domingo, março 14, 2021

Suspeito de integrar milícia é morto em troca de tiros com a polícia no interior do RN



Um homem de 41 anos morreu em troca de tiros com policiais civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) neste sábado (13), na zona rural de Vera Cruz, a 37 km de Natal. Francisco das Chagas da Silva, conhecido como "Vovô", era investigado por dezenas de homicídios na região Agreste Potiguar e por integrar milícia armada.


Os policias da Deicor receberam a informação de que o suspeito estaria em uma residência no município, mas não foi encontrado no local.


Após diligências, Francisco das Chagas foi localizado em um bar e efetuou disparos de arma de fogo contra a equipe de policiais. Houve a troca de tiros, o suspeito acabou atingido e não resistiu aos ferimentos. Na oportunidade, a polícia apreendeu um revólver calibre 38, com quatro cápsulas deflagradas e duas intactas.


Fonte: G1

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Domingo de vacinação para idosos tem filas, aglomeração e confusão no trânsito em Natal

O dia amanheceu com filas enormes e muita confusão no trânsito na região do Shopping Via Direta, onde funciona o único ponto de vacinação contra Covid-19 aberto pela prefeitura de Natal neste domingo (14). Houve registro de aglomeração e muita reclamação sobre a organização das filas.


Domingo de vacinação para idosos tem filas e confusão no trânsito em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi


O movimento foi intenso desde cedo tanto no drive-thru como na sala de vacinação. O domingo marca o início da aplicação da primeira dose para idosos a partir de 76 anos.


O drive-thru e a sala de vacinação do shopping Via Direta vão funcionar até 16h neste domingo.

Segundo relato dos idosos, inicialmente só dois profissionais estavam aplicando as vacinas. Por causa da demanda, a Secretaria Municipal de Saúde ampliou este número para dar celeridade ao atendimento.


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Domingo de vacinação para idosos tem filas e confusão no trânsito em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi


Quanto ao trânsito, foram formadas filas próximas à praça de Mirassol e também ao Túnel da UFRN, próximo à marginal da BR-101, o que causou a confusão. Dentro dos carros, as pessoas não sabiam qual seria a fila correta. Os agentes da Secretaria Mobilidade Urbana (STTU) estavam no local e tentavam organizar o fluxo.


Domingo de vacinação tem confusão no trânsito próximo ao shopping Via Direta, em Natal — Foto: Cedida


Vacinação

A ampliação da faixa etária aconteceu por conta da baixa procura dos idosos de 78 ou mais no sábado (13). A vacinação neste domingo também está disponível para os idosos de 90 anos ou mais que já tomaram a primeira dose da vacina e estão no prazo para receber a segunda.


Segundo a prefeitura, é necessário a apresentação do comprovante de residência de Natal, do cartão de vacinação e do documento com foto.


Domingo de vacinação para idosos tem fila enorme no shopping Via Direta, em Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi


De segunda a sexta-feira, são três pontos drive thru - que também contam com locais para pedestres: Palácio dos Esportes, o Shopping Via Direta, e o Ginásio Nélio Dias. O funcionamento é das 8h às 16h, de segunda a quinta-feira, e na sexta-feira das 8h às 13h.


Além disso, a vacina pode ser recebida pelo idosos em 21 salas em Unidades Básicas de Saúde (UBS):


Norte I - UBS Pajuçara, UBS Nova Natal, UBS Redinha (novo) e UBS Nordelândia (novo);

Norte II - UBS Vale Dourado, UBS Panatis, UBS Nova Aliança (novo) e UBS Soledade II (novo);

Leste - UBS São João, UBS Brasília Teimosa, UBS Rocas, UBS Alecrim (novo) e Unidade Mista de Mãe Luiza (novo);

Oeste - UBS Nazaré, UBS Felipe Camarão II, UBS Cidade Nova (novo) e UBS Bairro Nordeste (novo);

Sul - UBS Candelária, UBS Rosângela Lima, UBS Nova Descoberta (novo) e UBS Ponta Negra (novo).


Fonte: G1

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Quase 40% das pessoas com coronavírus no RN não souberam da infecção, aponta comitê científico

Quase 40% das pessoas infectadas pelo coronavírus no Rio Grande do Norte não souberam que estavam com o vírus ou não tiveram a infecção confirmada por exame. Foi o que apontou o comitê científico estadual nesta sexta-feira (12) durante apresentação do resultado do inquérito sorológico realizado em oito municípios do estado que sediam as unidades regionais de saúde.


Coronavírus — Foto: Reprodução/TV Globo


O inquérito, realizado em janeiro deste ano, estima que 230 mil pessoas no estado foram infectadas pelo coronavírus durante a pandemia, cerca de 6,5% da população total. Apesar disso, o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) do dia 30 de janeiro apontava que o estado tinha 140.032 infectados, cerca de 90 mil a menos (39,13% do total) do que a estimativa do estudo.


Esse percentual representa uma fatia de pessoas que contraíram o vírus, mas não realizaram exames, porque eram assintomáticas e não sabiam que haviam sido infectadas ou porque apresentaram sintomas leves e também foram testadas.


"Uma primeira implicação que esse inquérito traz é exatamente a quantidade de pessoas que a gente não consegue detectar pelo sistema. Em janeiro, o dado do boletim epidemiológico da Sesap apontava 140 mil pessoas que foram infectadas. E no inquérito, nós encontramos 230 mil", reforçou Ângelo Roncalli, pesquisador da UFRN que participou do inquérito.


"Uma implicação importante é que essas pessoas estão transmitindo a doença. E boa parte delas nem sabe. Boa parte era assintomática ou teve sintomas leves".

O pesquisador explica que esse número possivelmente ainda não consegue abranger todo o cenário de contaminados, já que muitos não têm mais os anticorpos detectáveis no organismo.


"Provavelmente esse número está subestimado. É preciso lembrar que nós estamos fazendo esse inquérito sorológico um ano depois da pandemia. Então é provável que tenha tido pessoas que foram infectadas ainda no começo, em março, abril e que já não são mais detectáveis, não aparecem mais no exame. Então são mais de 230 mil", diz.


