acordo com a agência Reuters.



Polícia francesa cerca a Torre Eiffel, em Paris, nesta quarta-feira (23). Monumento foi esvaziado — Foto: Charles Platiau/ Reuters


Uma fonte policial relatou que o monumento foi esvaziado depois que a polícia recebeu uma ligação dizendo que uma bomba teria sido deixada no local. A empresa que a opera o monumento não explicou por que os visitantes precisaram deixar a torre e não confirmou se houve uma ameaça de bomba.


Monumento parcialmente reaberto

O monumento tem 324 metros de altura e, anualmente, recebe cerca de 7 milhões de visitantes.



Por causa da pandemia do novo coronavírus, a torre ficou fechada por três meses e foi reaberta parcialmente em 25 de junho.


Fonte: G1

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Avião que levava vice-presidente dos EUA colide com ave e retorna a aeroporto

O avião que levava o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, voltou a um aeroporto em New Hampshire nesta terça-feira (22) após se chocar com uma ave ao decolar, disse a Casa Branca.


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Avião que levava o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, no aeroporto Manchester-Boston em New Hampshire, após se chocar com um pássaro nesta terça (22) — Foto: Charles Krupa/AP Photo


Em comunicado, o governo dos EUA disse que o piloto decidiu pelo retorno por precaução, e que a aeronave pousou de volta sem problemas. Um funcionário do governo disse à agência Associated Press que nem Pence nem qualquer outro passageiro do avião correram riscos.


Pence estava em um comício de campanha na cidade de Gilford. Ele disputa a reeleição como vice-presidente na chapa de Donald Trump. Com o problema no voo, o republicano e sua equipe retornarão a Washington em outro avião.


Até a última atualização desta reportagem, o modelo da aeronave não havia sido divulgado oficialmente. Pelas imagens, o avião aparentava ser um Boeing 757 da frota oficial da presidência americana.


Fonte: G1

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Delegado da PF diz que Elias Maluco deixou cartas

O delegado da Polícia Federal de Cascavel Daniel Martarelli afirmou, nesta quarta-feira (23), que peritos encontraram cartas na cela de Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco.



Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. — Foto: Reprodução/ TV Globo


O traficante foi encontrado morto na tarde de terça-feira (22) na Penitenciária Federal de Catanduvas, na região oeste do Paraná, segundo informações do Departamento Penitenciário (Depen).


Martarelli informou que as cartas passarão por uma perícia e que agentes da Polícia Federal também vão analisar imagens de câmeras de monitoramento para o inquérito sobre o caso. Segundo o delegado, Elias Maluco ficava sozinho na cela.


"A gente ainda tem que esperar o laudo pericial, mas diante da cena encontrada, pelas cartas e depoimentos dos agentes, tudo indica que foi um caso de suicídio", afirmou Martarelli.


Corpo achado enrolado em lençol

O delegado disse que o corpo dele foi encontrado por volta das 16h, enrolado em um lençol, quando agentes foram até a cela dele por causa de uma visita que estava agendada com advogados do preso.


A PF informou que, de acordo com os depoimentos dos agentes da penitenciária, o último contato que Elias teve com alguém antes de ser encontrado morto foi com agentes que entregaram a ele a marmita do almoço, por volta das 11h.


O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Cascavel, na região oeste do estado.


Segundo a advogada de Elias, Luceia Macedo, o reconhecimento será feito por ela, por procuração da família.


Preso em 2002

Elias Maluco foi preso em setembro de 2002 e, em 2005, foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão pela morte do jornalista Tim Lopes.


Em 2013, foi sentenciado a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão, desta vez pelo crime de lavagem de dinheiro. A mulher e a sogra dele também foram condenadas pelo mesmo crime.


Desde então, Elias Maluco ficou em presídios federais de segurança máxima.


Em 2019, Elias teve um pedido de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas permaneceu preso.



Tim Lopes

Elias Maluco foi preso no dia 19 de setembro de 2002. Ele foi condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em junho daquele ano enquanto fazia uma reportagem sobre abuso de menores em um baile funk da favela Cruzeiro.


