quinta-feira, julho 23, 2020

RN tem 46.056 casos confirmados e 1.650 mortes por Covid-19

Mais de 125 mil testes de Covid-19 foram realizados no RN — Foto: Pedro Vitorino/CedidaO Rio Grande do Norte registrou 46.056 casos confirmados e 1.650 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) desta quinta-feira (23). Outros 200 óbitos estão sob investigação.

O estado tem ainda 57.908 casos suspeitos e outros 71.311 descartados. De acordo com a Sesap, hoje são 22.901 pacientes recuperados no RN - mais de 5 mil a mais que o dia anterior (17.457).

Foram registradas 14 mortes a mais em relação ao boletim de quarta-feira (22), que apontavam 45.184 casos confirmados e 1.636 óbitos pela doença.

O Rio Grande do Norte conta atualmente com 490 pessoas internadas com Covid-19, sendo 338 na rede pública e 152 na rede privada. Quanto aos leitos críticos (semi intensivo e UTIs), a taxa de ocupação na rede pública é de 81,52% e na rede privada de 53%.

De acordo com o novo boletim, o RN já realizou 125.100 testes do novo coronavírus, sendo 55.005 RT-PCR e 70.095 testes sorológicos.

Números do coronavírus no RN
46.056 casos confirmados
1.650 mortes
22.901 confirmados recuperados
57.908 casos suspeitos
71.311 casos descartados

Fonte: G1
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Equipe do Parque das Dunas encontra garrafas plásticas, lençóis e até ventilador durante limpeza em trilhas

Uma equipe de limpeza do Parque das Dunas encontrou na manhã desta quinta-feira (13) lixo espalhado pelas trilhas do Parque das Dunas, unidade de conservação ambiental em Natal. Entre os materiais recolhidos, foram encontrados garrafas plásticas, lençóis e até um ventilador.

Ventilador foi encontrado por agentes de limpeza no Parque das Dunas — Foto: Divulgação
Ventilador foi encontrado por agentes de limpeza no Parque das Dunas — Foto: Divulgação

“Vivemos uma situação devastadora no mundo todo causada pela poluição de plástico. Uma grande ameaça aos ecossistemas e ainda estamos engatinhando na discussão desse tema. Foi um sentimento de tristeza encontrar tanto lixo em nossa Unidade de Conservação, e ao mesmo tempo ver que muitas pessoas tratam isso com descaso ou não se sentem responsáveis pelo processo nocivo do planeta Terra”, disse Mary Sorage, gestora do Parque das Dunas.

Entre o material recolhido durante a limpeza, havia ainda bitucas de cigarro, preservativos, papelão e utensílios de plástico. Ao todo, foram recolhidos 15 sacos - com capacidade de 200 litros - de material.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), o lixo foi encontrado em um trecho da área de mata, localizada próximo a Rua da Torre, no bairro Morro Branco. Além disso, técnicos do instituto também detectaram uma invasão de pessoas por uma entrada clandestina para praticar exercícios físicos. O Parque das Dunas segue fechado em função da pandemia de coronavírus.

Lixo foi encontrado em trilhas no Parque das Dunas — Foto: Divulgação
Lixo foi encontrado em trilhas no Parque das Dunas — Foto: Divulgação

Profissionais do Idema e da Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipam) colocaram um cerca na abertura clandestina detectada nesta quinta-feira. Na vistoria, também foram identificadas árvores pichadas, placas e bancos destruídos.

“Parte da população ignora o fato de que o Parque das Dunas é uma área protegida por lei e que é prioridade a conservação e a preservação da mata da nossa cidade. A utilização de trilhas clandestinas desrespeita e desconsidera toda a questão dos princípios da preservação da Unidade de Conservação da Natureza”, falou a gestora.

Mary Sorage reforçou ainda o perigo que o descarte de lixo pode gerar para os animais que vivem no Parque das Dunas. “Um animal que encontra materiais estranhos em seu habitat pode achar que é alimento e ingerir. Pode também se ferir com os resíduos, adquirir ou transmitir doenças ou até morrer. Os animais se afugentam à medida que as pessoas modificam o habitat deles. São questões sérias que refletem na saúde dos animais, na qualidade das plantas, solos e do ar e da própria saúde humana”.

Prática ilegal de exercício
Um grupo de corrida foi flagrado no último sábado (18) no Parque das Dunas, que segue fechado em função da pandemia de coronavírus. O acesso ilegal é considerado infração ambiental.

"Cometem dois tipos de infrações: uma de cunho ambiental e outra por descumprimento do distanciamento social. A invasão em área protegida é fator gerador de diversos riscos causados ao meio ambiente e para a segurança. Sem falar que essas pessoas estavam promovendo aglomeração, colocando em risco a saúde individual e coletiva", falou o diretor administrativo do Idema, Marcílio Lucena.

O Parque das Dunas é integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira, formada por uma diversidade biológica fundamental para a existência do Bioma.

Mais de 15 sacos foram enchidos com lixo encontrado — Foto: Divulgação
Mais de 15 sacos foram enchidos com lixo encontrado — Foto: Divulgação

Fonte: G1
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Com ocupação limitada, hotéis na Praia da Pipa reabrem e reforçam cuidados contra novo coronavírus

Um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte e do Brasil, a praia da Pipa, a 90 km de Natal, viveu o primeiro fim de semana com a volta dos serviços após o decreto que regulamentou a reabertura gradual do comércio e empreendimentos. O retorno das atividades, seguindo os protocolos de saúde e sanitário especificados para a prevenção ao novo coronavírus, animou empresários.

Praia de Pipa volta a receber visitantes — Foto: Divulgação
Praia de Pipa volta a receber visitantes — Foto: Divulgação

De acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN), os associados estão tomando todos os cuidados desde a higienização na chegada de funcionários e hóspedes, bem como nos locais de acomodação e restaurantes, à utilização de máscaras e álcool gel.