As maiores prevalências, segundo o estudo, foram nos municípios de Pau dos Ferros (12,7%), na Região do Alto Oeste potiguar, e Caicó (12,3%), no Seridó. Em São José de Mipibu, esta taxa chegou a 5,3%.


Em relação aos grupos etários, as maiores prevalências estavam nas pessoas acima de 45 anos. Mas um outro grupo surpreendeu: o de crianças até 9 anos de idade, que teve 6,92% dos testados infectados.


"Chama a atenção essa faixa etária, de crianças. Você tem aí uma prevalência ligeiramente acima da média do estado, de crianças que tiveram contato com o vírus", falou Álvaro Roncalli.


A menor prevalência esteve nas faixas etárias de 18 a 24 anos, com 4,5%. A a maior foi em pessoas de 70 anos ou mais (8,1%).


Com relação ao sexo, as prevalências são praticamente iguais. Em relação à raça/cor autorreferida, a prevalência em negros foi de 6,9% e em brancos de em 5,6%. Os mais infectados foram os que relataram contatos tanto com suspeitos quanto com confirmados.


A pesquisa apontou ainda que 12,7% dos testados que não adotaram distanciamento social foram infectados, número maior do que os que adotaram isolamento social parcial ou integral (7,2%). “Esse dado aponta para a importância e eficácia do distanciamento social”, afirmou Roncalli.


Inquérito sorológico

O inquérito sorológico teve como finalidade mapear o comportamento da Covid-19 em todas as regiões do estado. A pesquisa foi feita pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) em parceria com o Instituto Amostragem do estado do Piauí.


Foram elaboradas entrevistas e testes de Covid-19 em oito municípios: Pau dos Ferros, Mossoró, Assu, Natal, João Câmara, São José do Mipibu, Santa Cruz e Caicó.


Para cada município, vinte entrevistadores e pesquisadores fizeram a aplicação de um questionário com perguntas referentes a sintomas, estado de saúde, idade, comorbidades, entre outras questões importantes para embasar a pesquisa.


Ao todo foram 160 pesquisadores em campo. Em cada município, cerca de 2.500 pessoas foram testadas e entrevistadas. No total, 20.234 pessoas no estado fizeram parte do estudo. A coleta de dados foi feita ao longo do mês de janeiro de 2021.


Fonte: G1

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Sesap investiga morte de criança de 8 anos com suspeita de Covid-19 em Natal

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) está investigando a causa da morte de uma criança de 8 anos de idade que estava internada com suspeita de Covid-19 no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal. Ele faleceu na noite de quinta-feira (11).


Segundo a pasta, os sintomas manifestados eram característicos da doença. Apesar disso, o exame RT-PCR deu negativo inicialmente. Diante disso, a equipe decidiu coletar outro swab para investigação e análise do caso, tendo em vista os sintomas da Covid-19 manifestados.


De acordo com a Sesap, o menino de 8 anos tinha comoridades: obesidade mórbida, asma e síndrome de Prader-Willi (uma doença genética rara, que causa a obesidade). Ele morava com a família no bairro da Quintas, zona Oeste de Natal.


A criança teve o início dos sintomas no dia 2 de março, quando procurou uma UPA. No dia 6, foi internado no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, não resistindo na quinta-feira (11).


A Sesap e a direção do Hospital Maria Alice lamentaram a morte da criança e reforçam a necessidade da população em manter as medidas de higiene, como uso correto da máscara, álcool, higiene das mãos, além de distanciamento social para evitar a propagação da Covid-19.


No último dia 10 de março, uma criança de 6 anos, moradora de São Gonçalo do Amarante, na região Metropolitana, morreu vítima da Covid-19 na capital potiguar.


De acordo com os dados da saúde pública do Rio Grande do Norte, a letalidade da doença para crianças e jovens entre 0 e 19 anos é de 0,39%. No caso de adultos, a letalidade entre os que têm idade de 20 a 59 anos chega a 0,71% e para idosos, 9,58%. 72,33% dos óbitos no estado são de pessoas acima dos 60 anos.


Porém, o número de pessoas com menos de 60 anos internadas com Covid-19 cresceu no estado nos últimos meses e superou o de idosos em leitos de UTI com a doença.


De acordo com o mais recente boletim epidemiológico do RN, o de quinta-feira (11), o estado já teve mais de 178 mil casos confirmados da doença e ultrapassou 3,8 mil mortes. O número de internados é recorde: 962 pacientes com a doença.


Leito de UTI para Covid-19 — Foto: Divulgação/Sesap


Fonte: G1

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Vendas no comércio caem pela primeira vez no mês de janeiro desde 2016 no RN, diz IBGE

As vendas do comércio varejista no Rio Grande do Norte caíram 1,1% em janeiro na comparação com o mês de dezembro de 2020. Essa é a primeira redução no mês de janeiro desde 2016.


Comércio no Alecrim, em Natal — Foto: Pedro Vitorino/Cedida


Os dados estão na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) que foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12).


Setor de Varejo teve queda no RN — Foto: IBGE


A redução do volume de vendas do varejo na capital potiguar foi superior à média brasileira, que foi de -0,2%. Das 27 unidades da federação, apenas quatro tiveram resultados positivos, com Minas Gerais (8,3%) tendo o maior crescimento, enquanto que o Amazonas (- 29,7%) registrou a maior queda.


No varejo ampliado - onde é incluído também material de construção, veículos, motocicletas e peças - a redução foi ainda maior em janeiro: 1,6%. Apesar disso, foi abaixo da retração brasileira, que foi de 2,6%. Na variação acumulada de 12 meses, a queda é de 4,4%, a quinta maior do Brasil nesta comparação.


Setor de serviços cresce 1,6%

O volume de serviços no RN aumentou 1,6% em janeiro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. Esse foi o maior crescimento entre os estados do Nordeste, empatado com Pernambuco (1,6%) e Paraíba (1,6%). Os serviços cresceram em 12 unidades da federação.


Apesar do desempenho na comparação com o mês anterior, o acumulado de 12 meses registra queda de 16,8% no Rio Grande do Norte, uma das maiores retrações do Brasil ao lado de Alagoas (16,9%). A média nacional foi de redução de 8,3%. Apenas Amazonas (0,9%) e Rondônia (0,1%) apresentam resultados positivos na variação acumulada de 12 meses.


