sábado, agosto 14, 2021

Ministério da Saúde e Unifesp devem iniciar estudo para avaliar 3ª dose da vacina contra a Covid-19 na próxima semana



O Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), deve iniciar, na segunda-feira (16), um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para Covid-19 para quem tomou duas doses da CoronaVac.


As vacinas para serem usadas neste estudo chegaram na quinta-feira (12). Os pesquisadores vão estudar os 4 imunizantes aplicados no Brasil: AstraZeneca, Pfizer, CoronaVac e Janssen.


Alguns voluntários vão receber uma dose adicional de uma vacina diferente daquela que ele já tomou antes. Outros vão receber uma terceira dose da CoronaVac. O objetivo é descobrir qual a proteção quando se cruza os imunizantes ou se mantém o mesmo na terceira dose.


Os 1.200 voluntários vão ser divididos em 4 grupos e, cada grupo, recebe uma dose de reforço de uma única vacina.


A responsável pelo estudo em São Paulo, Dra. Lily Yin Weckx, explica porque alguns precisam de reforço na imunização.


"Pessoas imunocomprometidas, pessoas transplantadas, que recebem constantemente muitas pressões, estes respondem pior pras vacinas. E os 'tipos' de anticorpos caem mais rápido. Então pra esses acho que é necessário realmente uma possibilidade de uma terceira dose. Geralmente as pessoas idosas respondem pior também, né? Porque existe o fenômeno chamado de imunossenescência. O envelhecimento do sistema imune. Por isso que a resposta pode ser pior e a resposta dos anticorpos pode cair precocemente", diz.



Em julho, a Anvisa autorizou que os laboratórios Pfizer e AstraZeneca investigassem efeitos e necessidades de uma dose extra contra a Covid-19. Os estudos estão em andamento em pelo menos cinco estados.


Estudos de 3ª dose em andamento:

Pfizer: O laboratório recebeu liberação da Anvisa em julho para iniciar a pesquisa que investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra já foi aplicado em 1.164 pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses. Dessas, 546 tomaram no estado de São Paulo. Agora, seguem sendo acompanhados pelos pesquisadores diariamente. Depois de seis meses, eles irão receber a visita dos pesquisadores para a coleta de exames de sangue. Além do Brasil, esse estudo está sendo conduzido nos Estados Unidos e África do Sul. Ao todo, serão 10.200 participantes nos três países.


AstraZeneca: a farmacêutica desenvolveu uma segunda versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222). Agora, os pesquisadores também realizam um estudo pioneiro para avaliar a necessidade de uma 3ª dose após 12 meses em pessoas que tomaram as duas doses do imunizante. Em todo o país, já estão sendo testadas 4.600 pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Natal, Porto Alegre e Santa Maria (RS). O Brasil é o único, por enquanto, a fazer esse tipo de estudo, segundo os pesquisadores.


Unifesp: os pesquisadores devem dar início na segunda (16) a um novo estudo do Ministério da Saúde para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para Covid-19 para quem tomou Coronavac. A pesquisa será feita com 1.200 voluntários em São Paulo e Salvador em quem tomou as duas doses de Coronavac há seis meses. De acordo com a coordenadora do Centro de Referência de Imunobiologia Especial (Crie) da Unifesp, Dra. Lily Yin Weckx, o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da Astrazeneca, 25% da Janssen e 25% da Coronavac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.



Butantan: o Instituto também se prepara para começar a pesquisa que irá avaliar a eficácia de uma terceira dose da Coronavac no Brasil. Na terça-feira (10), a fabricante Sinovac divulgou o resultado de um estudo feito na China. A dose adicional administrada em adultos e num prazo de seis a oito meses depois da segunda dose, aumentou em até cinco vezes o número de anticorpos no organismo.


De acordo com a Anvisa, há apenas três estudos autorizados no Brasil para investigação de doses extras, dois da AstraZeneca e um da Pfizer. O estágio de andamento dos estudos é de responsabilidade dos laboratórios patrocinadores de cada pesquisa.


