terça-feira, julho 24, 2018

Ministério Público investiga gasto de deputados estaduais do RN com combustíveis

Parlamentares usaram combustível suficiente para dar 48 voltas à Terra (Foto: ALRN/Divulgação)
Parlamentares usaram combustível suficiente para dar 48 voltas à Terra (Foto: ALRN/Divulgação)

Quatro gabinetes de deputados estaduais se tornaram alvos de investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte desde o final da semana passada, conforme as edições do Diário Oficial publicadas na sexta-feira (20), no sábado (21) e nesta terça-feira (24). O foco dos inquéritos é o consumo de combustível dos mandatos, que é ressarcido pela Assembleia Legislativa.

As apurações do MP ocorrem após uma reportagem publicada pelo G1 em janeiro deste ano apontar que em 11 meses, ao longo de 2017, os 24 parlamentares usaram combustível suficiente para dar 48 voltas à Terra. Nesse período, mais de R$ 900 mil foram repassados aos gabinetes somente para despesas deste tipo. Na ocasião, todos os parlamentares que responderam aos questionamentos da reportagem negaram qualquer irregularidade.

Os quatro inquéritos foram abertos pela promotora Patrícia Antunes Martins, da 46ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, todos assinados na semana passada. As publicações, porém, ocorreram em dias diferentes. Na sexta-feira, foi oficializada a abertura de investigação contra o gabinete do deputado Nelter Queiroz (MDB).

No dia seguinte, o MP abriu inquérito para apurar os gastos dos gabinetes dos deputados Hermano Morais (MDB) e José Adécio (DEM). Já nesta terça-feira (24) foi a vez do gabinete da deputada Cristiane Dantas (PPL) entrar no rol. Os inquéritos apuram o consumo de combustível de 2015 a 2018. Cristiane e Adécio figuraram na lista dos 10 parlamentares que mais tiveram ressarcimento por gasto com combustível no período apurado pela reportagem.

Nas diligências iniciais, tanto a presidência da Casa, quanto os gabinetes deverão apresentar aos investigadores os documentos comprobatórios dos gastos e as justificativas de consumo.

Mas esses são apenas os primeiros de um total de 24 inquéritos que podem ser abertos pelas cinco promotorias do Patrimônio Público da capital. É que, após uma representação de ofício feita pela promotora e uma análise da Secretaria das Promotorias de Patrimônio Público, todos os casos de todos os gabinetes, que podem ser investigados, foram distribuídos proporcionalmente entre as promotorias.

“Encaminhei a reportagem com uma representação de ofício para que fosse feita uma investigação. Pode ter havido desvio de dinheiro público, mas isso ainda é uma tese. Ainda é preciso receber as informações solicitadas e será feita uma análise dos dados”, afirmou a promotora, em contato por telefone.

Ainda de acordo com Patrícia Antunes, caberá a cada promotor do patrimônio público decidir se deve ou não abrir inquérito para apurar o gasto, mas ela considerou que há necessidade de apuração. A promotora, que atualmente também atua na 19ª promotoria, em Mossoró, não soube informar se os gabinetes e a Assembleia já foi notificada. A assessoria da Assembleia informou que o Poder Legislativo ainda não foi notificado sobre os inquéritos e que irá se pronunciar após acesso aos questionamentos.

Em nota, o MP informou que “quanto a esses ICs não há outras informações a passar, pois foram instaurados semana passada”.

A deputada estadual Cristiane Dantas esclareceu que o gabinete dispõe de seis (06) veículos para o atendimento das atividades parlamentares. O gasto diário de combustível para o abastecimento dos veículos representa uma média, por dia, de R$147,00 , sendo R$24,50 para cada veículo, o que corresponde ao abastecimento de 5,7 litros por dia, aproximadamente. O ressarcimento é feito de acordo com o que rege a norma estabelecida pela Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Hermano Morais informou que todas as suas prestações de contas estão declaradas, auditadas e aprovadas. Esclareceu ainda que o consumo de combustível é compatível com o seu esforço permanente, como deputado municipalista, no sentido de assitir aos 156 municípios onde foi votado nas diversas regiões do RN, algo que pode ser facilmente comprovado.

