sábado, março 09, 2024

Quase metade dos medicamentos da lista da Unicat estão indisponíveis

Problemas com os fornecedores e dificuldades com as licitações são os problemas apontados pela Unicat - Foto: Adriano Abreu


Quase a metade dos medicamentos da lista que deveria estar disponível na Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) está em falta para os usuários potiguares. É o que aponta uma lista pública da própria Unicat, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN) atualizada nesta segunda-feira (04). Ao todo, 95 dos 211 medicamentos encontram-se indisponíveis para pacientes, que precisam recorrer a compras com recursos próprios e em alguns casos, a ficarem sem a medicação por não possuir disponibilidade em farmácias. Cerca de 70 mil potiguares encontram-se com cadastro ativo para recebimento de medicamentos na Unicat-RN.



Segundo a lista da Unicat, dos 95 indisponíveis, 69 desses medicamentos já estão em processo de licitação e outros 15 aguardam distribuição do Ministério da Saúde. Por fim, outros 12 medicamentos estão indisponíveis, porém, sem pacientes cadastrados na Unicat para dispensação. O órgão não informou quantos pacientes estão sendo prejudicados sem os medicamentos.


“Parte aguarda envio pelo Ministério da Saúde e outros o andamento das licitações, restando nisso uma série de fatores como entraves burocráticos, demora por parte do fornecedor para entrega por falta de estoque, entre outros pontos. De acordo com o acompanhamento dos processos de aquisição, a perspectiva é de que a maior parte do abastecimento seja regularizado ao longo de março e o restante até meados de abril”, disse em nota a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN).


Segundo o diretor técnico da Unicat, Thiago Vieira, vários fatores explicam o fato do órgão não dispor dos medicamentos em sua completude, como insucesso em licitações e demora no envio de remédios por parte do Ministério da Saúde, que segundo ele, é quem compra a 50% dos remédios que a Unicat distribui. Para este ano, a execução para medicamentos deve girar na casa de R$ 15 a 20 milhões, segundo interlocutores da Unicat.


“A gente tenta antecipar essas licitações, mas o que acontece durante o processo não tem como prever. Existem recursos que os fornecedores entram, por exemplo, às vezes fazemos a licitação e não é apresentada proposta de licitação, e nisso precisa-se republicar o edital e isso tem um tempo que é preciso seguir”, explica.


Um episódio que chamou a atenção recentemente foi o de pacientes com asma que passaram a não ter acesso a medicação, problema que se arrasta desde final de outubro. São quatro medicamentos em falta, como formoterol, budesonida, e atorvastatina, que a Sesap não conseguiu dar andamento à licitação e a compra dos medicamentos. Segundo Thiago Vieira, da Unicat, cerca de 5,8 mil pacientes fazem parte desse grupo.


“No que tange à responsabilização do Estado, alguns medicamentos estavam em falta por dificuldades na licitação. Um desses remédios, que é o formoterol e a budesonida, para asma, e outros desse mesmo grupo, estavam numa licitação que deveria ter sido finalizada em setembro e não conseguimos terminá-la dentro do esperado. Abrimos processos emergenciais para não ficar refém só de um resultado de um processo e agora no início de fevereiro conseguimos fazer a aquisição dos medicamentos desse grupo. Temos fornecedor, estamos no processo de assinatura de ata para eles entregarem o medicamento. Trabalhamos para regularizar isso em abril” explica.


Decisão

Uma decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal determinou que o Estado constitua uma equipe exclusiva de servidores para conduzir as aquisições dos fármacos do Programa CEAF-SUS, que envolva a UNICAT, Setor de Compras e Pesquisa Mercadológica, além do Setor de Contratos da Sesap. A decisão atende uma Ação Civil Pública datada de 2015, do Ministério Público do Estado.


Na decisão, o juiz Airton Pinheiro determina a dispensação dos medicamentos piridostigmina, sacarato de hidróxico férrico, sulfassalazina, brometo de tiotrópio monoidratado, cloridrato de olodaterol, brometo de umeclidinio, pilocarpina cloridrato, raloxifeno, vigabatrina e brinzolamida. Todos os medicamentos seguem em falta na Unicat, segundo a lista pública da unidade.


Durante o processo, o MPRN chegou a requerer o bloqueio de R$ 8 milhões para compra dos medicamentos, situação que foi extinta após a homologação de um acordo extrajudicial e determinada a devolução dos valores bloqueados. Sobre este processo em específico, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) disse ainda não ter sido notificada da decisão.


