quinta-feira, outubro 31, 2019

Prefeitura prepara cemitério para celebrar o dia de finados


O dia de finados, 02 de novembro, já é uma tradição no município de Itaú. A comunidade se prepara para celebrar este dia visitando os seus fies defuntos ornando os túmulos, covas e jardineiras.

A movimentação se dá alguns dias antes da celebração que no município de Itaú-RN acontecerá a Santa Missa às 19h em frente ao cemitério São Miguel Arcanjo, deste sábado.

Assim, a prefeitura Municipal de Itaú por meio da Secretária de Obras e Urbanismo começou os preparos no cemitério local desde o início da semana para que os parentes dos finados possam ter um pouco mais de conforto para preparem seus jazigos.

A prefeitura realiza a limpeza das ruas e praça, como também renova a pintura dos meios-fios e do cemitério dando um novo visual para quem virá celebrar esse momento e recordar os seus familiares, parentes e amigos que já partiram para a morada eterna.
Superlotação

Já é sabido que o cemitério São Miguel Arcanjo enfrenta problemas de superlotação e quando alguém vem a óbito no município e não tem algum familiar enterrado pode ter problemas para encontrar uma nova cova para descansar, contudo, a administração municipal, na pessoa do prefeito Ciro Bezerra, não tem medidos esforços para realizar a construção de um novo cemitério; contudo a falta de recursos impossibilita a obra mesmo tendo um terreno disponível.







Fonte: Assessoria de Comunicação
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Itaú Agora: Secretário de Cultura anuncia 3º Festival da Criança para esta sexta-feira (01)

Na edição desta quarta-feira (30) do Programa Itaú Agora esteve presente o Secretário de Cultura, Jonilson Freitas, que anunciou a 3ª edição do Festival da Criança, que acontece nesta sexta-feira, 01 de novembro de 2019, no adro da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores a partir das 18 horas.

Jonilson explicou como aconteceria todo o evento, dizendo que está 3ª edição tem por objetivo beneficiar todas as crianças do município de Itaú-RN.

Em parceria com as Secretarias de Assistência Social, Saúde, Educação e Cultura com o apoio das instituições de ensino estão sendo distribuídas para todos os alunos das escolas municipais, estaduais e particular as senhas para que as crianças possam aproveitar o momento. Na oportunidade será servido lanches e presentes para todas as crianças.

Jonilson pediu também apoio dos professores e dos próprios pais para auxiliarem no monitoramento dos seus filhos, para evitar qualquer tipo de aborrecimento.

As crianças que não receberem as senhas devem procurar a Secretaria Municipal de Educação na sede do Poder Executivo.

Todo evento é uma realização da Prefeitura Municipal de Itaú, administração do Prefeito Ciro Bezerra, cidade de todos.

Agricultura

Esteve presente no programa Itaú Agora o Secretário de Agricultura José Roberto, que veio alertar os agricultores quanto o cadastramento do benefício Garantia Safra e a vacinação contra a febre aftosa que terá início sua campanha nesta sexta-feira (01).

Para concorrer ao benefício é necessário estar em dia com a sua DAP e apresentar toda documentação. Dúvidas podem procura o secretário na secretaria de agricultura.

Quando a campanha da Febre Aftosa, os criadores de gado que não vacinar seu rebanho poderá sofre conseqüências, onde de acordo com o Secretários cerca de 10 criadores já foram multados no município de Itaú-RN.

Palestra Sobre Visão

Nesta 30ª edição que foi ao ar pela Rádio Cidade FM itauense, um grupo de voluntários composto por três membros (Dr. Enir, Fábio e Adonis) estarão no próximo dia 13, realizando uma palestra sobre a visão no clube ACRI a partir das 08h às 09h e das 14 às 15h, convidando toda população itauense para participar.


Fonte: Assessoria de Comunicação
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Bolsonaro tenta contornar fala do filho: “AI-5 é no passado”

O presidente Jair Bolsonaro fez uma tentativa de contornar a fala do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), sobre um “novo AI-5”. “Quem está falando sobre AI-5 está sonhando”, disse ao ser questionado por jornalistas na saída do Alvorada nesta quinta-feira (31). “Não existe. AI-5 é no passado, existia outra Constituição, não existe mais. Esquece. Vai acabar a entrevista aqui”, afirmou.

JAIR BOLSONARO NUM OUTRO MOMENTO EM COLETIVA DE IMPRENSA AO LADO DO FILHO E TAMBÉM DEPUTADO FEDERAL, EDUARDO BOLSONARO. FOTO FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro, sugeriu que o próprio filho fosse cobrado. “Cobrem dele (Eduardo). Quem quer que seja que fale em AI-5, está sonhando. Tá sonhando! Tá sonhando! Não quero nem ver notícia nesse sentido aí”, disse o presidente.

“Olha, cobre você dele. Ele é independente. Tem 35 anos se eu não me engano. Mas tudo bem. Lamento… Se ele falou isso, que eu não estou sabendo, lamento, lamento muito”, afirmou.

Fonte: Estadão
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Eduardo Bolsonaro sugere ‘novo AI-5’ para conter esquerda no País

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu em entrevista à jornalista Leda Nagle medidas drásticas – como “um novo AI-5” – para conter manifestações de rua como as que ocorrem no Chile atualmente. O filho “03” do presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado em discurso no plenário da Câmara na última terça-feira, 29, que a polícia deveria ser acionada em caso de protestos semelhantes e o País poderia ver a “história se repetir”. Na ocasião, ele não se referiu a que período se referia.

EDUARDO BOLSONARO. FOTO: AGÊNCIA CÂMARA

“Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, afirmou.

O Ato Institucional nº 5 foi o mais duro instituído pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus. A partir da medida, a repressão do regime militar tornou-se mais dura.

A Constituição de 1988 rejeita instrumentos de exceção e destaca, em seu primeiro artigo, como um de seus princípios fundamentais, que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito.

A declaração ocorreu em resposta a uma pergunta sobre a participação do Foro de São Paulo nas manifestações chilenas. Eduardo disse que dinheiro do BNDES foi usado por Cuba e Venezuela para financiar movimentos de esquerda na América Latina. “Nós desconfiamos que esse dinheiro vem muito por conta do BNDES que, no tempo de Dilma e Lula (…)”, diz Eduardo, sem concluir a frase. “Por que não achar que esse dinheiro vai voltar ‘pra’ cá para fazer essas revoluções?”, questionou de forma retórica. “Agora eles têm condições de financiar, de bancar isso num nível muito maior aqui na América Latina”, complementou.