Fonte: G1

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Com alta de importações, RN registra déficit de US$ 20,5 milhões na balança comercial do primeiro bimestre de 2021

A balança comercial do Rio Grande do Norte fechou o primeiro bimestre do ano deficitária. O volume das importações em janeiro e fevereiro superou o das exportações, o que resultou em um saldo negativo de US$ 20,5 milhões. Isso representa uma redução de 164% em relação ao saldo acumulado nos dois primeiros meses do ano passado, quando o saldo do período foi de US$ 31,8 milhões.


Compra de equipamentos para geração de energia eólica causou alta nas importações entre janeiro e fevereiro. — Foto: Moraes Neto/Sebre/Divulgação


Enquanto as exportações atingiram valores de US$ 56,3 milhões, as importações dispararam mesmo com a alta do câmbio e alcançaram o patamar de US$ 76,9 milhões – a maior alta registrada pela série histórica dos últimos cinco anos.


A principal motivação está na compra de equipamentos para o setor eólico, que contribuiu com um acréscimo de quase US$ 45 milhões nas importações do estado. Por outro lado, as frutas frescas, como melões e melancias, que são os principais produtos exportados pelo estado, registraram queda em comparação com o ano anterior.


As informações sobre as operações do Rio Grande do Norte no mercado internacional estão no informativo mensal elaborado pelo Sebrae, e divulgado nesta sexta-feira (12), sobre a balança comercial potiguar. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.


Produtos

As vendas acumulados dos itens da pauta de exportação potiguar no bimestre são 11% menores que no mesmo intervalo de 2020, quando o estado exportou US$ 63,5 milhões. Nesse período, os itens mais enviados ao mercado internacional foram os melões, com cerca de 45,7 mil toneladas da fruta, o equivalente a US$ 25,7 milhões negociados. O segundo item da pauta do bimestre foram as melancias com 17,1 mil toneladas exportadas e US$ 7,2 milhões.


Juntas, essas duas frutas respondem em média por metade da pauta de exportação do RN e diminuíram no bimestre cerca de 11 mil toneladas em comparação com o primeiro bimestre do ano passado – uma defasagem de aproximadamente US$ 3 milhões.


O açúcar também entrou na lista de produtos exportados entre os meses de janeiro e fevereiro, com um volume de US$ 5,4 milhões, tornando-se o terceiro item mais exportado pelo RN. As mercadorias potiguares tiveram como principais destinos a Espanha (US$ 10,2 milhões), os Estados Unidos (US$ 10,1 milhões) e a Holanda (US$ 10 milhões).


Indústria eólica

O principal motivo do déficit no saldo da balança comercial do RN, no entanto, está ligado diretamente a uma mudança na pauta de importação. O trigo e as misturas com centeio, que tradicionalmente são os produtos mais importados pelo estado, cederam lugar no primeiro bimestre do ano aos equipamentos para a indústria da energia eólica. Esses produtos contribuíram com um acréscimo de quase US$ 45 milhões. Com isso, as importações do bimestre foram as melhores desde 2017, saindo de US$ 31,6 milhões em 2020 para US$ 76,9 milhões neste ano. Uma alta de 143% no comparativo de um bimestre com o outro dos respectivos anos, 2020 contra 2021.


Com o acúmulo das importações de janeiro (US$ 61,1 milhões) e fevereiro (US$ 15,7 milhões), as compras do RN no mercado externo foram maiores que as vendas, resultando em um saldo negativo de US$ 20,5 milhões na balança comercial, consequentemente o pior dos últimos cinco anos. Depois dos equipamentos eólicos, vindos da China, aparece em segundo lugar na pauta do bimestre o trigo, com uma negociação da ordem de US$ 9,1 milhões, e o coque de petróleo em seguida com valores de US$ 2,2 milhões acumulados nesses dois primeiros meses de 2021.



Com as importações da China, o país asiático assumiu a liderança dos países de origem das compras internacionais do RN, com uma importação total de US$ 50,7 milhões. Depois, vem a Argentina (US$ 10,1 milhões) e os Estados Unidos (US$ 3,8 milhões).


Fonte: G1

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Polícia fecha cassino com 200 pessoas em SP; Gabigol e MC Gui foram detidos no local

A Polícia Civil fechou um cassino de luxo na Zona de Sul São Paulo no início da madrugada deste domingo (14). Jogos de azar são proibidos no país.


Pela legislação brasileira, são considerados jogos de azar aqueles que dependem exclusivamente da sorte dos participantes.


Além de ilegal, o estabelecimento, que funcionava na Vila Olímpia, bairro nobre da capital paulista, desrespeitava o decreto estadual que veta festas e aglomerações durante a pandemia.


Na mesma data, o país registrava novo recorde de mortes e internações por coronavírus. O estado de São Paulo está desde o dia 6 de março na fase vermelha da quarentena, a mais restritiva, para tentar conter o avanço da doença e evitar o colapso do sistema de saúde.


Mais de 200 pessoas estavam jogando. No momento da operação, o jogador Gabigol, atacante do Flamengo, e o funkeiro MC Gui foram flagrados dentro do estabelecimento. Em nota, MC Gui disse que estava em uma casa de poker (leia mais abaixo). Já Gabigol afirmou que foi convidado por amigos para jantar, e que não imaginava ser um evento grande. Ele reconheceu que faltou "sensibilidade".


Segundo a polícia, o jogador foi encontrado escondido embaixo de uma mesa do camarote do cassino, que custa cerca de R$ 1,5 mil. A polícia demorou quase uma hora para localizar o atacante.


"Demorou quase uma hora para encontra-lo porque ele estava no camarote vip, onde paga uma certa quantia, parece que R$ 1,5 mil para ficar naquele local. Ele estava nesse camarote, escondido atrás de uma mesa, atrás de umas moças. Ele não queria ser identificado", afirmou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves.


Todas as pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Crime contra a Saúde Pública, no Centro de São Paulo.


Elas assinaram termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar esclarecimentos depois, e foram liberadas.


