terça-feira, abril 20, 2021

Homem reage a tentativa de assalto, atropela e mata três criminosos na Grande Natal

Um homem reagiu a uma tentativa de assalto e atropelou três bandidos na manhã desta terça-feira (20), na estrada de Campo Limpo, entre os municípios de Arez e Goianinha, na Grande Natal. Os três criminosos morreram no local.


Polícia Militar esteve em área onde bandidos foram atropelados e morreram — Foto: Reprodução


Segundo informações da Polícia Militar, os três bandidos estavam em uma motocicleta e tentaram abordar um casal em outra moto na região. O casal não parou e os homens fizeram disparos com arma de fogo. Em seguida, os criminosos se depararam com um carro modelo Corsa branco e atiraram contra ele. De acordo com a PM, o condutor reagiu colidindo o veículo com a motocicleta dos bandidos, que morreram ainda no local.


Viaturas da PM e uma equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) estiveram na região do crime. O motorista foi socorrido por populares. Nenhuma arma foi encontrada. A Polícia Civil vai investigar o caso.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Carro pega fogo na BR-101 e rodovia é interditada em Natal

Um carro pegou fogo na pista principal da BR-101, na altura do bairro Candelária, na Zona Sul de Natal, no início da noite desta terça-feira (20). Foi possível ouvir uma explosão e logo em seguida as chamas tomaram conta do veículo. Uma fumaça densa também logo surgiu.


Carro pega fogo na BR-101 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou toda a via expressa da BR-101, nos dois sentidos, por conta do risco de nova explosão e da visibilidade afetada pela fumaça. Apenas as vias marginais ficaram liberadas. Até a última atualização desta matéria, não havia informações sobre feridos.


O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou ao local por volta das 18h45, controlando rapidamente o fogo.


Bombeiros controlaram as chamas do carro incendiado na BR-101 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Carro pegou fogo na BR-101 em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Carro pegou fogo na BR-101 em Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Fonte: G1

Leia Mais ››

Quatro secretários municipais são afastados das funções durante operação do MP contra fraudes em marcação de consultas no SUS no RN

A Justiça afastou das funções quatro secretários municipais de Saúde e de Assistência Social investigados por participação em um suposto esquema fraudulento que alterava a fila por exames e consultadas no sistema público de saúde do Rio Grande do Norte. Uma ex-secretária investigada também foi proibida de ser contratada pelo poder público ou ter nomeação em cargo de confiança. A Operação 'Fura-fila' foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado nesta terça-feira (20).


Operação do MPRN apura fraudes na regulação de exames e consultas no sistema público de saúde no RN. — Foto: MP/Divulgação


Segundo o MP, somente uma gestora teria trocado mais de 8 mil mensagens, entre julho de 2017 e outubro de 2018, com o vereador de Parnamirim, Diogo Rodrigues (PSD) - suspeito de comandar fraudes. Ele, a companheira e outro suspeito foram presos nesta terça-feira (20). O deputado estadual Souza também é investigado e teve um mandado de busca e apreensão cumprido na sua casa, segundo o MP.


De acordo com o MP, os secretários mantinham ligação direta com Diogo Rodrigues. Por esse motivo, a Justiça determinou o afastamento e a proibição de ocupar cargo comissionado ou de ser contratado temporariamente pelo Poder Público pelo prazo de seis meses. Os secretários investigados são:


Gleycy da Silva Pessoa, secretária de Saúde de Brejinho

Maria Madalena Paulo Torres, secretária de Saúde de Frutuoso Gomes

Alberto de Carvalho Araújo Neto, secretário de Saúde de Arês

Anna Cely de Carvalho Bezerra, secretária de Assistência Social de Brejinho

Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho


Em nota, a prefeitura de Brejinho informou que cumpriu a decisão judicial prolatada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, exonerando duas de suas servidoras. "Nos colocamos à disposição do Órgão ministerial e da justiça para prestar toda e qualquer informação que venha contribuir com as investigações".


O G1 não conseguiu contato com as defesas dos secretários até última atualização desta matéria. Já o advogado do vereador Diogo Rodrigues, Cristiano Barros, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e que a defesa só deverá se manifestar quando tiver as informações.


"Mas posso antecipar que Diogo Rodrigues afastou-se completamente de qualquer função pública ligada à regulação de Parnamirim no inicio de 2020 e assim, desde então, não tinha mais qualquer ingerência sobre o setor", afirmou.


De acordo com o MP, os gestores pagavam Diogo Rodrigues ilicitamente, através de contratos com laranjas do grupo, principalmente familiares do vereador suspeito.


As investigações do MPRN foram iniciadas em 2019, após denúncias de servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Segundo a corporação, a investigação descobriu que desde 2017 uma suposta organização criminosa inseria dados falsos e alterava informações no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS) - sistema informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios do Estado para regular a oferta, autorização, agendamento e controle de procedimentos ofertados pelo SUS.


Por meio da manobra, eles conseguiam "furar a fila do SUS" e fazer com que determinadas pessoas passassem à frente na lista de espera.


