quarta-feira, julho 07, 2021

PF cumpre mandados no RN e mais 3 estados contra organização criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas

A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quarta-feira (7) para cumprir seis mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa que seria responsável por lavar dinheiro originado no tráfico de drogas.


Operação da Polícia Federal cumpriu mandados no Rio Grande do Norte e mais três estados. — Foto: PF/Cedida


Os mandados expedidos pela Justiça Federal em Natal dentro da Operação Terra do Sol II estão sendo cumpridos em Parnamirim, na região metropolitana da capital potiguar, além de Rio Branco, Teresina e Curitiba.


Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2018 quando um homem que mora em Natal tentou depositar R$ 48 mil para uma conta de uma agência bancária no Acre. No momento em que o funcionário do banco solicitou o documento de identidade e passou a analisar o RG fornecido, o depositante fugiu do local deixando o dinheiro no balcão do caixa.


Após análise financeira feita pelo Ministério Público Federal (MPF), os investigadores descobriram que o depósito era, na verdade, uma movimentação financeira de um grupo de traficantes e de supostos lavadores de dinheiro envolvidos na rota de tráfico entre o Acre e o Rio Grande do Norte.


Ainda de acordo com as investigações, a organização criminosa teria movimentado cifras superiores a R$ 1,5 milhão em suas contas.



Aproximadamente 50 policiais federais cumprem os mandados nesta quarta (7). Além disso, medidas de sequestro de contas e bens também estão sendo realizadas.


Fonte: g1

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RN registra 347.974 casos confirmados e 6.870 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte registra 347.974 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. Além disso, 6.870 pessoas morreram vítimas da doença no estado neste período. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e foram atualizados nesta quarta-feira (7). Outros 1.441 óbitos estão sob investigação.


Em comparação com o boletim da terça-feira (6), são 726 casos a mais e 17 novas mortes confirmadas.

Das mortes registradas, 11 aconteceram nas últimas 24h - Natal (6), Jucurutu (1), Major Sales (1), Alexandria (1), Pendências (1) e Currais Novos (1).


O RN tem ainda 164.539 casos suspeitos e 656.191 casos descartados de Covid.


O número de pessoas internadas pela Covid no estado caiu mais uma vez de 507 para 492 - sendo 364 na rede pública e 128 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap).


Com 226 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 55,3% na rede pública; com 80 internados, a rede privada tem 52,2% de ocupação.


Análise de sequenciamento genético em testes de Covid — Foto: Jéssica Natal/UEPG

Números do coronavírus no RN

347.974 casos confirmados

6.870 mortes

164.539 casos suspeitos

656.191 casos descartados


Fonte: G1

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Justiça suspende vacinação contra Covid de trabalhadores da imprensa e do Sistema Único de Assistência Social

A Justiça do Rio Grande do Norte suspendeu a vacinação contra a Covid-19 de profissionais da imprensa e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no estado.


Justiça suspende vacinação contra Covid de trabalhadores da imprensa e do Sistema Único de Assistência Social — Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi


A decisão é do juiz Cicero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, e atende ao pedido feito pelo Ministério Público Estadual e Defensoria Pública.


Na ação, o MP e a Defensoria pedem que seja cumprida a decisão judicial de abril deste ano que determina que estado e município não priorizem grupos que não estão previstos no Plano Nacional de Imunização.


A governadora Fátima Bezerra e o secretário de Saúde, Cipriano Maia, foram intimados para que "se abstenham de distribuir aos municípios do estado doses dos imunizantes contra a Covid-19 com a finalidade de operacionalização da vacinação dos trabalhadores da imprensa e assim como incluir novos grupos prioritários na campanha de vacinação contra a Covid, sem autorização expressa do Ministério da Saúde, considerando a necessidade de avaliação de critérios técnicos-científicos, epidemiológicos e índices de vulnerabilidade social, e considerando que a reserva técnica se destina sempre ao grupo prioritário que se encontra em fase de imunização, seja para reposição de perdas técnicas e operacionais, seja para completude do esquema vacinal".


Na decisão, o juiz Cícero Martins observou que o pedido diz respeito ao cumprimento da decisão judicial de abril, da juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz, e que não há nenhuma informação que a referida decisão tenha sido suspensa ou modificada pela superior instância. "Desse modo, permanecem os seus efeitos, cabendo a este juízo neste momento, tão somente determinar a intimação das autoridades mencionadas para que cumpram a mencionada decisão como hora se requer".


O magistrado ressaltou que "essa é a segunda vez que os autores da presente ação pedem que a decisão já referida seja cumprida pelas autoridades mencionadas".


A Governadora Fátima Bezerra anunciou a inclusão de profissionais da imprensa e do SUAS no calendário de vacinação contra a Covid-19 no dia 2 de julho. A inclusão foi aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A imunização dos trabalhadores do SUAS já começou, mas a dos trabalhadores da imprensa não chegou a ser iniciada.


Fonte: G1

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Após novo reajuste, litro da gasolina chega a R$ 6,49 em Natal

O litro da gasolina comum chegou a R$ 6,49 na tarde desta quarta-feira (7) na região metropolitana de Natal. O valor final do combustível teve um aumento de R$ 0,28 com relação ao valor cobrado anteriormente.