“Existe uma ACP proposta pelo MP e não podemos propor outra ação coletiva sobre o mesmo fato. Nessa ACP já tem sentença, já tem decisão transitada em julgado falando da necessidade de regularização desses insumos”, explica a Defensora Pública, Cláudia Queiroz.


Pacientes relatam angústia por falta de remédios


Maria da Penha encontra dificuldades para receber remédios – Foto: Adriano Abreu


Relatos de pacientes ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE dão conta de que a espera pelos medicamentos tem sido constante e em alguns casos, necessitando de judicializações. É o caso de uma paciente servidora pública do RN que pediu para não ser identificada, de 58 anos, que utiliza a medicação para miastenia grave, doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular. A medicação é essencial no seu dia a dia, precisando de 120 comprimidos por mês.



“Sou paciente de miastenia grave. Recebo a medicação aqui e é uma luta para que possamos ter essa medicação. Já fazem 8 meses que estamos tentando receber a Azatioprina e até agora não existe, não tem. Na farmácia, a medicação custa R$ 299 para quem toma 120 comprimidos/mês, que é o meu caso. Tomo essa medicação há mais de 40 anos. Precisei entrar na justiça para conseguir”, disse.


Em outros casos, a única alternativa é a espera. A dona de casa aposentada Maria da Penha de Souza, 75 anos, que está com dois medicamentos em falta na Unicat. Todos são para a osteoporose. “Estou com dois remédios sem receber. Tem um que já tem mais de dois anos que não consigo. Outro faltou aqui e saiu de linha nas farmácias. Preciso de outro para substituir”, disse.


Outro paciente afetado é o motorista aposentado Derocy Araújo Silva, 54 anos, que está com três de quatro medicamentos que precisa tomar com frequência em falta na Unicat. “Já estão em falta há cerca de três meses. Preciso tomar por conta da hemodiálise em virtude do cálcio e do fósforo. Estou sem tomar, e nisso o ferro do sangue fica alto”, disse.


No ano passado, a TRIBUNA DO NORTE publicou a reportagem “Estado teve bloqueio de R$ 37 milhões para medicamentos”, mostrando que a falta de medicamentos ou a ausência de remédios em listas aprovadas pelo Ministério da Saúde tem feito a judicialização na área disparar no Rio Grande do Norte. Segundo dados da plataforma GPS Med, do Tribunal de Justiça (TJRN), o Estado teve R$ 37,1 milhões bloqueados entre 2018 e 2022 para compra de medicamentos, totalizando uma média de R$ 7,4 milhões por ano.


Fonte:Tribuna do Norte

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Mossoró: governo cobra empresa acusada de fraude em contratos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ministério do Transporte empresa

O Ministério dos Transportes (foto em destaque) encaminhou, nessa quinta-feira (7/3), um ofício à R7 Facilities solicitando que a empresa manifeste-se, no prazo de 48h, a respeito de supostas fraudes em processos licitatórios firmados com o órgão.


O documento foi enviado após a suspeita de que o empreendimento teria um esquema de laranjas para fechar contratos com o poder público vir à tona.


Localizada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), em Brasília, a R7 Facilities é a responsável pelas obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), que registrou as duas primeiras fugas da história em uma prisão do tipo.


O documento foi enviado após a suspeita de que o empreendimento teria um esquema de laranjas para fechar contratos com o poder público vir à tona.


Localizada no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), em Brasília, a R7 Facilities é a responsável pelas obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), que registrou as duas primeiras fugas da história em uma prisão do tipo.


“Diante do exposto, solicitamos que a R7 Facilities manifeste-se, no prazo de até 48 horas, a respeito das notícias veiculadas, assim como sobre os possíveis impactos jurídicos, administrativos e operacionais na continuidade da prestação dos serviços”, requere o documento assinado Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do ministério, Manuel Augusto Alves da Silva.


Salário em atraso na empresa

Conforme apurado pela coluna Na Mira, no caso do Ministérios de Portos e Aeroportos e dos Direitos Humanos e Cidadania, os funcionários terceirizados estão há três dias sem receber o pagamento dos salários pela R7 Facilities.