Troca de mensagens

Segundo o MP, entre 3 de julho de 2017 e 23 de outubro de 2018, Gleicy da Silva Pessoa, de Brejinho trocou 8.006 mensagens com Diogo Rodrigues. O MPRN suspeita que a ex-secretária Eliege da Silva Oliveira, de Ielmo Marinho, mantinha contato constante com Diogo Rodrigues por meio de dois terminais telefônicos, havendo, respectivamente, 522 e 739 mensagens trocadas entre eles somente no período investigado.


Ainda de acordo com a investigação, Maria Madalena Paulo Torres supostamente mantinha relação de negócios e troca de favorecimentos pessoais com Diogo Rodrigues. Alberto de Carvalho Araújo Neto, que também já foi secretário de Saúde da cidade de Lagoa de Pedras, também é suspeito de manter contato com Diogo Rodrigues, com quem teria trocado 4.650 mensagens, na grande maioria referentes à marcação de exames. E Anna Cely de Carvalho Bezerra também é suspeita de ter trocado com Diogo Rodrigues 1.079 mensagens, no período de 28 de novembro de 2017 a 23 de outubro de 2018.


"De posse do material apreendido, o MPRN irá aprofundar as investigações sobre a atuação da organização criminosa e apurar de há mais pessoas envolvidas com as fraudes no esquema de fura-fila do SUS no Rio Grande do Norte", informou a corporação.


Operação

Com o apoio da Polícia Militar, a operação Fura-fila cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e ainda outros 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Mossoró, Caicó, Monte Alegre, Areia Branca, Brejinho, Frutuoso Gomes, Rafael Godeiro e Passa e Fica.


Também há o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Ao todo, 27 promotores de Justiça, 42 servidores do MPRN e 90 policiais militares participaram da ação.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Vereador é preso e deputado do RN é alvo de busca e apreensão em operação que investiga esquema de fura-fila no SUS

Um vereador de Parnamirim, na Grande Natal, foi preso na manhã desta terça-feira (20) e um deputado estadual foi alvo de um mandado de busca e apreensão em casa, após a deflagração da Operação "Fura-fila", do Ministério Público do Rio Grande do Norte, que apura supostas fraudes no Sistema Único de Saúde. Cinco secretários ou ex-secretários municipais de saúde e assistência social foram afastados dos cargos ou proibidos de serem contratados pelo poder público pelos próximos seis meses.


Operação Fura-fila do Ministério Público prendeu vereador de Parnamirim, na Grande Natal. — Foto: MP/Divulgação


Segundo a corporação, o vereador Diogo Rodrigues da Silva (PSD) é suspeito de encabeçar um suposto esquema de fraudes no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. A companheira do vereador e o sócio de uma empresa responsável pelo sistema também foram presos.


O MP ainda confirmou que o deputado Manoel Cunha Neto, conhecido por Souza, é investigado pela prática de peculato eletrônico, falsidade ideológica e corrupção passiva. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência dele.


"O Tribunal de Justiça do RN afastou o foro por prerrogativa de função do deputado porque os crimes investigados em nada têm a ver com as atribuições parlamentares de Souza, conforme previsto na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte e no Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado", afirmou o MP.


Operação 'Fura-fila', do MPRN apura suposto esquema de fraudes em marcação de consultas e exames no SUS. — Foto: MP/Divulgação


De acordo com as investigações do MPRN, o deputado é suspeito de manter contato direto com o vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues, para que fossem inseridos nomes de interessados no Sistema do SUS.


Ainda de acordo com o MP, uma conversa por aplicativo de mensagens no dia 18 de fevereiro de 2020, Diogo teria demonstrado a Souza preocupação e o pedido uma "possível blindagem" contra a investigação do MPRN: “O caldo vai engrossar e vou precisar de gás”, escreveu.


Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado Souza afirmou que foi surpreendido pela operação e colocou à disposição para contribuir com a investigação, bem como pediu aos seus advogados para se inteirarem sobre a ação.


"Meu gabinete parlamentar está em muita sintonia com as pessoas mais carentes, inclusive do interior do estado. E sempre a gente é procurado para saber informação, quando dá certo o exame, quando vai dar certo uma cirurgia, e nós procuramos saber se falta algum documento, qual o prazo que ele será atendido, só a título de dar um retorno à população. Acho que não só eu, mas todos os políticos são procurados por alguém. Não sei porque o nosso nome está envolvido nessa operação, mas espero que no tempo certo sejam esclarecidos todos os fatos", afirmou.



Já o advogado do vereador Diogo Rodrigues, Cristiano Barros, afirmou que ainda não teve acesso aos autos e que a defesa só deverá se manifestar quando tiver as informações.


"Mas posso antecipar que Diogo Rodrigues afastou-se completamente de qualquer função pública ligada à regulação de Parnamirim no inicio de 2020 e assim, desde então, não tinha mais qualquer ingerência sobre o setor", afirmou.


Diogo Rodrigue é 2º vice-presidente da Câmara Municipal de Parnamirim - terceiro maior município do Rio Grande do Norte. Em nota, a Câmara Municipal afirmou que acompanha com atenção e espírito colaborativo, a operação.


"Esta Casa Legislativa está a disposição dos órgãos de investigação para contribuir com as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos. Ressalte-se que esta Câmara não é alvo de nenhuma investigação", informou.