Após novo reajuste, litro da gasolina chega a R$ 6,49 em Natal — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi


Na segunda-feira (5), a Petrobras anunciou um reajuste de R$ R$ 0,16 no preço do litro de gasolina na refinaria. Também foi anunciado um aumento de 3,7% no valor do Etanol, passando a custar R$ 2,81 na refinaria.


O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.


Terceira gasolina mais cara do Brasil

Uma pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 27 de junho e 3 de julho revelou que o Rio Grande do Norte tem a terceira gasolina mais cara do país, ficando atrás apenas do Acre e do Rio de Janeiro. Durante o levantamento, o valor médio era de R$ 6,21 por litro no RN. No Acre, a média cobrada era de R$ 6,37, e no Rio de Janeiro, R$ 6,26.


Fonte: G1

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CPI da Arena das Dunas é retomada e Isolda Dantas (PT) fica com relatoria na Assembleia do RN

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar o contrato firmado entre o Governo do Rio Grande do Norte e a Arena das Dunas, construída para a Copa do Mundo de 2014 em Natal, foi retomada na tarde desta terça-feira (6), após mais de um ano paralisada.


Membros da CPI da Arena das Dunas participam de primeira reunião após retomada em 2020 e escolhem Isolda Dantas como relatora. — Foto: Assembleia do RN/Divulgação


Os parlamentares membros indicaram a relatoria do grupo, que ficará a cargo da deputada Isolda Dantas (PT).


Presidente da CPI, eleito pelo grupo em 2020, o deputado Coronel Azevedo (PSC) ressaltou que os apontamentos realizados pela Controladoria Geral do Estado estimaram a possibilidade de prejuízos de até R$ 421 milhões no contrato, e que os deputados vão trabalhar para buscar o esclarecimento sobre dúvidas.


"A abertura dos trabalhos para apurar possíveis irregularidades a construção e aplicação de recursos na Arena das Dunas é um marco para a sociedade potiguar. Uma série de porquês de interesse da sociedade não foram respondidos. A iniciativa do Poder Legislativo já gerou importantes desdobramentos, como a abertura por parte do Ministério Público, após a abertura da CPI, de inquérito civil público para apurar o contrato da Arena com o Governo", disse.


Relatora da comissão, Isolda Dantas afirmou que não haverá foco em disputa política, seja com políticos que têm ou que tiveram mandatos. "Não vamos transformar esse espaço em eleitoreiro ou de política vingativa. Vamos buscar as respostas que a sociedade norte-riograndense precisa", declarou.



Também são membros da CPI o deputado Tomba Farias (PSDB), que assumiu a vice-presidência, Kléber Rodrigues (PL) e Subtenente Eliabe (Solidariedade).


Isolda e Eliabe entraram na comissão já em 2021, substituindo os ex-deputados Sandro Pimentel (Psol) e Allyson Bezerra (Solidariedade), respectivamente. Sandro teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, enquando Allyson foi eleito prefeito de Mossoró e deixou o mandato para assumir o cargo no poder Executivo.


Instalação

O pedido para instalação da CPI da Arena das Dunas foi aprovado em maio do ano passado e o grupo foi instalado, mas o trabalho foi suspenso por causa da pandemia, de acordo com os deputados.


A investigação foi retomada após aprovação de um requerimento do deputado Kelps Lima, em 23 de junho deste ano, quando a Assembleia discutia a abertura da CPI da Covid no estado.


A CPI, que foi proposta pelo ex-deputado Sandro Pimentel, vai se debruçar sobre um relatório da Controladoria Geral do Estado que apontou que o governo potiguar teria desembolsado quase R$ 110 milhões a mais do que deveria ter sido pago ao Consórcio Arena das Dunas até maio de 2020, no contrato para gestão do estádio.


O prejuízo total até o fim do contrato poderia chegar as R$ 421 milhões, ainda de acordo com o relatório da Control.


O Consórcio Arena das Dunas Concessão e Eventos S/A tem contestado o relatório da Controladoria e apontou entendimentos controversos ao estabelecido no regramento da Parceria Público Privada (PPP).


As reuniões da CPI vão ocorrer, inicialmente, às terças-feiras, de maneira híbrida. Ainda não há a confirmação sobre depoimentos e o primeiro passo a ser dado, de acordo com a relatora Isolda Dantas, é a composição do corpo técnico que auxiliará os trabalhos da comissão.


Fonte: G1

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Solicitações de leitos de UTI para Covid caem 74% em 40 dias no RN

Em cerca de 40 dias, o número de solicitações de leitos de UTI para Covid-19 caiu 74% no Rio Grande do Norte. Os dados são do sistema Regula RN, usado na administração dos leitos públicos.


Gráfico mostra redução das solicitações de leitos Covid-19 no RN nos últimos 40 dias — Foto: Regula RN


O estado chegou ao pico de solicitações no dia 26 de maio, quando o sistema de saúde abriu pedidos para internação de 156 pacientes em um único dia. Naquele período, havia fila de espera por leitos na rede pública.


Nesta terça-feira (6), o estado registrou apenas 40 pedidos - média vista pela última vez, no estado, em janeiro deste ano. Na manhã desta quarta-feira (7), o estado tinha mais de 170 vagas disponíveis e a taxa de ocupação de leitos era de 55,9%. A taxa de ocupação atual é a menor do ano.