Em nota, MC Gui diz que o local era uma casa de Poker, que foi fechada pela Vigilância Sanitária, em decorrência de decretação de fechamento de locais públicos


"Esclarecendo, para que a vigilância possa atuar no fechamento e retirada das pessoas do local, necessitam acionar autoridades locais, a fim de evitar maiores tumultos. O artista já prestou os esclarecimentos necessários e colaborou com o que foi solicitado, a quem de direito. Neste momento o artista MC GUI não tem mais nada a declarar acerca do ocorrido", diz a nota.


Polícia interdita cassino em SP — Foto: Divugalação/Procon


À polícia, denunciantes informaram que o local funcionava há algum tempo e que foram gastos mais de 8 milhões com as instalações de luxo.


Muitos dos que estavam no cassino não usavam máscara, ou vestiam de forma errada.


Jogador do Flamengo foi uma das pessoas detidas em ação da Polícia no local — Foto: Reprodução/TV Globo


Toque de restrição

No último sábado de toque de restrição no estado - já que, na segunda, a partir das 20h, começa o toque de recolher - a Polícia Militar recebeu mais de 6 mil chamados de perturbação de sossego e prendeu 106 pessoas.


Fase emergencial

O estado de São Paulo enfrenta um novo pico da pandemia de Covid-19, com alta no número de casos e mortes.


Para tentar frear o avanço da doença, o governo estadual anunciou a fase emergencial, que prevê regras mais rígidas de funcionamento da fase vermelha da quarentena, a partir da próxima segunda-feira (15). A fase emergencial deve vigorar até 30 de março.


Com isso, foram suspensas a realização de cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas, além de todos os eventos esportivos, como jogos de futebol, e instituiu o toque de recolher das 20h às 5h.


Festas clandestinas

Mesmo com as restrições, a polícia tem interrompido eventos com aglomerações. Na madrugada de sábado (13), 500 pessoas foram a uma balada clandestina na região do Capão Redondo, também na Zona Sul.


Na quarta-feira (10), 158 pessoas foram detidas em uma festa ilegal às margens da Represa Billings, em São Bernardo do Campo, na região do ABC.


Na sexta (12), a polícia parou uma balada com cerca de 150 pessoas no Tatuapé, na Zona Leste.


Fonte: G1

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Equipe de saúde atravessa córrego para vacinar idosa de 93 anos contra Covid-19 no ES

Uma equipe de saúde de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, não mediu esforços para levar a segunda dose da vacina contra o coronavírus a uma idosa de 93 anos. A estrada que dava acesso à casa dela ficou interditada, e as profissionais decidiram atravessar um córrego para vaciná-la.


Profissional da saúde atravessa córrego com caixa térmica para vacinar idosa de 93 anos contra a Covid-19 em Colatina, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta


A enfermeira Lucilene Schultz, a motorista Jucilene e a agente comunitária Elza atravessaram o córrego da localidade de São Gabriel de Baunilha, no interior do município, junto com a caixa térmica, com a vacina dentro. Era a última dose do dia.


A enfermeira contou que a ideia foi da agente comunitária, já que a estrada que dava acesso à casa da idosa Palmerina da Conceição Souto, de 93 anos, estava interditada por causa das fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dias.


Equipe de saúde atravessa córrego com caixa térmica para vacinar idosa de 93 anos contra a Covid-19 em Colatina, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta


"Atravessamos o córrego porque a estrada que dava acesso à casa da idosa estava interditada com a chuva dos últimos dias. A motorista preferiu não arriscar, porque ia atolar o carro, e a agente de saúde sugeriu atravessar o córrego, que era de molhar os pés. Mas, quando chegamos lá, nos deparamos com um riozinho e, com as enchentes, pegamos a água nas coxas", lembrou a enfermeira.


Equipe de saúde atravessa córrego com caixa térmica para vacinar idosa de 93 anos contra a Covid-19 em Colatina, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta


Com o esforço das profissionais, a dona Palmerina foi imunizada. "A senhorinha estava esperando, ficou muito feliz com a nossa chegada. Fiz a segunda dose, era a última dose do dia, e foi sensacional", comemorou Lucilene.


Colatina recebeu cerca de 12 mil doses das vacinas contra a Covid-19. Mais de 11 mil, cerca de 91% do total recebido, já foram aplicadas.


Dona Palmerina da Conceição Souto, de 93 anos, vacinada por equipe de saúde que atravessou córrego para chegar à casa dela — Foto: Reprodução/TV Gazeta


Fonte: G1

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PM localiza carga de 9 respiradores após roubo em hospital na Grande SP

A Polícia Militar localizou na manhã deste domingo (14) nove respiradores de ar utilizados para ventilação mecânica de pessoas em hospitais largados na zona rural de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A carga é avaliada em mais de R$ 537 mil.


Carga de respiradores é encontrada pela PM após roubo em hospital — Foto: Divulgação


A carga foi localizada na Estrada do Sossego, por volta das 10h10, após uma denúncia anônima.7


Uma das nove caixas estava aberta, mas os instrumentos hospitalares estavam intactos.


A polícia apura se a carga é do Hospital Santa Virginia, localizado na avenida Celso Garcia, no Belém, na Zona Leste de São Paulo, que foi alvo de um roubo de uma carga de respiradores na sexta-feira (12), segundo a PM.


Os números de registros dos materiais encontrados neste domingo são os mesmos dos equipamentos roubados na sexta do hospital, e que seriam utilizados em pacientes com várias doenças, em especial com Covid-19.


Ao chegar à estrada onde estavam jogados os respiradores, os policiais avistaram dois homens, que correram ao perceber a presença da PM e conseguiram fugir.


O caso será registrado no 1º Distrito Policial de Ferraz de Vasconcelos.


Respiradores roubados de hospital são localizados em estrada rural na Grande SP. — Foto: PM/Divulgação



Fonte: G1

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Idoso recebe doses diferentes de vacinas contra a Covid-19 em Bertioga: 'Absurdo'

Um idoso de 93 anos recebeu duas doses de vacinas diferentes contra a Covid-19, em Bertioga, no litoral de São Paulo. O erro foi percebido pelos próprios profissionais da saúde, que se dirigiram até a casa do homem para comunicar o ocorrido. De acordo com a Secretaria de Saúde da cidade, houve falha humana durante a aplicação do imunizante e o acontecimento trata-se de um caso isolado.