O gerente geral do Hotel Marinas, Eduardo Simonetti, disse que conseguiu lotar o empreendimento "dentro dos protocolos de segurança, ou seja, 50% da ocupação. Mas foi tudo muito tranquilo, o que nos deixou bastante satisfeitos com nossa equipe".

"Estamos cumprindo todas as medidas e usando álcool gel, máscaras, luvas, protetor facial, além de aferir a temperatura e temos também o oxímetro (aparelho usado para medir a saturação de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca)", completou.

Marina Brito, gerente geral do Bosque da Praia, Quinta do Rio e Sibaúma Flats, destacou que os turistas colaboraram e respeitaram o distanciamento social e o uso de máscaras. Ressaltou ainda que todos os empreendimentos que abriram as portas tiveram a atenção de seguir os protocolos e o limite de ocupação.

O sentimento dos empresários é de otimismo para os próximos fins de semana e esperam assim, aos poucos, retomar o pleno funcionamento e a ocupação dos empreendimentos localizados em Pipa e na região de Tibau do Sul, respeitando as recomendações do decreto.

fonte: G1
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Casos de dengue diminuem 73% no Rio Grande do Norte, diz Sesap

Os casos confirmados de dengue diminuíram 73% no Rio Grande do Norte em 2020 no comparativo com o mesmo período - de janeiro a julho - do ano anterior. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

Mosquito Aedes Aegypti é transmissor de dengue, zika e chikungunya — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação
Mosquito Aedes Aegypti é transmissor de dengue, zika e chikungunya — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação

Ao todo, o estado registrou, nos sete meses deste ano, 1.878 casos da doença. Em 2019, nessa mesma época, eram 7.016 casos. O número de mortes também foi menor: cinco mortes confirmadas em 2020. No ano anterior, oito pessoas haviam morrido por dengue até julho.

Outras doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti também reduziram o número de casos em 2020. A chikungunya caiu em 55% o número de pessoas infectadas em 2020: foram 1.413. Em 2019, essa conta foi de 3.208.

Os casos de zika também caíram e até julho 24 casos foram registrados no estado e cinco bebês nasceram com a doença. Em 2019, eram 53 casos, com sete crianças nascendo com microcefalia como consequência da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde, a diminuição no número de infectados pelo Aedes Aegypti pode estar relacionada ao cenário causado pela pandemia do novo coronavírus. A pasta acredita que o fato provocou uma redução nas notificações de casos de dengue e chikungunya, sobretudo.

A Sesap, portanto, destaca que é importante manter as medidas de prevenção no combate ao mosquito, que se prolifera em porções de água limpa acumulada. O período chuvoso pelo qual tem passado boa parte do estado é outro sinal de alerta, pois pode contribuir para a procriação.

Fonte: G1
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Saúde do RN passa a testar todos os pacientes com sintomas de Covid-19 nesta sexta (24)

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte informou que passará a testar todos os pacientes com sintomas de Covid-19 que procurarem o serviço público de saúde a partir desta sexta-feira (23).

Testes para Covid-19 — Foto: AEN/Divulgação
Testes para Covid-19 — Foto: AEN/Divulgação

Até agora, apenas membros dos grupos prioritários: idosos, pessoas com comorbidades e servidores da Saúde e da Segurança, além de pacientes graves, que eram considerados prioritários, passavam pelo teste com swab - que recolhe material no nariz ou garganta e é considerado "padrão ouro" pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).

"A partir de amanhã, esses grupos elegíveis se desfazem e qualquer pessoa sintomática, com indicação médica, poderá fazer o exame que chamamos RT-PCR", afirmou Alessandra Lucchesi, subcoordenadora e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde.

A medida segue uma nota técnica do Ministério da Saúde, dentro de um programa chamado Diagnosticar para Cuidar. A previsão é de que 100% dos casos de síndrome gripal sejam testados para Covid-19.

De acordo com o governo, não haverá uma testagem em massa, como uma espécie de mutirão, mas todos os pacientes com algum sintoma da Covid-19 que procurarem o serviço de saúde e tiverem com sintomas gripais passarão pelo exame.

De acordo com o diretor administrativo do Laboratório Central do Rio Grande do Norte, Derlei Galvão, a expectativa é que a demanda de testes aumente a partir de agosto.

Caso o laboratório não tenha capacidade para atender todas as testagens, os exames deverão ser encaminhados para centros de referência, como os laboratórios da Fiocruz e a Dasa.

Apesar disso, ele afirmou que a equipe está sendo ampliada para conseguir realizar os testes e tem capacidade para realizar mil exames por dia.

Fonte: G1
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Desocupação cresce no RN e 190 mil pessoas procuraram por trabalho em junho, diz IBGE

O Rio Grande do Norte chegou a um número de 190 mil pessoas procurando por trabalho no mês de junho, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (23). A taxa de desocupação ficou em 13,8%. Em maio, ela era de 12,3%, o que representava 173 mil pessoas no estado.

Carteira de trabalho — Foto: Devanir Gino/EPTV
Carteira de trabalho — Foto: Devanir Gino/EPTV

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Covid-19 de junho. Além das pessoas desocupadas, sem trabalho formal ou informal e que tomaram medidas efetivas para conseguir retornar ao mercado, há outro grupo: as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade.

Em junho, 449 mil potiguares estavam nessa situação. Segundo o IBGE, o grupo não pode ser considerado desocupado porque não tomou medidas efetivas para conseguir um trabalho, mas tinha disposição para isso.

Somados os desocupados e “pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade”, o Rio Grande do Norte tem 639 mil pessoas subutilizadas, de acordo com o IBGE.

Com a flexibilização gradual do isolamento, essas pessoas podem retornar a busca por trabalho nos próximos meses e aumentar a taxa de desocupação.