O traficante ficou conhecido pelos métodos bárbaros com que matava pessoas.


O corpo de Tim Lopes foi carbonizado numa fogueira de pneus conhecida como micro-ondas e só pôde ser reconhecido após exame de DNA. Outras seis pessoas foram condenadas por participação no crime.


Fonte: G1

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TikTok vai à Justiça para tentar evitar bloqueio de downloads nos EUA a partir do próximo domingo

 O TikTok fez um novo pedido à Justiça dos Estados Unidos nesta quarta-feira (22) para evitar que os downloads do aplicativo de vídeo sejam proibidos no país a partir do próximo domingo (27).



TikTok foi à Justiça dos EUA para evitar proibição do aplicativo no país. — Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters


O pedido foi realizado a um juiz federal em Washington, solicitando bloqueio de um decreto do governo Donald Trump que exige que Apple e Google removam o TikTok de suas lojas de aplicativos, de acordo com a agência Reuters.


A restrição aos downloads do aplicativo deveriam ter começado na madrugada entre o último domingo (20) e segunda-feira.


Porém, a ByteDance, empresa chinesa que desenvolve o TikTok, anunciou um acordo com as americanas Oracle e Walmart para a criação de uma nova empresa que controlaria o aplicativo.


Trump deu um aceno positivo para o acordo, e o Departamento do Comércio dos EUA ampliou em uma semana as restrições de downloads do TikTok no país, citando "desenvolvimentos positivos recentes" nas negociações sobre o destino de suas operações nos EUA.


Um juiz federal em San Francisco emitiu no sábado (19) uma liminar bloqueando um decreto semelhante do Departamento de Comércio que barrava os downloads e o funcionamento do aplicativo WeChat, da Tencent.



O TikTok já tinha movido um processo durante o final de semana para suspender as restrições iniciais, mas a ação não continuou após os novos prazos.


Fonte: G1

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Facebook, YouTube e Twitter firmam acordo com anunciantes para combater discurso de ódio

Facebook, YouTube e Twitter se comprometeram com anunciantes a criar mecanismos de combate ao discurso de ódio e conteúdos nocivos, após um movimento de boicote que começou em junho.



Facebook, YouTube e Twitter se comprometeram a seguir diretrizes negociadas com associação de anunciantes. — Foto: PxHere.com


O acordo foi anunciado pela Federação Mundial de Anunciantes (WFA) nesta quarta-feira (23) e estabelece, pela primeira vez, uma série de diretrizes em comum para identificar os discursos de ódio.


Em junho, centenas de anunciantes suspenderam seus anúncios publicitários no Facebook em meio à campanha "Stop Hate for Profit" ("Dê um Basta no Ódio por Lucro", em tradução livre), alegando que a rede deveria fazer mais para acabar com o ódio e a desinformação em sua plataforma.


No início deste mês, várias celebridades, como Kim Kardashian, Leonardo DiCaprio e Katy Perry, deixaram de usar Facebook e Instagram por 24 horas para enviar uma mensagem semelhante.


"Facebook, YouTube e Twitter, em colaboração com especialistas em marketing e as agências reunidas na Aliança Global para Mídias Responsáveis, concordaram em adotar um conjunto de definições comuns para determinar o que constitui um discurso de ódio e outros conteúdos prejudiciais, assim como trabalhar juntos para monitorar os esforços da indústria para melhorar nesta questão crítica", disse a WFA em um comunicado.



O acordo inclui o desenvolvimento de critérios para detectar o discurso de ódio, o estabelecimento de uma supervisão independente e ferramentas para evitar anúncios com conteúdo prejudicial, acrescentou a WFA.


Definir corretamente o que constitui o discurso de ódio evitará, segundo a WFA, que cada plataforma utilize seus próprios critérios, dificultando a decisão das empresas sobre onde colocar seus anúncios.


O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou em julho o desejo da rede social de não transmitir esse tipo de discurso.