Fonte: G1

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Suspeito de invadir escola com espingarda em Caeté é preso

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A Polícia Civil informou, na manhã deste sábado (14), que prendeu o suspeito de invadir uma escola em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Imagens de circuito de segurança mostram o assaltante armado com uma espingarda.


O crime aconteceu na Escola Municipal Colibri, localizada no centro da cidade e a menos 100 metros de um batalhão da Polícia Militar (PM). Na ação, foram levados vários pertences de funcionários e professores.


Segundo a Polícia Civil, o suspeito, de 18 anos, foi encontrado depois de uma série de levantamentos da equipe de investigadores nos pontos em que costumava frequentar.


A prisão preventiva foi pedida à Justiça, e o mandado foi cumprido nesta sexta-feira (13). De acordo com a polícia, no momento da prisão, ele fumava um cigarro de maconha.


Com ele, foi apreendida a camisa que usa por baixo do casaco quando invadiu a escola e rendeu as funcionárias sob a mira da espingarda.


No momento do assalto, não havia alunos na escola. As aulas presenciais não voltaram na instituição, que tem o ensino voltado para crianças com algum tipo de deficiência.


Polícia apreendeu camisa que suspeito usava por baixo de casaco quando rendeu funcionários de escola em Caeté — Foto: Polícia Civil/Divulgação


‘Cena de filme’


Câmera de segurança registrou o momento do assalto em uma escola para crianças com deficiência, em Caeté. — Foto: Reprodução


Segundo uma das professoras, que estava na escola no momento do assalto, o suspeito entrou no prédio "tranquilamente". Ela pediu para não ser identificada.


"Estávamos no fim do expediente, preparando para irmos embora, cerca de cinco professores, quando vimos um homem com uma espingarda entrando na escola. A gente nem acreditou, achamos que era brincadeira, quando ele gritou, pedindo dinheiro e celular. Cena de filme", explicou a professora.


‘Cena de filme’

Segundo uma das professoras, que estava na escola no momento do assalto, o suspeito entrou no prédio "tranquilamente". Ela pediu para não ser identificada.


"Estávamos no fim do expediente, preparando para irmos embora, cerca de cinco professores, quando vimos um homem com uma espingarda entrando na escola. A gente nem acreditou, achamos que era brincadeira, quando ele gritou, pedindo dinheiro e celular. Cena de filme", explicou a professora.


Fonte: G1

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Polícia prende homem que furtou cerca de R$ 37 mil de agência do Banco do Brasil no Aeroporto de Guarulhos

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (14) um homem de 39 anos acusado de furtar cerca de R$ 37 mil de uma agência do Banco do Brasil no Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.


Policia encontrou cerca de R$ 16 mil com o acusado. — Foto: Divulgação


O homem é acusado de acessar dados bancários da agência no Terminal II do Aeroporto. Ele realizava saques, transferências e compras com dados das vítimas. As investigações foram conduzidas por agentes da 3ª Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista (Deatur).


Ele foi preso em flagrante após a realização de mais transferências em um hotel na Rua Vieira de Morais, no Campo Belo, na Zona Sul da capital. No local, os policiais apreenderam 406 cartões de crédito no nome de outras pessoas e sete em nome do autor, além de 101 chips de operadoras de telefonia, 10 talonários de cheques de bancos, 13 celulares, quatro pen drives, dois notebooks, peças de roupas, uma impressora, 24 máquinas de cartão e 99 envelopes diversos de correspondência, dois veículos e R$ 16 mil.


O acusado e a esposa foram levados para a delegacia. A mulher informou que sabia sobre os crimes praticado pelo marido, porém, não participava.


O homem foi indiciado por furto qualificado (com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza) e preso. A esposa está sendo investigada.


Fonte: G1

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Com Covid-19, Silvio Santos tem alta e deixa hospital em SP

O apresentador Silvio Santos, de 90 anos, teve alta na noite desta sexta-feira (13) após ser internado com Covid-19 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A informação foi confirmada pelo SBT.


Silvio Santos em foto de 2015 — Foto: Divulgação/Acervo SBT


A emissora informou que Silvio Santos está bem e vai se manter em isolamento em um local não divulgado.


Mais cedo, a filha Patrícia Abravanel havia comentado nas redes sociais sobre o estado do apresentador.