Porém, o número de solicitações ainda é maior que em outros períodos, como novembro de 2020, quando o estado chegou a registrar apenas 20 solicitações.


Com a redução dos índices da pandemia desde o fim do último mês de junho, o estado ampliou a flexibilização das medidas de prevenção à Covid-19 e suspendeu o toque de recolher no estado.


As autoridades do estado atribuíram a melhora do quadro à vacinação da população. "Até o momento, foram aplicadas 1.684.086 doses das vacinas contra a covid-19", informou o governo, ao divulgar as novas medidas. Mais de 400 mil pessoas já tomaram as duas doses de vacinas e são consideradas totalmente imunizadas.


A população do estado é estimada em cerca de 3,5 milhão de pessoas.


RN tem taxa de ocupação de 55,9% nos leitos Covid. — Foto: Sandro Menezes


Fonte: G1

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Médicos de cooperativa retomam cirurgias eletivas no RN após governo pagar dívida de 2020

Médicos cooperados suspenderam uma paralisação iniciada na última quinta-feira (1º) e decidiram retomar a realização de cirurgias de média e alta complexidade contratadas pelo governo do Rio Grande do Norte.


Cirurgias eletivas serão retomadas no RN — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde


A decisão foi tomada após pagamento de parte dívidas do governo com as cooperativas, desde 2020, e a elaboração de um pagamento dos serviços já faturados em 2021. Os valores envolvidos não foram divulgados.


O comunicado sobre a suspensão da paralisação foi enviado pela Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed) aos profissionais ainda nesta terça-feira (6).


Os médicos ligados à cooperativa atendem em unidades como o Hospital Walfredo Gurgel, o Hospital Memorial e a Liga Contra o Câncer, de acordo com a Coopmed.


Em nota, a Secretaria de Saúde Pública afirmou que pagou o débito com cooperativas de médicos e de anestesistas nesta terça-feira (6), para viabilizar o retorno das cirurgias eletivas.


"O pagamento cumpre o acordo feito em reunião na sexta-feira (2), com representantes das cooperativas. Na ocasião, foi acertado o pagamento dos anestesistas e outros profissionais para que as categorias continuem os serviços cirúrgicos no estado, evitando assim o prejuízo para a população", afirmou a pasta.


Segundo a Cooperativa, foi pago valor referente a novembro de 2020 e o governo marcou data para o pagamento de dezembro de 2020.


Fonte: G1

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Sindicato diz que professores só retomam aulas presenciais após 2ª dose da vacina contra Covid

O retorno das aulas presenciais nas escolas públicas estaduais e municipais chegou a um impasse: após as datas serem anunciadas, o sindicato anunciou que os professores só voltam ao trabalho presencial após todos tomarem a segunda dose da vacina contra a Covid-19.


Sindicato diz que professores só retomam aulas presenciais após segunda dose da vacina contra Covid — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


As aulas presenciais da rede pública do Rio Grande do Norte estão suspensas desde o dia 17 de março de 2020, por causa da pandemia da Covid-19.


A Secretaria Estadual de Educação definiu o retorno das aulas presenciais para 19 de julho. Já no município de Natal a retomada das aulas presenciais está marcada para o dia 14.


O Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública (Sinte), no entanto, fez uma assembleia nesta terça-feira (6) e avaliou que ainda não é a hora do retorno presencial neste momento da pandemia, sem que os professores e profissionais que atuam nas escolas, tenham recebido a segunda dose da vacina.


“Realizamos uma grande assembleia e esperamos que haja negociação com relação à imunização dos professores e dos funcionários. O que significa dizer vacina, da primeira dose, da segunda dose, e o tempo para se imunizar”, disse Fátima Cardoso, coordenadora do Sinte-RN.


A vacinação dos profissionais da educação começou no dia 4 de junho na capital potiguar. A maioria dos professores tomou a primeira dose na Escola Estadual Berilo Wanderley, em Natal, mas a escola ainda prepara os protocolos sanitários para a volta dos mais de 900 estudantes matriculados. Foram instalados cartazes, pias com água e sabão e sinalização.


"Por mais que nós estejamos minimamente já preparados pra receber essa demanda de alunos, nós estamos falando de praticamente 900 alunos que estarão retornando à sala de aula e sem as informações oficiais vindas da secretaria", disse a coordenadora pedagógica da Escola Estadual Berilo Wanderley, Angélica Leal.


Fonte: G1

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Brasil registra média móvel de mortes por Covid abaixo de 1,5 mil pela 1ª vez em 4 meses



O Brasil registrou 1.595 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta quarta-feira (7) 528.611 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.481 --o primeiro registro abaixo de 1,5 mil desde o dia 7 de março (há 122 dias). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -21% e aponta tendência de queda. É o 11º dia seguido de queda nesse comparativo.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quarta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Quinta (1°): 1.558

Sexta (2): 1.542

Sábado (3): 1.554

Domingo (4): 1.562

Segunda (5): 1.575

Terça (6): 1.557

Quarta (7): 1.481

De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel de mortes acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.


Apenas o Acre apresenta tendência de alta nas mortes. Temos oito estados em estabilidade; DF e outros 17 apontam queda no comparativo com 14 dias atrás.


Em casos confirmados, desde o começo da pandemia, 18.908.962 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 54.156 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 49.971 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -35% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica tendência de queda também nos diagnósticos.


Em seu pior momento, a curva da média de diagnósticos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho.