O contrato firmado com o Ministério dos Direitos Humanos dá conta de que são, ao menos, 295 trabalhadores com carga horária semanal de 44h, que deveriam ter recebido o pagamento até o 5º dia útil, na quarta-feira (6/3).


A categoria alega que não recebeu nenhum posicionamento da empresa a respeito do atraso e que não há previsão de quando será feito o repasse. Eles temem que estejam sendo alvo de calote.


Além disso, os terceirizados cobram que o pagamento do salário seja acrescido de multa, nos termos do acordo coletivo firmado.


Suspeita de “laranjas”

A R7 Facilities tem vencido licitações públicas desde 2016; e recebeu quase R$ 373 milhões (R$ 372.867.335,98) em repasses do governo federal.



A empresa também tem participado de licitações com o Governo do Distrito Federal, arrecadando quase R$ 11 milhões (R$ 10.788.811,77) dos cofres públicos brasilienses a partir do mesmo período.


Apesar dos montantes, o sócio-administrador da empresa é Gildenilson Braz Torres, que recebeu R$ 4,5 mil em auxílio emergencial.


Em 2020, Gildenilson obteve cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. Em 2021, foram pagas três parcelas de R$ 150, mas o sócio da empresa milionária teve de devolver uma delas para o governo federal.


No ano em que a empresa faturava milhões em contratos com o governo federal, Gildenilson recebeu sentença de penhor de bens para pagar uma dívida de R$ 8,6 mil. O processo está no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.


Aberta em 2009 por Ricardo de Souza Lima Caiafa, a empresa foi registrada com o nome dele na época. Em 2022, Caiafa recebeu 3.879 votos e foi eleito suplente pelo Partido Liberal (PL) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).


O Tribunal de Contas da União analisa possíveis irregularidades na empresa R7 Facilities.


O que diz a R7 Facilities

Procurada pela reportagem, a R7 Facilities não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.


Fonte: Na Mira

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Fábrica de diplomas “forma” de advogado a engenheiro em 3 dias



Audacioso, um grupo criminoso formado por estelionatários e falsificadores desenvolveu um modelo de negócio para vender e prestar suporte on-line para compradores de diplomas falsos de curso superior. Não importa a graduação desejada, o bando garante “transformar” os clientes de nível médio em bacharéis em direito, fisioterapia, engenharia ou qualquer outra área.


Articulados, bem organizados e com uma equipe afiada, os falsários disponibilizam o diploma e toda a documentação necessária de conclusão de curso em apenas três dias. “Te transformo em advogado em 72 horas”, garante um dos criminosos. A coluna passou duas semanas investigando o esquema e mapeou como funciona a “Fábrica de Diplomas” em todos os detalhes.


Os estelionatários falsificam os documentos simulando que as réplicas possuem reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) e supostamente contam com registro das faculdades escolhidas pelos clientes. “Temos quatro grandes universidades espalhadas pelo país. Basta decidir qual é mais do seu agrado”, gabava-se o falsário enquanto tentava vender um diploma. As instituições de ensino superior mencionadas pelo estelionatário também são vítimas e não têm qualquer relação com o esquema.


Preço e rapidez

Imaginando conversar com um interessado, o golpista afirmou qual era o lema da “empresa”. “Nossos cursos de graduação oferecem uma oportunidade única de aprimorar seus conhecimentos, melhorar suas perspectivas de carreira e alcançar seus sonhos sem esforço”, defendeu.


Após mencionar as quatro grandes instituições de ensino das quais os diplomas são falsificados, o golpista afirma que o processo de compra é rápido. “Tudo é 100% facilitado e sem burocracia. Como eu disse, o documento é reconhecido pelo sistema do MEC e também pela universidade. Os diplomas são completos e acompanham estágio, conclusão de curso, certificado, monografia e conclusão de TCC”, enumerou.


Perguntado se seria possível usar o diploma e toda a documentação fornecida para dar entrada para realizar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o golpista foi categórico. “Com certeza é possível, tanto na OAB quanto dar entrada em conselhos de outras profissões”, disse.


Preço

Para dar início ao processo de confecção dos certificados e toda a documentação falsa que o acompanha, o atendente explica ser preciso pagar uma “taxa de matrícula”. O valor, simbólico segundo o golpista, serve para dar início ao atendimento e decidir de qual faculdade e graduação o material será.