"Nosso pai está clinicamente bem. Daquele jeito que a gente ama... brincando com todos, fazendo piadas [...] Mas testou positivo para Covid e por conta da idade e necessidade de exames frequentes os médicos decidiram interná-lo", afirmou Patrícia no Instagram.



Silvia Abravanel também usou as redes sociais para falar sobre a saúde do pai. Silvia agradeceu o carinho dos fãs e afirmou que os exames estão bons.


Ela também foi internada com Covid em abril deste ano. Na ocasião, relatou que ficou muito debilitada e chegou ao hospital "implorando por ar".


Silvia Abravanel fala sobre internação de Silvio Santos por Covid. — Foto: Reprodução/Instagram


Em dezembro de 2020, Silvio Santos comemorou seu aniversário de 90 anos isolado por conta da pandemia. A festa de um dos maiores nomes da televisão brasileira contou apenas com a presença de alguns familiares, que usaram pijamas estampados que são sua marca característica.


O apresentador voltou às gravações no estúdio do SBT em julho deste ano, após ter tomado as duas doses da vacina contra a Covid.


Vacina


O apresentador Silvio Santos, de 90 anos, em posto de vacinação contra a Covid em fevereiro de 2021 — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Silvio Santos recebeu a 2ª dose da vacina contra a Covid em março. Nenhuma vacina oferece proteção de 100% contra doenças, mas todas reduzem o risco de infecção, hospitalização e morte, principalmente depois da segunda dose.


É importante lembrar que vacinas funcionam, mas não são infalíveis. Ainda assim, apesar de a probabilidade de infecção após a vacina ser pequena, quanto mais a doença estiver circulando, maior é o risco de o imunizante falhar. Por isso a necessidade de vacinar o maior número de pessoas possíveis o quanto antes.


Silvio Santos em gravação com o então presidente Michel Temer em janeiro de 2018, em São Paulo — Foto: Alan Santos/Presidência da República


Fonte: G1

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Prisão de ex-deputado Roberto Jefferson é mantida após audiência de custódia

Uma audiência de custódia realizada neste sábado (14) manteve a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.


Jefferson foi preso nesta sexta-feira (13) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito das milícias digitais.


A audiência de custódia é um procedimento previsto na legislação processual penal em que o preso é apresentado à Justiça, que avalia a legalidade da prisão. O entendimento no caso do ex-deputado foi de que a prisão preencheu os requisitos previstos na legislação.


Jefferson está detido em Bangu 8, que faz parte do Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Esta é a unidade para onde são levados detentos com curso superior.


Durante a audiência deste sábado, a defesa do ex-deputado pediu que a prisão preventiva fosse convertida em prisão domiciliar, por conta dos problemas de saúde de Jefferson. O juiz Airton Vieira, que faz parte do gabinete de Moraes, considerou que o tema deve ser analisado pelo relator do caso.


Na decisão que autorizou a prisão do ex-deputado, divulgada na sexta, Moraes escreveu que o político faz parte de uma "possível organização criminosa" que busca "desestabilizar as instituições republicanas".


"Uma possível organização criminosa – da qual, em tese, o representado faz parte do núcleo político –, que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Congresso Nacional", escreveu Moraes.


Roberto Jefferson chega ao presídio de Benfica — Foto: Alex Campos/TV Globo


Moraes afirmou ainda que esta suposta organização da qual Jefferson integra o núcleo político tem uma rede virtual de apoiadores que compartilham mensagens com o objetivo de derrubar a "estrutura democrática".


"Uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil", afirmou Moraes.


Jefferson está em prisão preventiva, que não tem prazo pré-determinado na legislação processual penal. Na prática, ele deverá seguir nesta condição até uma nova avaliação do caso.


O Código de Processo Penal prevê que a prisão preventiva seja reavaliada a cada 90 dias. O Supremo, no entanto, já fixou o entendimento de que o fato de não haver essa reavaliação não torna a prisão ilegal.