40 mil empregados voltaram ao trabalho presencial
No período, o número de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho em razão do distanciamento social diminuiu. Em junho, 19,6% da população ocupada estava afastada, o que equivale a 232 mil pessoas. No mês anterior, 22% dos ocupados estavam nessa condição, o que correspondia 272 mil trabalhadores potiguares.

Auxílios emergenciais chegam a 56% dos lares
Em 56% dos domicílios do Rio Grande do Norte pelo menos uma pessoa recebeu auxílios emergenciais governamentais relacionados à pandemia (Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e Renda por exemplo) em junho. Isso significa 612 mil domicílios. No mês de maio, esse tipo de benefício atingiu 53,2% das residências potiguares.

A média de rendimento com origem no auxílio emergencial foi de R$ 914 em junho no RN. No Nordeste, a essa média é de R$ 950. Os auxílios emergenciais chegaram a 58,9% dos domicílios na região. De todas as unidades da federação, o Maranhão tem a maior média de rendimento proveniente de auxílios emergenciais, R$ 1.047. O Amapá (67,3%) e o Maranhão (66,5%) são os estados onde os auxílios emergenciais chegaram a mais domicílios.

Busca por atendimento
A quantidade de pessoas que apresentaram algum dos sintomas de síndromes gripais cresceu em junho em relação a maio: variou de 258 mil para 277 mil. Isso representa uma variação de 7,3% para 7,8% do total da população, estimada em 3.533.000 residentes.

Apesar do crescimento, que foi contra a tendência nacional de redução do percentual de pessoas com algum sintoma gripal, o Rio Grande do Norte manteve-se abaixo da média do Nordeste (8,4%) e passou ter média levemente acima da média nacional (7,3%).

A quantidade de pessoas que apresentaram algum sintoma gripal e buscaram atendimento hospitalar também cresceu: variou de 55 mil para 72 mil entre maio e junho.

Segundo o IBGE, isso pode ter ocorrido devido ao crescimento de pessoas que apresentaram sintomas referenciados conjugados, que saltou de 32 mil para 69 mil nesse período. Considera-se que apresentou sintomas conjugados as pessoas que tiveram perda de cheiro ou sabor ou tosse, febre e dificuldade para respirar ou febre, tosse e dor no peito.

Fonte: G1
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Sem número mínimo de deputados, Assembleia do RN adia votação da reforma da previdência pela quinta vez

Em mais uma sessão com menos de 15 deputados presentes, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte adiou pela quinta vez a votação da reforma da previdência estadual nesta quinta-feira (23). Na sessão realizada através de vídeo-conferência, os deputados aprovaram projetos de lei que não precisam de uma "maioria qualificada" como uma emenda à constituição (PEC), como é o caso da reforma.

Sessão virtual desta quinta-feira (23) na Assembleia do RN teve 13 deputados presentes — Foto: Reprodução
Sessão virtual desta quinta-feira (23) na Assembleia do RN teve 13 deputados presentes — Foto: Reprodução

De acordo com o governo do estado, o Rio Grande do Norte tem até o próximo dia 31 de julho para aprovar sua própria reforma, ou terá que adotar as mesmas regras previdenciárias aprovada pelo Congresso Nacional em 2019. Porém, o Executivo só conta com 13 dos 15 votos necessários, nos dois turnos de votação, para conseguir aprovar a matéria. Por isso, os deputados governistas estão faltando às sessões para evitar o quórum necessário.

Um grupo de 11 deputados de oposição e independentes afirma que quer votar a matéria, mas de forma presencial, com participação inclusive da governadora Fátima Bezerra (PT).

Nesta quarta-feira (22), após uma tentativa de acordo frustrada, Fátima convocou uma entrevista coletiva em que reforçou a importância da pauta e pediu que os parlamentares tomem uma "decisão responsável" sobre o tema.

"A portaria do governo federal estabeleceu um prazo até 31 de julho dando obrigatoriedade para que estados e municípios façam as suas reformas nos âmbitos estadual e municipal. Nós só temos dois caminhos: aprovar a proposta de previdência estadual ou ter que aderir a reforma do governo federal", disse.

A próxima sessão plenária só acontece na próxima terça-feira (28). De acordo com as normas da casa, a análise de uma PEC, pelo plenário, tem dois turnos de votação e a previsão é de um espaço de cinco dias entre a primeira e a segunda etapa. Porém, o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), considera que as duas sessões poderão ocorrer em um mesmo dia, se os líderes de bancadas aprovarem.

Durante a sessão, os deputados de oposição criticaram a governadora e o projeto de lei, afirmando que o projeto penaliza os servidores que ganham menos.

"Nós do grupo do grupo (de oposição) estamos buscando proteger um contingente expressivo dos servidores público, que nos procuram preocupados. Queremos trazer a governadora para um debate presencial sobre o tema. Não somos contra reforma", disse Getúlio Rêgo (DEM).

Fonte: G1
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Penitenciária do Seridó tem quase 60% dos casos de Covid-19 no sistema prisional do RN

A Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, tem 38 detentos e cinco policiais penais infectados com Covid-19, de acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. O número de presos doentes representa 58% dos casos em todo o sistema. O motivo do alto número de infectados no local ainda é investigado pela pasta.

Penitenciária de Caicó, o 'Pereirão (arquivo) — Foto: Sidney Silva
Penitenciária de Caicó, o 'Pereirão (arquivo) — Foto: Sidney Silva

Desde maio, quando foi registrado o primeiro caso de Covid-19 no sistema prisional do Rio Grande do Norte, o estado já registrou 237 casos entre detentos. 172 estão curados, de acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), ou seja, atualmente são 65 doentes. No caso dos policiais penais, são 176 diagnosticados, sendo que 163 estão considerados curados. Os dados são todos da última terça (21).