Durante a conversa, o criminoso ressaltou que o custo total da documentação falsa sai por R$ 2,6 mil. “Depois de tudo definido, nós fazemos algumas chamadas por vídeo para que eu mostre todo o material antes de enviá-lo pelos Correios. Apenas depois de tudo acertado, o material é encaminhado”, explicou.


Em seguida, o falsário envia um QR code para pagamento via Pix. Caso o cliente deseje finalizar a transação, o pagamento precisa ser feito e o comprovante enviado por meio do WhatsApp.


Fonte: Na Mira

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Ronaldo Esper é brutalmente agredido e tem casa invadida em São Paulo


O apresentador Ronaldo Esper, de 79 anos, teve a casa invadida por criminosos na madrugada deste sábad0 (9/3), em São Paulo. Segundo Leo Dias, o famoso ficou ensanguentado após ser brutalmente agredido e precisou ser encaminhado ao hospital em uma cadeira de rodas.


O apresentador Ronaldo Esper, de 79 anos, teve a casa invadida por criminosos na madrugada deste sábad0 (9/3), em São Paulo. Segundo Leo Dias, o famoso ficou ensanguentado após ser brutalmente agredido e precisou ser encaminhado ao hospital em uma cadeira de rodas.


Fonte: Metrópoles

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Briga de família por disputa de terra termina em assassinato na cidade de Ipanguaçú no Oeste Potiguar

Pai socorrido, filho morto

Um crime de homicídio foi registrado na noite desta sexta-feira, 08 de março de 2024, na comunidade rural de Arapuá no município de Ipanguaçú na região Oeste do Rio Grande do Norte.


De acordo com as primeiras informações repassadas pela Polícia Militar, apontam para uma briga de família por disputa de terras, como motivação para o crime.


A pessoa conhecida como “Toinho”, teria atirado contra seu irmão identificado como Ailton de Souza Melo e também contra um sobrinho de nome Flavio Dantas de Melo, de 34 anos, filho de Ailton.


Ailton foi socorrido pelo Samu para o hospital da cidade e em seguida transferido para o Hospital Tarcísio Maia em Mossoró. Já seu filho Flavinho, morreu no local. O suspeito do homicídio e da tentativa de homicídio está em lugar incerto e não sabido.


O corpo de Flávio foi recolhido após a perícia no local e encaminhado para a unidade do Itep em Mossoró. A Polícia Civil deverá instaurar inquérito para investigar o caso.


Imagem cedida Assú Noticia


Fonte: Fim da Linha

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Governo do RN vai à Justiça contra decisão do TCE sobre aposentadoria de servidores públicos não concursados até abril

Governadora Fátima Bezerra se reuniu com Fórum dos Servidores Públicos do Rio Grande do Norte — Foto: Humberto Sales

O governo do Rio Grande do Norte anunciou na sexta-feira (8) que vai entrar com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) para suspender a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) sobre a adoção do dia 25 de abril como data-limite para que servidores que ingressaram no serviço público sem concurso antes da Constituição Federal de 1988 se aposentem pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).


O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra após reunião com o Fórum dos Servidores Públicos do Rio Grande do Norte.


"Comunicamos ao fórum que o Governo autorizou à PGE (Procuradoria Geral do Estado) ingressar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do RN para reverter a decisão do TCE que manteve prazo de requerimento de aposentadoria dos servidores até abril", publicou a governadora em uma rede social.


Mais de 3,6 mil servidores seriam atingidos pela decisão do TCE, de acordo com o governo do RN, e a medida pode inviabilizar a manutenção do atendimento no Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais (Ipern).


Recurso negado na quinta-feira

Na última quinta-feira (7), o TCE negou em julgamento o recurso do governo do RN e manteve o entendimento sobre a adoção do dia 25 de abril como data-limite para que servidores não concursados se aposentem nas previdências próprias do Estado.


A Corte de Contas reforçou no julgamento que o prazo está em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão dos conselheiros na sessão foi unânime.


A decisão é para aqueles servidores contratados que tiveram a estabilidade garantida após a Constituição de 1988.


Nesta semana, o ministro Nunes Marques, do STF, também negou recurso do governo do RN e manteve o prazo para aposentadoria até 25 de abril. O governo do RN recorreu novamente.


Em janeiro deste ano, o TCE indicou que os servidores contratados sem concurso público que quiserem resguardar as situações funcionais e previdenciárias no RN devem se aposentar até 25 de abril. Caso contrário, esses trabalhadores deverão se aposentar pelo INSS.