“A gente, em algum momento, tem que encarar de frente isso daí. Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam, sequestravam grandes autoridades como cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares”, disse.

“É uma guerra assimétrica, não uma guerra onde você está vendo seu inimigo do outro lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno, de difícil identificação aqui dentro do País. Espero que não chegue a esse ponto, mas a gente tem que estar atento.”

Durante a campanha eleitoral, um vídeo em que Eduardo afirma ser necessário apenas “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal causou polêmica. Na entrevista à Leda Nagle, ele diz que apenas citou uma brincadeira que ouviu na rua.

Fonte: Estadão
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Mesmo pressionado, Governo silencia sobre hotel Reis Magos

Mesmo após a pressão da Prefeitura do Natal, que anunciou que entrará com ação pedindo que o Governo do Estado defina situação do Hotel Reis Magos, abandonado há década na orla da Praia do Meio, zona Leste de Natal, o Governo ainda não se manifestou quanto ao assunto. Cabe ao secretário de Educação e Cultura definir pelo tombamento ou não do prédio. Se seguir os pareceres dos Conselhos de Cultura do Estado e Município, além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e a sugestão de instituições como a Fiern e Fecomércio, o prédio não será tombado e poderá ser demolido para construção de novo empreendimento.

HOTEL REIS MAGOS.FOTO: CLÁUDIO OLIVEIRA

Como argumentos, a gestão municipal alega que todos os prazos para a emissão desse parecer por parte do Poder Executivo Estadual foram esgotados, bem como destaca o perigo que a população está correndo com o eminente risco de desabamento completo da estrutura do prédio e ainda a precária situação sanitária do local. O secretário de saúde do município já avisou que não permitirá que suas equipes entrem no local, o que pode aumentar o risco de vetores de doenças como a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de uma série de doenças, entre elas dengue, chikungunya e zika.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) voltou a informar ao Portal No Ar que não há prazos para que o Estado defina o que será feito, mesmo com os riscos do prédio abandonado em estado de deterioração. Também disse que não poderá se pronunciar sobre o processo que a Prefeitura do Natal disse que abriria na justiça, até que fosse notificada.

Fonte: Portal no Ar
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Turismo potiguar reaquece economia com qualificação, oportunidades e desafios

Um dos principais pilares da economia potiguar, o turismo alavanca o desenvolvimento social e econômico do Rio Grande do Norte, respondendo por quase 120 mil empregos formais em uma cadeia de serviços que engloba mais de 50 segmentos, segundo dados da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RN).

RETOMADA DO HOTEL ESCOLA BARREIRA ROXA IMPACTA POSITIVAMENTE A QUALIFICAÇÃO E RENASCIMENTO DO TURISMO NO RN (FOTO: DIVULGAÇÃO/SENAC)

Grande responsável por fazer girar recursos novos na economia, o turismo passa por um momento de reaquecimento no Estado, após anos dourados da década de 1990 e início dos anos 2000, convive atualmente com um cenário de buscar recuperação de investimentos e novas rotas aéreas que haviam sido perdidas para concorrentes vizinhos. A retomada passa por um caminho de qualificação profissional, incentivo ao empreendedorismo, oportunidades de financiamento e políticas públicas.

“Eu nunca me canso de dizer que quando o turismo vai bem, o comércio vai bem e, por sua vez, aquece a indústria, alimentando um círculo virtuoso que nós sempre valorizamos e prestigiamos muito, sobretudo por entender a vocação do RN para esta atividade”, destacou o presidente da Fecomércio-RN, Marcelo Queiroz. Prova disso são os números recentes do Sebrae-RN, que em setembro destacou que 70% dos empregos gerados estão nas áreas de comércio e serviços.

Para a geração de emprego e renda é essencial uma qualificação profissional diferenciada e que prepare a mão de obra para as demandas que surgem. “O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RN) contribui diretamente para esses setores, oferecendo um amplo portfólio de cursos em cada área. Na do turismo em especial, a instituição se destaca por oferecer o Complexo Hotel-Escola Senac Barreira Roxa, um equipamento moderno e funcional que foi entregue a sociedade potiguar em fevereiro de 2019 após passar por uma ampla reforma. Além da formação de mão de obra de excelência, o Senac-RN desenvolve projetos e parcerias como foco no desenvolvimento do turismo potiguar”, enfatizou o diretor regional, Ranniery Pimenta.

A capacitação abre um leque de oportunidades, inclusive, impulsiona o empreendedorismo, como o professor de educação física e guia de turismo, Gilson de Medeiros Bezerra, 50 anos, que foi um dos pioneiros do turismo de aventura no RN, com a sua empresa Pé na Estrada.

“Iniciei a atividade no ano de 2003, 2004 por aí, inicialmente de forma amadora, e fui buscar formação profissional do Senac quando comecei a aumentar a demanda, começou a ficar muito profissional e foi um necessário conhecer mais sobre mercado e atuação profissional. Essa formação deu um salto qualitativo, ampliou meus horizontes e me deu conhecimento para melhorar meu trabalho, saindo da esfera amadora para a excelência de qualidade em serviços”, destacou.

Para todo o ciclo gerar é necessário ainda a oferta de crédito pra investimento e programas que incentivem o crescimento do turismo, como  destacaremos nessa matéria especial do PORTAL NO AR.

 Qualificação e parcerias internacionais

Com 70 anos de atuação no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte, a Fecomércio-RN tem por meio do Senac-RN uma valorosa contribuição para a capacitação dos profissionais que atuam nos diversos setores da sociedade.

Um dos seus focos é justamente a área turística que em 2019 ganhou um grande equipamento, a reabertura do Hotel Escola Barreira Roxa. “A retomada produziu um forte impacto positivo para o setor do turismo no estado, pois oferece uma formação profissional sólida, onde é priorizada a prática do trabalho. Nele, os alunos vivenciam uma rotina do mercado, com clientes e desafios reais, dentro de um ambiente monitorado por uma equipe reconhecida pela excelência Senac”, destacou Pimenta.