Idoso recebeu doses de vacinas diferentes e terá que tomar uma terceira dose contra a Covid-19 — Foto: Arquivo Pessoal/Fatima Regina de Sousa Miguel


A filha do aposentado João Raimundo de Sousa, contou ao G1 que, no dia 3 de março, levou o pai à Unidade de Saúde de Saúde Básica (UBS) do Jardim Indaiá para receber a segunda dose da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan.


“Meu pai tomou a primeira dose da vacina no dia 10 de fevereiro, fiquei toda feliz e marcaram para ele retornar no dia 3 de março. Na carteirinha estava marcando o lote e que ele tinha tomado a do Butantan, que é a CoronaVac”, explica Fatima Regina de Sousa Miguel.


Segundo Fatima, no dia de tomar a segunda dose, ela deixou o pai dentro do carro e foi pedir para que uma profissional aplicasse a vacina no idoso. “Falei para as duas enfermeiras que me atenderam que ele tinha ido tomar a segunda dose do Butantan, ela preencheu uns papéis, pegou o cartão de vacinação e entrou na enfermaria para pegar a vacina. Nessa sala, eu informei uma terceira enfermeira de que ele iria tomar a segunda dose da CoronaVac”.


A filha relata que os dois foram embora felizes, acreditando que o pai teria recebido a vacina correta, mas horas depois, as profissionais estavam em sua casa comunicar que haviam aplicado a vacina de Oxford/AstraZeneca.


“Veio a enfermeira que tinha aplicado, a chefe da enfermeira e uma terceira pessoa na minha porta. Eu fiquei assustada, perguntei o que tinha acontecido e elas disseram que o meu pai tinha tomado a dose da vacina que não era do Butantan. Eu gelei, pensei que ia dar uma reação. Ele não teve nada, está bem”.


No dia do ocorrido, Fatima foi informada de que o pai ficaria em acompanhamento para verificar se ele teria reações, mas mesmo assim, o idoso precisaria tomar a segunda dose da vacina de Oxford, que foi marcada para o dia 26 de maio, conforme está descrito no comprovante de vacinação.


“Como eu vou falar para o meu pai que ele ficou todo esse tempo esperando a vacina, tomou a segunda dose achando que ia ficar imune e, agora, vai ter que esperar mais dois meses preso dentro de casa?”, questiona.


"Eu fiquei tão preocupada se a vacina estava correta, eu alertei. Quando a enfermeira veio na porta da minha casa, eu disse para ela que eu não tinha falado uma, nem duas, eu disse três vezes que ele iria tomar a segunda dose da CoronaVac. Achei um erro absurdo, absurdo", desabafa Fatima.

Doses de vacinas diferentes

Segundo o médico infectologista Evaldo Stanislau, não existem muitos estudos sobre o assunto, mas é provável que não ocorra nenhum evento adverso. “De uma forma ou outra, a imunidade virá. Considerando o prazo entre doses maior da vacina de Oxford/AstraZeneca, eu recomendaria fazer uma segunda dose três meses após a “primeira” - que foi a segunda - dose”, explica.



O especialista também informou que é importante ter atenção nessas situações, mas que futuramente, isso pode mudar. “No futuro, quando muitas marcas estiverem disponíveis é possível que a cada ciclo vacinal (digamos a cada ano), seja feita a vacina que esteja disponível. A resultante é sempre a mesma: proteção contra formas graves e mortes, e redução das novas infecções”, comenta.


Secretaria de Saúde

Procurada pelo G1, a Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de Saúde informou que tomou ciência do ocorrido e que se trata de um caso isolado. Segundo a pasta, houve uma falha humana durante a aplicação do imunizante no idoso, que recebeu doses diferentes de vacinas contra a Covid-19 e agora deverá receber a segunda dose da CoronaVac, pois é o que recomenda o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE).


Confira a nota na íntegra:


A Secretaria de Saúde de Bertioga informa que tomou ciência do ocorrido e que se trata de caso isolado. Houve falha humana durante a aplicação do imunizante no idoso J.R.S, de 93 anos, que recebeu doses de diferentes vacinas contra a Covid-19. De acordo com a Secretaria, a técnica de enfermagem responsável pela aplicação sempre teve boa conduta profissional. Após constatar o ocorrido, a funcionária foi advertida e a Secretaria reforçou a orientação a todos os profissionais que atuam na imunização contra a Covid-19. O Município também ampliou a fiscalização e está adotando novo protocolo de vacinação a fim de evitar erros. A Prefeitura lamenta o ocorrido e informa que já orientou a família do idoso, que receberá a segunda dose da vacina CoronaVac, conforme recomendação técnica do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE).


Fonte: G1

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Piloto que ficou desaparecido por 36 dias faz voo e encontra avião após queda no Pará

 Uma semana após ser resgatado em uma área isolada na floresta depois de ficar 36 dias desaparecido no Pará, o piloto santareno Antônio Sena (Toninho) fez um voo com amigos e familiares e conseguiu encontrar os destroços do avião em meio a mata fechada. O piloto foi resgatado no dia 6 de março.


Pelas redes sociais, um amigo e também piloto de Toninho compartilhou um vídeo que mostra eles encontrando os destroços queimados da aeronave Cessna 210, prefixo PT-IRJ, no sábado (13).


Piloto Toninho Sena encontrou destroços do avião que caiu em área isolada no Pará — Foto: Erik Jennings/Reprodução/Instagram


Na postagem, Erik Jennings disse que para encontrar o avião foram usadas as coordenadas de uma única foto que Antônio Sena havia tirado minutos após a queda. "Sem essa informação, seria impossível localizá-lo", disse Erik.


Também pelas redes sociais, Toninho Sena contou o que sentiu ao voltar ao local da queda do avião. Esse foi o primeiro voo do piloto depois de ser resgatado.


"Que emoção voltar nesse lugar. Tantas coisas passam na cabeça. Os momentos da queda, ver a imensidão da floresta de cima, lembrar os momentos lá embaixo e ver o tamanho do desafio. Mas meu amor pela minha família e minha fé em Deus foram maiores e nos fizeram vencer", disse.