Fonte: g1

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Parque eólico é operado apenas por mulheres no RN; 'Aqui me senti acolhida', diz funcionária

Parque eólico tem apenas mulheres funcionárias — Foto: Pedro Trindade/Inter TV

Um parque eólico localizado no Sertão Central do Rio Grande do Norte é operado completamente por mulheres. O empreendimento fica no município de Lajes, distante cerca de 130 quilômetros de Natal, e leva o nome de Parque Cajuína.


A equipe de trabalhadoras possui diferentes formações, como nas áreas de eletrotécnica, mecânica e segurança do trabalho, por exemplo. Elas possuem também cargos de liderança.


"Nunca me imaginei fazendo isso. Era algo distante. Sempre achei a área interessante, mas não tinha referências. Nas salas de aula dos cursos de capacitação, vemos uma ou duas mulheres, enquanto tem mais de 20 homens", contou operadora mantenedora Maria Eduarda, de 24 anos.


"Mas a oportunidade de se capacitar e estudar é o que permite chegar onde desejarmos. Mostramos para outras meninas que eles também podem. Estamos aqui, e elas também podem".


Seis mulheres são as responsáveis por realizar a manutenção da estrutura do parque eólico - analisar, identificar e corrigir falhas nos equipamentos. Juntas, elas foram o principal setor do complexo.


A estrutura do parque Cajuína pode chegar a 1,6 gigawatts. Para isso, é preciso que a energia passe pela substação - onde elas atuam diretamente - antes de ser distribuída.


Parque eólico fica na região central do RN — Foto: Reprodução/Inter TV

"Não foi fácil, nunca foi. Já trabalhei em outros lugares e sei do que estou falando. É difícil você chegar em um ambiente de trabalho que só tem homens praticamente. Para garantir meu espaço em uma outra empresa, precisei trabalhar nos fins de semana. Não queria deixar passar nada. Quis e consegui deixar claro que eu era capaz", lembrou a também operadora mantenedora Paloma Souza, de 23 anos.


O fato de apenas mulheres trabalharem no parque eólico Cajuína foi fator importante, segundo Paloma, para se sentir bem no novo ambiente de trabalho.


"Quando vim trabalhar nesse parque e vi só mulheres, me senti acolhida. Nos ajudamos, pois queremos o mesmo resultado", disse.

Além do trabalho feito na subestação, três funcionárias são as únicas responsáveis do parque por acompanhar o trabalho de manutenção nos próprios aerogeradores. A quantidade deve aumentar depois que a garantia de 5 anos da emprensa construtora chegar ao fim.


A também operadora mantenedora Maria de Nazaré, de 27 anos, lembrou que para se consolidar na profissão também foi preciso vencer a desconfiança dos homens.


"Já ouvi relato de meninos falando que eu não teria condições de levantar um galão de óleo, que pesa 25 quilos, para manutenção. Consegui e mostrei pra eles e pra mim que eu posso", lembrou.


"Muitos rapazes falam: 'não te dou um mês pra você desistir'. Não desisti. Estudei e estou aqui. Faço a diferença. Busco meu crescimento para que outras pessoas também possam chegar onde estou".


Fonte: g1

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Moraes proíbe Bolsonaro e outros investigados pela tentativa de golpe de irem a eventos das Forças Armadas

Jair Bolsonaro — Foto: Adriano Machado/Reuters

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados pela tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro de participarem de eventos realizados pelas Forças Armadas.


Os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sergio Nogueira (Defesa), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres também são alvo da proibição.


A decisão, publicada nesta quinta-feira (7), fixa multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.


Segundo o texto, está proibida a participação em "cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares".



Veja a lista com todos os nomes citados na decisão:


Ailton Gonçalves Moraes Barros

Almir Garnier Santos

Amauri Feres Saad

Anderson Gustavo Torres

Angelo Martins Denicoli

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Cleverson Ney Magalhães

Eder Lindsay Magalhães Balbino

Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira

Guilherme Marques Almeida

Hélio Ferreira Lima

Jair Messias Bolsonaro

Jose Eduardo de Oliveira e Silva

Laércio Vergílio

Mario Fernandes

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Ronald Ferreira de Araújo Júnior

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros

Tércio Arnaud Tomaz

Walter Souza Braga Netto

Valdemar Costa Neto


Fonte: Blog da Júlia Duailibi

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Com queda na avaliação positiva, Lula iguala Bolsonaro no início do 2° ano de mandato, mostra Ipec

Lula e Bolsonaro durante debate da TV Globo — Foto: Stephanie Rodrigues/g1

A avaliação no primeiro trimestre do segundo ano de governo do presidente Lula (PT) é tecnicamente igual aos índices que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha no mesmo período de sua gestão, segundo levantamento do Ipec divulgado nesta sexta-feira (8).