Fonte: G1

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Presidente da Funasa pede demissão, e cargo deve continuar com o PSD, diz ministra

O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Giovanne Gomes da Silva, pediu demissão, informou neste sábado (14) à TV Globo a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. De acordo com ela, o cargo deve continuar com o partido político PSD, que indicará o nome do futuro chefe do órgão que cuida de ações de saneamento básico no país.


O policial militar Giovanne Gomes da Silva, presidente da Funasa — Foto: Reprodução


A informação sobre a saída de Gomes, que é coronel da Polícia Militar de Minas Gerais e foi comandante da corporação, foi antecipada na sexta-feira (13) pelo jornal 'O Globo'.


Vinculada ao Ministério da Saúde, a Funasa tem entre suas competências a missão de “promover a inclusão social por meio de ações de saneamento para prevenção e controle de doenças”.


A indicação de Gomes ao cargo, em maio de 2020, foi atribuída ao deputado federal Diego Andrade (PSD-MG).


À época, o governo do presidente Jair Bolsonaro se aproximou do bloco de partidos chamado de Centrão, conhecido por apoiar governos em troca de cargos e verbas federais. O PSD é presidido pelo ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Gilberto Kassab.


A ministra Flávia Arruda responde pela articulação política do governo Bolsonaro junto ao Congresso Nacional. Deputada federal licenciada, a ministra é filiada ao PL, partido que também integra o Centrão.


Fonte: G1

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Autoridades reagem após Bolsonaro dizer que vai pedir abertura de processo sobre ministros do STF

Autoridades reagiram às publicações do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais neste sábado (14) na qual ele manifestou a intenção de pedir ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a abertura de um processo para investigar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.


O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de posse do senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro da Casa Civil da Presidência da República — Foto: WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


Procurado pela TV Globo, o presidente do Senado não se manifestou até última atualização desta reportagem.


Autoridades e juristas criticaram a postura do presidente 


Bolsonaro é investigado em quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal Superior Eleitoral 


Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) no Twitter: "Ministros do STF podem e devem ser investigados por fatos concretos, mas o tal pedido de impeachment que Bolsonaro pretende apresentar contra Barroso e Moraes é só + uma cortina de fumaça para tentar esconder o mar de crimes comuns e de responsabilidade que o próprio PR cometeu".


Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP): "Bolsonaro, vá trabalhar! Ao invés de arroubos autoritários, que serão repelidos pela democracia, vá pegar no serviço! Estamos com 14 milhões de desempregados, 19 milhões de famintos, preço absurdo da gasolina, da comida. E o povo continua morrendo de COVID-19! VAI TRABALHAR!"


Roberto Freire, presidente do Cidadania: "Em mais um delírio totalitário - típico de tirantes de Repúblicas de Bananas- Bolsonaro pensa falar pelo povo, esquecendo que tem apenas 25% de aprovação (e caindo). O que a maioria da população quer é seu impeachment. Ele é a inflação, desemprego, corrupção e necrofilia. Ele é a crise".


Deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (Sem partido-RJ): "Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez."


Senador Humberto Costa (PT-PE): "Cada vez acuado por conta de uma série de denúncias contra o seu governo, Bolsonaro tenta mais uma vez intimidar a Justiça. A olhos vistos, o presidente avança no seu discurso autoritário. É preciso dar um basta de uma vez por todas nessa milícia golpista."


Líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS): "Presidente vai mesmo pedir ao Senado o impeachment de ministros do STF? Quem pede pra bater no “Chico”, que mora no Inciso II, artigo 52, da CF, se esquece de que o “Francisco” habita o Inciso I, do mesmo endereço."



Deputada Federal Tabata Amaral (PDT-SP): "Depois do desfile fracassado dos tanques na esplanada, agora Bolsonaro quer o impeachment dos ministros do STF. A criatividade para cortina de fumaças não tem limites. E, mais uma vez, quem extrapola os limites constitucionais é o presidente."


Deputado Fábio Trad (PSD-MS): Bolsonaro investe politicamente contra dois Ministros do STF pelo fato de discordar de suas decisões. Em vez de recorrer ao Judiciário para rever as decisões, prefere o atalho autoritário do impeachment dos julgadores. Só aceita decisão quando com ela concorda. Revela com isso a sua vocação autoritária sempre hostil a democracia. Bolsonaro quer um STF para chamar de seu. Isso é Intolerável!


