sexta-feira, novembro 17, 2023

Black Friday deve movimentar mais de R$ 400 milhões no comércio do Rio Grande do Norte

Black Friday é realizada sempre na última sexta-feira de novembro

Celebrada sempre na última sexta-feira de novembro, a Black Friday - que em 2023 cai no dia 24 - é marcada pela oferta de grandes descontos e ajuda a impulsionar as vendas do comércio no último trimestre. Neste ano, de acordo com pesquisas conduzidas pelo Instituto Fecomércio RN (IFC), a data deve injetar R$ 332 milhões no varejo de Natal e R$ 71 milhões em Mossoró.


Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, a Black Friday é uma oportunidade de aumentar o volume de vendas com ações promocionais.


“As ofertas incentivam os consumidores a adiantar as compras do Natal e até gastar mais. Na capital, por exemplo, cerca de 74% está aberto a comprar itens não planejados, desde que o desconto seja bom”, explicou Queiroz.


As pesquisas do Instituto Fecomércio RN foram realizadas entre os dias 16 e 24 de outubro de 2023. A entidade entrevistou 609 consumidores de Natal e 501 de Mossoró. O nível de confiança de ambos os levantamentos é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.


 


Quase 60% dos natalenses irá às compras


Em 2023, aproximadamente 59,3% dos natalenses deve realizar compras durante a Black Friday. O índice se aproxima dos números pré-pandemia onde, em 2019, 59,8% pretendiam comprar, e é superior em relação ao ano passado, quando 57,1% planejava gastar.


Na capital potiguar, a maior parte de quem vai às compras pertence ao sexo feminino (62,9%), tem de 35 a 44 anos de idade (63,3%), possui ensino superior completo (63,3%) e recebe mais de 10 salários por mês (71,7%).


Apesar de mais pessoas estarem interessadas nos descontos oferecidos nesta época, o gasto médio dos natalenses deve diminuir em comparação com o ano passado. Em 2022, os consumidores planejavam gastar aproximadamente R$ 762,50; enquanto, neste ano, o valor apurado pela pesquisa do Instituto Fecomércio RN foi de R$ 744,55.


 


Valor gasto pelos mossoroenses crescerá 18%


Em Mossoró, apenas 43% afirma que pretende comprar algum produto durante a Black Friday deste ano. Dos 57% que não pretende gastar, a maioria não acredita nas ofertas oferecidas na data (37,2%) e não comprará por falta de dinheiro (27,7%). Além disso, cerca de 14,7% diz não comprar por impulso e 14% está tentando poupar.


Da mesma forma que na capital, as mulheres são maioria (43,2%) entre as pessoas que planejam aproveitar as ofertas de Black Friday em Mossoró. Por outro lado, diferente do observado em Natal, os mossoroenses que vão às compras são mais jovem e possuem menor poder aquisitivo: a maior parte tem de 18 a 24 anos (45,5%) e renda de 5 a 10 salários (70,4%).


Mesmo assim, o valor que os consumidores de Mossoró esperam gastar cresceu aproximadamente 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, de acordo com a pesquisa do Instituto Fecomércio RN, o gasto médio dos mossoroenses durante a Black Friday será de R$ 628,37. Em 2022, a média registrada pelo IFC foi de R$ 532,31.


Fonte: Fecomercio/RN

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Justiça do RN exclui condenação irregular de homem que teria sido confundido com autor de roubo qualificado

Defensoria Pública do Rio Grande do Norte — Foto: Ascom/DPE

A Justiça do Rio Grande do Norte excluiu a condenação irregular de um homem que havia sido confundido com o real autor de um furto qualificado realizado em 2022 em Natal.


De acordo com a Defensoria Pública do Estado, o homem descobriu que havia um registro positivo de antecedentes criminais em seu nome durante um processo seletivo para uma vaga de trabalho.


“Ele estava desempregado e, em razão disso, começou a procurar oportunidades de emprego, tendo participado de alguns processos seletivos para preenchimento de postos de trabalho como vigilante. Entre as etapas de tais processos seletivos, uma delas consistia em enviar suas certidões de antecedentes criminais (estadual e federal) para os possíveis empregadores”, explicou o defensor público Sidney de Castro, membro do Núcleo de Execução Penal (NUEP).