A vice-presidente de marketing global do Facebook, Carolyn Everson, elogiou o acordo nesta quarta-feira, pois fornece a todas as partes "uma linguagem unificada para avançar no combate ao ódio on-line".


Fonte: G1

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Crise de governança ambiental pode intensificar fuga de capital estrangeiro do Brasil

Os investimentos estrangeiros no Brasil registram quedas em 2020 sob todas as óticas. Dados do Banco Central e da B3, a bolsa de valores de São Paulo, apontam que, diferente do que afirmou o presidente Jair Bolsonaro em seu discurso na ONU, o caminho do capital estrangeiro no Brasil tem sido a porta de saída.


Além de uma redução do fluxo global de investimentos, natural em uma crise de tamanha dimensão, o Brasil sofre com instabilidade política, preocupações com a situação fiscal do país após a pandemia e com uma crise de governança ambiental que impacta a reputação do país no mercado externo, e pode contribuir para reduzir ainda mais o investimento vindo do exterior.


"Deixamos a desejar em competitividade e potencial de crescimento. As questões ambientais estão ganhando força e, agora, temos um fator adicional de preocupação", afirma a economista Zeina Latif.


O que mostram os números

De acordo com o BC, os investimentos diretos no país somam US$ 22,841 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 26,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de US$ 31,147 bilhões. Trata-se, inclusive, do menor valor para esse período em 11 anos.



A mesma curva de queda se vê no mercado de capitais. Os investidores estrangeiros retiraram R$ 88,9 bilhões da bolsa brasileira neste ano até o dia 18 de setembro, praticamente o dobro do volume registrado em 2019. Os números só consideram negociações de ações já em circulação na bolsa.


Em todo o ano passado, em que a bolsa anotava crescimento de novos investidores pessoas físicas e subida do índice, a retirada foi de R$ 44,5 bilhões – o maior volume anual de toda a série histórica divulgada pela B3, iniciada em 2004.


Falta de confiança externa

O país acompanha um fluxo de investimentos menor em todo o mundo. Segundo o Relatório de Investimento Global 2020 (World Investment Report 2020), da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a queda deve ser de 40% em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus. Em 2019, o valor chegou a US$ 1,54 trilhões e deve ficar abaixo da casa do trilhão pela primeira vez desde 2005.


As preocupações no Brasil, assim como em outros países da América Latina, são ainda maiores pela dependência da indústria extrativista e commodities, que devem cair ainda mais forte no período. A região terá entre 40% e 55% de redução, segundo a Unctad.


"O Brasil vinha perdendo participação no fluxo global de investimentos porque a China passou a preferir estimular a própria economia. A taxa de investimento mais baixa reforça as fragilidades da economia", diz a economista Zeina Latif.

Para ela, a saída de recursos tirou não só dinheiro do país como também evoluções que viriam de expertise internacional e exigências de governança de países desenvolvidos. Além disso, investimento estrangeiro é reflexo de confiança interna, que o país não tem no momento.



Preocupações ambientais

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, a atitude de Jair Bolsonaro de minimizar eventos como os incêndios no Pantanal ou o aumento do desmatamento na Amazônia intensifica desconfianças sobre o setor mais produtivo e que trouxe resultado durante a crise, que é o agronegócio.


Os efeitos principais são dois: de reputação, visto que economias desenvolvidas perceberam demanda por produtos com cadeia produtiva mais sustentável, e de relevância em longo prazo, pois, aos poucos os produtos brasileiros podem ser preteridos na competição global.


"É verdade que boa parte dos nossos compradores, como China e Oriente Médio, têm menos preocupações sobre isso que os países desenvolvidos. Mas tais ações do governo podem afetar outras áreas, como acordos de livre comércio, que não conseguem mais avançar enquanto o governo não mudar radicalmente de atitude sobre o meio ambiente", afirma o economista.