Fonte: G1

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Bolsonaro diz que Barroso e Moraes extrapolam limites constitucionais e que pedirá abertura de processo ao Senado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (14), em publicações nas redes sociais, que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes extrapolam "com atos os limites constitucionais" e disse que pedirá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a abertura de um processo para investigar os dois.


Bolsonaro durante assinatura da MP do etanol em 11 de agosto de 2021 — Foto: EVARISTO SA / AFP


Procurado pela TV Globo, o presidente do Senado não se manifestou até a última atualização desta reportagem.


Bolsonaro viajou a Resende (RJ), onde participou de uma cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), neste sábado. Pela manhã, ele deixou o hotel de trânsito do Exército no qual está hospedado, conversou com apoiadores e foi para BR-116 (Dutra) para acenar para motoristas.


Bolsonaro afirmou ainda que não provoca e não deseja uma ruptura institucional e que "todos sabem" quais seriam as consequências disso.


Ele disse que na próxima semana pedirá ao presidente do Senado que instaure um processo sobre ambos, "de acordo com o art. 52 da Constituição Federal".


O dispositivo constitucional citado pelo presidente diz que "compete privativamente ao Senado Federal" processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal em casos de crime de responsabilidade.


Este dispositivo é comumente usado por cidadãos e autoridades para embasar juridicamente pedidos de impeachment contra ministros do STF, que nunca prosperaram.


O Senado tem, pelo menos, dez pedidos de impeachment contra ministros do Supremo protocolados. Seis miram Alexandre de Moraes. Um, inclusive, foi protocolado por Roberto Jefferson. Nenhum, no entanto, prosperou.


O professor de direito constitucional da Universidade Federal Fluminense Gustavo Sampaio disse que nunca houve, na história da República, um impeachment de ministro do STF e que ainda não existe jurisprudência formada sobre a matéria.


"O presidente está dizendo que ele pode pedir a decretação do impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Isso, a rigor, é até possível, mas quem decide é o Senado Federal, e não o presidente", afirmou.


A fala do presidente vem na esteira da derrota do voto impresso na Câmara dos Deputados e da prisão do aliado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.


Na terça-feira (10), em uma derrota para Bolsonaro, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa a impressão de votos em eleições, plebiscitos e referendos não alcançou o número de votos necessários para ser aprovada e acabou arquivada pelos deputados.


Bolsonaro acusa Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defensor das urnas eletrônicas, de interferir nos debates no Legislativo sobre o tema. O presidente chegou a ameaçar, em mais de uma ocasião, com a não realização das eleições em 2022.


Análise de juristas

A advogada constitucionalista e mestre em direito público administrativo pela FGV Vera Chemim afirmou que ministros do Supremo poderiam ser processados se violassem a Constituição, o que para ela não ocorreu.


"Com relação ao ministro Barroso é completamente descabido o pedido de impeachment. Não há nada que possa levar ao pedido de impeachment. Ele é presidente do TSE e colocou sua posição e da instituição", disse. "Sobre o Moraes, o ato da prisão em si é legal, porque o Roberto Jefferson vem há algum tempo já adotando uma conduta no sentido de dirigir graves atos de ofensa a determinados ministros do STF", afirmou.


A professora de direito comparado da USP Maristela Basso disse que Bolsonaro não pode pedir impeachment de ministros do STF simplesmente por discordar de decisões judiciais. Para ela, no entanto, o presidente atua fora do que diz a lei e inaugurou uma "Constituição interna".


"Ele [Bolsonaro] já se acostumou. Faz o que ele acha que deve fazer, no momento em que ele deseja e vamos em frente assim. Agora é uma disputa pessoal dele com os presidente dos outros poderes", afirmou. "Estamos vivendo uma cena no qual o presidente faz o que ele bem entende. Criou uma Constituição interna que ele acha que segue, uma cena paralela" acrescentou a professora.



Para o advogado criminalista Pierpaolo Bottini, Barroso e Moraes não cometeram crime de responsabilidade. Bolsonaro tem o direito de criticar decisões, porém não pode atacar as instituições.