Por telefone, o deputado Nélter Queiroz (MDB) afirmou que vê com tranquilidade a investigação e que vai prestar os esclarecimentos quando for notificado. O G1 não conseguiu contato com o deputado José Adécio.

Idas e voltas da lua
O combustível consumido pelos deputados também seria suficiente para duas viagens de ida e volta à Lua, e ainda sobraria. De janeiro a novembro de 2017, a Assembleia Legislativa pagou aos deputados estaduais R$ 900.289,28 em verba de ressarcimento para combustível. O valor seria suficiente para comprar 218,5 mil litros de gasolina comum, no período, ou rodar 1,9 milhão de quilômetros.

Seguindo essa lógica, cada deputado estadual gastou uma média de R$ 3.410,18, ou cerca de 813,8 litros de gasolina por mês. Considerando consumo médio de 9 quilômetros por litro, eles rodaram 7.324,2 quilômetros mensalmente, ou 244,14 quilômetros diários, de domingo a domingo.

Para fazer esse cálculo, o G1 levou em conta o preço de R$ 4,19 para o litro de gasolina comum. Esse foi o valor mais caro encontrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no estado, durante o levantamento feito para o relatório mensal de preços de novembro de 2017.

Também foi considerado o consumo médio de carros utilitários esportivos grande e picapes. Os utilitários mais econômicos chegam a rodar mais de 15 km com um litro. Entre as picapes, as que consomem menos fazem 11 km por litro, de acordo com levantamento do Auto Esporte, feito em julho do ano passado.

Apesar do aumento da gasolina ao longo do período, os maiores gastos foram registrados no primeiro mês do ano, em janeiro, quando os parlamentares estavam de férias. As atividades em plenário só voltaram no dia 2 de fevereiro. Em julho, os parlamentares tiveram mais 15 dias de recesso.

Por ano, cada deputado estadual potiguar pode gastar até R$ 54 mil com combustível. Por mês, além dos salários, os gabinetes recebem até R$ 32 mil como verba de ressarcimento, para gastos com gasolina, aluguel de veículo, contratação de consultorias, entre outros gastos.

Notas fiscais únicas
Outro caso curioso encontrado pelo G1 foi o uso de notas únicas, apresentadas mensalmente à Assembleia, pelos gabinetes, para justificar os gastos. Caso do deputado Souza Neto (PHS), por exemplo, que tem bases na região Oeste potiguar. Ao longo dos meses, todo o abastecimento de combustível dele foi feito por um único posto localizado no município de Areia Branca, distante 330 quilômetros da capital potiguar, segundo o IBGE.

Abastecer em apenas um posto de combustível também é costume do deputado Vivaldo Costa (Pros), que só apresentou notas do Posto Sabugi LTDA, localizado em Caicó, na região Seridó potiguar. Ao longo dos 11 meses, foram pagos R$47.390,80. Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), comprou R$49.064,72 à mesma fonte, ao longo do período: o Posto Ramalho, com razão social Francisco de Sales Dantas, em Macaíba.

Kelps Lima (SDD) abasteceu o ano inteiro no posto Transportes e Comércio Novo Horizonte LTDA, localizado na Zona Sul da capital potiguar. Márcia Maia (PSDB) abasteceu apenas no posto Luiz Flor e Filhos LTDA. No mesmo posto, Hermano Morais (MDB) abasteceu R$ 44.760,09.

MP investiga gasto de deputados estaduais com combustível (Foto: Divulgação/Ministério Público do RN)
MP investiga gasto de deputados estaduais com combustível (Foto: Divulgação/Ministério Público do RN)

Fonte: G1
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Sindicatos do RN chegam a perder mais de 50% de arrecadação com fim do imposto obrigatório

FOTO: RAFAEL NEDDERMEYER/FOTOS PÚBLICAS

O fim da obrigatoriedade do imposto sindical, instituído pela reforma trabalhista, afetou as finanças de muitos sindicatos no Rio Grande do Norte. A crise se instituiu, principalmente, nas entidades que representam trabalhadores do setor privado. No Sindicato dos Empregados em Supermercados (Sindsuper), por exemplo, a queda na receita pode ser de mais de 50% este ano.