Há, de fato, um movimento entre investidores de pressão para uma melhora no trato com o meio ambiente: no primeiro semestre, sete grandes empresas de investimento europeias disseram à Reuters que desinvestirão em produtores de carne, operadoras de grãos e até em títulos do governo do Brasil se não virem progresso rumo a uma solução para a destruição crescente da Floresta Amazônica.


Um grupo de 230 investidores institucionais, responsáveis pela gestão de US$ 16,2 trilhões, tambem está pedindo às empresas que ajam contra o desmatamento e as queimadas que vêm atingindo a floresta amazônica.


Crescimento baixo

Em termos mais específicos, o Brasil tem a particularidade de uma discussão interna sobre a trajetória da dívida pública sem um plano de resolução clara da deterioração fiscal.


As políticas de contenção da pandemia levarão o déficit primário nas contas do governo a cerca de R$ 861 bilhões neste ano, informou nesta terça-feira (22) o Ministério da Economia no relatório de receitas e despesas do orçamento deste ano. A dívida em relação ao PIB já passa de 86%, com expectativa de chegar perto dos 100%.


O cenário instiga o mercado a perguntar sobre as reformas administrativa e tributária, que se arrastam em Brasília. A insegurança afasta investimento e não dá segurança para a retomada do consumo, motor de crescimento da economia brasileira.


"Há um risco muito grande de o Bolsonaro entregar em 2021 a segunda pior média de crescimento desse período democrático, um triênio que só não seria pior que o Fernando Collor. Para investimento direto que depende de crescimento esse é o pior cenário", diz Sérgio Vale, da MB Associados.


Fonte: G1

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Vacina chinesa contra o coronavírus não deu efeito colateral em 94,7% dos voluntários, diz estudo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste na China não apresentaram efeito adverso à Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceira com o Instituto Butantan. O dado faz parte de um estudo divulgado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23).



O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa para informar as últimas novidades no combate ao coronavírus (covid-19), no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, nesta quarta-feira, 23 de setembro de 2020. — Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO


"Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando a Coronavac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo", disse Doria.

A pesquisa testou a segurança da vacina em 50.027 voluntários na China. De acordo com os dados divulgados pela gestão estadual, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% dos participantes. As reações mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%). Os números foram divulgados em coletiva de imprensa.


"Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram baixo índice de efeitos adversos e de baixa gravidade. Efeitos adversos de baixa gravidade são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida pelo Instituto Butantan, apresenta efeitos pouco nocivos como dor no local da aplicação, e não mais do que 10% dos que são vacinados apresentam reação dessa natureza", disse o governador.



Crianças e idosos começaram a receber doses da vacina em setembro na China, mas o país só realiza testes das fases 1 e 2. Segundo o estudo, até o momento foram vacinadas 422 pessoas maiores de 60 anos no país. Também foram vacinados 552 voluntários com idade entre 3 e 17 anos.


No Brasil, que está na fase 3 de testes da CoronaVac, dos 9 mil profissionais de saúde voluntários, 5.584 já receberam a dose até o último dia 21. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirma que os testes devem ser ampliados para 13 mil voluntários no país. A expansão, segundo o diretor, já foi aprovada pela Anvisa. Deverão ser incluídos nesses testes grupos considerados de risco, como idosos e crianças.


Nesta quarta-feira (23), o representante do laboratório Sinovac na América do Sul, Xing Han, participou da entrevista coletiva, acompanhado de um tradutor, e disse que daqui "um ou dois meses" os resultados finais da fase 3 devem ser divulgados.


Em estudo preliminar na China, com 24 mil voluntários, sendo 421 com mais de 60 anos, o governador João Doria disse que a resposta imunológica dos idosos submetidos aos testes da vacina ficou entre 98% e 99%. Nesta quarta-feira (23), o governador voltou a citar estudo, baseado nas fases de testes 1 e 2 na China.


"Além de segura a CoronaVac está se mostrando altamente eficiente. Na China, demostraram que a CoronaVac apresentou 98% de eficiência na imunização das pessoas que foram lá testadas", disse Doria.