Por meio do Centro de Educação Profissional, instalado no Hotel, são ministradas diversas capacitações no segmento de turismo, hospitalidade, lazer e gastronomia, permitindo aos estudantes vivenciarem cenários reais de mercado. A estrutura conta com duas cozinhas pedagógicas, laboratório de panificação e confeitaria, e laboratório de alimentos e bebidas. Foram construídas seis salas de aula com vista para o mar e uma Biblioteca com os principais títulos dos segmentos de turismo, hospitalidade, gastronomia e lazer.

“Outra novidade é o Senac Microsoft SmartLab, uma sala multidisciplinar pioneira no estado, que possibilita a implementação de estratégias didáticas inovadoras para o desenvolvimento de habilidades exigidas pelo mercado de trabalho 4.0”, destacou o diretor.

A parceria com a Alemanha também representa um ganho expressivo para o turismo potiguar, com projetos que incentivam e aprimoram o potencial da atividade.

Como é caso do Projeto Verena, uma parceria com o estado alemão da Renânia-Palatinado. Por meio deste projeto, desde 2016 estão sendo implementadas diversas iniciativas, sob coordenação do Sistema Fecomércio e participação da iniciativa pública e privada. A parceria permitiu ao Senac acesso à metodologias e processos inovadores voltados à cadeia produtiva do turismo. Em 2018, após ter sido premiado pelo MTur, o Projeto Verena foi renovado, contemplando as ações para o período de 2019 a 2021.

Dentro da parceria alemã, o Senac desenvolve também o DEL Turismo, uma metodologia para gestão do desenvolvimento econômico, com foco no fortalecimento do turismo de municípios de pequeno e médio porte. Formado por Conselho e Câmaras Técnicas, a iniciativa une os setores atuantes no segmento, como repartições públicas, iniciativa privada e técnicos, para trabalharem de forma conjunta.

“Esta iniciativa segue uma inovadora metodologia de gestão do desenvolvimento econômico, com foco no fortalecimento da cadeia turística em municípios de pequeno e médio portes. Com ele, as cidades passam a pensar o segmento com um olhar técnico, centrado em resultados, em melhoria de produtos e na geração efetiva de emprego e renda para a população”, afirmou Marcelo Queiroz. Atualmente, três municípios executam o DEL Turismo: São Miguel do Gostoso, Tibau do Sul e Parnamirim.

Além da formação ligada ao turismo, o Senac conta com um portfólio de mais de 350 cursos, com uma contribuição muito significativa na contribuição para a empregabilidade e melhoria da qualidade dos serviços.

“Capacitamos mais de 20 mil pessoas anualmente, formando mão de obra para atender as demandas do mercado potiguar em todas essas áreas e o nosso grande desafio é manter o nível de excelência e profissionalismo dedicados em mais de 70 anos aqui no RN. Além de nossa credibilidade, entendemos que é preciso estar atento as transformações e inovações tecnológicas que o mercado profissional exige”, descreveu o presidente da Fecomércio.

Ainda na avaliação de Marcelo Queiroz, a economia em 2019 encerrará com boas expectativas e projeta um cenário animador em 2020.

“A aprovação efetiva da reforma da previdência e o início das conversas em torno das reformas tributária e administrativa nos trazem esta perspectiva positiva. Com estas reformas, o Brasil tende a destravar. É claro que o pulso do nosso setor está intimamente ligado à situação econômica do país e do estado, e vice-versa. É uma relação de interdependência. Estamos esperançosos de que isto se reflita de maneira direta no nosso segmento que, este ano, vem amargando uma estagnação de vendas (+0,2% até agosto, último dado disponibilizado pelo IBGE) e no emprego formal (pouco mais de 1.200 empregos a mais até setembro, o que representa menos de 0,4% de alta). É este cenário que estamos trabalhando para reverter”, analisou Queiroz.

Principal atividade econômica potiguar, o setor de Comércio, Bens, Serviços e Turismo conta com mais de 21 mil empresas no estado, sendo 87% delas micro e pequenas empresas. Juntos, esses segmentos são responsáveis por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

Financiamento e oportunidades

Para quem quer empreender no turismo sabe que o começo muitas vezes é difícil pela falta de capital, porém o cenário que se desenha a partir deste ano no Rio Grande do Norte motiva aqueles que sonham em implementar ou ampliar seus negócios.

Segundo balanço divulgado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Rio Grande do Norte foi o estado nordestino com maior crédito em operações de financiamento para o segmento turístico, com R$ 143 milhões contratados de janeiro a setembro deste ano, por meio do Programa de Apoio ao Turismo Regional (Proatur).

“A linha tem como objetivo integrar e fortalecer a cadeia produtiva do turismo, ensejando o aumento da oferta de empregos e o aproveitamento das potencialidades turísticas da Região, em bases sustentáveis”, destacou o superintendente do BNB no Rio Grande do Norte, Jorge Antônio Bagdêve de Oliveira.

Também são apoiados os corredores turísticos, que correspondem às conexões entre os diferentes espaços turísticos de uma região e que se caracterizam, principalmente, por possuírem infraestrutura turística básica (estradas, transportes, comunicações, potencial turístico natural ou artificial, equipamentos de lazer) e servirem de apoio a excursões realizadas por turistas.

“São passíveis de financiamento a aquisição de bens de capital e a implantação, modernização, reforma, relocalização ou ampliação de empreendimentos do setor de turismo, inclusive aqueles relacionados à economia da cultura”, lembra o superintendente.

O principal projeto financiado esse ano é a construção do Shopping Praça das Dunas, na margem da BR 101, no bairro de Emaús, em Parnamirim, com previsão inicial de 1500 empregos na construção e até 2 mil quando estiver em operação até 2022.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN) em parceria com  Ministério do Turismo, Embratur e Secretaria Estadual de Turismo (Setur) aportou também no Rio Grande do Norte, R$ 1,3 milhões para reestruturar os principais destinos turísticos da costa potiguar. Os recursos vêm do programa Investe Turismo RN – Rota Natal e Litoral, que vai desenvolver um pacote de ações de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, marketing, inovação e melhoria de serviços turísticos de nove municípios.

A proposta do Investe Turismo é unir forças entre setor público, instituições e iniciativa privada para preparar e promover a competitividade desses destinos. A Rota Natal e Litoral engloba os municípios de Natal, Parnamirim, Extremoz, Maxaranguape, São Miguel do Gostoso, Touros, Tibau do Sul (incluindo a Praia de Pipa), Galinhos e Baia Formosa – todos receberão as ações do projeto.