“Antes da reforma trabalhista ser aprovada, a gente recebia, por ano, R$ 700 mil. Agora, do jeito que está se caírem R$ 300 mil este ano vai ser muito”, previu o presidente interino do Sindsuper, Tales Freitas.

Para compensar a queda na arrecadação, Freitas conta que “acordos com as empresas têm sido feitos para beneficiar os trabalhadores e, consequentemente, o sindicato”.

A antecipação do Sindsuper nas negociações patronais demonstra uma tentativa de evitar que o empregado negocie sozinho. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT) essa possibilidade, prevista na reforma, é pior do que o próprio fim da contribuição sindical.

“É que a autonomia do sindicato foi afetada. Uma coisa é todo mundo negociar melhorias e outra é o trabalhador fazer sozinho. Isso prejudica toda a classe”, argumentou a presidente da CUT no estado, Eliane Bandeira.

Para evitar que os sindicatos mergulhem mais fundo na crise, a CUT trabalha em iniciativas como o incentivo à sindicalização. Outra medida é a chamada taxa negocial que seria uma quantia a ser paga, de acordo com a presidente, “quando um sindicato conseguir, por exemplo, um aumento para determinada categoria. Aí todos os beneficiados, mesmo os não sindicalizados, contribuiriam com a entidade”.

Outra medida buscada pelos sindicatos é a prestação de serviços de importância relevante para o bem estar dos trabalhadores. Nisso, o Sindicato dos Técnicos Administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte foi um dos pioneiros. A entidade aboliu o imposto sindical antes mesmo da aprovação da reforma para buscar associados através da oferta de serviços garantidos por quem se junta ao órgão.

“Temos, por exemplo, uma carteira para associados que garante desconto em vários estabelecimentos comerciais. Nos cinemas, o abatimento chega até a 50%. Tem também a história do nosso plano de saúde, que o Ministério Púbico contestava, mas que conseguimos tornar lei na Assembleia Legislativa e, assim, garantir assistência aos associados”, destacou o presidente da entidade, Francisco Elineudo Melo.

Fonte: Portal no Ar
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Levantamento registra crescimento do turismo potiguar


O turismo no Rio Grande do Norte nunca enfrentou e venceu tantos obstáculos quanto nos últimos anos. A crise econômica nacional derrubou estatísticas do turismo Brasil afora. A crise no setor da segurança pública e matérias sobre o assunto, veiculadas em canais abertos de TV, prejudicaram a imagem do estado potiguar, sobretudo no início do ano. E o fechamento da pista no Aeroporto de Natal por um mês cortou em dois terços o número de turismo por dois meses em 2017. Ainda assim, os números apresentam crescimento continuado no turismo internacional e o primeiro semestre de 2018 mantém os índices positivos vistos nos últimos anos.

Dados oficiais do Sistema de Tráfego Internacional da Superintendência da Polícia Federal no RN atestam crescimento de 14,33% entre janeiro e junho de 2018 com relação ao mesmo período de 2017, sendo 14.837 turistas estrangeiros contra 12.977 no ano passado. Esses 1.860 turistas a mais no período representam uma injeção de pouco mais de R$ 4,5 milhões a mais na economia potiguar. O número também é maior que os 14.086 de 2016, com crescimento aproximado de 5,5%. Os argentinos permanecem preponderantes, seguido dos portugueses e italianos. O maior aumento percentual foi de visitantes do Reino Unido (45%) e da Noruega (52,5%).

Outro dado oficial, fornecido pelo Consórcio Inframérica, administradora do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, aponta crescimento de 9% no fluxo de passageiros internacionais. Foram 48.649 passageiros, entre janeiro e junho de 2018 contra 44.189 do mesmo período do ano passado. “São números expressivos, sobretudo se considerarmos os obstáculos enfrentados. Vale ressaltar que esses números, com certeza, são ainda maiores porque não computam quem imigra ao Rio Grande do Norte vindo de destinos como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, principalmente”, frisa o hoje empresário e secretário estadual de Turismo nos três primeiros anos da atual gestão, Ruy Gaspar.