Fonte: G1

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ButanVac: Anvisa autoriza início da aplicação em voluntários na USP de Ribeirão Preto, SP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (7), o início dos testes clínicos em humanos da ButanVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, no Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto (SP).


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Doses da ButanVac devem começar a ser aplicadas em voluntários a partir desta sexta-feira (9) — Foto: Getty Images/Via BBC


A pesquisa clínica de fase 1 e 2 está dividida em três etapas (A, B e C). Segundo a Anvisa, a autorização se refere apenas à Etapa A, que vai envolver 418 voluntários selecionados entre as pessoas que se inscreverem pela internet. Nesta fase, o objetivo é avaliar a segurança e quantidade ideal de dose a ser aplicada.


A vacina será aplicada com duas doses, em um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda, a partir desta sexta-feira (9). De acordo com a Anvisa, as fases clínicas 1 e 2 devem envolver, ao todo, seis mil voluntários com 18 anos ou mais.


Segundo o Instituto Butantan, a previsão é de que a pesquisa dure 17 semanas, mas o prazo pode ser alterado já que o avanço para a próxima etapa está condicionado à conclusão da fase anterior e análise dos dados.


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Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/EPTV


Próximas etapas

Dando continuidade à pesquisa, as etapas B e C do estudo têm como objetivo avaliar a resposta imune de mais de 5 mil voluntários. Nelas, será feita a comparação entre o desempenho da nova vacina do Butantan contra a Covid-19 e outras vacinas que estão em uso e já têm dados publicados, como a CoronaVac.


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Pedido de aprovação do uso do imunizante à Anvisa poderá ser feito ao fim da fase 3 — Foto: ANTONIO MOLINA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


Como é feita a ButanVac

A ButanVac é a primeira vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil sem que seja necessária a importação de matéria-prima.


Os insumos básicos são ovos de galinha, frascos e embalagens, os mesmos usados para fazer a vacina da gripe. Estima-se que cada ovo tenha material suficiente para produzir duas doses de vacina.


Em cada ovo é injetada uma pequena quantidade do vírus da "doença de Newcastle", um mal aviário inofensivo em humanos geneticamente modificado para receber a estrutura do coronavírus e estimular a produção de anticorpos contra a Covid-19 no organismo humano.


A técnica, em tese, permitiria a produção de vacinas ainda mais eficazes contra novas variantes, uma vez que se pode escolher de qual cepa será retirada a proteína do vírus.


O trabalho com os ovos também permitiria a independência de importação de insumos da Índia e da China, barateando e acelerando a produção de um imunizante.


Fonte: G1

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Menina agredida a pauladas por vizinho em Itatiba do Sul tem intubação e sedativos retirados

A menina de 10 anos agredida a pauladas pelo vizinho em Itatiba do Sul teve a intubação e os sedativos retirados nesta quarta-feira (7). Ela está internada na UTI do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.


Ela foi agredida repentinamente pelo vizinho quando andava de bicicleta na rua. A polícia ainda não identificou o motivo do ataque, mas informou que o suspeito tem "histórico de violência". Uma idosa que tentou ajudar a menina também foi agredida por ele. (Leia mais abaixo)


Segundo a mãe da menina, os médicos querem ver como a menina reage sem os tubos e a medicação enquanto aguarda por uma cirurgia.


"Ela vai precisar fazer a cirurgia. Como ela fraturou o crânio, estava perdendo o líquido do cérebro, mas ainda não tem previsão", afirma.

Ela segue internada na UTI e o estado é considerado grave. Por meio de nota, o hospital afirma que "ela apresentou uma melhora do quadro nas últimas 24h, mas inspira cuidados." (Leia abaixo o boletim completo)


Ao G1, a família informou que a cirurgia da criança ainda não foi marcada porque a menina está apresentando febre.


"Os médicos estão investigando para ver o motivo dessa febre. No momento que ela melhorar bem, ela vai fazer a cirurgia", conta a mãe.


Menina, de 10 anos, foi agredida enquanto andava de bicicleta em Itatiba do Sul — Foto: Arquivo pessoal


Fonte: G1

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Fazendeiro vira réu por ajudar Lázaro a fugir de força-tarefa em Cocalzinho de Goiás

O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, se tornou réu por ajudar Lázaro Barbosa a fugir da força-tarefa que tentava capturá-lo e por posse ilegal de arma. Já o processo contra o caseiro Alain Reis foi arquivado. Lázaro era suspeito de matar uma família em Ceilândia e morreu em confronto com policiais em Águas Lindas de Goiás, após ser procurado por 20 dias seguidos.


O G1 entrou em contato por mensagem às 10h05 desta quarta-feira (7) com a defesa do fazendeiro e aguarda retorno.


Elmi e o caseiro foram presos no dia 24 de junho em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. Segundo a polícia, o fazendeiro teria proibido que a força-tarefa entrasse em sua propriedade para fazer buscas pelo fugitivo. Ele ficou em silêncio ao ser interrogado na delegacia. Ele segue preso até esta quarta-feira (7).


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Fazendeiro Elmi Caetano, em conversa com o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda — Foto: Wesley Costa/O Popular


Já o funcionário disse que o patrão ajudava Lázaro, dando abrigo e comida a ele. Alain contou que não denunciou nada à polícia por ter sido ameaçado pelo foragido. Ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte à prisão.