“Precisamos ter forte convergência e potencializar o que já estamos fazendo. Muitas iniciativas são implementadas isoladamente, mas, numa época de recursos tão escassos, por que não aportamos recursos em uma única iniciativa como o Investe Turismo?”, destacou o diretor do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, durante o lançamento do programa em junho.

Aventura de aprender para empreender

“Sempre gostei de me aventurar, fui criado no interior  na Caatinga e vivenciei muitas coisas em ambientes rurais, nas fazendas dos meus avôs. Sempre gostei de andar no mato, subir serra, explorar a natureza para viver essas experiências com meus primos, daí criei gosto por atividades ao ar livre, que somado a minha profissão de educador físico me deu gás para implementar essa atividade profissionalmente”, é o relato de Gilson Bezerra, ex-aluno Senac e empreendedor da Pé na Estrada Trilhas Ecológicas.

Ainda segundo relata em seu prefácio do primeiro livro que está prestes a lançar, “minha atividade como guia de turismo e agente de viagens me oportunizou levar uma vida meio nômade, sonho de infância. Menino de interior, cresci fascinado por circos e ciganos e suas vidas em trânsito, que imprimiam com sua ruidosa chegada repleta de cores e sons, um ritmo diferente da monotonia dos meus dias iguais. Agradava-me, particularmente, a possibilidade de percorrer os vastos caminhos desse mundo dormindo em tendas e barracas, descobrindo lugares e pessoas, provando os sabores e climas diversos que só uma vida de viajante pode oferecer”, descreve orgulhoso.

A qualificação foi essencial para se destacar no mercado que hoje enfrenta ainda marcas de amadorismo. “Com o aumento pela busca de atividades ao ar livre, tenho acompanhado uma enchente de pessoas sem qualificação, organizando viagens e atividades de aventura de forma amadora e isso é bastante preocupante”, alerta.

Por fim, o empresário descreve seus planos. “Para o futuro pretendemos continuar honrando nosso trabalho, prestando serviço de excelência dentro do padrão de qualidade que criamos e amadurecemos nesses longos anos, trabalhando sempre dentro das normas técnicas de gestão de segurança e risco”, finaliza.

O hoteleiro e empresário Habib Chalita, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS), destaca a importância da qualificação para atividades do segmento.

“A qualificação da mão-de-obra em qualquer que seja o campo de atuação é muito importante para capacitar o funcionário e assim ofertar um serviço com cada vez mais qualidade e agilidade. É sabido que o Rio Grande do Norte tem sua vocação turística e isso não é de hoje. Então, defendo que se invista e incentive a capacitação dos trabalhadores que atuam nos segmentos ligados à cadeia turística”, salientou.

Políticas para atração de turistas e investimentos

O setor público tem papel fundamental para o crescimento econômico de um estado com o turismo entre as atividades de destaque. Sem essa visão, o potencial natural não se mantém sozinho. Nos últimos anos, o Rio Grande do Norte perdeu o lugar de destaque entre os estados nordestinos, mas tenta correr atrás do prejuízo na captação de mais turistas, o que consequentemente gira o ciclo econômico potiguar.

Uma das principais medidas do Governo em 2019 foi a redução do imposto do querosene de aviação (QAV) com a contrapartida de aumento de voos para o estado que vinha amargando altos preços e pouca oferta.

O Decreto assinado em junho pela governadora Fátima Bezerra, estabeleceu cinco faixas de alíquotas de ICMS: 12%; 9%; 5%; 3% e 0%. Para ter direito à atual alíquota de 12%, as companhias aéreas devem oferecer pelo menos mais um voo diário nacional ou regional para cidades do Rio Grande do Norte. A alíquota de 9% é destinada às empresas que realizem no mínimo um voo internacional semanal, regular e direto, ou que incremente pelo menos 15% do número de voos domésticos.

“Esse novo decreto é fruto do debate franco, transparente e democrático com as entidades do trade turístico, com a participação fundamental da Fecomércio, com as companhias aéreas, com o setor empresarial de uma maneira geral e com representantes da Inframérica. Eu estou muito confiante de que nós vamos voltar a promover o desenvolvimento do turismo do nosso estado, e a partir de agora teremos mais voos, passagens mais baratas, mais emprego e desenvolvimento para o nosso estado”, afirmou a governadora do RN, Fátima Bezerra.

Em novembro, a expectativa é que com incrementos anunciados pelas empresas aéreas, Latam, Azul e Gol Latam, o RN passará a desfrutar do aumento da conectividade aérea, contando com um incremento de 44 novos voos semanais, entre os sazonais e permanentes. A Gol inclusive abriu processo seletivo para contratação de mais pessoal para atuar no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

Incentivos fiscais também irão trazer empreendimentos turísticos nos próximos anos, como o Île Mormaii, que será erguido no município de Touros, litoral Norte, com investimentos previstos na ordem de R$ 45 milhões e perspectiva de geração de 250 empregos diretos, apresentado na última semana.

A iniciativa privada do trade turístico destaca também que haja uma manutenção da divulgação dos destinos potiguares, o que fará uma retomada mais constante. “Apesar de existir muitas outras demandas importantes, defendemos que o turismo é um importante indutor da economia, dai a necessidade desses investimentos”, ressaltou Jose Odécio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RN).

Opinião compartilhada pelo segmento de bares, restaurantes e similares. “O turismo é o setor que mais gera empregos e arrecadação de impostos. Infelizmente tivemos algumas perdas nos últimos anos em nosso estado. Defendo que o turismo seja tratado pelo poder público como uma política de estado e não de governo. Com isso, a iniciativa privada pode participar de uma forma ainda mais presente e assim, juntos, o setor turístico do Rio Grande do Norte retome seu lugar de destaque no cenário nacional e internacional”, concluiu.

Fonte: Portal no Ar
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Recuperação do Hotel Reis Magos custaria dez vezes mais do que demolição e reconstrução, aponta laudo

A recuperação da estrutura do Hotel Reis Magos custaria R$ 40 milhões, aponta um laudo técnico de uma empresa privada contratada pela Hotéis Pernambuco, atual proprietária do edifício. O valor é 10 vezes maior do que o custo para demolir e reconstruir o prédio. O laudo foi incluído nos autos do processo judicial de tombamento ainda em 2016.