Para a Secretaria de Administração Penitenciária, o número de infectados é pequeno, quando se compara à população carcerária, que é de mais de 10,2 mil presos. Das 17 unidades prisionais do estado, atualmente seis têm casos de Covid-19 confirmados, entre detentos e policiais penais. No momento, não existem casos, por exemplo, na Penitenciária de Alcaçuz, o maior presídio do estado.

Segundo a administração penitenciária, também há casos na Penitenciária de Caraúbas com 11 casos de detentos de um servidor. Na Central de Triagem de Parnamirim são 9 detentos com Covid. Na mesma cidade, a Penitenciária Estadual registra três detentos com a doença.

Na Penitenciária Mário Negócio, em Mossoró, um agente e um detento estão infectados. Mesma quantidade de pacientes na Penitenciária de Ceará-Mirim.

Segundo o governo, várias medidas de segurança foram implantadas desde o início da pandemia, como a suspensão de visitas presenciais e qualquer tipo de contato com os detentos. Isolamento e testagem de presos com sintomas de grupe, uso de máscaras entre todos os detentos, além da aquisição de equipamentos para reforçar a higienização de celas e outros espaços dentro do sistema também foram implementados. A situação é considerada controlada pelo governo.

fonte: G1
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Covid-19: Após flexibilização, cidades do RN voltam a determinar endurecimento de regras no comércio e fechar praias

Resposta imunológica na Covid-19: principais riscos | Blog do SecadApós o início da flexibilização das atividades comerciais no Rio Grande do Norte, pelo menos duas prefeituras voltaram atrás e determinaram novas regras de funcionamento para o comércio e fechamento de espaços públicos durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta quarta-feira (22), os municípios de Areia Branca e Baraúna, ambos no Oeste potiguar, publicaram decretos sobre o assunto.

De acordo com o secretário de Saúde de Baraúna, Luis Miranda, o município segurou a curva epidemiológica por um bom tempo, mas após a reabertura econômica, iniciada em 1º de julho, registrou aumento de casos, chegando a 18 novos casos por dia.

De acordo com o secretário, o mercado público da cidade deverá ser fechado por pelo menos três dias. Isso porque duas pessoas que trabalhavam no local faleceram com covid-19. Uma ação de "testagem em massa" descobriu um "número elevado" de pessoas infectadas no local, segundo ele.

"Não é um lockdown, mas a gente criou um regimento mais rígido, onde o comércio vai funcionar de 9h às 15h. E o mercado vai ser fechado do dia 27 ao dia 29, onde vai ser feita uma higienização. Com a flexibilização do último decreto, com as fases de reabertura, a gente teve um número de casos maior, então o município de Baraúna, o comitê gestor, o setor epidemiológico, a Secretaria de Saúde se reuniram e tomaram essa decisão de ter esse decreto mais rígido. Pedimos que a população só saia de casa em caso de necessidade e que faça uso de máscara", afirmou o secretário de Saúde Luis Miranda.

O decreto ainda prorroga até 7 de agosto todas as regras de distanciamento que estavam em vigor e também proíbe "atividades recreativas", como brinquedos infláveis e outros instalados em locais públicos. Bares estão com funcionamento suspenso, igrejas só podem realizar atividades através de transmissões ao vivo pela internet e "feiras livres com confecções de vendedores viajantes" ficam suspensas por tempo indeterminado, de acordo com o município.

Baraúna tem cerca de 28,3 mil habitantes, de acordo com o IBGE. Segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, a cidade registra 273 casos, 82 pacientes suspeitos e 10 óbitos confirmados para Covid-19.

Já em Areia Branca, a prefeitura revogou a abertura das praias, que tinha sido liberada em um decreto no dia 15 de julho. A cidade será "fechadas nos fins de semana" e todas as atividades estão proibidas nas praias. "Com a retomada gradual da economia, as pessoas não entenderam assim. Passaram a agir como se tivesse acabado a pandemia. Então nós voltamos a adotar regras mais rígidas", informou o secretário de Saúde, Alexandre Inácio.

"A barreira sanitária e restritiva volta a acontecer nos finais de semana . Os restaurantes somente devem funcionar para alimentação, sem venda ou consumo de bebidas alcoólicas, respeitando a distância entre as mesas e o número de clientes. Também está proibido o uso de paredão de som e os bares devem permanecer fechados. As medidas entram em vigor nesta quinta-feira (23) por tempo indeterminado", informou o município.

Areia Branca tem o maior índice de mortalidade por Covid-19 no estado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. São 169,2 por 100 mil habitantes, quando a média estadual é 46,65 por 100 mil habitantes. A cidade também tem a segunda maior incidência de casos (2.311,5), abaixo apenas de Apodi (2912,5). A cidade de 27,7 mil habitantes já registrou 642 casos confirmados e 47 óbitos pela doença.

Fonte: G1
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Pai e madrasta de menina de 3 anos que morreu no CE com diversas lesões no corpo se apresentam à polícia no RN

Um casal se apresentou à Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim, Região Metropolitana de Natal na quarta-feira (22). O homem e a mulher são pai e madrasta de Maria Esther Rodrigues, de 3 anos, que morreu em um hospital de emergência com diversas lesões no corpo em Russas, no Ceará.

Maria Esther tinha 3 anos — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução
Maria Esther tinha 3 anos — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução

De acordo com a Polícia Civil do Ceará, o pai levou a criança para o hospital de Russas, no interior do estado, afirmando que ela havia se engasgado. Após a confirmação da morte da menina de 3 anos, ele e a companheira fugiram. Os dois são considerados suspeitos pela polícia. Maria Esther faleceu na segunda-feira (20) e o sepultamento ocorreu no dia seguinte.

O crime teria acontecido na zona rural de Russas, cidade cearense que fica a 143 quilômetros da capital Fortaleza. Ainda segundo a polícia cearense, outros detalhes sobre a ocorrência devem ser repassados somente "em momento oportuno para não atrapalhar as investigações".