Operação

Com o apoio da Polícia Militar, a operação Fura-fila cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e ainda outros 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Mossoró, Caicó, Monte Alegre, Areia Branca, Brejinho, Frutuoso Gomes, Rafael Godeiro e Passa e Fica.


Também há o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Ao todo, 27 promotores de Justiça, 42 servidores do MPRN e 90 policiais militares participaram da ação.


Operação 'Fura-fila' do MP cumpre mandados em cidades do RN e em São Paulo. — Foto: MP/Divulgação


Esquema

As investigações do MPRN foram iniciadas em 2019, após denúncias de servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Segundo a corporação, a investigação descobriu que desde 2017 uma suposta organização criminosa inseria dados falsos e alterava informações no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS) - sistema informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios do Estado para regular a oferta, autorização, agendamento e controle de procedimentos ofertados pelo SUS.


Segundo o MPRN, as investigações apontaram que o esquema seria encabeçado pelo vereador Diogo Rodrigues da Silva, eleito vereador por Parnamirim em 2020. Ainda antes de se eleger, usando sua posição dentro da estrutura administrativa do município de Parnamirim, ele teria montado o esquema de inserção de dados falsos no SIGUS, burlando a fila do SUS.


A suspeita é que ele teria como braço-direito no esquema a própria companheira, Monikely Nunes Santos, que é funcionária de um cartório em Parnamirim. Ela também foi presa.


Essas invasões na ferramenta de regulação seriam capazes de interferir na sequência de elegibilidade de procedimentos médicos gerenciados pelo Sistema. Desta forma, o grupo furava a chamada “fila do SUS”, propiciando vantagens indevidas aos fraudadores.


Secretários municipais de Saúde e de Assistência Social também estariam envolvidos com o esquema fraudulento. O MPRN apurou que cinco mantinham ligação direta com Diogo Rodrigues. Por esse motivo, a Justiça determinou o afastamento e a proibição de ocupar cargo comissionado ou de ser contratado temporariamente pelo Poder Público.


Pessoas presas

Diogo Rodrigues da Silva - vereador de Parnamirim, suspeito de liderar o suposto esquema

Monikely Nunes Santos, companheira do vereador e funcionária de cartório

Um sócio da empresa responsável pelo desenvolvimento da

Secretários afastados

Gleycy da Silva Pessoa, secretária de Saúde de Brejinho;

Maria Madalena Paulo Torres, secretária de Saúde de Frutuoso Gomes;

Alberto de Carvalho Araújo Neto, secretário de Saúde de Arês;

Anna Cely de Carvalho Bezerra, secretária de Assistência Social de Brejinho,

Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho.


Segundo o MP, os secretários pagavam o Diogo ilicitamente, através de contratos com laranjas do grupo, principalmente familiares do vereador suspeito. O G1 não conseguiu contato com as defesas dos secretários até a última atualização.


Terceiro preso

Além do vereador e da sua companheira, foi preso temporariamente um investigado que foi sócio da empresa responsável pelo SIGUS. O MPRN suspeita que ele alterava dados do Sistema de forma a dificultar a identificação posterior dos médicos que autorizam cada exame. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dele e na empresa.


"Ele foi preso temporariamente para evitar que, devido ao conhecimento do sistema burlado, não possa alterar dados e informações armazenados na “nuvem” ou destruir provas ainda não coletadas contra o grupo", informou o MP.


Mandados cumpridos em março

No dia 10 de março, o MP cumpriu 7 mandados de busca e apreensão no município de Parnamirim, dentro de uma investigação que apurava suposta captação ilícita de votos, abuso de poder político e econômico, entre outras irregularidades eleitorais.


De acordo com o MP, os mandados tinham objetivo de "reforçar as provas". A suspeita dos investigadores é de que o sistema de marcação de consultas e exames do município era usado para finalidades eleitorais. Um dos mandados foi cumprido na Central de Regulação de Parnamirim, que foi fechada ao atendimento após a saída dos promotores e policiais.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Sem estoque da CoronaVac, Natal soma 9.616 pessoas com a segunda dose atrasada

Natal tem atualmente 9.616 pessoas que já deveriam ter recebido a segunda dose da CoronaVac e ainda não receberam porque acabaram as doses na capital potiguar. A aplicação da segunda dose estava programa para acontecer entre 14 e 28 dias depois da primeira dose, como recomenda o fabricante, mas não ocorreu, porque não há mais doses disponíveis.


Doses de CoronaVac estão em falta em Natal — Foto: Divulgação/Itanhaém


Os dados são do Laboratório em Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e foram consultados no sistema RN+ Vacina na tarde desta terça-feira (20).


Sem doses disponíveis, Natal suspendeu pela segunda vez a aplicação da CoronaVac na segunda-feira (19). E isso tem preocupado quem já recebeu a primeira dose e está prestes a ultrapassar o prazo de 28 dias para a aplicação da segunda dose, como é determinado para eficácia pela fabricante do imunizante.


Esse é o caso, por exemplo, de uma tia de 69 anos da psicóloga Marianna Menezes Silvino. Ela já passou dos 21 dias do recebimento da primeira dose e agora teme que a segunda não esteja disponível até o 28º dia.