O Ministério Público denunciou o fazendeiro no dia 30. Ao tornar o fazendeiro réu na noite de terça-feira (6), a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira considerou que a denúncia "encontra embasamento no inquérito policial que a acompanha. Não há dúvidas de que os elementos que compõem o procedimento investigatório são suficientes para a instauração do processo penal, já que indicam, prima facie, a ocorrência de crime".


Fonte: G1

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CPI: antes de ser preso, ex-diretor da Saúde negou propina e citou militares em negociação de vacinas



Em um fato até então inédito na CPI da Covid, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias teve a prisão determinada nesta quarta-feira (7). A decisão foi do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que acusou Dias de mentir e cometer perjúrio, isto é, violar o juramento de falar de verdade.


O depoimento durou mais de sete horas. Antes de ser preso, Dias negou ter cobrado propina em negociação para aquisição da vacina AstraZeneca, conforme foi denunciado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, e disse que não fez pressão para que a Covaxin fosse liberada.


Exonerado na semana passada, o ex-diretor reafirmou ser alvo de retaliações de "terceiros" e, assim como a servidora Regina Célia, negou acusações e a atribuiu responsabilidades a outros setores do ministério, entre os quais os que estavam sob o comando de militares, indicados pelo então ministro Eduardo Pazuello (leia mais abaixo).


No decorrer do depoimento, Omar Aziz disse reiteradas vezes que Dias estava omitindo informações, que sabia "em que país" estão guardadas informações supostamente armazenadas pelo ex-diretor e que tinha conhecimento de um "dossiê" elaborado por ele para se proteger.



Antes da determinação da prisão, Aziz apresentou um áudio em que Dominghetti afirma a um interlocutor que "a compra vai acontecer"; que Dias "vai assinar" e que haveria uma reunião para "finalizar com o ministério". Não há, no entanto, detalhamento sobre a que o assunto se refere. Na sessão, Dias confirmou que se encontrou Dominghetti, mas não pediu propina (leia mais abaixo).


O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ainda tentou negociar com a defesa de Dias para que ele apresentasse fatos concretos e reunisse mais dados, mas a proposta não avançou.


"O fim dessa CPI não é a prisão de ninguém, é buscar a verdade. O que nós tentamos ao final foi uma negociação com o Roberto Dias, mas não foi possível. Lamentável", acrescentou o vice-presidente da comissão.


Não houve, no entanto, consenso entre o grupo majoritário em torno da decisão de Aziz, mas senadores evitaram entrar em confronto com o presidente.


Senadores governistas protestaram publicamente contra a medida, chamada por eles de "arbitrária" e "abuso de autoridade".


O que Roberto Dias negou

Saiba o que Roberto Dias negou durante o depoimento:


Ter sido indicado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara e ex-ministro da Saúde;

Ter participado das negociações de vacinas contra a Covid-19;

Ter pedido propina em oferta de 400 milhões de doses da AstraZeneca;

Ter combinado o jantar com o empresário Luiz Dominghetti, suposto vendedor de vacinas;

Ter pressionado o servidor Luis Ricardo Miranda pela liberação da Covaxin.


Encontro 'incidental'

Um dos principais pontos questionados na sessão desta quarta foi o jantar entre Dias e Dominghetti. O encontro foi chamado pelo ex-diretor do ministério de "incidental".


Foi nesse jantar, no dia 25 de fevereiro que, segundo Dominghetti, Dias teria cobrado propina no valor de US$ 1 dólar por dose da vacina AstraZeneca para que o contrato fosse firmado. No dia seguinte, Dominghetti foi ao Ministério da Saúde e se reuniu oficialmente com o então diretor de Logística.


Nesta quarta, Roberto Dias confirmou o encontro com o suposto vendedor em um restaurante em Brasília, mas negou ter pedido propina e ter feito tratativas sobre vacinas.


Segundo o ex-diretor, naquele dia, ele estava tomando um chope com um amigo em um restaurante quando chegou o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor na diretoria de Logística, acompanhado de Dominghetti, e os dois sentaram-se à mesa. Segundo ele, o encontro não foi previamente marcado.


Dias disse que ainda não conhecia o suposto vendedor, a quem chamou de "picareta", mas que já havia ouvido falar sobre a suposta oferta de vacinas pelo coronel Blanco. O coronel também foi apontado como o responsável por intermediar as reuniões no Ministério da Saúde com um reverendo, chamado Amilton Gomes, que também se apresentava como vendedor de vacina.



“Essa oferta de 400 milhões de doses me foi trazida pelo coronel Blanco, como diversas pessoas foram ao ministério, em diversas áreas do ministério, supostamente alegando que possuíam 100 milhões de doses, 200 milhões de doses”, afirmou.


O ex-diretor foi diversas vezes questionado sobre a “coincidência” do encontro no restaurante.


“Eu tenho uma agenda com um amigo para tomar um chope num restaurante. Essa é uma agenda minha. A outra que, incidentalmente, se apresenta após, eu não tenho nenhuma administração nem informação sobre ela”, disse. Ele, no entanto, admitiu que Blanco “muito possivelmente” sabia que ele estaria no restaurante naquele dia por alguma mensagem ou por telefonema – a CPI já aprovou a quebra do sigilo telefônico do ex-diretor.