Há três anos, o laudo já constatou que há risco de desabamento do prédio. O documento registra comprometimento na fundação, ferragens expostas e enferrujadas, deformação e comprometimento de vigas e armaduras, além das instalações, como banheiros e encanamentos, totalmente comprometidas. “Nada funciona”, destacou o secretário de Obras de Natal, Tomaz Neto.

De acordo com o chefe da pasta, seriam precisos R$ 10 milhões apenas para a recuperação da estrutura de concreto. “Com recuperação da alvenaria, dos revestimentos, instalações e tudo mais, seriam precisos mais R$ 30 milhões”, explicou Neto.

“Sairia mais caro do que demolir e construir uma estrutura nova”, destacou o secretário com base no laudo anexado no processo.

Risco de queda

Além do alto valor para recuperação do imóvel, o laudo também constatou o risco de desabamento do prédio, o que foi tomado com alarme pelo Executivo municipal.

“A estrutura não avisa quando vai cair”, frizou Neto, que lembrou do desabamento de um prédio em Fortaleza/CE, no início do mês.

Fonte: Portal no Ar
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Conselho de Medicina processa Governo do RN pelo tratamento a pacientes com ‘pé diabético’

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) deu entrada na Justiça Federal com uma Ação Civil Pública contra o Governo do Estado, com a finalidade de que seja determinado que o Estado, de forma imediata, sane as inúmeras irregularidades apontadas pelo relatório da Câmara Técnica de Cirurgia Vascular do órgão, para melhor assistência aos pacientes com problemas de pé diabético. Só este ano, o Hospital Ruy Pereira realizou 1.737 cirurgias até setembro (193/mês) e com estimativa de totalizar 2.316 cirurgias e 411 amputações maiores (ao nível da coxa ou perna) no ano, com 8,5 amputações maiores por semana.

A Ação Civil Pública, que também é em desfavor dos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Mossoró e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, resguarda os interesses não só da área da saúde, como e principalmente os interesses dos pacientes de uma forma em geral.

O texto da ação destaca que é extremamente importante que todos os municípios sejam envolvidos, pois o Hospital Ruy Pereira recebe pacientes de todos os municípios do Rio Grande do Norte. Se todos os municípios estabelecessem um programa adequado de atenção primária para o paciente com diabetes, menos pacientes evoluiriam para feridas de pé diabético e, consequentemente, um menor número de pacientes chegaria ao Hospital Ruy Pereira, reduzindo o número de amputações.

Segundo dados do hospital, no período de janeiro a setembro de 2019 foram atendidos no ambulatório um total de 2625 pacientes, média mensal de 291 pacientes, na seguinte proporção: Natal (43%), Parnamirim (6%), São Gonçalo (4,5%) e Macaíba (3%). De acordo com estes dados, os municípios da Grande Natal respondem por 56,5% da demanda. Sendo assim seria necessário que os municípios dessa região montassem um serviço especializado.

Para se ter uma ideia da grandiosidade da situação, o Hospital Ruy Pereira em 2018 realizou 1.363 cirurgias no ano, realizando 242 amputações, ocorrendo assim 4,6 amputações por semana.

Por outro lado, o Hospital Ruy Pereira em 2019 aumentou a sua demanda de atendimentos ambulatoriais pela Cirurgia Vascular em 121%. Dados de 25/10/2019 revelam que existem 104 pedidos de leitos rápido (46 masculinos e 58 femininos), 126 pacientes na fila de espera que não foram classificados como leito rápido, totalizando 230 pacientes.

Fonte: Portal no Ar
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Detran diz que estão usando um perfil falso do diretor do órgão

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) divulgou nota de esclarecimento nesta quinta-feira (31) alertando sobre um perfil falso do diretor-geral do órgão, Jonielson Pereira, no aplicativo Whatsapp que estaria tentando aplicar golpes se passando pelo diretor. Segundo a nota, medidas judiciais estão sendo tomadas.

JONIELSON PEREIRA DE OLIVEIRA É DIRETOR-GERAL DO DETRAN. DIVULGAÇÃO/DETRAN RN

NOTA ESCLARECIMENTO – Perfil Falso

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) vem a público informar que foi descoberto um perfil falso do diretor-geral do Detran, Jonielson Pereira, circulando na rede social whatsapp. O criador do perfil fake está se utilizando da imagem do Diretor do Detran para tentar aplicar golpes oferecendo vantagens indevidas.

Diante disso, a Direção do Órgão instaurou processo no intuito de investigar o caso e encontrar os devidos culpados desse ato criminoso.

Fonte: Portal no Ar
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Corpo de Bombeiros combate 15 incêndios em 24 horas no RN

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) segue combatendo os incêndios florestais no Estado Potiguar. Somente nas últimas 24 horas as equipes combateram 15 ocorrências deste tipo.

Na Serra do Encanto, os bombeiros militares combateram a grande maioria dos focos. Ficaram apenas brasas e troncos isolados queimando, mas sem riscos de expansão ontem a noite devido os aceiros. Hoje às 08h faremos mais uma vistoria.

Em Serrinha dos Pintos e Pau dos Ferros, desde às 14h até às 22h as equipes trabalharam para debelar, no entanto, o fogo tomou direção para a cidade de Pilões. Hoje às 08h parte da guarnição irá para Pilões também.

Em Acari, nossas equipes estão desde o início da tarde de ontem trabalhando no local com apoio de voluntários. Três equipes foram empregadas. O fogo é na Serra e o acesso é muito difícil, mesmo assim, vários focos foram debelados. Uma equipe retornará ao local hoje pela manhã.

Operação AMA
O CBMRN reforçou as equipes de combate a incêndios florestais em todo Estado, ao deflagrar a operação AMA, Abrace o Meio Ambiente. Diari as operacionais estão sendo utilizadas para garantir o atendimento das ocorrências.

Fonte: Portal no ar
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Depois de 18 dias no hospital, menina que caiu de prédio em BH recebe alta


"É muito bom voltar pra casa. É muito ruim ficar no hospital, porque não tem nada pra fazer", disse a menina Clara Pereira, de 10 anos, ao receber alta nesta quinta-feira (31). Há 18 dias, ela caiu do 9º andar de um prédio no bairro Heliópolis, na Região Norte de Belo Horizonte.