"Ela tomou a primeira dose, mas quando foi tomar a segunda dose ontem (segunda-feira), nós soubemos que a vacina tinha acabado. E aí começou o desespero de quem sabia, onde tinha, quando ia chegar. E ninguém sabe responder. Como fica a situação dessa idosa?", questionou a psicóloga.

O relatório do LAIS indica ainda que há mais 19.281 pessoas que terão a segunda dose da vacina vencendo nos próximos 7 dias em Natal, sendo 19.134 da CoronaVac e 147 de Oxford/AstraZeneca. Ou seja, caso não recebam a imunização neste período, também estarão atrasadas em relação ao prazo estipulado pelos fabricantes.


"É uma preocupação que a gente tem visto da população em relação a essa ausência, essa falta consecutiva aqui em Natal. É importante a gente frisar que os gestores precisam fazer a ponderação quando eles recebem as doses e ponderar o volume que eles precisam armazenar, pra garantir a segunda dose", explicou o pesquisador do LAIS, Rodrigo Silva.


Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal disse que "sempre que a capital inicia uma faixa etária de vacinação contra a Covid-19 é garantido que todo público correspondente seja vacinado,", mas que "Natal tem recebido um quantitativo de doses insuficientes que não corresponde à realidade de sua população". A pasta alegou que "por falta de doses a capital não está avançando na faixa etária, tanto é que desde do dia 10 de abril foi aberta a vacinação para idosos de 63 anos e até este momento continuamos vacinando esse mesmo público".


Segundo a SMS, os dados do RN+ Vacina "têm delay no cadastramento dos usuários e não representa um dado atualizado em tempo real, podendo haver atraso médio de até 10 dias de atualização". A pasta diz que "acredita que esse número seja bem menor".


Distribuição das doses

Nesta terça-feira, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) atribuiu o problema em Natal a um "erro do município", que não teria seguido as orientações técnicas, e afirmou que não houve falta de segunda dose da vacina nos outros municípios do estado.


Vacina CoronaVac doses frascos Natal RN Covid-19 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A Sesap afirmou que distribuiu todas as doses entregues pelo Ministério da Saúde aos municípios e disse que Natal usou parte das doses que o Ministério da Saúde orientou que fossem destinadas exclusivamente à segunda dose (D2) para vacinar pessoas com a primeira dose (D1). Dessa forma, a cada nova remessa recebida pelo município há uma lacuna.


A pasta disse ainda que avalia ceder parte da reserva técnica, que é determinada pelo Ministério da Saúde, para o município de Natal para aplicação da segunda dose da CoronaVac em idosos e profissionais de saúde que estão dentro do prazo da aplicação e ainda não conseguiram o imunizante. A reserva técnica atualmente é de 9.309 doses.



Há uma semana, a Sesap havia relatado que não consideraria ceder a reserva técnica por achar injusto com os municípios que têm seguido as instruções.


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o pedido da reserva técnica "foi uma reposição de perda técnica referente as fracos da CoronaVac que deveriam conter 10 doses, mas vieram 9. Essas perdas representam 6.042 doses que a capital deixou de aplicar".


Reserva da segunda dose

No início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde recomendou que os estados e municípios guardassem doses da CoronaVac destinados à segunda dose. No entanto, no fim de março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e liberou o uso das vacinas armazenadas para uso como 1ª dose.


Antes, as segundas doses da CoronaVac que chegavam ao RN ficavam armazenadas na Unicat e só eram liberadas aos municípios no momento da aplicação delas. Após a recomendação do Ministério da Saúde, toda remessa recebida passou a ser encaminhada aos municípios diretamente logo após o envio pelo MS ao estado.


Apesar do envio integral do lote, o governo do RN orientou em nota técnica, no dia 2 de abril, que os municípios deveriam armazenar as doses da CoronaVac destinadas à segunda aplicação.


Doses eram armazenadas na Unicat — Foto: Elisa Elsie/Assecom/Governo do RN


O que acontece se atrasar a vacina?

No caso da CoronaVac, a aplicação deve acontecer entre 14 e 28 dias, segundo o fabricante. Entre 21 e 28 dias, um estudo indicou que há um aumento na eficácia do imunizante, que sobe de 50% para 62%. Caso esse prazo seja ultrapassado, não há estudo que confirme a eficácia.


"A gente não tem estudo sobre quanto tempo mais, a vacina terá efeito, além dos 28 dias. Quando a gente recebe a primeira dose, o sistema está sendo estimulando, sendo acordado para produzir anticorpos, e as células precisam ser reestimuladas para ficarem acordadas, ou morrem. Pela nossa experiência sobre o sistema imunológico, é possível postergar por uma uma semana, 10 dias no máximo 15 dias, mas isso é esticando a corda, porque depois do prazo do estudo, gente não tem segurança", explicou a professora da UFRN, Janeusa Souto, que é doutora em imunologia básica, ao G1 no dia 6 de abril.


"Quando se passa dos 28 dias, o estudos não observaram isso ainda. A gente não sabe. É uma coisa que precisa ser estudada e só o futuro poderá dizer se há perda de eficácia ou não", reforçou o infectologista Thiago Queiroz.