De acordo com a pesquisa, existe um empate dentro da margem de erro nos números da avaliação de ótimo/bom, regular e ruim/péssimo dos dois presidentes. Os números são referentes ao 1º trimestre do segundo ano de governo.


O instituto realizou 2 mil entrevistas em 130 municípios. A margem de erro máxima estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.



No 1º trimestre 2020, a gestão Bolsonaro era avaliada como ótima ou boa por 34% dos entrevistados. Já Lula, no 1º trimestre de 2024, registrou 33%.


Tanto Lula quanto Bolsonaro tiveram 33% de avaliação regular no 1º trimestre do segundo ano de governo, segundo o Ipec. Já em relação à avalição ruim ou péssima, Bolsonaro anotou 30%, enquanto Lula teve 32%.


Na comparação com o mesmo período de outros governos, a avaliação de ótimo ou bom da atual gestão de Lula é melhor do que a de Collor, em 1992 (14%), de Itamar Franco, em 1993 (21%), do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 2000 (20%), e do segundo mandato de Dilma, em 2016 (10%).



Por outro lado, a avaliação do atual presidente é pior do que a do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 1996 (41%), a do segundo mandato do próprio Lula, em 2008 (58%), e a do primeiro mandato de Dilma, em 2012 (56%).


O Ipec aponta ainda que a avaliação positiva do governo Lula 3 empata tecnicamente com a do Lula 1, no 1º trimestre do segundo ano das respectivas gestões.


1º ano de governo

A primeira pesquisa Ipec sobre o governo Lula 3, divulgada em março de 2023, indicava que o início do mandato do presidente era melhor avaliado do que o do ex-presidente Jair Bolsonaro. À época, Lula tinha 41% de ótimo/bom, enquanto Bolsonaro registrou 34% em março de 2019.


Por outro lado, tanto Lula quanto Bolsonaro tiveram o início de gestão avaliados como ruim ou péssimo por 24% dos entrevistados pelo Ipec.


O levantamento feito no ano passado também indicou que o início do terceiro mandato de Lula tinha avaliação positiva menor do que o de seus dois primeiros governos, em 2003 e 2007.


Quando se compara a pesquisa de março de 2023 com a divulgada na sexta-feira (8), Lula viu a avaliação positiva sofrer uma queda de 8 pontos percentuais, passando de 41% para 33%. Já a avaliação negativa foi de 24% para 32%.


Avaliação positiva em queda

A avaliação de ótimo ou bom do governo Lula caiu 5 pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2023, passando de 38% para 33%.


Por outro lado, a avaliação de ruim ou péssimo oscilou para cima dentro da margem de erro, indo de 30% para 32%.


Além disso, segundo o Ipec, a avaliação regular do governo cresceu 3 pontos percentuais, passando de 30% para 33%.


De acordo com a pesquisa, a avaliação positiva do atual mandato de Lula atingiu o menor patamar na comparação com os levantamentos anteriores.


Aprovação e desaprovação do governo Lula 3

A aprovação de Lula em março de 2024 apresentou uma oscilação negativa de 2 pontos percentuais em comparação com o último levantamento de dezembro, que era de 51%.


Já o percentual daqueles que desaprovam o governo subiu. No mesmo intervalo de tempo, a resposta apresentou uma oscilação de 2 pontos percentuais, saindo de 43%, em dezembro, para 45%, neste mês.


Confiança no presidente

Entre os 2 mil entrevistados, 45% deles confiam em Lula. O número reflete uma queda de três pontos percentuais se comparado com o último levantamento de dezembro, e de oito pontos percentuais, se comparado com o primeiro estudo realizado pelo Ipec, em março de 2023.


Já 51% não confiam no atual presidente, uma oscilação de 1 ponto percentual na comparação com dezembro do ano passado. O número também aumentou 8 pontos percentuais se comparado com os dados de um ano atrás.


Fonte: g1

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