Após se apresentar voluntariamente à 2ª Delegacia de Nova Parnamirim, o casal foi conduzido à carceragem da Central de Flagrantes de Natal porque existia um mandado de prisão contra eles. Os dois deverão ser transferidos para Russas até sexta-feira (23). As investigações do caso ficarão a cargo da polícia cearense.

2ª Delegacia de Parnamirim — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
2ª Delegacia de Parnamirim — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Fonte: G1
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Pandemia leva INSS a mudar regras de empréstimos a aposentados e pensionistas

Pandemia leva INSS a mudar regras de empréstimos a aposentados e ...

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta quinta-feira (23) mudanças temporárias nas regras de empréstimos consignados a aposentados e pensionistas.

A regulamentação foi publicada no "Diário Oficial da União" (DOU) desta quinta. As normas valerão durante o estado de calamidade pública, decretado por conta da pandemia do novo coronavírus, em vigor até 31 de dezembro de 2020.

As novas regras já estão valendo e foram recomendadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Pela instrução normativa, foram alterados:

prazo para liberação do empréstimo;
prazo de carência para cobrança da primeira parcela;
limite para operações com cartão de crédito ampliado.
A partir desta quinta, o desbloqueio de empréstimos consignados deve ocorrer em 30 dias após a concessão do benefício. O prazo anterior era de 90 dias.

Segundo o INSS, a liberação é feita por meio de uma pré-autorização. Esse documento serve para formalizar o contrato e reunir as informações pessoais do segurado.

"O procedimento é realizado todo pela internet e deve conter documento de identificação do segurado e um termo de autorização digitalizado", afirmou o INSS.

Outra mudança é a criação do tempo de carência para desconto da primeira parcela.

"As instituições financeiras ou entidades de previdência complementar poderão ofertar prazo de carência para o início do desconto da primeira parcela no benefício previdenciário, para o pagamento de empréstimos nas modalidades consignação e retenção, no prazo máximo de 90 dias, a contar do início do contrato", informou o INSS.

Mudança permanente
A alteração no limite máximo do cartão de crédito é permanente e valerá mesmo após a pandemia.

Pela nova norma, o limite máximo concedido no cartão de crédito para o pagamento de despesas contraídas com a finalidade de compras e saques passou de 1,4 para 1,6 vez o valor mensal do benefício.

Na prática, esclarece o INSS, isso significa que para cada R$ 1.000 de valor de benefício o segurado poderá realizar operações de até R$ 1.600.

fonte: G1
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Confusão e medo no Irã após anúncio de milhões de casos de coronavírus

A recente declaração do presidente do Irã, Hassan Rouhani, de que o novo coronavírus provavelmente infectou 25 milhões de iranianos, muito mais do que o balanço oficial, causou perplexidade e preocupação.

Homem compra álcool em estação de metrô de Teerã, em 22 de julho de 2020 — Foto: Atta Kenare / AFP
Homem compra álcool em estação de metrô de Teerã, em 22 de julho de 2020 — Foto: Atta Kenare / AFP

O anúncio foi feito no sábado, exatamente cinco meses após o registro dos primeiros casos no país: duas mortes na cidade sagrada xiita de Qom.

"Nossa estimativa é que, até o momento, 25 milhões de iranianos foram infectados com esse vírus", disse Rohani ao Comitê Nacional de Luta contra a Pandemia, referindo-se a um relatório do ministério da Saúde.

E ele alertou que de "30 a 35 milhões" de pessoas correm o risco de contrair a doença, sugerindo que as autoridades esperam que a "imunidade coletiva" bloqueie o vírus no país mais afetado do Oriente Médio.

O balanço da AFP desta quinta-feira, com base em fontes oficias, apontava mais de 15,25 milhões de casos em todo o mundo.

No momento da declaração de Rohani, o ministério da Saúde iraniano contabilizava oficialmente pouco mais de 270 mil casos entre os mais de 80 milhões de habitantes.

O Irã registrou na terça-feira um novo recorde diário de mortes (+229). E lamentava nesta quinta 15.074 óbitos, para 284.034 casos registrados.

Rohani não voltou a falar sobre o assunto. Mas várias autoridades deram sua versão, algumas considerando que os 25 milhões não representavam os casos de infecção, mas pessoas que desenvolveram imunidade após serem "expostas" ao vírus.

Segundo o vice-ministro da Saúde, Réza Malekzadeh, as estimativas mencionadas por Rohani foram baseadas em um estudo de março realizado com "cerca de 10.000 pessoas em 13-14 províncias".

"Desde então, foi demonstrado que a imunidade dessas pessoas era estável, o que significa que elas são como pessoas que foram vacinadas", afirmou Malekzadeh na segunda-feira junto à agência oficial Irna.

Não há vacina contra a Covid-19 disponível atualmente no mercado.

Aliréza Raïsi, também vice-ministro da Saúde, disse na terça-feira que esse número de 25 milhões veio de testes sorológicos para detectar possíveis anticorpos, marcadores de exposição a um coronavírus.

"Muitos estudos foram realizados sobre a Covid-19 e os 25 milhões vêm de um estudo e não devem ser considerados como outra coisa", insistiu.

Optar pela imunidade coletiva "não faz parte da política (iraniana) e os países que o fizeram acabaram se arrependendo", observou Raïsi. "Não haverá imunidade até que tenhamos uma vacina".

Em uma crítica pouco velada, ele estimou que "focar nesses números é um erro estratégico".

Para a especialista em epidemiologia molecular da Universidade de Basileia, Emma Hodcroft, esse nível pode ser significativo porque é consideravelmente mais alto do que em outros lugares.