Ao emitir os documentos, o homem foi viu que constava na certidão de antecedentes criminais da Justiça Estadual que ele havia sido processado e condenado pela 11ª Vara Criminal de Natal por um crime de roubo qualificado. Segundo o documento, o homem estaria cumprindo pena em regime semiaberto. No entanto, ele afirmou nunca ter respondido a qualquer processo criminal.


Na análise do caso, os servidores do NUEP constataram que as fotos presentes nos documentos de identificação pessoal do homem não coincidiam com as fotos cadastradas no Sistema de Administração Penitenciária (SIAPEN) para a pessoa presa em seu nome.


Também foram analisados os vídeos da audiência de instrução e julgamento, o que deixou claro que o interrogado era outra pessoa.


“Ainda em sua pesquisa, a Defensoria Pública percebeu que o único documento de identificação da pessoa desconhecida presente na ação penal era um prontuário civil infantil, juntado pelas autoridades policiais, que agiram de forma negligente ao identificar a pessoa presa em flagrante, que, no ato da prisão, forneceu apenas um nome”, explicou o defensor.


Ainda se verificou que o homem inocente é alfabetizado, enquanto o homem preso não chegou a assinar nenhum documento, sendo sua assinatura substituída por um carimbo do dedo polegar.



O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) comparou as digitais registradas durante o processo com as da pessoa inocente, bem como com o documento oficial. A ação resultou em um laudo comprovando, mais uma vez, que os indivíduos não se tratavam da mesma pessoa.


Ainda foi possível identificar o nome do homem preso e que este já cumpria pena por outras condenações.


Diante dos fatos, a Defensoria fez uma petição requerendo a retificação dos dados processuais para que a condenação fosse alterada, passando a constar o nome do real autor do crime. No dia 25 de outubro deste ano, o pedido foi deferido pelo Juízo da 2ª Vara Regional de Execução Penal do RN, garantindo ao inocente a retificação da sua certidão de antecedentes criminais.

Fonte: g1 

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Carnatal terá transmissão inédita da Inter TV Cabugi

— Foto: Elias Medeiros

Pela primeira vez em 32 edições, o Carnatal será transmitido ao vivo para parte do Brasil. A exibição acontecerá em tv aberta, pela Inter TV Cabugi, e também pelo g1 RN. Ao todo, 27 afiliadas da Rede Globo irão transmitir a micareta.


A parceria entre a Inter TV Cabugi e o Carnatal, que acontece entre 8 e 10 de dezembro na Arena das Dunas, em Natal, foi concretizada na tarde desta quinta-feira (16), com a assinatura de uma minuta da transmissão.


Reunião para assinatura do acordo aconteceu na tarde desta quinta-feira (16) em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos / Inter TV Cabugi


"É uma parceria virtuosa que vai levar o Carnatal ainda mais longe. Nossa cidade, nosso estado, chegando para o Brasil inteiro pelas ondas da Rede Globo", afirmou Felinto Filho, diretor do Carnatal.


Com o acordo, a transmissão será feita para mais de dois mil municípios, na sexta, no sábado e também no domingo.


Em tv aberta, será 1h30 de transmissão, além de entradas ao vivo durante toda a programação e nos telejornais. No g1 RN, o público assiste à festa ao vivo uma hora antes e uma hora depois da transmissão pela tv.


"A gente tem trabalhado diuturnamente para entregar o melhor do Carnatal ao potiguar e ao brasileiro. Será uma programação incrível", ressalta Thiago Lajus, Superintendente da Inter TV Cabugi.

A expectativa é que o Carnatal atinja um público de 54,5 milhões de espectadores no Nordeste e 8,1 milhões no sudeste, que assistem à programação da Rede Inter TV no Rio de Janeiro e também em Minas Gerais.


A estrutura do Carnatal já começou a ser montada na área externa da Arena das Dunas. O corredor da folia e a estrutura dos camarotes recebem os ajustes necessários para garantir uma festa segura para os foliões.