Já sobre a reunião com Dominghetti no ministério no dia seguinte ao jantar, Dias afirmou que quando o suposto vendedor tratou sobre vacinas no encontro, indicou que fosse solicitada uma agenda formal na pasta, o que se confirmou no dia seguinte.


Na reunião, disse, não foi apresentado nenhum documento que comprovasse que o policial militar representava a AstraZeneca e que, por isso, a proposta não foi encaminhada à secretaria-executiva, então comandada pelo coronel Elcio Franco.


Militares

À CPI, o ex-diretor também ressaltou que era uma atribuição de Elcio Franco, então secretário-executivo do Ministério da Saúde, concentrar as negociações sobre vacinas e que a proposta da aquisição da Covaxin foi "anuída" por Franco "durante todo o processo".


Dias foi questionado ainda sobre quem teria indicado a empresa Precisa Medicamentos para intermediar a compra da Covaxin. "O senhor precisa perguntar à Secretaria-Executiva, que é quem trata desse assunto. Eu não faço isso", disse.


A aquisição da vacina indiana e a atuação da Precisa são objetos de investigação, além da CPI, no Ministério Público, no Tribunal de Contas da União e na Polícia Federal, por indícios de fraudes.


Em depoimento, Roberto Dias disse ter "muito pouco contato" com o coronel Elcio Franco e que ele foi responsável por comandar mudanças na Diretoria de Logística, alocando em três cargos militares de sua confiança. Segundo Doas, não havia "empatia" por esses novos subordinados.


"Foram alteradas a Coordenação Financeira, que é o tenente-coronel Marcelo [Batista] Costa – se eu não me engano, o nome é esse. E alterada a Coordenação de Logística que é o tenente-coronel Alex [Lial Marinho]", declarou.


Roberto Dias também creditou a Elcio Franco a indicação do coronel Marcelo Blanco como seu assessor na diretoria de Logística. E disse que não foi consultado sobre essas mudanças.


Na sessão, senadores defenderam que Franco seja ouvido novamente e levantaram a possibilidade de fazer uma acareação entre ele e Roberto Dias.


“Isso obriga a volta do então Secretário Executivo a esta Comissão. Até mesmo porque a acareação se configura, a necessidade, quando depoimentos contrários aqui são colocados. Há até mesmo a possibilidade de fazer uma acareação do senhor Roberto Ferreira Dias com o senhor Coronel Elcio, porque tudo que deve ser atribuído a alguém, qualquer irregularidade, o depoente está atribuindo ao Secretário Executivo”, disse o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).



Os membros da CPI também ressaltaram que pode haver uma divisão de grupos dentro do Ministério da Saúde. “É óbvio, tem uma disputa aí. E só uma pessoa pode nos dizer qual é: é você”, afirmou o senador Eduardo Braga (MDB-AM).


“Estavam querendo colocar um núcleo militar para tomar conta desse galinheiro. Está muito claro isso. Tirou o poder do Roberto, colocou um militar”, afirmou a senadora Simone Tebet (MDB-MS). “E pelo visto, o ‘número 1’ do ministro tinha mais poder de mando que o próprio ministro”, acrescentou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).


Dias nega negociar vacinas

À CPI, Roberto Dias afirmou que falou com pelo menos quatro pessoas ligadas à venda de vacinas. Além de Dominguetti, ele disse tratado com:


Túlio Silveira, da Precisa Medicamentos;

Cristiano Carvalho, representante da Davati Supply no Brasil;

reverendo Amilton Gomes, fundador de organização religiosa que recebeu o aval do governo para negociar vacinas.

Apesar de admitir os encontros, Dias negou diversas vezes ter negociado a aquisição e os preços de vacinas. “Eu não trato de vacinas, correto? Não as negocio. Fui checar a existência de 400 milhões de doses. Só preciso de um documento para que isso faça sentido, a representação da empresa”, disse.


A fala foi contestada por senadores. “Estava negociando banana?”, ironizou Omar Aziz.


“O senhor disse aqui nesta Comissão Parlamentar de Inquérito que posteriormente entrou em contato diretamente com o empresário para saber da disponibilidade efetiva de vacina. Isso é uma contradição brutal”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI.


A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) chegou a alertar o depoente sobre a possibilidade de prisão. “Senhor Roberto, é bom lembrar que o senhor aqui está sob juramento para não mentir. E mentir na Comissão, é passível de prisão, vossa excelência tem esse conhecimento”, disse Gama.


Fonte: G1

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'Agora ninguém mais vai querer brincar aqui', diz presidente da CPI após prisão de ex-diretor da Saúde

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“Agora ninguém mais vai querer brincar aqui”, disse ao blog o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, ao deixar a sala da comissão após ter dado voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.


Segundo Aziz, no depoimento que prestou nesta quarta-feira (7) à comissão parlamentar de inquérito, Dias, “não colaborou”. Aziz anunciou a prisão por perjúrio (violação do juramento de falar a verdade).


"Ele passou o dia faltando com a verdade, desrespeitando os senadores”, disse ao blog por telefone.


Fonte: G1

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Senadores da CPI acreditam ter elementos suficientes para indiciar Elcio Franco

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Os senadores do comando da CPI da Covid acreditam já ter elementos suficientes para levar ao indiciamento do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco, braço direito do ex-ministro Eduardo Pazuello.