"Uma taxa de soropositividade de 30% em um país, de acordo com os números apresentados, seria de longe a mais alta de todos os países", disse ela à AFP, enfatizando que essa taxa só foi vista em áreas fortemente afetadas como Nova York, com uma população menor e mais densa que o Irã.

É arriscado, segundo ela, extrapolar os resultados dos testes sorológicos para uma população inteira, especialmente se vierem de uma área muito afetada.

Nas ruas de Teerã, as declarações do presidente iraniano parecem ter causado confusão e preocupação, mas também recriminações por falta de explicações.

"Da maneira como Rohani falou, significa que toda a população iraniana" foi ou será infectada, observou Ashrafi, um empresário de 50 anos.

"Portanto, cumprir as recomendações de saúde não serviu para nada?", disse ele, chamando esses números de "aterrorizantes".

Para Ashkan Daliri, cabeleireiro de 20 anos, esses números são reais e "um pouco assustadores".

Segundo ele, a declaração pretendia "conscientizar as pessoas da realidade, para que elas tenham medo e respeitem as recomendações de saúde".

Imunidade coletiva? Essa seria uma opção eficaz mesmo "se signifique que mais pessoas vão morrer".

Fonte: G1
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Coronavírus: Argentina vai pagar para infectados aceitarem o isolamento em centros alternativos de tratamento

O governo da província de Buenos Aires, onde vivem 38% dos argentinos, vai pagar para os infectados por coronavírus aceitarem ficar nos chamados Centros de Isolamento Social.

Campanha de testagem do novo coronavírus na região de Buenos Aires — Foto: Reuters/Agustin Marcarian
Campanha de testagem do novo coronavírus na região de Buenos Aires — Foto: Reuters/Agustin Marcarian

"Nem todos têm as mesmas condições para se isolarem nas suas casas e não se isolam porque sentem que perdem alguma coisa. Por isso, a província vai dar 500 pesos por dia (equivalentes a R$ 35) para compensar e incentivar esse isolamento em albergues", explicou o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, ao anunciar o programa "Acompanhar".

O objetivo é ajudar financeiramente os infectados que apresentam sintomas leves.

Para compensar a perda de trabalho diário e convencer os contaminados da importância do isolamento, serão pagos 500 pesos por dia durante um período máximo de dez dias. O valor máximo de 5 mil pesos (equivalentes a R$ 350) representa metade da ajuda financeira mensal que o governo argentino concede aos cidadãos de baixa renda durante a pandemia.

O anúncio do governador aconteceu durante uma visita a um centro de exposições, transformado no maior parque sanitário do país, com capacidade para receber duas mil pessoas. No local, haverá atendimento médico, assistência psicológica e atividades recreativas.

O programa da província argentina é similar ao adotado pelo governo da Bahia, que paga uma bolsa de R$ 500 a pessoas com sintomas leves da Covid-19 e que concordam em sair de casa para ir para centros de acolhimento, evitando novos contágios.

Clubes como hospitais de campanha
Para desafogar a ocupação de leitos da rede de saúde pública, vários municípios argentinos requisitaram clubes, ginásios e igrejas como espaços para receberem pacientes assintomáticos ou com sintomas leves que não requeiram uma internação hospitalar.

O ginásio esportivo do Clube Português da Grande Buenos Aires, no distrito de La Matanza, um dos mais populosos da Argentina, por exemplo, deu lugar a uma espécie de hospital de campanha com 100 leitos.

"Estamos estendendo uma mão solidária a quem tem problemas habitacionais. Basicamente, este centro é para os mais necessitados que não podem se isolar em casa, mas que não estão graves a ponto de uma internação hospitalar", aponta à RFI Víctor Estanqueiro, presidente do Clube Português da Grande Buenos Aires.

Vulnerabilidade social alimenta o vírus
Esses espaços de saúde foram pensados para doentes de baixa renda. Os bairros mais populares são compostos por moradias precárias com espaços reduzidos nos quais convivem várias pessoas de uma mesma família. Essa vulnerabilidade social funciona como um combustível para a propagação do vírus.

A província de Buenos Aires criou 19.150 leitos extra-hospitalares, mas apenas 10,6% estão ocupados. Muitos dos infectados que apresentam sintomas leves se recusam a cumprir o confinamento por menosprezarem a doença e não se cuidarem ou porque não podem deixar de trabalhar por necessidade diária de sustento. Assim, põem em risco parentes próximos e a população em geral.

"Uma parte significativa dessas instalações estão desocupadas, mas estamos com mais contágios do que antes", advertiu o governador Axel Kicillof.

A Argentina tem registrado um aumento de casos e de vítimas da Covid-19 nos últimos dias. Só nas últimas 24 horas, foram 5.782 novos casos e 98 mortes, mais de 90% na região metropolitana de Buenos Aires. No total, a quantidade de óbitos chega a 2.588 desde o início da epidemia.

fonte: G1
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Repasses da Odebrecht para Alckmin eram feitos por meio de senhas como 'pastel, pudim e bolero', diz denúncia do MP

A denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo contra o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quinta-feira (23) aponta que o tucano recebeu R$ 11,3 milhões da Odebrecht durante as eleições de 2010 e 2014, quando foi eleito e reeleito para o Palácio dos Bandeirantes.

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). — Foto: Reprodução/TV Globo
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). — Foto: Reprodução/TV Globo

Alckmin é acusado pelo MP de cometer crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, o chamado caixa dois de campanha. A defesa de Alckmin lamentou a denúncia e disse que ele 'não praticou qualquer ilícito' (veja abaixo).

Os repasses foram feitos por meio do cunhado do ex-governador, Adhemar César Ribeiro, e de um ex-tesoureiro de campanha do tucano, Marcos Antonio Monteiro. A entrega do dinheiro usava senhas como "pastel, pudim, escravo e bolero", diz a denúncia.