2017 x 2016

Os sete primeiros meses de 2017 também foram de crescimento, se comparados ao mesmo período de 2016 no tocante ao fluxo geral do turismo, nacional e internacional. O saldo positivo foi de 8,4% ou 112.937 mil turistas a mais do que os primeiros sete meses de 2016, ainda segundo dados da Inframérica. Se contabilizar ainda o mês de agosto, o índice sobe para 10%. No mês seguinte houve a interdição da pista do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante pelo período de um mês, com estimativa de outro mês para readaptação da malha aérea. Ainda assim, aponta a Inframérica, ao fim do ano o crescimento no turismo potiguar foi de 6,5% se comparado os anos de 2017 e 2016.

Outro dado oficial, o Anuário Estatístico de Turismo 2018, com ano base 2017, também aponta crescimento de aproximadamente 3% do turismo potiguar até agosto de 2017, antes da interdição. Os números são equilibrados no comparativo desses dez primeiros meses do ano, entre 2017 e 2016. Mas, com a pista interditada, o número de 1.577 turistas em setembro de 2016 cai drasticamente para 685 em setembro de 2017. No mês seguinte, 2.578 em outubro de 2016 contra apenas 830 em outubro de 2017. Já em novembro, com a pista liberada e os voos adaptados, volta o equilíbrio com 3.540 em 2016 e 3.521 em 2017.

“Todos esses números oficiais atestam a eficiência e a aposta do Governo ao longo desses anos no setor turístico, mas que, em algum momento esbarrou em fatores externos e prejudicaram alguns índices, mas não o trabalho de divulgação e promoção consistente que trouxe o Rio Grande do Norte de volta à vitrine nacional e internacional. Afirmo com convicção que nunca, ou pelo menos nos últimos 15 anos, nosso Estado foi tão divulgado em sua história, com participação em feiras e eventos e também com realização de famtrips, presstrips, eventos culturais e campanhas promocionais em mídias especializadas e junto a companhias aéreas”, concluiu Ruy Gaspar.

Fonte: Portal no ar
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Ministério prorroga permanência da Força Nacional no RN por mais 180 dias

Equipes da Força Nacional vão permanecer no RN por mais 180 dias (Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi)
Equipes da Força Nacional vão permanecer no RN por mais 180 dias (Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi)

O Ministério da Segurança Pública (MSP) prorrogou as operações da Força Nacional no Rio Grande do Norte até 20 de janeiro de 2019. A portaria, assinada pelo ministro Raul Jungmann, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24). O adiamento também vale para Sergipe e Rio Grande do Sul.

De acordo com a portaria, a prorrogação atende aos pedidos dos governos dos três estados e vai acontecer por mais 180 dias. No estado, a Força Nacional atua em Natal e Mossoró, com cerca de 130 profissionais.

Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MSP), a Força Nacional de Segurança Pública é um programa de cooperação federativa de auxílio à segurança pública em qualquer ponto do país. Atualmente, a Força desenvolve operações em mais nove estados. O custeio da permanência das equipes é do MSP.

Reforço
Em dezembro do ano passado, homens e mulheres da Força Nacional chegaram ao estado para atuar no policiamento ostensivo, uma vez que policiais militares e bombeiros estavam em greve. Com a polícia fora, das ruas, houve vários casos e arrombamentos, arrastões e assaltos em Natal e cidades do interior do estado.

Antes mesmo desse reforço, o estado já contava com o apoio de pessoas da Força Nacional atuando na perícia, no policiamento ostensivo e nas investigações, em parceria com os órgãos de segurança estaduais.

Fonte: G1
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MP denuncia médico por propaganda eleitoral antecipada no RN

Posts relatam mutirões médicos que, segundo o MPE, eram feitos com o intuito de arrecadação de votos. No último, médico avisa que não participará mais dos atendimentos (Foto: Reprodução/Facebook)
Posts relatam mutirões médicos que, segundo o MPE, eram feitos com o intuito de arrecadação de votos. No último, médico avisa que não participará mais dos atendimentos (Foto: Reprodução/Facebook)

O Ministério Público Eleitoral denunciou um médico ortopedista por propaganda antecipada. Tiago de Medeiros Almeida é pré-candidato a deputado estudal pelo PSDB, e desde o ano passado promove mutirões médicos em diversos municípios potiguares, principalmente na região do Seridó.