Os senadores acreditam que o depoimento do ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, nesta quarta-feira, trouxe elementos que demonstram que a negociação de vacinas era comandada por Franco.


O secretário-executivo também tinha o contato direto com outros militares que tentavam organizar a compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca por meio de uma empresa que não tinha aval da farmacêutica. Segundo eles, os indícios de solicitação de propina são fortes.


"O depoimento coloca no centro do escândalo o senhor Elcio Franco. São tantos elementos em relação a esse senhor que não há mais dúvidas sobre a necessidade do seu indiciamento", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues.


Ouvido pelo blog, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que Franco voltará nos próximos dias — ainda como testemunha — para responder a perguntas e esclarecer informações levadas à CPI por Dias.


Segundo o relator, ficou claro no depoimento desta quarta-feira que era a Secretaria-Executiva da pasta que levantava os preços internacionais da Covaxin — a vacina indiana não tinha aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e era oferecida a um preço mais elevado que todas as demais negociadas pelo Brasil.


A CPI quer evitar, contudo, um indiciamento antes de um segundo depoimento de Franco, já que o depoente investigado pode obter o direito de permanecer calado na comissão.


Fonte: Blog da Ana Flor

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Aziz manda prender ex-diretor do Ministério da Saúde sob a acusação de mentir à CPI

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Segundo Aziz, a decisão foi tomada porque Dias mentiu e cometeu perjúrio durante o depoimento, isto é, violou o juramento de falar de verdade.


A prisão foi determinada às 17h26, e Roberto Dias foi levado para a Delegacia de Polícia do Senado por volta das 17h55, quando a sessão da CPI foi encerrada. Até a última atualização desta reportagem, ele ainda não havia deixado o local.


Esta foi a primeira prisão determinada pela CPI da Covid. Nesse caso, trata-se de crime afiançável, isto é, ele poderá deixar a prisão após pagamento de fiança, a ser estipulado pela autoridade policial.


Roberto Dias foi convocado a dar explicações sobre as acusações de que teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina em negociações e teria pressionado um servidor do ministério a agilizar a aquisição da Covaxin, vacina produzida na Índia. Dias nega as duas acusações.


Durante o depoimento, Aziz acusou Roberto Dias de ter mentido e ter omitido informações da comissão.


"Chame a polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI", afirmou Aziz a Roberto Dias.

A decisão de Aziz provocou reação da advogada de Roberto Dias. Ela afirmou que a prisão é um "absurdo" e que o ex-diretor deu "contribuições valiosíssimas" para a comissão.


A advogada ainda questionou se Roberto Dias continuaria na condição de testemunha ou se havia passado à condição de investigado. "Se estiver na condição de investigado, eu vou orientar que ele permaneça em silêncio", declarou a responsável pela defesa do ex-diretor.


Reação de senadores

Aliado do Palácio do Planalto, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) perguntou a Aziz em qual fato e em qual argumento o presidente da CPI se baseou para determinar a prisão.


Aziz, então, respondeu: "Perjúrio desde o início."


Marcos Rogério, na sequência, indagou: "Qual o fato?".


Aziz, em resposta, disse: "Vários. Vários. Vários. Dizer que não tinha conhecimento que ia se encontrar com o Dominghetti. Marcar uma audiência relâmpago..." (leia detalhes mais abaixo).


A senadora Simone Tebet (MDB-MS), então, sugeriu uma acareação entre Roberto Dias e Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.


Omar Aziz respondeu que não fará acareação "com dois mentirosos".


O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), se dirigiu a Aziz e pediu respeito aos direitos de Roberto Dias. "Vossa excelência nunca se afastou desta posição de equilíbrio", argumentou Bezerra.


Aziz, então, respondeu que não aceitará que a CPI vire "chacota".


"Tenho sido desrespeitado como presidente da CPI, ouvindo historinhas. As pessoas se preparam. Não aceito que a CPI vire chacota. Temos 527 mil mortos, e os caras brincando de negociar vacina. [...] Ele está preso por mentir, por perjúrio", declarou Aziz.

"Se eu estiver cometendo abuso de autoridade, que a advogada dele me processe. Nós não estamos aqui para brincar, para ouvir historinha de servidor que pedir propina. Ele que recorra na Justiça, mas ele está preso e a sessão está encerrada. Pode levar", completou.


Após o encerramento da sessão, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse considerar a situação "lamentável".


"Ainda buscamos negociar com a defesa do senhor Roberto Dias para ele trazer fatos concretos. Lamentavelmente, não foi possível, não se concretizou. Repito: a atribuição [de determinar a prisão] é do senhor presidente e fez o uso da sua prerrogativa", declarou.


Em outros depoimentos, como o de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo, senadores também defenderam a prisão do depoente. Aziz, no entanto, disse na ocasião que não mandaria prender depoentes por não ser "carcereiro".


Segundo Humberto Costa (PT-PE), no entanto, Omar Aziz "já vinha dizendo que a paciência estava esgotando". "Acho que dá uma espécie de freio de arrumação", acrescentou o senador.


O parlamentar disse ainda que o entendimento foi o de que Roberto Dias "participou de algum tipo de entendimento de vacinas", o que configuraria "negociação paralela em termos de vacina".