Os primeiros pagamentos, segundo os promotores do caso, aconteceram entre 28/07/2010 e 02/11/2010, por meio do departamento de Operações Estruturadas da construtora, nome formal do setor da empreiteira responsável por operacionalizar pagamentos de propina e caixa dois a políticos de vários partidos.

Segundo a denúncia, na eleição de 2010, a Odebrecht repassou à Alckmin o valor total de R$ 2 milhões. O dinheiro teria sido entregue por Álvaro José Gallies Novis, doleiro proprietário da Hoya Corretora, ao cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro, em vários encontros.

Nas planilhas da Odebrecht, Alckmin é apontado com o codinome de “Belém” e o repasse dos valores era feito em espécie. Durante os encontros, Novis e Adhemar usaram senhas como “acara, escravo, cabana, teatro peixe, presépio, borracha, fafa, colônia e pastel” para o recebimento do dinheiro, segundo os promotores do caso.

Ao longo de 2010, foram 11 entregas feitas por Novis ao cunhado de Alckmin. Os encontros eram sempre no escritório de Adhemar, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, na Zona Sul de São Paulo, e os valores das entregas variaram entre R$ 50 mil a R$ 500 mil.

Denúncia do MP eleitoral reproduz planilha retirada do sistema do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. — Foto: Reprodução
Denúncia do MP eleitoral reproduz planilha retirada do sistema do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. — Foto: Reprodução

Já na campanha de 2014, quando o tucano concorreu à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, quem operacionalizava o recebimento das propinas era o tesoureiro do PSDB, Marcos Antonio Monteiro, de acordo com o MP paulista.

Entre o período de 10/04/2014 e 29/10/2014, a denúncia diz que a Odebrecht repassou R$ 9,3 milhões para Geraldo Alckmin, por meio de Monteiro, que aparece nas planilhas com o codinome de “Salsicha, M&M ou MM Partido”.

Nesse período, os promotores dizem que os repasses também foram feitos em espécie, em onze entregas que variaram de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão, usando senhas como "pudim, sardinha, chocolate, bolero", entre outras.

Denúncia do MP de SP reproduz planilhas da Odebrecht com codinomes de políticos.  — Foto: Reprodução
Denúncia do MP de SP reproduz planilhas da Odebrecht com codinomes de políticos. — Foto: Reprodução

Com base em delações premiadas e planilhas da Odebrecht, os investigadores do braço eleitoral da Operação Lava Jato dizem que parte dos repasses de dinheiro em 2014 foram feitos a Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor do tesoureiro Marcos Monteiro, que recebeu R$ 8,3 milhões da corretora Hoya, usando dez senhas do departamento da Odebrecht.

As entregas foram feitas na casa de Sebastião de Castro no bairro do Brooklin, Zona Sul de São Paulo. A outra remessa no valor de R$ 1 milhão foi feita a outra pessoa em um hotel na capital paulista.

Na planilha da Odebrecht, nove dos onze pagamentos ligados ao codinome "M&M" em 2014 aparecem relacionados às obras da Linha 6 do Metrô de São Paulo.

Denunciados
Além do ex-governador de SP, o MP paulista denunciou à Justiça Eleitoral o ex-tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, o ex-assessor Sebastião Eduardo Alves, além do doleiro Álvaro Novis e seis executivos e funcionários da Odebrecht: Benedicto Barbosa Júnior, o BJ; Arnaldo Cumplido, Maria Lúcia Guimarães Tavares, Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo da Rocha Soares.

Adhemar César Ribeiro, o cunhado de Alckmin, não foi alvo da denúncia porque tem mais de 70 anos e os crimes contra ele prescreveram.

A defesa de Geraldo Alckmin lamentou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e negou que tenha recebido dinheiro não contabilizado durante campanha eleitoral, conhecido como caixa 2. O advogado do tucano também afirmou que Alckmin nunca foi procurado pela polícia para responder às acusações da denúncia.

"Geraldo Alckmin, por meio de sua defesa, lamenta a denúncia oferecida, pois jamais foi procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos. As apressadas conclusões do inquérito são infundadas e não encontram suporte nos fatos. Por isso, confiante na Justiça, responderá aos termos da denúncia, seguro de que não praticou qualquer ilícito, até porque nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados. Nem, tampouco, praticou qualquer ato de corrupção durante mais de 40 anos de vida pública", afirmou a nota.

Já a defesa de Marcos Monteiro, coordenador da campanha de Alckmin em 2014, que também foi denunciado pelo Ministério Público, diz ter certeza que os fatos divulgados são “completamente infundados”.

"A defesa de Marcos Monteiro manifesta sua absoluta indignação com a reiteração de procedimentos que visam atingir o direito de defesa e o contraditório, sobretudo, quando reiteradamente, não tem acesso a integralidade dos autos que embasaram a noticiada denúncia criminal. No momento em que for formalmente ouvido e disponibilizado acesso integral ao procedimento, a defesa tem absoluta confiança de que provará que os supostos fatos divulgados são completamente infundados. Reitera, uma vez mais, sua confiança no Poder Judiciário para sustentar com absoluta convicção que Marcos Monteiro não tem qualquer relação com as obras realizadas pela Construtora Norberto Odebrecht. Por fim, em toda a sua vida pública, salienta que Marcos Monteiro sempre desempenhou seu trabalho com absoluta integridade e lisura", disse.

fonte: G1
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Persistência do coronavírus pode estar ligada a jovens assintomáticos, sugere estudo japonês

Em todo o mundo o novo coronavírus está reaparecendo em locais que acreditavam tê-lo eliminado, muitas vezes em surtos envolvendo grupos reduzidos e localizados de pessoas contaminadas, em geral por um único infectado. Seja em Melbourne, na Austrália, seja em Leicester, no Reino Unido, ou ainda em Pequim, na China, o retorno levou autoridades a reforçar medidas contra o vírus depois de elas já terem sido relaxadas.