Intervalo entre as doses

Até o momento, duas vacinas são aplicadas no país: a da farmacêutica AstraZeneca (desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford), e a CoronaVac (desenvolvida pelo laboratório Sinovac com o Butantan).


Para a vacina da AstraZeneca, a maior eficácia é alcançada quando o intervalo entre a primeira e a segunda doses é de três meses. Para a CoronaVac, o melhor resultado, de acordo com os estudos, ocorre quando a segunda dose é aplicada em um intervalo de 21 a 28 dias.


De acordo com especialistas, a segunda dose é essencial não apenas para proteção individual. Quanto mais pessoas estiverem imunizadas, maior é a barreira criada na comunidade inteira, diminuindo as possibilidades de alguém se infectar.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Estudante da rede pública que chegou a morar na rua na pandemia é aprovado em curso de direito no RN

Aprovado pelo Sisu no curso de direito da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), campus Natal, Vitório da Silva Ferreira, 17 anos, tem uma história de superação. O jovem que acabou de concluir o ensino médio na Escola Estadual Berilo Wanderley, no bairro de Neópolis, chegou a dormir na rua por problemas familiares em casa. Foram dois meses passando noites no chão do estacionamento de uma farmácia no bairro de Capim Macio, na Zona Sul da capital potiguar, na busca pelo sonho da aprovação.


"Eu chegava aqui por volta das 20h e deitava no chão. Não era fácil, tinha pedras, tinha frio, e eu me enrolava com um casaco e forrava o chão com algumas roupas", relata o estudante ao olhar para o lugar que dormiu de abril a junho de 2020, durante a pandemia do novo coronavírus.


Vitório da Silva Ferreira terminou o Ensino Médio em uma escola pública de Natal — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


Ao amanhecer do dia, Vitório ia ao campus da UFRN, local onde comia e utilizava a internet para estudar. "A UFRN tem o wi-fi aberto e isso me possibilitava estudar para o Enem. Assistia às aulas do Berilo e também aulas gratuitas no Youtube. Também aproveitava o banheiro do setor de aulas 3 para tomar banho e lavar roupa", completa.


Durante esse período, o jovem estudante recebeu algumas cestas básicas da escola em que estava matriculado, o que garantiu a alimentação durante os dois meses. "Eu usava o microondas que um vigilante da UFRN tinha e garantia minhas alimentações do dia", relembra, emocionado.


Vitório da Silva Ferreira chegou a dormir em estacionamento de farmácia em 2020 — Foto: Lucas Cortez/inter TV Cabugi


Motivos familiares fizeram o Vitório sair de casa. O pai faleceu quando ele tinha seis anos de idade, a mãe desenvolveu problemas psicológicos que, segundo o estudante, acabavam prejudicando os estudos. "Minha mãe tinha alucinações dos mais diversos tipos, morávamos em uma casa pequena, eu não tinha um espaço para estudar. Esses fatores me fizeram sair de casa", explica.


No mês de junho de 2020, o jovem conseguiu moradia em casas de amigos e um trabalho informal como garçom em um bar. Atualmente, ele está sob a responsabilidade de uma tia, que celebra a conquista do sobrinho. "Muito feliz pela aprovação dele. Apesar de tudo, de todas as dificuldades, conseguiu o que ele queria", diz Jani da Silva, que é cuidadora de idosos.


Hoje, aprovado em direito, Vitório sonha com um futuro promissor. "Eu encontrei na educação uma perspectiva de melhora. Eu espero ser um bom advogado, para depois ser um bom delegado. Esse é o meu sonho de vida, conseguir passar em um concurso público para poder ajudar outros jovens que estejam em situação de fragilidade", finaliza.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Sesap diz que vacinas acabaram em Natal por 'erro do município' e avalia ceder reserva técnica para aplicação de 2ª dose da CoronaVac

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou nesta terça-feira (20) que avalia ceder parte da reserva técnica determinada pelo Ministério da Saúde ao município de Natal para aplicação da segunda dose da CoronaVac em idosos e profissionais de saúde que estão dentro do prazo da aplicação e ainda não conseguiram o imunizante.


Dose vacina CoronaVac (Arquivo) — Foto: Júnior Santos


Natal suspendeu pela segunda vez a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac contra a Covid-19 por falta de doses, nesta segunda-feira (19). O estado atribuiu o problema na capital a "erro do município", que não teria seguido as orientações técnicas, e afirmou que não houve falta de segunda dose da vacina nos outros municípios do estado.


A segunda dose da vacina contra Covid-19 precisa ser aplicada entre o 14º e o 28º dia após a primeira dose e, segundo especialistas, o ideal é que ela ocorra entre o 21º e o 28º dia.


"A Sesap está discutindo com a Câmara Técnica de Vacinação a possibilidade de disponibilizar parte da reserva técnica para Natal, para não deixar idosos e profissionais de saúde sem completar o esquema vacinal por erro do município", informou.


Capital usou doses para primeira aplicação

A Sesap afirmou distribuiu todas as doses entregues pelo Ministério da Saúde aos municípios e disse que o município de Natal usou parte das doses que o Ministério da Saúde orientou que fossem destinadas exclusivamente à segunda dose (D2) para vacinar pessoas com a primeira dose (D1). Dessa forma, a cada nova remessa recebida pelo município há uma lacuna.