Ato de prisão de Roberto Dias, assinado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) — Foto: Reprodução


Dominghetti

Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o policial Luiz Paulo Dominghetti afirmou que, em um jantar em 25 de fevereiro, em Brasília, Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose de vacina em uma negociação que envolveria 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.


Dominghetti se apresenta como representante da Davati Medical Supply.


Roberto Dias nega ter pedido propina e afirma que não conhecia Dominghetti e jantava com um amigo quando o vendedor de vacinas apareceu.


Quando a denúncia surgiu, a AstraZeneca informou que não tem intermediários no Brasil. Também afirmou que todas as doses de vacina do laboratório estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais, como o consórcio internacional Covax Facility. A empresa acrescentou que não disponibiliza vacinas para o mercado privado nem para prefeituras e governos estaduais.


Também na ocasião, a Davati disse que Dominghetti não tem vínculo empregatício com a empresa e atua como vendedor autônomo. "Nesse caso, ele apenas intermediou a negociação da empresa com o governo, apresentando o senhor Roberto Dias. Sobre a denúncia relatada por Dominghetti, de que o Ministério da Saúde teria solicitado uma 'comissão' para a aquisição das vacinas, a Davati afirma que não tem conhecimento", acrescentou a empresa.


Repercussão

Enquanto acontecia a sessão da CPI, o plenário do Senado estava reunido para votar indicações de autoridades. Quando a prisão de Roberto Dias foi determinada, Telmário Mota (PROS-RN) disse a Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, que as decisões tomadas pela comissão precisam ser invalidadas.


Na sequência, Esperidião Amin (PP-SC) disse que "qualquer decisão da CPI pode ser considerada nula" com efeito retroativo. Argumentou que o plenário do Senado já estava na Ordem do Dia no momento da ordem de prisão.


Aziz determinou a prisão de Roberto Dias às 17h26. A Ordem do Dia no Senado iniciou às 16h35.


Rodrigo Pacheco, então, respondeu:


"Não direi o contrário, senador Amin. [...] É preciso interromper os trabalhos das comissões enquanto houver a ordem do dia no plenário do Senado, sob pena de nulidade dos atos praticados nas comissões."

Jorginho Mello (PL-SC), então, disse a Pacheco que o presidente do Senado deveria avisar Aziz sobre a decisão. Pacheco respondeu que já havia encaminhado o comunicado a Omzar Aziz.


Outros senadores se manifestaram, em plenário, sobre o episódio. Ciro Nogueira (PP-PI) pediu a Pacheco que determine à Polícia Legislativa que não cumpra a ordem de prisão de Roberto Dias.


Rodrigo Pacheco, então, disse: "Eu aguardo a Secretaria Geral da Mesa relatar o momento em que houve o ato da comissão para tomarmos uma decisão."


Fonte: G1

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Aziz diz que ex-diretor da Saúde omitiu informações da CPI e fez 'dossiê para se proteger'

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quarta-feira (7) que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias omitiu informações da CPI e elaborou um "dossiê para se proteger".


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O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


Aziz fez as afirmações durante o depoimento de Roberto Dias à comissão. O ex-diretor foi convocado a dar explicações sobre as acusações de que teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina em negociações e teria pressionado um servidor do ministério a agilizar a aquisição da Covaxin, vacina produzida na Índia. Dias nega as duas acusações.


Senadores que integram o grupo majoritário da CPI demonstraram insatisfação com o depoimento de Ferreira Dias nesta quarta-feira. Para os parlamentares, o ex-diretor do Ministério da Saúde não deu os esclarecimentos necessários.


"A paciência de todo mundo tem limite. Te botaram numa encrenca tão grande, e não foi você que entrou. Alguém te botou nessa encrenca, e você não está querendo falar para a CPI", afirmou Omar Aziz ao ex-diretor.


"O senhor sabe que o senhor fez um dossiê para se proteger. Estou afirmando, não estou achando. Sabemos onde está este dossiê e com quem está", acrescentou o presidente da CPI.

Roberto Dias não respondeu às declarações de Omar Aziz.



Em outro momento do depoimento, o presidente da CPI indicou a possibilidade de Roberto Dias ter armazenado, em outro país, um conjunto de informações.


Aziz também perguntou a Roberto Dias se ele ou o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco receberam alguma ordem do ex-ministro Eduardo Pazuello e não cumpriram por não ser "correta". Roberto Ferreira Dias, então, respondeu não se lembrar.


Encontro com Dominguetti

Durante o depoimento desta quarta-feira, o presidente da CPI afirmou que Luiz Paulo Dominguetti recebeu um áudio confirmando a reunião com Roberto Dias em 25 de fevereiro deste ano. Dominguetti é policial militar, se apresenta como representante da Davati Medical Supply e afirma ter recebido um pedido de propina de Roberto Dias.


"O senhor recebeu várias ordens da Casa Civil por e-mail lhe pedindo para atender. 'Era gente nossa', 'essa pessoa é nossa'. Dominguetti, no dia 25, às 14h55, ele recebe um áudio dizendo: 'Está tudo certo hoje à noite o encontro seu com Roberto Dias'. Ele diz: 'Está, sim'. Não pode ser coincidência à noite ter se encontrado", disse Aziz a Roberto Dias


Dias confirma o jantar com Dominguetti, mas nega ter pedido propina. Ele sustenta que o encontro com o policial militar foi "incidental", ou seja, uma coincidência.


Fonte: G1

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