Para o MPE, os mutirões possuem “nítidos fins eleitorais” e visam a arrecadação de votos. Na representação, foram anexadas imagens de redes sociais do pré-candidato, “repletas de propaganda eleitoral, utilizando-se das “hashtags” #DrTiagoAlmeida, #EuToComODoutor”, entre outras, todas com cunho político-eleitoral e associadas ao serviço de atendimento médico que ele promove.

Tiago Almeida já foi candidato a prefeito nas eleições de 2016, na cidade de Parelhas, mas não foi eleito. O médico afirmou que os mutirões, realizados através do Instituto Mais Saúde, estariam simplesmente suprindo as lacunas nas políticas públicas de assistência à população carente. “Todavia (…), trata-se de evidente ferramenta utilizada pelo pré-candidato para apresentar suas propostas, ideias e posicionamentos pessoais típicos de campanha”, afirmou o procurador regional eleitoral auxiliar Fernando Rocha.

Propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral será permitida somente após o dia 15 de agosto. A representação do Ministério Público Eleitoral destaca que, mesmo após essa data, a legislação proibiu a utilização de determinados meios de propaganda, como os “showmícios” e a publicidade por meio de outdoor, buscando preservar a igualdade de oportunidades entre os candidatos e evitar abuso de poder econômico.

“No caso dos autos, a realização de 'mutirões médicos' configura explícita propaganda eleitoral antecipada, o que afronta as normas eleitorais anteriormente reproduzidas”, afirmou o procurador, enfatizando a incoerência de se admitir que, durante a pré-campanha, o pré-candidato pudesse utilizar meios proibidos até mesmo dentro do prazo da propaganda eleitoral oficial.

O pedido do MP Eleitoral é para que Tiago de Medeiros seja condenado a pagar multa (prevista no art. 36, § 3º, da Lei nº 9.504/97) e a retirar a propaganda eleitoral da página de seu perfil pessoal nas redes sociais.

Fonte: G1
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Produtor diz que equipe de Elba Ramalho é vítima de golpe após doar R$ 18 mil a menina tratada pelo SUS

O produtor artístico Rodrigo de Farias Aguiar diz que a equipe da cantora Elba Ramalho foi vítima de um golpe aplicado pela mãe da menina Taylla Cristina Silva, de 9 anos, que supostamente pedia doações para cirurgias da filha que nunca ocorreram.

Aguiar acusa a dona de casa Taisa Almeida Borges de se aproveitar das doenças da garota – segundo ela, a menina sofre de cardiopatia complexa e escoliose grave – para realizar campanhas na internet e pedir a ajuda de artistas, como Elba.

A Polícia Civil investiga a suspeita de fraude em campanhas de arrecadação de dinheiro em nome de Taylla. O caso veio à tona depois que o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) divulgou nota afirmando que a garota é atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Fomos vítimas de um golpe, e um golpe que envolve uma criança que realmente passa por problemas de saúde. A mãe se aproveitou disso para se autobeneficiar. Lamentamos a situação porque nos dedicamos a ajudá-la. A Elba parou a agenda dela para fazer um show e mobilizar as pessoas e os amigos”, afirma.

Inicialmente, a mãe de Taylla negou ter feito campanhas em prol da filha e disse que recebeu doações apenas de um programa de televisão e de pessoas anônimas. Agora, reconhece o apoio de artistas, como a cantora Elba Ramalho, mas afirma que o dinheiro doado está guardado.

Arte do show beneficente realizado por Elba Ramalho em prol da menina Taylla e comprovante de depósito da renda do evento (Foto: Rodrigo Aguiar/Arquivo Pessoal)
Arte do show beneficente realizado por Elba Ramalho em prol da menina Taylla e comprovante de depósito da renda do evento (Foto: Rodrigo Aguiar/Arquivo Pessoal)

O produtor conta que entrou em contato com a família de Taylla pela primeira vez em janeiro desse ano, depois que Taisa passou a marcar a cantora Elba Ramalho em publicações em redes sociais na internet, sempre pedindo ajuda da cantora para o tratamento da filha.

“Ela pedia doação, dizendo que a filha só teria dois meses de vida, pois tinha um problema de escoliose e tinha uma bandagem no pulmão, e que teria que fazer uma cirurgia porque a coluna estava pressionando os órgãos. Se ela não tivesse essa ajuda, poderia morrer em dois meses”, relembra.