36 dias perdido na floresta


No dia 28 de janeiro, após decolar do município de Alenquer para uma área de garimpo em Almeirim, o piloto e a aeronave não deram mais sinal. A aeronave teve uma pane e o piloto precisou fazer um pouso forçado no meio da floresta. O avião caiu em uma área de açaizal.


Com a queda, o avião acabou pegando fogo, mas o piloto ficou alguns dias perto dos destroços à espera de resgate e se alimentou de pão que ele levava na aeronave.


Equipe que fez o resgate e piloto santareno Antônio Sena, o "Toninho Sena", em Prainha, no Pará — Foto: Agência Pará/Divulgação


Durante esse período, buscas foram feitas por equipes especializadas, órgãos de segurança e também pela Força Área Brasileira (FAB), mas nada havia sido encontrado. No entanto, a família nunca perdeu as esperanças e encontrar Toninho com vida.


Nas andanças por dentro da mata e sobrevivendo com alimentos encontrados na floresta, ele conseguiu encontrar um grupo coletor de castanha e pediu ajuda. Depois de 36 dias desaparecido, Toninho foi resgatado em uma área isolada no município de Almeirim, próximo à divisa com o estado do Amapá.


Antonio Sena (Toninho) antes e depois do acidente — Foto: Arquivo pessoal


A família conseguiu as primeiras informações sobre o piloto no dia 5 de março, após um telefonema para a mãe dele, Rolene Sena, que mora em Brasília (DF).


Sem ouvir a voz do filho para ter certeza de que ele realmente estava vivo, Rolene avisou os outros filhos (Mariana e Thiago). Thiago falou também por telefone com a pessoa que ligou para mãe dele e pediu que algumas perguntas fossem feitas ao piloto. Com respostas certeiras, como o nome do cachorro dele: Gancho, a família teve certeza da veracidade das informações.


Fonte: G1

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Homem e mulher morrem após queda de 40 metros em cachoeira, em Faxinal

Duas pessoas morreram na tarde deste domingo (14), em Faxinal, no norte do Paraná, após caírem de uma cachoeira da região.


Um homem e uma mulher morreram após queda de cachoeira, em Faxinal — Foto: Divulgação/Samu


Segundo o Samu, as vítimas são um homem, de 34 anos, e uma mulher, de 23 anos.


Os socorristas informaram que os dois caíram de uma altura de 40 metros em um local chamado Cachoeira do Chicão.


A região, segundo o Samu, é de difícil acesso. A equipe de socorristas chegaram até a região de helicóptero para tentar reanimar as vítimas, mas os dois não resistiram aos ferimentos e morreram no local.


Fonte: G1

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Coronavírus: como pacientes 'resistentes' podem ajudar na busca por tratamento para covid-19

Quando era jovem, Stephen Crohn viu seus amigos morrerem, um após o outro e sem que ele pudesse fazer nada, de um mal que não tinha nome.


O corpo de algumas pessoas reage de forma diferente ao novo coronavírus em comparação com o resto da população — Foto: Getty Images


Quando seu companheiro, um ginasta chamado Jerry Green, adoeceu gravemente em 1978 com uma doença que hoje conhecemos como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), Crohn simplesmente concluiu que ele seria o próximo.


Mas, enquanto seu parceiro ia ficando cego e fraco, Crohn permanecia saudável. Ao longo da década seguinte, dezenas de amigos e inclusive outros parceiros teriam um destino semelhante.


Em 1996, o imunologista Bill Paxton, que trabalhava no Aaron Diamond Aids Research Center, em Nova York, estava à procura de homens homossexuais resistentes à infecção, com a intenção de descobrir os motivos por trás dessa resistência.


Quando Paxton tentou infectar os glóbulos brancos de Crohn com HIV, o vírus causador da Aids, em um tubo de ensaio, isso se revelou impossível. A explicação é que Crohn tinha uma mutação genética — que ocorre em apenas 1% da população — que impede o vírus de se prender à superfície dos glóbulos brancos.


Nos dez anos seguintes, os cientistas conseguiram desenvolver um medicamento retroviral, que imita os efeitos dessa mutação no organismo e que transformou os tratamentos da Aids. A droga também se mostrou crucial para ajudar a controlar o vírus em pessoas infectadas.


Crohn morreu em 2013, aos 66 anos, mas sua história deixou um legado que vai muito além do HIV.


Resistência à covid-19


O estudo de pessoas que apresentam níveis incomuns de resistência ou suscetibilidade à covid-19 pode levar a novos tratamentos — Foto: Getty Images


Nas últimas duas décadas, inspirou todo um campo da Medicina, em que os cientistas buscam identificar esses chamados "casos isolados" que, como o de Crohn, são excepcionalmente resistentes ou pouco suscetíveis a uma doença e servem de base para estudos de novos tratamentos.


Como geneticista na Escola de Medicina Icahn, em Nova York, Jason Bobe passou os últimos anos estudando pessoas com traços de resistência incomum a doenças, de problemas cardíacos à doença de Lyme. Assim, quando a primeira onda de covid-19 atingiu o país, seu primeiro instinto foi procurar pessoas resistentes à nova infecção por coronavírus.


"Pensei em Stephen Crohn. Alguém precisava começar a procurar esses casos isolados de (resistência à) covid-19", diz ele.


A ideia de Bobe era tentar encontrar famílias inteiras, nas quais várias gerações haviam sofrido casos graves de covid-19, mas entre as quais havia pelo menos um indivíduo assintomático. "Ter uma família inteira junta torna muito mais fácil entender os fatores genéticos em jogo, e o que está por trás dessa resistência", explica.


No passado, a identificação de grupos familiares que atendessem a essas características levaria anos, mas o mundo digital oferece várias maneiras de chegar a essas pessoas. Desde junho de 2020, Bobe tem trabalhado com administradores de grupos de pacientes com covid-19 e familiares no Facebook, como o Survivor Corp, para tentar identificar candidatos.


Também criou uma plataforma na internet em que qualquer paciente com covid-19 assintomático pode preencher um questionário para participar de um estudo de resistência ao vírus, se atender aos requisitos.


Nos próximos meses, Bobe espera replicar a sequência de genomas de pacientes com sinais de resistência à covid-19, para ver se compartilham de alguma mutação que os estaria ajudando a escapar do vírus. Se tiver sucesso, suas descobertas podem servir de base para a criação de medicamentos antivirais capazes de nos proteger da covid-19 e também de futuras epidemias de coronavírus.