Estrutura do Carnatal 2023 começa a ser montada na área externa da Arena das Dunas — Foto: Sérgio Henrique Santos / Inter TV Cabugi


Confira a programação completa do Carnaval 2023:


Sexta

Blocos


Vumbora- Bell Marques

O Vale - Alinne Rosa / Anitta

Hype - Nattan/Felipe Amorim

Camarote Beats


Durval Lelys

Thiaguinho

Filhos da Bahia

Pedro Sampaio

Sábado

Blocos


Largadinho - Claudia Leitte

Vem com o Gigante - Léo Santana

Vumbora - Bell Marques

Camarote Beats


Xand Avião

Hugo e Guilherme

Rafa e Pipo

Locos

Domingo

Blocos


Village - Ivete

Vumbora- Bell Marques

Zero Oito Quatro - Grafith

Camarote Beats


Jorge e Mateus

Zé Vaqueiro

Banda Eva

Lipe Lucena


Fonte: g1

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Estelionatários anunciam na internet propagandas falsas de programa do governo que não foi lançado

Estelionatários anunciam na internet propagandas falsas de programa do governo que não foi lançado — Foto: Reprodução TV Globo

Pesquisadores da UFRJ descobriram que um programa do governo federal que nem foi lançado já é alvo de estelionatários.


No início do ano, o governo federal anunciou que lançaria um programa, o Voa Brasil, com passagens aéreas a R$ 200. O programa ainda não foi lançado, mas anúncios falsos já estão na internet tentando "roubar" os dados de interessados nessa promoção.


Um levantamento do NetLab, um laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO - UFRJ) identificou 457 anúncios falsos em 24h.


Quem clica no anúncio falso cai em um chat, também fake com o símbolo do governo federal. A partir daí aparece uma página que pede ao usuário o número do CPF. É a porta de entrada para o golpe.



Rose Marie Santini, coordenadora do NetLab explica que qualquer pessoa com um cartão de crédito pode postar um anúncio em rede social - seja verdadeiro ou falso.


Além disso, não existe nenhuma legislação no Brasil que obrigue as plataformas a fornecerem relatórios com dados como o que foi anunciado, quem pagou e publicou ou quantos viram o anúncio. Esses detalhes já são obrigatórios constar na União Europeia.


"A primeira coisa que a gente precisa fazer é para que as plataformas respeitem as leis brasileiras. Respeitem as leis existentes e se submetam ao mesmo regime jurídico de qualquer publicidade fora do ambiente digital. Então, essa é a primeira questão urgente".

"Uma segunda questão é que, como é uma publicidade, que tem uma natureza diferente, uma natureza que segmenta os consumidores de acordo com seus interesses, de forma personalizada, ou seja, os usuários podem receber anúncios muito distintos. Eles podem ser um anúncio por usuário. Então, devido a essa natureza diferente, a gente precisa regulamentar as plataformas", disse a coordenadora.


Rose Marie ainda pediu que os poderes da república trabalhem em conjunto para proteger a população de fraudes como essa.


"A gente precisa unir o Congresso, o Judiciário, o governo, a sociedade civil para pensar como a gente pode regulamentar essas plataformas de forma que se torne um ambiente seguro para os consumidores e os anunciantes legítimos, que acabam ficando no mesmo lugar, na mesma plataforma e misturados com anúncios fraudulentos. Muito complicado para o consumidor", completou.



72h para a retirada dos anúncios

O Secretário Nacional do Consumidor diz que já deu um prazo de 72 horas para que as plataformas apaguem os anúncios falsos do Voa Brasil.


A mesma ordem foi dada em setembro em relação a outro programa do governo federal, o Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas.


Dois meses depois, o NetLab, da UFRJ, ainda encontrou vários anúncios nas redes: tentativas de golpe.


"É muito importante que se saiba que esses anúncios, eles são monetizados. Ou seja, as plataformas que anunciam, que permitem esses anúncios fraudulentos, mentirosos, estelionatários, cobram. Há um faturamento com essas fraudes e isso de fato é grave. É inaceitável, né? E nós estamos tomando as providências que nos cabe tomar quando temos conhecimento desse tipo de comportamento fraudulento", explicou Wadih Damous, Secretário Nacional do Consumidor.



"Nosso entendimento, isso já está assentado no Ministério da Justiça, é de que o Código de Defesa do Consumidor nos permite atuar para coibir esses abusos, para coibir essas fraudes, esse verdadeiro estelionato, que diuturnamente acontecem em detrimento do consumidor e da consumidora nas plataformas, nas chamadas redes digitais. E é nesse sentido que nós temos atuado".