Menina que caiu de 9º andar de prédio recebe alta — Foto: Patrícia Fiúza / G1
Menina que caiu de 9º andar de prédio recebe alta — Foto: Patrícia Fiúza / G1

"Vitória. Não tenho palavras para descrever este milagre", afirmou bastante emocionada a mãe da menina, Neilma Paes.
A expectativa da menina era voltar a ver o céu, a cidade e a irmã de 3 anos, contou o pai Wallace. "Hoje, estou em estado de graça", comemorou.

Menina recebeu alta nesta quinta-feira (31) — Foto: Danilo Girundi / TV Globo

Menina recebeu alta nesta quinta-feira (31) — Foto: Danilo Girundi / TV Globo



O acidente foi no dia 13 de outubro, enquanto ela passava o feriado na casa de primos.

Um laudo pericial descartou a possibilidade de que ela tenha sido arremessada. A família acredita em episódio de sonambulismo.

Clara caiu no telhado da área privativa de um vizinho, o que amorteceu a queda. O fato de a menina ter caído de lado pode explicar a sobrevivência dela.

Ela passou por três cirurgias, sendo a segunda com duração de 12 horas. Ela quebrou a perna e braço esquerdos, além de parte do rosto.

Fonte: G1
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Situação fiscal é crítica ou difícil em 74% dos municípios do país, aponta Firjan

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (31) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revela um quadro grave da situação fiscal no país. A grande maioria dos municípios têm gestão fiscal considerada crítica ou difícil, e 1/3 deles sequer conseguem se sustentar financeiramente.

A análise foi feita a partir do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), construído com base nas contas municipais de 2018 enviadas pelas prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Foram analisados 5.337 dos 5.568 municípios brasileiros - 100 descumpriram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e não deram transparência às suas contas, e outras 131 enviaram dados inconsistentes para a STN, o que impediu a análise pela Firjan.


O índice é composto por quatro indicadores (Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez, e Investimentos) e vai de 0 a 1 – quanto maior, melhor a gestão fiscal.

Do total de prefeituras analisadas, 40,5% têm situação crítica, 33,4% difícil, 22,1% boa, e apenas 4% obtiveram excelência na gestão fiscal.

Mapa mostra a situação fiscal nos municípios brasileiros de acordo com índice elaborado pela Firjan — Foto: Firjan/Reprodução
Mapa mostra a situação fiscal nos municípios brasileiros de acordo com índice elaborado pela Firjan — Foto: Firjan/Reprodução


“A gente percebe que a situação crítica é cristalizada. A gente precisa de reformas estruturais que possibilitem aos municípios uma melhor gestão orçamentária”, enfatizou o gerente de estudos econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.
Por se tratar de uma questão estrutural, o pesquisador diz não ser possível uma mudança no curto prazo para as prefeituras com situação crítica. Os principais problemas identificados pela Firjan na gestão fiscal dos municípios foram:


Dificuldade de financiar a estrutura administrativa municipal com recursos da economia local;
Elevada rigidez do orçamento das prefeituras, sobretudo com gastos de pessoal;
Dificuldade para o cumprimento das obrigações financeiras;
Dificuldade de gerar bem-estar e competitividade através de investimentos.
Na média do país, o IFGF Geral aponta para uma situação difícil, que é acompanhada pelos indicadores de Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimento. Já o IFGF Autonomia mostra que a média do país tem situação crítica.

Índice Firjan de Gestão Fiscal faz uma análise da situação fiscal das prefeituras do país — Foto: Infografia: Aparecido Gonçalves/G1
Índice Firjan de Gestão Fiscal faz uma análise da situação fiscal das prefeituras do país — Foto: Infografia: Aparecido Gonçalves/G1

Autonomia
Nesta edição do IFGF, a Firjan alterou a composição do índice, retirando os indicadores “Receita Própria” e “Custo da Dívida” e incluindo um novo, o de Autonomia, que verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos de manutenção da Câmara de Vereadores e da estrutura administrativa da Prefeitura.


Este novo indicador teve o pior resultado entre os quatro. Ele apontou que 57,5% das prefeituras (3.069) arrecadam apenas o suficiente para pagar os custos básicos da administração municipal. Destas, 1.856 não conseguem arrecadar sequer o montante necessário para se manter, ou seja, não se sustentam.

Segundo a Firjan, para estas cidades seria necessário aumentar em pelo menos 50% os seus recursos próprios. A entidade, porém, considera isso “pouco provável”, já que os estudos mostram aumento real de apenas 9,6% da receita local destes municípios nos últimos cinco anos.

Gastos com pessoal
A folha de pagamento funcionalismo é, segundo a Firjan, a grande vilã do orçamento público em todas as esferas de poder. Os gastos com pessoal promovem alta rigidez do orçamento.

Por isso, neste quesito, 2.635 (49,4%) prefeituras do país apresentam situação crítica, sendo que 1.814 gastaram mais de 54% da receita corrente líquida com a folha de pagamento, que é o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. As outras 821 em situação crítica têm quadro ainda mais grave: ficaram fora da lei em 2018, pois ultrapassaram o teto de 60% estabelecido pela LRF.

A situação é difícil para 1.094 prefeituras, que precisam ficar em alerta para não piorar o quadro. As outras 1.608 prefeituras do país tiveram desempenho bom ou excelente para com os gastos com pessoal – 762 (14,3%) com boa situação e 847 (15,9) com excelência.


Segundo o gerente de estudos econômicos da Firjan, as prefeituras têm condições de reduzir seus gastos com pessoal congelando salários e cortando pessoal não concursado.

“O primeiro passo para reduzir o gasto com pessoal aio longo dos anos é evitar os reajustes salariais. Depois, reduzir aqueles gastos com funcionários não concursados que não sejam a principal prioridade do município, ou seja, cortando onde não é essencial entrar no momento”, sugeriu.
Liquidez
O melhor resultado entre os indicadores que compõem o IFGF foi o de Liquidez, que verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano com os recursos em caixa para cobrí-los no ano seguinte. O levantamento mostrou que 42,8% das prefeituras do país planejaram suas contas a fim de não fechar o ano no vermelho.

Na outra ponta, foram 1.121 (21%) cidades que “entraram no cheque especial”, ou seja, fecharam 2018 sem recursos em caixa para quitar as dívidas contraídas. Segundo a Firjan, isso é reflexo da falta de planejamento orçamentário, que leva ao descumprimento das obrigações financeiras.