"Os ministros decidiram, exerceram a sua jurisdição. A decisão, mais uma vez, pode desagradar o presidente da República, ele tem o direito de criticar essa decisão, mas o que ele não pode evidentemente é atacar a instituição. Isso é fundamental pra preservação da estabilidade institucional, que cada um jogue dentro das regras do jogo", disse.


Após ser incluído no inquérito das fake news, Bolsonaro também ameaçou agir fora da Constituição. O presidente já é alvo de quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal Superior Eleitoral 


Em outra frente, no Legislativo, o presidente já é alvo de mais de 120 pedidos de impeachment protocolados na Câmara.


Milícia digital

Aliado de primeira hora, Jefferson foi preso nesta sexta-feira (13) dentro do inquérito investiga milícias digitais e tramita no STF. A autorização para a prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.


Na série de postagens publicadas neste sábado, Bolsonaro não citou o aliado, mas disse: "o povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais, como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los".


Ele ainda cobrou Moraes por uma fala durante a sabatina do ministro no Senado, que precedeu a posse dele no STF. O presidente transcreveu uma declaração do ministro ao senadores, na qual disse: "reafirmo minha independência, meu compromisso com a Constituição, e minha devoção com as liberdades individuais."


O inquérito que investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia foi aberto em julho, por decisão de Moraes.


Nessa investigação, a PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito.


Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pública.


Roberto Jefferson

Ex-deputado, Roberto Jefferson foi o pivô do escândalo do mensalão, em 2005. Foi a partir de uma entrevista dele ao jornal "Folha de S. Paulo" que o país tomou conhecimento das denúncias de que o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva passava dinheiro a deputados da base.


Em novembro de 2012, no julgamento do mensalão no STF, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.



Nos últimos anos, já sem mandato parlamentar, Jefferson se aproximou do presidente Jair Bolsonaro. Em suas redes sociais, começou a postar fotos com armas. O armamento da população é uma das principais causas do presidente.


Fonte: G1

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Roberto Jefferson, o réu confesso aliado do lema 'bandido bom é bandido morto' e de novos fascistas

"Sou eu o autor da Lei do Desarmamento no Brasil", gabava-se Roberto Jefferson no horário eleitoral gratuito de 1997.


Naquele ano, o já experiente deputado federal candidato à reeleição tinha sido relator do projeto que ganharia apelido pomposo e que criou o Sistema Nacional de Armas, estabelecendo critérios de registro e porte.


Quem diria que, 20 anos depois, esse mesmo Roberto Jefferson se exibiria armado em redes sociais e convocaria apoiadores a fazerem o mesmo, acabaria preso nesta sexta-feira 13.


Ele é suspeito de participar de uma organização criminosa para atentar contra a democracia.


A transmutação do ex-deputado é só uma de tantas deste ex-aliado do ex-presidente Lula que se tornou bolsonarista e que se associou ao lema "bandido bom é bandido morto" — mesmo sendo, ele próprio, réu confesso no caso do Mensalão.


O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, em evento em Curitiba em 26/02/2021 — Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo


De lá para cá, guinou a carreira política ao extremismo. Presidente nacional do PTB, partido trabalhista com herança varguista, passou a abrigar na sigla membros neointegralistas: os fascistas brasileiros.


"O partido se dissociou praticamente por completo de suas origens e se tornou um partido fisiológico", analisa Odilon Caldeira Neto, autor do livro "O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo".


O professor de História Contemporânea pela Universidade de Juiz de Fora estuda a história dos seguidores de Plínio Salgado, pai da Ação Integralista Brasileira (AIB), e sua evolução no tempo.


Odilon afirma que Roberto Jefferson aproveitou o espólio político de Levy Fidelix, ex-presidente do PRTB, sigla que abrigava células extremistas até a morte do cacique, em abril deste ano.


Jefferson, ele diz, passou a acenar a esses "grupelhos de veia anunciadamente golpista que giram em torno do bolsonarismo”. Depois, os próprios neointegralistas passaram a rondar o ex-deputado.