A reportagem realizou contato com a Meta e aguarda retorno das plataformas.


Fonte: g1

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O super-radar carioca que vai ‘ler’ nuvens em 3D e prever até granizo

O radar Vaisala WRS400 — Foto: Reprodução

Para um verão que tem tudo para ser abrasador — e com tempestades tão intensas quanto as temperaturas —, o Rio de Janeiro vai se equipar com um super-radar meteorológico.


A Prefeitura do Rio anunciou nesta quinta-feira (16) a compra do Vaisala WRS400, um equipamento de ponta voltado para a previsão do tempo de curto prazo. A máquina custou R$ 6,8 milhões e vem da Finlândia. A previsão é instalá-la no mês que vem no Maciço do Mendanha, na Zona Oeste.


Novo radar promete melhorar a precisão da previsão do tempo — Foto: Arte/g1


Outra novidade para o verão é a mudança dos estágios operacionais da cidade. Termos como “atenção”, “alerta” e “mobilização” foram embora e deram lugar a uma escala de números e cores de 1 a 5.


E para ver se você está sabendo como agir quando o Rio muda de estágio, o g1 preparou um quiz.


Novos estágios operacionais do Rio — Foto: Reprodução

Novos estágios operacionais do Rio — Foto: Reprodução


Nuvens em 3D

A cidade já contava com um radar específico para chuvas desde 2010, fincado no Sumaré — o primeiro do Brasil. Mas o aparelho, de banda C, “lia” as nuvens na horizontal. “Resumindo, [com a banda C] eu não sei o tamanho da nuvem”, explicou Marcus Belchior, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR).



O Vaisala usa a banda X, que “varre” o céu na horizontal e na vertical. O que antes aparecia na tela como um disco achatado ganhará volume na leitura do novo equipamento. “Os meteorologistas do Alerta Rio fazem as predições usando todos os radares do Brasil. Com a implantação desse novo radar, a gente consegue ter uma previsão mais no detalhe e no chamando curto prazo”, emendou Belchior.


Ainda segundo o chefe do COR, o Vaisala consegue captar a presença de gelo nas nuvens. “Com isso, a gente conseguirá avisar, por exemplo, aos moradores de determinado bairro sobre a possibilidade de chuva de granizo com uma pequena antecedência.”


Outras tecnologias

25 novos sensores pluviométricos: ajudam a medir a intensidade da chuva em mais pontos

Sistema de raios: aumenta a precisão na detecção de chuvas intensas, acompanhando o deslocamento e o volume das nuvens

Lhasa Rio: modelo global de análise de risco de deslizamentos

Rio Flood Model: modelo para previsão de enchentes em curtíssimo prazo

Plataforma Cronos: inteligência artificial para análise de hora, local e intensidade de chuvas

Sensores Noah Flood: detecção mais rápida de pontos de enchente


Fonte: g1

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Êxodo de influencers: para continuar divulgando jogos ilegais, influenciadores topam até viajar para outros estados

Influenciadores do Maranhão se mudaram para outros estados para continuar divulgando jogos de azar nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes sociais

Influenciadores digitais começaram a deixar o Maranhão para continuar lucrando com a divulgação de jogos de azar ilegais no Brasil, como o Fortune Tiger, segundo a Polícia Civil.


O êxodo de influenciadores para outros estados começou após a sanção da Lei estadual Nº 12.099, que 'proíbe a divulgação, por influenciadores digitais, de qualquer jogo comercializado por pessoas físicas e jurídicas de jogos de azar ou cassinos on-line disponibilizados por Plataformas Estrangeiras'.


Fortune Tiger é um cassino online ilegal no Brasil, mas que ficou famoso através de influenciadores — Foto: Reprodução


O Fortune Tiger, um dos jogos ilegais afetados pela nova lei, já havia sido alvo de uma operação da Polícia Civil, em 26 de setembro, que apurava como influenciadores digitais estariam ganhando dinheiro ao apoiar e divulgar o game de apostas.


Antes, divulgar o Fortune Tiger já era considerado um ato ilegal por ir contra a Lei de Contravenções Penais que considera crime os jogos de azar em que o ganho ou a perda dependem da sorte.