Pessoas caminham pelo distrito de Shinjuku em Tóquio, no Japão, em foto de 24 de junho — Foto: Issei Kato/Reuters/Arquivo
Pessoas caminham pelo distrito de Shinjuku em Tóquio, no Japão, em foto de 24 de junho — Foto: Issei Kato/Reuters/Arquivo

Em 18 de julho, 260 mil novos casos foram registrados em todo o mundo. Esse é o maior registro diário desde o início da pandemia. Desde então, o total diário global está em queda.

Mas, com muitas pesquisas indicando que pessoas assintomáticas podem estar desempenhando um papel importante na disseminação do vírus, especialistas estão alertando contra a displicência com a Covid-19.

Uma das razões para o ressurgimento de casos do novo coronavírus pode ser o elevado número de pessoas que não sabem que estão infectadas. Na China, uma mulher que não apresentava sintomas, mas estava em quarentena depois de voltar dos Estados Unidos, acabou sendo responsável por 71 outras infecções depois de usar o elevador do seu prédio.

Um homem usando uma máscara facial passa por letreiros luminosos no distrito de Kabukicho, em Tóquio, no Japão, nesta terça-feira (14) — Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters
Um homem usando uma máscara facial passa por letreiros luminosos no distrito de Kabukicho, em Tóquio, no Japão, nesta terça-feira (14) — Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

"Há muitos dados indicando que a transmissão antes dos sintomas aparecerem é muito comum, o que dificulta o controle do vírus", comenta o professor de virologia Hitoshi Oshitani, da Escola de Medicina de Tohoku, no Japão.

Um estudo recente, do qual Oshitani participou, localizou, como origem de vários surtos, jovens que não se sentiam doentes. O estudo analisou mais de 3 mil casos no Japão e foi publicado no Emerging Infectious Diseases Journal, do Centro para o Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC), nos EUA.

Os pesquisadores chegaram a 22 pessoas que possivelmente deram origem a surtos fora de hospitais. Metade delas tinha entre 20 e 30 anos. A pesquisadora de virologia Yuki Furuse, da Universidade de Kyoto, disse que essa descoberta foi especialmente surpreendente porque a maioria dos casos de coronavírus registrado no Japão, na época da pesquisa, era de pessoas com mais de 50 ou mais de 60 anos.

Ela diz que não está claro se fatores sociais, genéticos ou biológicos, ou uma combinação deles, são os responsáveis pela disseminação do vírus entre grupos de jovens ou de idosos.

Homem lê jornal em uma rua de Tóquio, no Japão, na terça-feira (14)  — Foto: Charly Triballeau / AFP
Homem lê jornal em uma rua de Tóquio, no Japão, na terça-feira (14) — Foto: Charly Triballeau / AFP

Oshitani diz que uma hipótese é as pessoas mais jovens considerarem que o risco para elas seja menor e, por isso, se deslocarem mais. Isso significaria que elas têm mais chances de estar num ambiente de risco. Ou que elas apresentam uma evolução mais leve da doença e não se dão conta de que a estão espalhando, acrescenta Furuse.

A maior disseminação de testes revelou cada vez mais adultos jovens testando positivo para o novo coronavírus. Uma análise recente de dados em Seattle, nos EUA, mostrou que metade dos novos casos era de pessoas entre 20 e 39 anos. Cerca de 70% das pessoas que testou positivo nos EUA desde 30 de maio tinha menos de 60 anos, segundo dados do CDC.

Alguns especialistas em saúde pública argumentam que a rápida disseminação do novo coronavírus só pode ser explicada com a propagação feita por pessoas assintomáticas.
Apesar do debate sobre se de fato existem assintomáticos, ou se eles apenas são pré-sintomáticos, essa distinção é de pouco efeito prático, já que os riscos da transmissão sem sintomas são os mesmos nos dois casos.

Um dos primeiros casos de transmissão sem sintomas do novo coronavírus aconteceu no navio de cruzeiro Diamond Princess: um terço dos 712 infectados a bordo não apresentava sintomas.

Em maio, o diretor do CDC, Robert Redfield, disse que até 25% das pessoas infectadas podem não apresentar os sintomas da Covid-19.

Estudos em Hong Kong e no Reino Unido estimam que pessoas assintomáticas podem ser responsáveis por metade da disseminação do vírus Sars-Cov-2.

Dados de surtos iniciais em Cingapura e na China mostram que pessoas que inicialmente não pareciam doentes contribuíram para 48% das transmissões em Cingapura e 62% em Tianjin, na China.

Ainda não está claro se pessoas sem sintomas são mais contagiosas ou menos contagiosas e o quanto elas contribuem para a disseminação do vírus, mas acredita-se que seja menos do que pessoas doentes. Mas não há consenso científico sobre se essa diferença é significativa e sobre como ela afeta a disseminação do coronavírus.

Lavar as mãos com água e sabão é uma das formas de prevenção contra o novo coronavírus — Foto: Ketut Subiyanto/Pexels
Lavar as mãos com água e sabão é uma das formas de prevenção contra o novo coronavírus — Foto: Ketut Subiyanto/Pexels

Medidas de higiene parecem ser muito eficazes contra o vírus. Em alguns países que reintroduziram o lockdown, como a Austrália, autoridades de saúde só recentemente aconselharam as pessoas a usarem máscara, sentindo-se ou não doentes.

Na Alemanha, ao contrário, as máscaras se tornaram obrigatórias já no fim de abril, e um estudo mostrou que usar máscaras em lojas, locais de trabalho e no transporte público reduziu a transmissão em 40%.

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) inicialmente não levar a sério o papel da transmissão assintomática – um epidemiologista chegou a dizer que ela era muito rara –, a agência da ONU voltou atrás mais tarde e passou a recomendar o uso de máscaras em público em 5 de junho.

fonte: G1
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