E já existem algumas pistas. Os pesquisadores identificaram uma associação entre os grupos sanguíneos do tipo O e Rh negativo a um menor risco de doenças graves. Mas, enquanto os cientistas levantam a hipótese de que certos tipos de sangue podem naturalmente ter anticorpos capazes de reconhecer alguns aspectos do vírus, a natureza precisa dessa relação permanece obscura.


Cientista brasileira investiga a questão


Pelageya Poyarkova, de Moscou, completou 100 anos no ano passado — e é uma das poucas pessoas dessa idade que contraiu covid-19 e se recuperou — Foto: Getty Images


Mas Bobe não é o único cientista tentando descobrir o que torna esses casos isolados de resistência à covid-19 únicos. Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisas do Genoma Humano da Universidade de São Paulo, identificou cem casais em que uma pessoa foi infectada com covid-19, mas seu parceiro, não.


Sua equipe está agora estudando esses indivíduos na tentativa de identificar os marcadores genéticos dessa resistência. "A ideia é tentar descobrir por que algumas pessoas altamente expostas ao vírus não desenvolvem a covid-19 e também não apresentam anticorpos. Descobrimos que, ao que parece, isso é relativamente comum. Recebemos cerca de 1 mil emails de pessoas dizendo que estavam nessa situação", explica.


A cientista também analisou o genoma de 12 pessoas com mais de 100 anos que foram apenas levemente afetadas pelo coronavírus, incluindo uma mulher de 114 anos na cidade de Recife, que segundo os registros de Zatz, é a pessoa mais velha a sobreviver à covid-19.


Embora a doença tenha se mostrado especialmente mortal entre os adultos mais velhos, aqueles que conseguiram resistir à infecção e têm mais de 70 anos podem oferecer pistas de novas maneiras de proteger os mais vulneráveis ​​em futuras pandemias.


Embora os casos de resistência excepcional ao vírus tenham chamado a atenção de alguns geneticistas, outros estão mais interessados nos casos atípicos no outro extremo do espectro: aqueles que foram mais afetados do que a média.


Nos últimos meses, estudos com esses pacientes esclareceram por que o Sars-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, pode ser tão mortal.


Muitas das condições inexplicáveis ​​associadas à covid-19 podem estar relacionadas a mutações genéticas — Foto: Getty Images


Interrupção do sistema de alarme do corpo

Em meados do ano passado, Qian Zhang chegou para uma consulta odontológica. No meio da revisão, o dentista que a atendia perguntou: "Como é possível que eu tenha ido parar na UTI por causa da covid-19, enquanto minha irmã foi infectada, mas nem notou que estava infectada?".


Como geneticista que trabalha na Universidade Rockefeller, em Nova York, essa era uma pergunta que Zhang deveria ser capaz de responder com facilidade.


Nos últimos anos, vários cientistas de sua universidade se especializaram em estudar o genoma humano em busca de pistas que respondam por que há pessoas que ficam gravemente doentes com vírus comuns, como da herpes ou da gripe.


"Em todas as doenças infecciosas que analisamos, sempre é possível encontrar casos isolados de pessoas que adoecem gravemente porque apresentam mutações genéticas que as tornam suscetíveis", diz Zhang.


Quando a pandemia de covid-19 começou, ficou logo claro que os adultos mais velhos, sobretudo aqueles com problemas de saúde subjacentes, eram desproporcionalmente mais afetados, em comparação com a média.


No início da pandemia, os médicos começaram a notar padrões entre certos tipos sanguíneos de pacientes e a gravidade da doença — Foto: Getty Images


Mas os cientistas da Universidade Rockefeller estavam mais interessados ​​nos casos atípicos de pessoas aparentemente saudáveis ​​na casa dos 30 anos que acabaram na UTI.


Em abril, eles lançaram um projeto de colaboração internacional chamado Covid Human Genetic Effort em parceria com outras universidades e centros médicos na Bélgica, Taiwan e outros países, com a ideia de estudar a genética desses casos. Assim que o projeto começou, Zhang já tinha um suspeito em vista.



Na década de 1960, os cientistas descobriram que nossas células têm um sistema de alarme interno que alerta o resto do corpo quando ele está sendo atacado por um novo vírus. "Quando um vírus entra na célula, a célula infectada produz proteínas chamadas interferons tipo um, que são liberadas para fora da célula", explica Zhang.


"Todas as células ao redor recebem esse sinal e se dedicam a se preparar para combater aquele vírus. Se a infecção for grave, as células vão produzir interferon suficiente para que chegue à corrente sanguínea e assim todo o corpo saiba que ele está sendo atacado." Mas, às vezes, há falhas genéticas que fazem com que esse sistema não funcione.


Em 2015, os cientistas da Universidade Rockefeller identificaram mutações em jovens saudáveis ​​que desenvolveram casos graves de pneumonia a partir de uma simples gripe. A mutação fazia com que a resposta do interferon não fosse registrada. "Se o alarme for silenciado, o vírus pode se propagar e infectar muito mais rápido", diz Zhang.


Muitas pessoas aparentemente saudáveis ​​foram gravemente afetadas pela covid-19 — Foto: Getty Images


Vulnerabilidade à covid-19

Aparentemente, isso desempenhou um papel importante em algumas pessoas surpreendentemente vulneráveis à covid-19. Uma série de artigos científicos, publicados em setembro de 2020, comparou 987 dos chamados casos isolados de covid-19 que desenvolveram pneumonia grave, mas tinham menos de 50 anos ou mais de 50 anos sem comorbidades, com pacientes assintomáticos.


Cerca de 3,5% apresentavam uma mutação genética significativa que os impedia de gerar a resposta do interferon tipo um. Outros 10% tinham anticorpos que atuam contra o próprio organismo no sangue, conhecidos como autoanticorpos, que se ligam aos interferons e os "removem" da corrente sanguínea antes que possam alertar o resto do corpo.


De acordo com Ignacio Sanz, especialista em imunologia da Universidade Emory, nos Estados Unidos, isso confirma outras descobertas que sugerem que os autoanticorpos desempenham um papel fundamental nos casos mais graves de covid-19, bloqueando a capacidade do corpo de se defender contra os vírus.