Aguiar afirma que Elba mobilizou amigos e conseguiu arrecadar R$ 3 mil em doações. Depois, em maio, a cantora promoveu um show beneficente, cuja bilheteria foi destinada à cirurgia de Taylla. O recibo do depósito feito na conta de Taisa aponta que R$ 18 mil foram doados.

“O nosso sentimento é de tristeza por uma situação em que a gente se esforçou ao máximo para ajudar e que, na verdade, não existia cirurgia nenhuma, e o SUS cobre todas essas cirurgias. Então, a gente também precisa prestar contas para as pessoas que a gente mobilizou e sensibilizou”, diz.

Conversas entre a mãe da menina Taylla e o produtor Rodrigo Aguiar: primeira tela em 16 de julho e as outras duas em 20 de julho (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Conversas entre a mãe da menina Taylla e o produtor Rodrigo Aguiar: primeira tela em 16 de julho e as outras duas em 20 de julho (Foto: Reprodução/WhatsApp)

O produtor destaca que, em nenhum momento, Taisa explicou que usaria as doações para pagar alimentação ou medicamentos de Taylla, mas afirmava que seriam destinadas ao pagamento da cirurgia de correção de coluna da filha, avaliada em R$ 180 mil.

Assim como fez com uma publicitária de São Paulo, que também ajudava a família, Taisa disse ao produtor de Elba que a filha havia sido submetida a uma cirurgia no coração no HC-RP, e ficou entubada. O hospital nega o procedimento.

“Eu pedi que ela me desse alguma informação, para que eu acreditasse no que ela estava falando e daria até o outro dia para que me passasse um documento oficial de que realmente tinha acontecido [a cirurgia]. No outro dia, ela me bloqueou no WhatsApp e cancelou a conta no Instagram”, afirma Aguiar.

Aguiar reconhece que Taylla enfrenta um problema grave de saúde, mas diz que o caso está controlado e que as cirurgias necessárias são oferecidas pelo SUS. Para o produtor, a família da menina realizou campanhas para arrecadar dinheiro de forma indevida.

“A gente quer que a polícia investigue e que a gente tenha respostas concretas, para que isso não volte a acontecer, já que tiveram vários artistas, várias pessoas envolvidas. A gente se sente um pouco lesado. Isso faz a gente se tornar desacreditado”, conclui.

Postagem pede doações para cirurgia de Taylla Cristina Silva, de 9 anos (Foto: Reprodução/Facebook)
Postagem pede doações para cirurgia de Taylla Cristina Silva, de 9 anos (Foto: Reprodução/Facebook)

Justificativa
Mãe da garota, Taisa Almeida Borges nega ter usado de forma indevida o dinheiro que recebeu a partir de doações para a filha. A dona de casa diz que parte da quantia está guardada para ser usada na cirurgia de correção da coluna no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR).

"O dinheiro está em conta. Eu usei, sim. Eu uso para casa, porque a Taylla precisa de alimentação, eu tenho que comprar medicamento. Então, o dinheiro é usado para ela dentro de casa, sim", afirma.

Taisa registrou um boletim de ocorrência por estelionato em Franca (SP), onde a família mora, alegando que outras pessoas estão usando o nome de Taylla em "vaquinhas virtuais". O caso está sendo investigado pelo 5º Distrito Policial da cidade.

"Depois de tudo isso, que saiu essa reportagem na televisão, eu fui buscar na internet e vi que tinha vaquinha no Rio de Janeiro, em Uberaba e fiz um boletim de ocorrência. Essas contas eu não reconheço. A conta da Caixa e do Bradesco são nossas, e tem dinheiro lá", finaliza.

Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/G1/Arquivo)
Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/G1/Arquivo)

Hospital nega cirurgia
Procurada pelo G1, a assessoria do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, informou que Taylla não é paciente de nenhum médico da instituição - tanto pelo SUS, como convênio e particular - e também não passou por consulta no local.

Ainda segundo a assessoria, os custos com uma cirurgia ortopédica desta complexidade superam os R$ 180 mil citados pela mãe de Taylla, uma vez que há compra de materiais cirúrgicos e a necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo.