Agora, com a Lei estadual Nº 12.099, os influencers também passaram a estar sujeitos a uma sanção administrativa, com aplicação de multa de até R$ 1 milhão.


Início do 'êxodo de influencers'


Skarllete Mello é conhecida por divulgar o Fortune Tiger, ou 'Jogo do Tigre', que é considerado ilegal — Foto: Reprodução/Redes sociais


Logo após a sanção da lei, influenciadores protestaram nas redes sociais. Alguns ameaçaram sair do Maranhão. É o caso de Skarlete Mello, influenciadora que foi alvo da Polícia Civil, em setembro, por colaborar com o Jogo do Tigre.


Ela viajou para outro estado e está postando sobre jogos de azar, mas não há confirmação de que ela tenha se mudado definitivamente. Atualmente, ela usa uma conta reserva no Instagram. Isso porque a sua conta original, que tinha mais de 300 mil seguidores, está paralisada desde a operação da Polícia Civil, perdendo seguidores e todas as postagens.


Veja também: quem é Skarlete Mello, influencer que ostenta vida de luxo e promovia game de apostas proibido


Quando Skarlete foi alvo da operação, a polícia apreendeu três motocicletas, quatro carros (incluindo dois veículos de luxo) e um jet-ski da influenciadora.


A Justiça, na ocasião, autorizou o bloqueio de R$ 8 milhões da conta bancária da influenciadora. Segundo os investigadores, o motivo foi 'uma movimentação patrimonial incompatível' e valores altos que teriam sido conquistados por meio do jogo.


Skarlete Melo ostenta riqueza nas redes sociais. BMW foi apreendida na operação — Foto: Reprodução/Redes sociais


Skarlete é investigada por suposta divulgação dos jogos de azar, por loteria não autorizada, por organização criminosa e por lavagem de dinheiro. Nas redes sociais, ela disse que 'não tinha culpa de nada'.


Outros influenciadores também viajaram


Kaio Sousa, o 'Kaio de Cara', viajou pra Fortaleza pra fugir da proibição no Maranhão da divulgação de jogos de azar ilegais — Foto: Reprodução/Redes sociais


Um dos influenciadores que decidiu sair do Maranhão foi Kaio Sousa, comediante conhecido como 'Kaio de Cara', que anunciou que iria para Fortaleza.


Kaio alegou que precisava se mudar, junto com a família, exatamente pra continuar divulgando os jogos de azar. Ao chegar em Fortaleza, Kaio começou a divulgar links ligados a jogos ilegais e mantém a rotina quase todos os dias.



Apesar de ter anunciado a mudança de estado, não há confirmação de que o influenciador esteja, de fato, morando no Ceará.


Junior André, do 'Muleke Té Doido', também viajou para Fortaleza e segue divulgando jogos de azar, incluindo o Jogo do Tigre — Foto: Reprodução/Redes sociais


Outro influenciador que escolheu ir para o Ceará foi Júnior André, que ficou famoso em São Luís por atuar no filme 'Muleque Té Doido'. Ele apagou todas as postagens sobre o jogo em setembro, logo após a Polícia Civil deflagrar a operação contra o Fortune Tiger.


Algumas semanas depois, Júnior André viajou para a Fortaleza e, de lá, mantém uma rotina diária de postagens de jogos de azar, incluindo o Jogo do Tigre. No entanto, ele ainda não anunciou se irá morar na cidade.



O influenciador já foi acusado de enganar seguidores. Em setembro, a maquiadora Jhenifer Blume, que mora em São Luís, afirmou que foi levada a clicar no link que Júnior divulgava, com a certeza de que teria retorno financeiro, mas acabou perdendo dinheiro.


Na época, a assessoria de Júnior André disse apenas que "é possível que algumas plataformas honrem com seu compromisso com os divulgadores, mas não com o público geral", mas que "sempre esteve de prontidão para ajudar a solucionar os problemas e que evitam divulgar plataformas com indícios de fraudes".


Influenciadores do interior do MA também saíram do estado

Em relação aos influenciadores do interior do Maranhão, o Piauí tem sido o principal destino para fugir da nova lei e continuar a divulgar jogos ilegais.