Descobrir as variações genéticas que oferecem a algumas pessoas altos níveis de resistência à covid-19 pode vir a beneficiar aqueles com menos resistência — Foto: Getty Images


"Há evidências acumuladas de que um percentual significativo de pacientes com doenças graves produz quantidades e tipos incomuns de autoanticorpos", explica o especialista.


Os cientistas da Universidade Rockefeller agora querem usar essa informação para detectar pessoas que podem ter uma vulnerabilidade invisível à covid-19, além de outros vírus respiratórios, como a gripe.


Zhang explica que qualquer pessoa com uma mutação genética que impeça o bom funcionamento dos interferons pode ser tratada preventivamente, ou até mesmo nos estágios iniciais da infecção. "Desde que fizemos o estudo, tivemos três pacientes em Paris que já sabiam que tinham essas mutações genéticas", explica.


"Após testarem positivo para covid-19, eles receberam uma injeção de interferon, e os três resultados foram muito bons. Nenhuma doença grave."


Eles também estão colaborando com bancos de sangue em todo o mundo para tentar identificar a verdadeira prevalência na população em geral de autoanticorpos que atuam contra o interferon tipo um. Se uma porcentagem significativa for encontrada, pode ser desenvolvido um teste para determinar se uma pessoa apresenta, sem saber, um risco muito maior diante de infecções virais.


"Precisamos descobrir quantas pessoas estão por aí com esses autoanticorpos", diz Zhang. "Porque muitos dos que participaram de nosso estudo pareciam totalmente saudáveis ​​e não haviam tido outros problemas até contrair a covid-19", acrescenta.


Os cientistas estão analisando as reações do corpo à chegada do vírus e sua relação com a genética — Foto: Getty Images


Suscetibilidade dos genes

Mas os autoanticorpos e mutações que bloqueiam diretamente os interferons do tipo um representam apenas 14% de todos esses casos isolados que foram analisados. Para os 86% restantes, os geneticistas acreditam que a vulnerabilidade decorre de uma série de cadeias de interações genéticas, que os afetam de maneiras diferentes quando o vírus ataca.


"Apenas um pequeno número é seriamente infectado porque tem uma mutação em um único gene principal", diz Alessandra Renieri, professora de genética médica da Universidade de Siena, na Itália. "A maioria dos pacientes segue um modelo mais complexo em que muitos genes cooperam entre si para aumentar a suscetibilidade à covid-19", acrescenta.



Para entender isso, os cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, estudaram os genomas de 2,7 mil pacientes encontrados em unidades de terapia intensiva de todo o Reino Unido e os compararam com voluntários saudáveis.


E descobriram que as pessoas mais vulneráveis à covid-19 têm cinco genes — relacionados à resposta ao interferon e suscetibilidade à inflamação pulmonar — que são notoriamente mais ou menos ativos do que os da população em geral.


"Essa combinação significa que o vírus pode se espalhar mais facilmente pelo corpo, e a pessoa tem mais chances de sofrer danos pulmonares como resultado", explica Erola Pairo-Castineira, uma das geneticistas que liderou o estudo.


Pairo-Castineira sugere que esse conhecimento mudará os tipos de tratamentos de primeira linha oferecidos aos pacientes em futuras pandemias. Em particular, o baricitinib, um anti-inflamatório usado para tratar a artrite reumatoide, que foi identificado por algoritmos de inteligência artificial como um tratamento eficaz para covid-19, em fevereiro de 2020.


Ele é conhecido por ser eficaz na supressão da atividade de pelo menos um dos genes que levam à inflamação dos pulmões. Em dezembro, um ensaio clínico mostrou que uma combinação de baricitinib e do antiviral remdesivir reduz o tempo de recuperação de pacientes com covid-19.


Pesquisas buscam novas pistas


Os cientistas das universidades de Rockefeller e Edimburgo estão agora buscando conduzir estudos mais amplos com pacientes que se mostraram excepcionalmente suscetíveis à covid-19, para encontrar mais pistas genéticas de por que o vírus pode atacar pessoas aparentemente saudáveis.


Isso também pode explicar por que as pessoas com grupos sanguíneos do tipo A parecem ter um fator de risco mais alto.


O estudo desses casos isolados de covid-19 também fornece perspectivas sobre outros mistérios importantes da pandemia, como por que os homens são consideravelmente mais suscetíveis do que as mulheres. "Esses estudos nos deram várias ideias a esse respeito", diz Renieri. "Eles nos mostraram o quão importante é a resposta do interferon."


"Isso é interessante porque, depois da puberdade, os homens apresentam um aumento na testosterona, e a testosterona pode desregular os genes do interferon tipo um. Portanto, para os homens que já têm um defeito nesses genes, significa que eles podem ser muito mais vulneráveis ​​ao vírus", sugere.


Embora muitas dessas respostas possam chegar tarde demais para fazer uma grande diferença na pandemia atual, entender o que torna as pessoas particularmente resistentes ou vulneráveis ​​salvará muitas vidas em surtos futuros.


Como nos mostraram as epidemias de Sars, H1N1 e ebola dos últimos 20 anos, é inevitável que novos vírus continuem a se espalhar, tornando ainda mais vital o desenvolvimento de novos métodos para identificar aqueles que correm mais risco. E novas maneiras de tratá-los.


Com isso em mente, o estudo de Zatz de idosos resistentes à covid-19 não se concentra apenas no SARS-CoV-2, mas também em outras infecções respiratórias.


Sua equipe está usando células-tronco para converter amostras de sangue desses pacientes centenários em tecido pulmonar, que eles infectam em laboratório com vários outros vírus para ver se as mutações genéticas também oferecem proteção contra essas infecções.


Se isso acontecer, pode abrir caminho para a produção de drogas antivirais inteiramente novas, da mesma forma que o estudo de Stephen Crohn sobre os glóbulos brancos décadas atrás.


"Nosso objetivo é identificar variantes genéticas que oferecem resistência, não apenas à covid-19, mas também a outros vírus ou condições adversas", diz Zatz. "Se identificarmos variantes de proteção e descobrirmos sua função, podemos abrir novas vias de tratamento."


Fonte: BBC

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