Hospital Pequeno Prínicpe em Curitiba (Foto: Divulgação)
Hospital Pequeno Prínicpe em Curitiba (Foto: Divulgação)

Fonte: G1
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Petrobrás vai gerar energia eólica no mar a partir do RN


Inédita no Brasil, a geração de energia eólica no mar começa a dar seus primeiros passos no País pelas mãos da Petrobrás. O negócio promete ser tão bem sucedido quanto a geração eólica em terra, disse o diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da estatal, Nelson Silva. A licitação para a instalação de uma planta-piloto da empresa no Rio Grande do Norte será feita ainda este ano, revelou o executivo, que aguarda o licenciamento do projeto no Ibama para iniciar o processo.

A ideia é instalar torres de geração eólica, ou aerogeradores no jargão do setor, ao lado de plataformas em campos rasos do Nordeste, região brasileira com maior potencial para gerar energia a partir do vento. “A vantagem no offshore (no mar) é que se espera um fator de capacidade maior do que em terra”, explicou Silva. A previsão é que a planta-piloto comece a funcionar em 2022.

O fator de capacidade do Brasil, índice que mede o grau de aproveitamento dos aerogeradores para produzir energia eólica, é um dos maiores do mundo. Em janeiro, complexo eólico no Ceará, de propriedade da Echoenergia teve média do fator de capacidade superior a 60% ante 25% da média mundial. A vantagem da geração no mar, dizem especialistas, é que os aerogeradores, ou turbinas eólicas, podem ter capacidade maior do que os instalados em terra.

O Brasil começou a gerar energia eólica em 2005 – pouco menos do que 30 megawatts (MW). Em 2009, quando ocorreu o primeiro leilão do governo incluindo a oferta de empreendimentos eólicos, o Brasil gerava 600 MW. Hoje, essa geração ultrapassa os 13 mil MW e, somente com os leilões já realizados, deve atingir 17,8 mil MW em 2023. Atualmente, a geração eólica abastece 10% da população brasileira, ou 22 milhões de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Segundo o Ibama, a Petrobrás entrou com o pedido de licença ambiental para a planta-piloto de geração eólica offshore em maio e o órgão já emitiu o Termo de Referência para que a empresa elabore o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para obter autorização. Pelo fato de já ter um equipamento no campo (plataforma), o Ibama já possui estudo ambiental do local, informou o órgão.

Se o projeto se mostrar economicamente viável, a expectativa do diretor da Petrobrás é de que seja a primeira de uma série de unidades que irão comercializar energia elétrica no mercado brasileiro a partir da geração eólica no mar. Para acelerar os investimentos, a estatal busca a parceria de empresas com experiência no segmento, como a francesa Total e a norueguesa Equinor (ex-Statoil).

“Vamos utilizar a experiência dessas empresas e os próprios dados que temos das medições das plataformas no Nordeste e da geologia do local, da medição de ventos e das marés”, explicou Silva. Segundo ele, a Petrobrás já está mais forte financeiramente e pode começar a olhar projetos de mais longo prazo e a investir em energia renovável.

Fonte: Estadão
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Cientistas afirmam que Lua foi habitável há 4 bilhões de anos

FOTO: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Um grupo de pesquisadores determinou que as condições na superfície da Lua foram suficientes para suportar formas de vida simples há 4 bilhões de anos, segundo um estudo publicado nessa segunda-feira (23) pela revista especializada Astrobiology.

Além disso, os cientistas concluíram que houve outro período de habitabilidade há 3,5 bilhões de anos durante um pico na atividade vulcânica da Lua.

Durante as duas épocas, o autor principal, Dirk Schulze-Makuch, astrobiólogo da Universidade Estadual de Washington, comprovou que a Lua liberou grandes quantidades de gases voláteis superaquecidos, incluindo vapor de água, desde o seu interior.

Esta desgaseificação, de acordo com os pesquisadores, poderia ter formado poças de água líquida na superfície lunar e uma atmosfera densa o suficiente para mantê-la lá durante milhões de anos.

“Se água líquida e uma atmosfera significativa estiveram presentes na Lua durante longos períodos de tempo, acreditamos que a superfície lunar teria sido pelo menos transitoriamente habitável”, explicou o cientista.