"Não há registro de problema similar em outros municípios do Rio Grande do Norte. O município de Natal não seguiu as orientações da Nota Informativa nº 15 que, de forma clara e objetiva, deu conhecimento que o maior volume de doses recebidas naquele momento destinava-se à D2. Utilizá-las como D1 acarretaria, inevitavelmente, este problema", afirmou a pasta.


Na nota informativa publicada no dia 2 de abril, a Sesap informava que não teria como autorizar o uso das doses enviadas na data de hoje como D2 para uso como D1 "para própria segurança do usuário que realizou a primeira dose e que precisará ter assegurada sua segunda dose, bem como para a segurança dos gestores que poderão ser responsabilizados caso façam uso da D2 como D1, e que diante da aproximação do período de realização da D2 não possa fazê-la por indisponibilidade do insumo".


Em entrevista ao RN1, da Inter TV Cabugi no dia 14 de abril, Juliana Araújo, diretora do Departamento de Vigilância Sanitária de Natal, confirmou que a Secretaria Municipal usou doses que deveriam ser para segunda dose como primeira dose, por causa da demanda de pessoas que procuravam o atendimento. De acordo com ela, o número de doses enviadas pelo Ministério da Saúde era insuficiente para atender todos os grupos anunciados.


"Natal não costuma armazenar doses quando existe uma busca muito grande da população, principalmente naquele grupo que já foi anunciado de redução de faixa etária. O Ministério da Saúde encaminhou doses para gente reduzir a faixa etária, encaminhou número insuficiente para reduzir essa faixa, e a busca da população não pode ser negada no momento em que ela está com o direito de receber o imunobiológico, naquele momento, naquela faixa etária dita pelo Ministério da Saúde e pelas autoridades do estado. A secretaria tem seguido essa redução de acordo com o estabelecido pelas notas técnicas e infelizmente o número de doses não chega suficiente e a gente não pode negar esse acesso à população", declarou. 


Em nota, enviada nesta terça-feira (20), a pasta afirmou que "sempre que a capital inicia uma faixa etária de vacinação contra a Covid-19 é garantido que todo público correspondente seja vacinado".


"Porém, Natal tem recebido um quantitativo de doses insuficientes que não corresponde à realidade de sua população. Por falta de doses a capital não está avançando na faixa etária, tanto é que desde do dia 10 de abril foi aberta a vacinação para idosos de 63 anos e até este momento continuamos vacinando esse mesmo público. A SMS Natal mais uma vez comunica que assim que receber novas doses da Coronavac do Ministério da Saúde irá retomar a vacinação da segunda dose deste imunizante", informou.


Reserva técnica

O governo do estado ainda afirmou que não mantém estoque de imunizantes destinados à segunda dose, especialmente na 7ª Regional de Saúde, na região metropolitana de Natal. "Há, em estoque, apenas a reserva técnica, assim como orienta o Ministério da Saúde", informou. A reserva técnica é um volume de vacinas armazenadas para substituir doses em casos de perdas ou extravios de doses enviadas aos municípios.


Falta de doses

A Prefeitura de Natal suspendeu a aplicação da vacina CoronaVac ainda na manhã desta segunda-feira (19), três dias após receber um novo carregamento de vacinas.



Em nota, a SMS informou que na sexta-feira (16) Natal recebeu 10.560 doses da vacina Coronavac para serem utilizadas na segunda dose e que foram aplicadas mais de 9 mil doses durante o fim de semana.


As 920 doses restantes foram distribuídas entre os pontos de vacinação nesta segunda (19) e acabaram logo no início da manhã. A SMS já havia suspendido a aplicação da Coronavac em Natal no dia 12 de abril por falta de doses.


A vacinação de primeira dose para idosos a partir de 63 anos ou segunda dose com imunizante da Oxford continua disponíveis.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Servidores do Ibama denunciam que fiscalização ambiental está paralisada após decisão de Salles

Mais de 400 servidores de carreira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram um ofício, publicado na segunda-feira (19), no qual afirmam que todas as atividades de fiscalização de infrações ambientais desenvolvidas pelo órgão estão paralisadas.


Fiscal do Ibama durante fiscalização de Madeira Florestal — Foto: Vinícius Mendonça - Ibama


Endereçado ao presidente do Ibama, Eduardo Bim, o documento afirma que a interrupção dos serviços se deve a uma instrução normativa conjunta do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), publicada em 12 de abril de 2021.


“(...) Mesmo que o agente constate a infração em flagrante, este não deverá lavrar a multa ou qualquer outro termo e sim emitir um relatório, sendo que não há prazo para emissão da análise deste relatório pela autoridade hierarquicamente superior”, denunciam os servidores.

A TV Globo entrou em contato com o ministério e o Ibama, mas não obteve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.


Novo marco negativo

O ofício é mais um marco negativo para a imagem ambiental do Brasil às vésperas da Cúpula de Líderes sobre o clima, marcada para quinta (22) e sexta-feira (23). O presidente americano Joe Biden recepcionará 40 chefes de Estado, entre eles Bolsonaro, em um evento on-line. Será uma espécie de preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP26, prevista para novembro.