“Se o município ao menos cobre seus restos a pagar com recursos em caixa, seu IFGF Liquidez é classificado como em situação difícil”, explicou o gerente da pesquisa. Foram 1.932 (36,2%) prefeituras classificadas em situação difícil, 1.163 (21,8%) com classificação boa e 1.120 (21%) com excelência.


Goulart ponderou que ter restos a pagar não é um problema para as prefeituras. O problema é quando não há dinheiro para quitar as dívidas.

“A prática de postergação desses pagamentos acaba sendo uma forma de financiamento das prefeituras, já que elas têm muita dificuldade para contratação de empréstimos”, ressaltou o gerente da pesquisa.
Investimentos
A conclusão da Firjan ao analisar os investimentos municipais é que “as cidades não podem olhar para o futuro”. Quase a metade das prefeituras (47%) foram classificadas com situação crítica neste quesito, porque não conseguiram investir mais de 3% do seu orçamento. A excelência ficou restrita a apenas 795 municípios (14,9% do total) sendo que, destas, somente 419 investiram mais de 12% de sua receita total.

Na média, segundo a Firjan, os municípios conseguiram investir 5,1% de sua receita em 2018. Este foi o segundo nível mais baixo da série histórica do IFGF, ficando atrás de 2017, quando esta média foi de 3,6%.

Ao cruzar os dados do índice, percebe-se que há cidades que tiveram conceito zero em autonomia, mas alcançaram excelência em investimentos. É o caso de Maricá, no Rio de Janeiro, que a despeito de não arrecadar o suficiente para custear sua estrutura administrativa, fez investimentos que atingiram 10,5% de sua receita total..

O gerente da pesquisa, Jonathas Goulart, ponderou que Maricá tem alta dependência dos royalties do petróleo, que é uma receita variável e incerta, e baixa atividade econômica local, o que implica em arrecadação insuficiente para custeio básico. Porém, isso não significa que ela não tenha saldo em caixa para investir.

“A gente percebe que muitas vezes o município não tem investimento porque ele prefere fazer um caixa. Então, é normal a gente ver cidades com baixo caixa e alto investimento e, muitas vezes, cidades com baixo investimento e muito caixa. Isso significa que ela está segurando para fazer investimentos lá na frente”.

Situação insustentável
De acordo com a Firjan, 568 municípios tiveram nota zero tanto no quesito Autonomia quanto em Liquidez. Proporcionalmente, Maranhão é o estado com mais prefeituras nessa situação (42% do estado/85 prefeituras), seguido por Pará (32%/41 cidades) e Pernambuco (32%/58 cidades).

“Essas cidades já começam o ano sem recursos em caixa para quitar o passivo de despesas do exercício anterior. Para piorar, não geram recursos suficientes para custear sua estrutura administrativa, o que as torna vulneráveis a eventuais choques negativos de receita. Isso, de fato, acende um alerta em duas frentes essenciais ao funcionamento do município: o pagamento de fornecedores e o funcionamento da estrutura mínima da Prefeitura e da Câmara de Vereadores”, avaliou Goulart.


Ele ressaltou, ainda, que 1/3 destas 568 cidades também tiveram nota zero no quesito Gastos com Pessoal, ou seja, descumpriram o teto de 60% da Receita Corrente Líquida para Gastos com Pessoal.

“Para estas, temos uma situação realmente insustentável e a inclusão dos municípios em reformas estruturais é essencial para reverter esse quadro”, enfatizou.
Questionado como é possível uma cidade que não tem Autonomia para custear a estrutura administrativa básica conseguir, ainda assim, ter Liquidez, Goulart lembrou que há outras receitas, que não a arrecadação municipal, que permitem cobrir o caixa.

“O orçamento municipal também é composto, por exemplo, por transferências redistributivas, como o Fundo de Participação dos Municípios, e compensações financeiras, como Royalties. Dessa forma, é possível sim que um gestor com bom planejamento financeiro tenha caixa suficiente para cobrir seus restos a pagar, a despeito da nota zero no IFGF Autonomia”.

Olhar de médio a longo prazo
Segundo a Firjan, o problema fiscal é estrutural no país e demanda reformas estruturantes que demandam tempo tanto para serem implantadas, como para gerarem resultados. Para a entidade, estas reformas têm de ser centradas nas obrigações orçamentárias, na distribuição de recursos e na organização administrativa.

“A gente acredita que esse é um mapa que pode ajudar a mudar essa realidade”, enfatizou o gerente da pesquisa, Jonathas Goulart.

Para reduzir a rigidez orçamentária, a Firjan sugere uma reforma administrativa no país e a inclusão dos municípios na reforma previdenciária recém aprovada pelo Congresso. Para distribuição de recursos, aponta a necessidade urgente de uma reforma tributária, além da revisão das regras do Fundo de Participação dos Municípios.

Já no âmbito administrativo, a entidade sugere alterações nas regras de criação e fusão de municípios, revisão das competências municipais e rigor no cumprimento das regras de responsabilidade fiscal. “As punições ao gestor público não são concretizadas”, afirmou Goulart.

Capitais têm mais autonomia, mas penalizam investimentos

À despeito da média nacional, cuja gestão fiscal foi classificada em dificuldade, a média das capitais aponta para uma boa gestão.


O que difere as capitais dos demais municípios na gestão fiscal, segundo a Firjan, é a alta geração de receita frente ao custo com a estrutura administrativa, menor rigidez orçamentária e maior capacidade de planejamento orçamentário. Em contrapartida, as capitais destinaram menos recursos aos investimentos.

Enquanto a média dos municípios foi 5,1% de investimento em relação à receita total, a média das capitais foi de 4,2%.

No ranking de gestão fiscal entre as capitais, o grande destaque ficou com as regiões Norte e Nordeste, que ocuparam seis entre as dez melhores colocações. Salvador, capital baiana, se sobressaiu com nota máximo em três dos quatro quesitos – em Investimentos foi classificada como em dificuldade.

Na outra ponta do ranking, Rio de Janeiro (RJ) e São Luiz (MA) ocuparam as duas últimas posições, combinando níveis críticos de investimento e liquidez – ambas tiveram nota zero neste último quesito, o que significa que elas fecharam o ano sem dinheiro no caixa para honrar as dívidas a serem pagas no ano seguinte.