No entanto, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reforçou que a eficácia da vacina só poderá ser comprovada após a conclusão da fase 3, que está sendo realizada aqui no Brasil.



"Além de afirmarmos que não houve efeitos adversos graves, nós ainda não temos os dados disponíveis em relação a eficácia. A eficácia será incluída uma vez que terminada a inclusão dos 9 mil voluntários com duas doses vacinais. A partir do dia 15 de outubro poderemos ter o aparecimento dos dados de eficácia que permitirá o registro da vacina na Anvisa. A Sinovac iniciou também um estudo de fase 3 na Turquia e isso vai corroborar o processo de registro dessa vacina no mundo", afirmou.


Doria (PSDB) também afirmou nesta quarta-feira que a previsão é a de que a vacinação comece na segunda quinzena de dezembro em médicos e paramédicos.


"Deveremos por óbvio aguardar a finalização desta terceira e última fase de testagem, os seus resultados e a aprovação da Anvisa. Mas já em dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a imunização de acordo com os critérios de vacinação adotados pela Secretaria da Saúde e dentro do protocolo também do Ministério da Saúde. E os primeiros que receberam a vacina, obviamente, serão médicos e paramédicos", disse Doria.


Promessa de vacina para São Paulo

Doria voltou afirmar nesta quarta-feira que a vacinação da população deve ir até fevereiro de 2021 e que as doses do acordo com o laboratório chinês serão suficientes para imunizar toda a população de São Paulo.



"Até 31 de dezembro teremos 46 milhões de doses da vacina Coronavac, e até 28 de fevereiro 60 milhões de doses desta vacina, o que é suficiente para a imunização de todos os brasileiros de São Paulo. Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para que pudessem comprar mais 40 milhões de doses desta mesma vacina para permitir a vacinação de brasileiros de outros estados. E esperamos também que com o sucesso da vacina de Oxford e de outras vacinas o governo federal possa vacinar a totalidade dos brasileiros no menor tempo possível", disse.


Na segunda-feira (21), o governador já havia prometido que toda a população do estado vai receber a vacina contra a Covid-19 até fevereiro de 2021.


“Aos brasileiros de São Paulo, sim, garanto que teremos a vacina, a CoronaVac, para atender a totalidade da população de São Paulo, já ao final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021, e vamos imunizá-los”, disse Doria nesta segunda.


O governador não explicou como será feita a distribuição das vacinas. O secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou no último dia 10 que o cronograma dos testes está sendo respeitado e a expectativa é a de que os resultados sejam enviados para a Anvisa no final de outubro. Com isso, ainda de acordo com ele, a vacina será incluída no calendário de vacinação nacional no início de janeiro.


Em julho, o governador havia dito que a vacina seria distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo.


“Nessas circunstâncias nós já poderemos iniciar a produção da vacina em dezembro e imediatamente na sequência iniciar a vacinação, com o SUS, de milhões de brasileiros, não apenas em São Paulo como também em outros estados", declarou Doria na época.



Ao apresentar o projeto desta vacina para o Ministério da Saúde, em agosto, Dimas Covas, diretor do Butantan, também declarou que "a vacina é para brasileiros, não é para paulistas".


"O Butantan fornece vacinas, todas as vacinas que ele produz, ao Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunização, e esse é o projeto. Vamos oferecer essa vacina, esses 45 milhões de doses ao Ministério da Saúde", disse Dimas Covas no dia 25 de agosto.

O acordo com o laboratório chinês prevê o envio de doses prontas da CoronaVac, fabricadas na China, além da transferência de tecnologia para que o Butantan possa fabricá-las em território nacional no futuro.


Até a última segunda-feira, o governo estadual afirmava que seriam 45 milhões doses ainda neste ano. Neste domingo, Doria disse, pelas redes sociais, que o total de doses será de 46 milhões apenas em 2020.


O estado de São Paulo tem cerca de 44 milhões de habitantes, segundo o IBGE. Os testes da CoronaVac em voluntários, no entanto, são feitos com duas doses da vacina por pessoa.


Fonte: G1

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