"A Frente Integralista Brasileira é a principal organização hoje, que tem algumas figuras com trânsito político mais efetivo. Entre eles, Paulo Fernando da Costa, que foi assessor especial da ministra Damares Alves (Direitos Humanos). É um neointegralista que atua muito próximo de lideranças políticas. Essa ida dele ao PTB significou uma via expressa do neointegralismo com o PTB", resume.


Minutos antes de ser preso, Roberto Jefferson foi às redes sociais e se despediu com uma saudação praticamente idêntica ao do integralismo:


"Deus. Pátria. Famí­lia. Vida. Liberdade."

Juntas e exatamente na mesma ordem, as três primeiras palavras formam o lema da Ação Integralista Brasileira (AIB).


Quem é Roberto Jefferson

Advogado de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, ele se tornou célebre na década de 1980 no programa "O Povo na TV", da extinta TVS — atual SBT.


O programa opunha Roberto Jefferson e Wagner Montes. Os dois acabariam deputados: o primeiro defendendo os direitos humanos; o segundo, o enfrentamento duro à criminalidade.



A primeira eleição à Câmara dos Deputados veio em 1983. Depois, foi reeleito outras seis vezes consecutivas.


Em meio ao mandato, no início dos anos 2000, passou por uma cirurgia bariátrica e perdeu 36 quilos. Foi à TV explicar o novo visual e a operação, cujas complicações fizeram os médicos chegarem a desenganá-lo.


Só em 2005 deixou o Congresso, ao ser cassado depois de delatar o esquema do Mensalão, do qual se beneficiou financeiramente.


Jefferson detalhara o esquema de compra de apoio político em favor de Lula, comandado por José Dirceu, então ministro da Casa Civil. O seu PTV fora um dos comprados.


Em 2012, mesmo ano em que descobriu um câncer no pâncreas, foi condenado a 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


A pena, atenuada pelo relator do caso, Joaquim Barbosa, começou a ser cumprida em 2014. No ano seguinte, foi liberado ao regime aberto graças a uma decisão da corte que hoje é o principal alvo de seus ataques: o Supremo Tribunal Federal (STF).


O despacho é assinado pelo inimigo número um dos bolsonaristas: ministro Luís Roberto Barroso.


Fonte: Octavio Guedes

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Criança pequena encontra arma e mata mãe com tiro na cabeça durante videoconferência de trabalho nos EUA

Uma criança pequena encontrou uma arma carregada dentro de casa e matou a mãe com um tiro na cabeça enquanto ela participava de uma reunião online de trabalho, na quarta-feira (11). Os colegas da mulher viram a cena ao vivo, segundo a polícia da Flórida, nos EUA.


A idade da criança não foi divulgada, mas a polícia se referiu a ela como “toddler”, termo em inglês usado para definir crianças entre os 12 e 36 meses.


Um dos participantes da videoconferência acionou o serviço de emergência após ver a criança no fundo e ouvir o som de um tiro, segundo a polícia de Altamonte Springs. A mulher, identificada como Shamaya Lynn, de 21 anos, caiu para trás e não retornou ao vídeo.


Mulher usa mira a laser de arma para brincar com gato e acerta tiro em amigo nos EUA

“Policiais e paramédicos fizeram o melhor que puderam para acudir a sra. Lynn, mas ela foi encontrada com um ferimento a bala na cabeça”, diz um comunicado da polícia.


As autoridades disseram que a arma claramente não estava guardada em um lugar seguro. Os investigadores trabalham em conjunto com o gabinete da Procuradoria do Condado de Seminole para determinar se serão apresentadas acusações contra alguém.


Fonte: G1

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Terremoto no Haiti deixa ao menos 29 mortos, segundo balanço preliminar

Ao menos 29 pessoas morreram no Haiti após o terremoto de magnitude 7,2 registrado neste sábado (14), segundo um balanço preliminar divulgado pela defesa civil do país. As cidades de Cayes e Jérémie, no sudoeste da ilha, foram as mais afetadas pelo tremor.


O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou estado de emergência por 30 dias. Henry lamentou as mortes e disse, em nota, que já mobilizou recursos do governo para dar apoio às vítimas.