De Zé Doca e de Pinheiro, Andressa Lopes e Emanuelle Ravanne viajaram para Teresina, no Piauí, pra continuar divulgando jogos de azar ilegais, como o Fortune Tiger' — Foto: Reprodução/Redes sociais


As influenciadoras Andressa Lopes, de Zé Doca e Emanulle Ravanne, de Pinheiro, viajaram para Teresina e mantêm postagens diárias de jogos de azar.


Emanuelle ficou famosa no Maranhão por ter tido um relacionamento com o cantor Chicão dos Teclados. Já Emanuelle, a 'Manuzita', mantém um relacionamento com o Edésio Nascimento, que ficou conhecido como 'Milionário do Brega'.


Polícia na mira dos influencers


Todos os influenciadores do Maranhão que viajaram para outros estados estão sob a mira da Polícia Civil, que diz estar ciente do êxodo de influenciadores.


"Temos ouvido falar e acompanhado. Estamos observando e como estão se movimentando. É normal isso, depois de nossas ações vem as estratégias para fugir. É normal para todo tipo de crime. Então hoje a gente está acompanhando para ver lá na frente o que pode ser feito. Se estiver acontecendo aqui no Maranhão [divulgação de jogos ilegais], corre o risco de sofrer novas intimações", declarou Augusto Barros, superintendente Estadual de Investigações Criminais, no Maranhão.


O g1 entrou em contato com todos os influenciadores citados, pelas redes sociais, mas apenas Emanuelle quis se pronunciar. Ela afirmou que manteve a divulgação porque diz acreditar que está 'ajudando as pessoas'.


"Todas as plataformas que eu tenho divulgado até hoje, os meus seguidores sempre tem me enviado prints de ganhos. Então, não vejo problema em divulgar algo que está ajudando outras pessoas. Assim que a lei foi aprovada deixei de divulgar por estar aí no Maranhão e meus seguidores pediam muito links dos jogos. Então resolvi passar uma temporada por aqui no Piauí. E das vezes que fui lesada em plataformas sempre avisei meus seguidores, meu compromisso é com eles", afirmou.



Divulgação do Jogo do Tigre já levou influenciadores à delegacia


Influenciadora digital Hellena Silva — Foto: Divulgação/Redes sociais


No dia 26 de outubro, a influenciadora digital maranhense Célia Helena, conhecida nas redes sociais como Hellena Silva, foi detida por divulgar jogos de azar.


Segundo a polícia, Hellena já tinha assinado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), no qual se comprometeu a não fazer mais a divulgação dos jogos ilegais, mas descumpriu o acordo. Após ser ouvida, ela assinou outro TCO de divulgação de jogos de azar, teve o celular apreendido e foi liberada.


Hellena Silva descumpriu acordo e seguiu divulgando jogo de azar ilegal no Instagram — Foto: Divulgação/Redes sociais


Helena foi a quinta pessoa a ser conduzida para a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (DCCO/Seic) para prestar esclarecimentos sobre a divulgação por meio das redes sociais deste tipo de jogo no Maranhão.


Na época, o g1 entrou em contato com Hellena Silva, mas ela não se pronunciou. Posteriormente, na própria rede social, disse que não falaria com a imprensa.


O que é o Fortune Tiger

Fortune Tiger é um jogo de cassino online do tipo caça níquel, que promete ganhos em dinheiro. Porém, como a maioria dos jogos de azar, as pessoas tendem a perder dinheiro na plataforma. Por ser um cassino, por si só, é considerado ilegal no Brasil.


Além disso, segundo a polícia, o sistema do Fortune Tiger é hospedado fora do país e não possui registro ou representantes no Brasil.


No Brasil, o chamado Jogo do Tigre ficou famoso principalmente devido à extensa campanha que incluiu muitos influenciadores digitais e jogadores que compartilham suas táticas para se dar bem.


Câmara também discute a regulamentação de apostas

Em Brasília, a Comissão de Esporte do Senado aprovou, no dia 8 de novembro, o projeto que regulamenta o mercado de apostas esportivas de quota fixa. O texto foi aprovado em votação simbólica, quando não há contagem de votos.



O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e é uma das propostas do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação federal. A proposta estabelece tributação de prêmios e casas de apostas, define taxa de operação e estipula regras para publicidade do setor.


No Senado, o projeto também é analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e, passada a fase das comissões, ainda terá que ser votado no plenário principal da Casa.


Fonte: g1

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