Enquanto John Kerry, enviado especial do governo americano sobre o Clima, cobra ações imediatas, a gestão federal é questionada. Recentemente, o ministro do meio ambiente de Bolsonaro foi alvo de notícia-crime enviada ao Supremo Tribunal Federal pelo então superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva. Ele afirma que Salles dificultou ação de órgãos ambientais. Saraiva aponta a possibilidade de ocorrência dos crimes de advocacia administrativa, organização criminosa e o crime de "obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público.


Salles, ao lado do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, é alvo de uma ação popular na Justiça de São Paulo por causa da "pedalada" climática do governo cometida em dezembro ao apresentar uma nova meta ao Acordo de Paris, regredindo seu compromisso de diminuir os gases do efeito estufa.


Burocracia para registrar infrações

De acordo com a nova instrução normativa, as infrações ambientais agora terão que ser autorizadas por um superior do agente que aplicar a multa. Na prática, os servidores dizem que a nova regra cria a figura de “uma espécie de censor, com ampla e irrestrita discricionariedade”, que deverá validar e comprovar toda sanção ambiental feita pelos fiscais.


Ainda de acordo com o ofício, as constatações do fiscal em campo, a partir de agora, serão um mero “relatório”, que deverá ser analisado pelo superior, mas sem prazo para emitir qualquer conclusão.


Insegurança e falta de sistema

A medida, segundo os servidores, criou um ambiente de "insegurança jurídica e administrativa para todos os servidores envolvidos neste rito, fiscais, técnicos, analistas ambientais e administrativos".


Os servidores afirmam ainda que as medidas necessárias para implementação das mudanças não foram aplicadas internamente, e por isso, "sistemas corporativos" não estão preparados para o processamento da nova burocracia estatal.


"Em face disso, todos os servidores que assinam o presente carta declaram que estão com suas atividades paralisadas pelas próprias autarquias, IBAMA e ICMBio, que não providenciaram os meios necessários junto aos sistemas e equipamentos de trabalho disponíveis para o exercício da atividade de fiscalização ambiental federal, análise e preparação para julgamento de processos de apuração de infrações ambientais”, diz trecho do ofício.


Perplexidade

Ainda na carta, os servidores afirmam que "viram com perplexidade a paralisação de todo o processo sancionador ambiental ocasionado pela publicação" da norma.


O documento também alerta que os crimes ambientais cresceram "de forma exponencial" nos últimos dois anos e que a paralisação dos serviços de fiscalização representa "prejuízos sem precedentes" ao meio ambiente do país.


Eles ainda ressaltam o aumento do desmatamento da Amazônia e o aumento das queimadas no período.


Responsabilização do servidor

O ofício explica que, diante da impossibilidade de trabalharem sem as adequações exigidas na nova instrução normativa, gestores do Ibama Sede orientaram, de maneira formal, que os servidores continuassem utilizando os sistemas da forma em que se encontram disponíveis, seguindo o rito processual da Instrução Normativa Conjunta anterior, revogada na semana passada.



Contudo, por medo de serem responsabilizados, os servidores informam no documento que não retornarão ao trabalho de fiscalização enquanto as administrações do Ibama e ICMBio se adequem à normativa.


"Tais orientações (...) na verdade soam como tentativa de dividir com os servidores a responsabilidade pelas sérias consequências causadas pela publicação dessa INC pela atual gestão do MMA, IBAMA e ICMBio (...). Por isso, invocando o princípio da precaução, seguiremos aguardando as administrações do IBAMA e ICMBio evoluírem para a disponibilização dos meios para que o trabalho seja realizado conforme a norma válida".


Cargos loteados

Em nota sobre a nova instrução normativa, o Observatório do Clima explica que um dos problemas da criação desta espécie de censor e validador das ações do fiscal é que os cargos de chefia tanto no Ibama como no ICMBio foram loteados com pessoas indicadas pela atual gestão, que não são servidores concursados, como os policiais militares de São Paulo escolhidos por Salles para comandar a fiscalização.


Alertas anteriores

Em julho do ano passado, 600 servidores do Ibama publicaram carta aberta dirigida ao vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, pedindo que medidas fossem tomadas para se frear o aumento do desmatamento na Amazônia.


Em 2019, os servidores já tinham feito um alerta ao governo federal sobre a disparada do desmatamento na região em outra carta aberta. Em ambos os documentos, eles afirmaram que as medidas sugeridas foram ignoradas pelas autoridades.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Piloto morre e outros dois ficam feridos em acidente com jatinho no aeroporto da Pampulha

Uma aeronave sofreu um acidente no Aeroporto da Pampulha, no início da tarde desta terça-feira (20). Segundo a Infraero, o jato estava descendo na pista de pouso e não conseguiu parar. A aeronave foi para fora da pista, mas ainda dentro dos limites do aeroporto.


Aeronave cai no Aeroporto da Pampulha em BH. — Foto: Globocop/ TV Globo


Segundo o Corpo de Bombeiros, o copiloto Eustáquio Avelar, de 76 anos, que tinha ficado preso às ferragens, morreu.


O piloto Gabriel dos Santos Nazaret foi resgatado em estado grave, por volta de 16h15 (veja no vídeo a seguir o momento do resgate). Ele é um aluno em treinamento e tem 28 anos, segundo os bombeiros. Foi levado ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII no helicóptero dos bombeiros, e chegou por volta de 17h.