"Meus sentimentos aos parentes das vítimas deste sismo que gerou tantas perdas de vidas humanas e materiais em vários departamentos [equivalente a estados] do país", escreveu Henry.


"Faço um apelo ao espírito de solidariedade e compromisso de todos os haitianos, a fim de nos unirmos para enfrentar esta situação dramática que vivemos", seguiu o mandatário. "A união faz a força."


Terremoto de magnitude 7,2 afeta Haiti. — Foto: Fernanda Garrafiel / Arte G1


O forte tremor pôde ser sentido também na República Dominicana, Cuba e Jamaica, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, da sigla em inglês).


Segundo a agência americana, não há mais riscos de tsunami na região. Mais cedo, as autoridades chegaram a emitir um alerta para maremotos, mas foi retirado.


O presidente norte-americano, Joe Biden, autorizou ajuda imediata ao Haiti e designou para a função Samantha Power, diretora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês).


O epicentro do terremoto foi identificado a 8 km da cidade de Petit Trou de Nippes (no oeste da ilha), a cerca de 150 km da capital Porto Príncipe, e a uma profundidade de 10 km.


Igreja destruida após terremoto no Haiti no sábado 14/08 — Foto: Associated Press

Igreja destruida após terremoto no Haiti no sábado 14/08. — Foto: Associated Press


Imagens que circulam em redes sociais mostram prédios, fachadas e marquises caídas em partes do país. Há relatos de destruição em ao menos duas cidades.


O país ainda tenta se recuperar do terremoto magnitude 7,0 que ocorreu na região da capital há 11 anos, deixando milhares de mortos e vários prédios destruídos.


Relatos de moradores

Naomi Verneus, uma moradora de Porto Príncipe, disse em entrevista à agência Associated Press que estava dormindo no momento do terremoto e que foi acordada com sua cama tremendo.


“Acordei e não tive nem tempo de calçar os sapatos", disse Verneus. "Vivemos o terremoto de 2010 e tudo o que pude fazer foi correr."


Em Cuba, onde o tremor também foi sentido, o morador de Guantánamo Daniel Ross contou à agência de notícias Reuters que os móveis da sua casa saíram do lugar.


"Todo mundo está realmente com medo", afirmou Ross. "Já se passaram anos desde que houve um terremoto tão grande assim."

As autoridades cubanas disseram que não há relatos de danos materiais, mortes ou feridos na ilha. Na Jamaica, os moradores também sentiram o terremoto.


"Eu senti, cara. Ele me acordou. Meu telhado até rangeu", disse Danny Bailey, que vive em Kingston.


Crise política e humanitária

O terremoto atinge o Haiti em um momento de forte crise política, que é anterior até mesmo à morte do presidente Jovenel Moïse em julho deste ano.


Moïse dissolveu o Parlamento e governava por decreto há mais de um ano, após o país não conseguir realizar eleições legislativas, e queria promover uma polêmica reforma constitucional.


Após o assassinato do presidente por um grupo de mercenários, um governo interino assumiu o controle do país até a realização de novas eleições.


A nação mais pobre das Américas tem um longo histórico de ditaduras e golpes de Estado.


Nos últimos meses, o Haiti enfrentava também uma crescente crise humanitária, com escassez de alimentos e aumento nas taxas de violência.


O PIB per capita do país é de US$ 1,6 mil por ano (cerca de R$ 8,5 mil), e cerca de 60% da população vive com menos de US$ 2 por dia (pouco mais de R$ 10).


O Haiti tem 11,3 milhões de habitantes, faz fronteira com a República Dominicana na ilha Hispaniola, no Caribe, e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.


Colonizado em 1492, após a chegada de Cristóvão Colombo à América, o Haiti foi o primeiro país do continente a conquistar a sua independência e a primeira república a ser liderada por negros, quando derrubou o domínio francês no começo do século XIX.


Tempestade se aproxima

As equipes de resgate devem correr contra o tempo por conta da aproximação da tempestade tropical Grace que deve tocar a ilha Hispaniola na segunda-feira (16).


A Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA, da sigla em inglês), prevê que a rota da tempestade passe pelo leste da ilha e há alerta de fortes ventos e chuvas para o Haiti.


Fonte: G1

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