Fonte: G1
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Número de alunos negros reprovados nas escolas do Brasil é duas vezes maior que o de brancos, diz Unicef

Dos 2,6 milhões de estudantes de ensino fundamental ou médio que reprovaram de ano em 2018, 48,41% são negros (pretos ou pardos). Segundo estudo da Unicef, o número de reprovados neste grupo é duas vezes maior que o de brancos, somando, em 2018, mais de 1,2 milhão de estudantes reprovados.

O levantamento divulgado na tarde desta quinta-feira (31) foi feito com base nas informações das matrículas nas escolas públicas estaduais e municipais brasileiras. Ele faz parte da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, mantida pelo Unicef em parceria com o Instituto Claro e que inclui a divulgação de dados sobre a qualidade da educação e um curso online para educadores em um portal na internet, além de cadernos com recomendações para escolas estaduais e municipais enfrentarem o problema, e suporte individual a redes de ensino pelo Brasil.


Segundo Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef, o foco do estudo foi na vulnerabilidade de alguns grupos de alunos com maior propensão à reprovação. Por isso os dados comparam os resultados segundo a raça/cor, o gênero, a localização da escola e o fato de os alunos terem ou não deficiência.

Estudantes que repetem de ano
O estudo, feito com base nos dados do Censo da Educação Básica de 2018, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em janeiro deste ano, mostra ainda que a raça não é o único critério que pode deixar os alunos mais vulneráveis à reprovação e a ficarem atrasados em relação à idade, o que aumenta o risco de abandonarem a escola.


Segundo o Unicef, outros recortes, como gênero, portadores de deficiência ou localidade da escola podem aumentar ou não a probabilidade de reprodução. As comparações feitas pelo órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que:

11,3% dos meninos reprovaram de ano em 2018, contra 6,9% das meninas;
Já entre os estudantes com alguma deficiência, a taxa de reprovação foi de 13,82%. No grupo de alunos sem deficiência, ela cai para 8,68%;
Nas escolas rurais, um a cada dez alunos não passou de ano (10,29%). Considerando os estudantes da zona urbana, a taxa foi de 8,96%.

Alunos do ensino médio  — Foto: Eduardo Apolinário/TV Globo
Alunos do ensino médio — Foto: Eduardo Apolinário/TV Globo

Estudantes atrasados
A reprovação faz com que os estudantes acabem atrasados em relação aos colegas da mesma idade. Em 2018, segundo o Unicef, o Brasil tinha 6.474.641 alunos com dois ou mais anos de atraso escolar. Isso representa 22% do total de matrículas nos três níveis de ensino.


Essa é a chamada "distorção idade-série". Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), a meta definida em 2014 e aprovada por unanimidade no Congresso Nacional prevê que, até 2024, 95% dos adolescentes de 16 anos tenham concluído pelo menos os oito anos do ensino fundamental, e que 85% dos adolescentes de 15 a 17 anos estejam matriculados no ensino médio.

Os dados analisados pelo Unicef indicam que, no Brasil, esse problema varia conforme as regiões e vai piorando conforme aumenta a idade do estudante: no ensino fundamental I (anos iniciais), 13% dos alunos estão com dois ou mais anos de atraso, um índice que salta para 28% e 31% no fundamental II (anos finais) e no médio, respectivamente.

Entre os meninos, mais uma vez as taxas são mais altas: 26,2% deles estavam atrasados em pelo menos dois anos em 2018. Considerando as alunas meninas, esse índice cai para 18,31%;
A distorção é ainda maior entre os estudantes com deficiência: 48,67% deles estavam matriculados em duas séries atrás do esperado para a idade, no mínimo; entre os estudantes sem deficiência, essa defasagem foi de 22,16%;
Já na zona rural, essa taxa foi de 27,3%, comparado com 21,5% na zona urbana.
Estudantes que abandonam a escola
Em 2018, o Unicef aponta que 912.524 estudantes matriculados no ensino básico desistiram da escola, sendo que metade deles já estavam no ensino médio quando abandonaram.

Segundo o Unicef, os dados representam os índices de abandono escolar divulgados pelo próprio Inep.

Mais uma vez, os índices são mais elevados na Região Norte em todos os níveis de ensino. De acordo com o estudo, metade dos estudantes que abandonaram a sala de aula são pretos e pardos.

Estratégia de melhorias
Segundo Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef, atualmente muitos estudantes enfrentam uma "cultura de fracasso" nas escolas. "O ciclo que acontece é reprovação, distorção idade-série, abandono. Então era importante a gente ter todo o painel", explicou ele.


A análise feita pelo fundo foi além dos microdados públicos divulgados pelo Inep. Um pesquisador do Unicef solicitou acesso à chamada "sala segura", para poder buscar dados na base completa do Censo -- o Inep permite esse tipo de estudo, desde que os resultados não sejam detalhados a ponto de que um estudante possa ser identificado.

Além do panorama nacional, o Unicef também levantou iniciativas bem sucedidas para atender aos milhões de alunos que estão atrasados na escola. Dutra afirma que o Unicef encontrou grande demanda das próprias redes em rever projetos e buscar soluções melhores.

Segundo ele, são três as principais recomendações feitas às redes:

Entender que a educação sozinha não resolve o problema e, por isso, é preciso pensar em articulações em rede com outros setores sociais;
Conhecer com profundidade a situação, escutando e engajando os próprios alunos que estão enfrentado problemas de reprovação;
Mudar o currículo. Nesse caso, ele explica que não se trata especificamente do conteúdo dado na sala de aula, mas expandir a relação das atividades da escola com a comunidade, além de desenhar ações exclusivas para esse grupo de estudantes, "e depois avançar para a escola toda".
Segundo ele, executar ações pensadas especificamente para esses alunos pode envolver até separá-los dos demais estudantes daquele ano, e reuni-los com alunos repetentes de outros anos também.


Apesar de alguns fatores sejam citados como prováveis causas comuns da reprovação e da evasão (como racismo e gravidez na adolescência), o especialista diz que o objetivo é "não fazer um diagnóstico prévio nem massificado" do problema, e sim identificar o que acontece em cada localidade.

Para Daniely Gomiero, diretora de Comunicação Interna e Responsabilidade Social Corporativa da Claro, e vice-presidente do Instituto Claro, além de reunir e publicar dados que mostram a realidade do problema, iniciativas como o curso online do programa são importantes para ajudar a capacitar professores para usar esses dados e a tecnologia disponível em "atividades mais assertivas".

Segundo ela, "o uso de dados é super importante para a gente refletir para o futuro", diz ela.

Fonte: G1
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