O trabalho de Schulze-Makuch e Ian Crawford, da Universidade de Londres, se baseia nos resultados de missões espaciais recentes e na análise de mostras de rocha lunar e solo que comprovam que a Lua não é “tão seca” como se pensava anteriormente.

Gelo na Lua

Em 2009 e 2010, uma equipe internacional de cientistas descobriu centenas de milhões de toneladas de gelo na Lua. Além disso, existe evidência de uma grande quantidade de água no manto lunar que, acredita-se, se depositou em uma etapa muito prematura.

Também é provável que o satélite natural da Terra tenha sido protegido nesse período por um campo magnético capaz de defender formas de vida na superfície dos “ventos solares mortais”, de acordo com os autores.

Schulze-Makuch explicou, além disso, que a vida na Lua pode ter se originada em grande parte como ocorreu na Terra, mas o cenário mais provável é que tenha sido provocada por um meteorito.

A evidência mais antiga de vida na Terra provém de cianobactérias fossilizadas que têm entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos. Durante esse tempo, o sistema solar foi dominado por impactos de meteoritos frequentes e gigantes.

“É possível que meteoritos que continham organismos simples como as cianobactérias tenham sido expulsos da superfície da Terra e chegado à Lua”, descreveram os cientistas.

Schulze-Makuch reconheceu, no entanto, que determinar se a vida surgiu na Lua ou foi transportada de outro lugar é algo que “só pode ser abordado mediante um programa agressivo futuro de exploração lunar”.

Uma linha de investigação promissora para qualquer futura missão espacial seria obter mostras de depósitos do período de maior atividade vulcânica para ver se contêm água ou outros possíveis marcadores de vida.

Além disso, seria possível fazer experiências em entornos lunares simulados na Terra e na Estação Espacial Internacional para ver se os micro-organismos podem sobreviver nas condições ambientais que os cientistas acreditam que existiram na Lua

Fonte; Agência Brasil
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Frota de veículos cresceu 4,6% no RN


Um estudo realizado pelo setor de Estatística do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) aponta que a frota de veículos do Estado cresceu 4,6% durante o ano de 2017. Os dados mostram que a variação de crescimento foi ainda maior nos municípios do interior, registrando uma ampliação de 5,4% e na capital de 3,1%.

Em números absolutos, entraram em circulação na frota estadual 43.372 novos automóveis. Desse total, 25.874 veículos foram destinados aos municípios do interior, enquanto 17.498 ficaram na capital potiguar. O Rio Grande do Norte finalizou o ano de 2017 com a marca de 1.235.046 veículos cadastrados em atividade de circulação.

O relatório analisa também a idade da frota estadual em atividade. Os números indicam que 78% dos automóveis foram fabricados entre os anos de 2001 a 2017; 19,7% entre as datas de 1981 e 2000; e 2,2% no período de 1927 a 1980. Os veículos com até 10 anos de fabricação correspondem a 65,1%, o que para os técnicos do setor de Estatística do Detran, aponta para uma frota relativamente nova.

Um dado importante catalogado no documento estatístico foi índice de motorização, que leva em consideração a conexão da quantidade populacional do Estado e o número de veículos em circulação. Nessa situação, o Rio Grande do Norte saiu em 2011 de uma relação de 251 veículos para a cada mil habitantes para o de 352 automóveis por milhar de habitantes, registrado no ano de 2017. Um crescimento de 40% em seis anos.

Para o diretor-geral do Detran, Eduardo Machado, o relatório vem subsidiar o planejamento de ações que devem ser empregadas no Rio Grande do Norte, principalmente as relacionadas a políticas públicas de tráfego visando a consolidação de um trânsito seguro e com mobilidade. “O Detran exerce um papel importante na segurança viária e os números servem para reforçarmos as ações de educação e fiscalização de trânsito, como também atuar com mais eficiência no tocante a sinalização viária de modo a garantir a segurança de todos que participam do trânsito”, comentou.

Atualmente o Rio Grande do Norte conta com uma frota de 1.263.240 veículos, estando Natal em primeiro lugar com 400.910 (31,74%) e logo em seguida Mossoró com 158.945 (12,58%).

Fonte: Portal no Ar
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