Osmar Mulina Pereira Filho, 31, que também estava na aeronave, mas não na cabine com os outros dois, foi retirado logo no início dos trabalhos, com escoriações. Inicialmente ele tinha recusado atendimento, mas depois acabou sendo encaminhado ao hospital Mater Dei, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.


Os bombeiros trabalharam em conjunto com profissionais da Infraero e tiveram que serrar uma parte do avião para acessar a cabine frontal.


A pista de pouso e decolagem do aeroporto ficou interditada de 13h55 até 14h29.


Causas do acidente

Ainda não há informações sobre as circunstâncias que fizeram o avião não ter conseguido parar a tempo. A princípio, segundo os bombeiros, o trem de pouso da aeronave não abriu.


Acidente com aeronave deixa uma pessoa morta e duas feridas no aeroporto da Pampulha. — Foto: Arte G1


A Infraero disse que a aeronave estava fazendo um "voo de teste" quando saiu da pista após o pouso.


O voo de teste é um procedimento corriqueiro. De tempos em tempos, as aeronaves saem do hangar no aeroporto, onde fazem manutenção, e fazem o voo de teste. Decolam lá do aeroporto mesmo, fazem a avaliação no ar, e descem.


De acordo com o comandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, Major Fábio Alves Dias, a forma como o avião bateu na árvore contribuiu para que as vítimas ficassem presas às ferragens.


"A posição que o avião ficou, colidiu de frente, então a fuselagem veio para a frente. O painel veio para cima dos pilotos e os bancos chegaram mais próximo do painel, o que fez com que ficassem presos às ferragens e fuselagem”.

Ainda de acordo com major Fábio, a aeronave é do Rio de Janeiro, estava fazendo manutenção em BH. Não se sabe se estava fazendo alguns testes pós-manutenção ou se era treinamento no momento do acidente.


Aeronave minutos antes de cair, segundo uma testemunha. — Foto: Marcelo Ernesto / Arquivo pessoal


Segundo a Infraero, a ocorrência será investigada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que poderá dar mais detalhes sobre o caso.


O G1 acionou o Cenipa, que disse que investigadores já foram acionados para coletar dados da ocorrência e que a "conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade". O centro de investigação não forneceu outros detalhes.


Informações sobre o avião

A aeronave é um Learjet modelo LR35, prefixo PR-MLA, fabricado em 1976, com capacidade para oito passageiros.


Ela está em nome de Sequip Locação Segura e está com a documentação em dia, segundo registro mais atualizado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


O operador responsável pela aeronave neste momento é a empresa Eletric Power Construção.


O G1 não conseguiu contato com algum representante da empresa.











Fonte: G1

Leia Mais ››

Anvisa autoriza uso emergencial de coquetel de anticorpos contra Covid-19



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (20) o uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19. Trata-se de um coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais desenvolvidos pela farmacêutica Roche. É o segundo medicamento aprovado pela agência. O primeiro foi o remdesivir.


O que é o Regn-CoV2 e como ele será administrado:


Os medicamentos devem ser administrados juntos por infusão intravenosa;

O coquetel é composto por dois anticorpos monoclonais (casirivimabe e imdevimabe) que bloqueiam a entrada do vírus na célula;

O tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio;

Ele não é recomendado para pacientes graves;

Ele não é indicado para prevenção da Covid-19;

O coquetel já foi aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos, Canadá e Suíça. Também teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos (EMA);

Ele não substitui as vacinas contra a Covid-19.


A aplicação é intravenosa e o medicamento é indicado para o começo da doença. O uso é restrito a hospitais e a venda é proibida ao comércio.


"Esses produtos são o que a gente chama de anticorpos monoclonais. A ideia dessa proposta é neutralizar o vírus para que ele não se propague nas células infectadas e assim controlar a doença", explica o gerente geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes.

Segundo a Anvisa, o tratamento é indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para Covid-19 grave.


O medicamento não é recomendado para pacientes graves. "Anticorpos monoclonais como casirivimabe e imdevimabe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica", alerta a Anvisa.


O pedido de uso emergencial foi feito no dia 1º de abril.


Aprovado em outros países

O coquetel já foi aprovado para uso emergencial pela FDA, agência de saúde dos Estados Unidos, após apresentar bons resultados em pacientes com sintomas leves e moderados da Covid-19. Ele também foi usado no tratamento do ex-presidente americano Donald Trump.


Segundo o órgão americano, a combinação “reduziu a hospitalização relacionada a Covid-19 ou as visitas ao pronto-socorro em pacientes com alto risco de progressão da doença em 28 dias após o tratamento, quando comparados ao placebo”.


O medicamento também foi aprovado para uso emergencial no Canadá, Suíça e teve recomendação de uso pela agência europeia de medicamentos (EMA).


Remdesivir

Em março, a Anvisa anunciou o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral remdesivir, que ainda está em estudos.


O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de um medicamento sintético administrado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.


O gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, esclareceu que o remdesivir não é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica. "É uso restrito pelos hospitais para que os pacientes possam ser adequadamente monitorados", disse.


Fonte: G1

Leia Mais ››