quinta-feira, novembro 02, 2023

Polícia prende segunda mulher suspeita de participação em morte de gerente de banco em Natal

Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Natal, Rio Grande do Norte, RN — Foto: Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu a segunda mulher suspeita de participação no latrocínio do gerente de banco Adiel Cardoso Schafascheck, de 38 anos, cujo corpo foi encontrado nu em um terreno no bairro Capim Macio, Zona Sul de Natal, no dia 22 de setembro. Uma outra mulher, de 28 anos, já estava presa pelo crime.


Policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram o mandado de prisão contra a segunda suspeita, uma mulher de 27 anos, na manhã desta quinta-feira (2), no bairro Salinas, Zona Norte de Natal.


Segundo a polícia, ela é investigada como uma das envolvidas no latrocínio do gerente de banco. Ainda segundo a polícia, o homem foi vítima do golpe "Boa Noite, Cinderela".



A primeira suspeita do crime foi presa na noite do dia 22 de setembro, em flagrante, na Zona Sul de Natal. No entanto, a polícia ainda buscava a segunda pessoa envolvida no crime.


Segundo as investigações, no dia do crime, a vítima foi deixada totalmente despida e desacordada em um terreno baldio no bairro Capim Macio por duas mulheres que estavam em um veículo Onix, da marca Chevrolet, de cor branca.


De acordo com a a delegada Taís Ayres, responsável pelo caso, as duas mulheres presas confessaram o crime. O inquérito foi concluído e será encaminhado para a Justiça.


A polícia ainda não sabe, no entanto, qual foi a droga usada pelas mulheres.


"Todas as duas, quando foram ouvidas, confessaram a prática do delito, mas afirmaram que não tinham intenção de causar a morte da vítima. A intenção de ambas era dopá-lo para subtrair os pertences. A gente não sabe se ele tinha algum tipo de predisposição que trazia algum prejuízo", explicou.


Ainda de acordo com a delegada, a mulher presa nesta quinta-feira (2) confessou que colocou dois comprimidos na bebida da vítima, mas não soube dizer qual foi a droga usada e calou quando perguntada onde tinha adquirido.



"Ele começou a passar mal e elas, ao invés de prestar socorro, abandonaram ele em lugar ermo", disse a delegada.


Ainda de acordo com a delegada, as duas mulheres negaram que já tivessem cometido crime semelhante. No entanto, a mulher presa nesta quinta (2) já tinha um boletim de ocorrência registrado por outra vítima relatando que foi sedado e roubado por ela.


O crime

De acordo com os investigadores, morador de João Pessoa, na Paraíba, Adiel conheceu as duas mulheres na saída de um bar em Natal, local em que ele se reuniu com amigos após uma reunião de trabalho no dia 21 de setembro.


No mesmo dia em que o corpo da vítima foi encontrado, a Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu a primeira suspeita - uma mulher de 28 anos, suspeita pela participação no crime.


Em depoimento à Polícia, a mulher confessou que dopou Adiel para roubá-lo, mas ele começou a passar mal. Segundo ela, ela e a comparsa decidiram abandoná-lo no terreno em Capim Macio.


Ainda na sexta-feira (22), após o abandono do corpo da vítima, o cartão de crédito de Adiel chegou a ser utilizado. De acordo com a DHPP, dinheiro e um celular da vítima também foram roubados pelas mulheres.



No dia 25 de setembro, a Polícia Civil confirmou que já tinha identificado a segunda suspeita, mas ainda fazia buscas por ela.


Fonte: g1

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Adolescente morre após batida entre moto e carro em rodovia no interior do RN

Adolescente morre após acidente entre moto e carro em rodovia no interior do RN — Foto: Reprodução

Uma adolescente de 14 anos morreu após um acidente de trânsito entre a moto que conduzia e um carro na tarde desta quinta-feira (2) na RN-288, que liga os municípios de Cruzeta e São José do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte.


Segundo informações da Polícia Militar, por volta das 13h50, a vítima trafegava sozinha em uma motocicleta na altura da comunidade Umbuzeiro, na Zona Rural de São José do Seridó, quando aconteceu a colisão com o veículo, um Jeep Renegade.


Logo atrás da adolescente estava outra moto com os pais da vítima, que presenciaram o acidente. Com o impacto, ela foi jogada para fora da pista e morreu na hora. O carro desceu uma área de mata na lateral da rodovia.



De acordo com testemunhas, após a colisão, o motorista do carro, que não ficou ferido, permaneceu no local e aguardou a chegada da Polícia Militar. Uma equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foi acionada ao local para o recolhimento do corpo, e a Polícia Civil esteve na rodovia para iniciar a investigação.


Fonte: g1

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Tratores, artigos de confecção e alimentos que seriam vendidos no RN sem notas fiscais são apreendidos em Baía Formosa

Tratores, artigos de confecção e alimentos que seriam vendidos no RN sem notas fiscais são apreendidos em Baía Formosa — Foto: Foto: Divulgação/Sefaz-RN

Dois tratores, artigos de confecção e itens de gêneros alimentícios avaliados em R$ 1,2 milhão foram apreendidos durante uma operação conjunta entre a Secretaria de Fazenda do RN, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar no último final de semana na BR-101, em Baía Formosa, na divisa do estado com a Paraíba. Os produtos entrariam e seriam comercializados no Rio Grande do Norte sem documentação fiscal.


A conferência, contagem e orçamento dos itens foram concluídos nesta quarta-feira (1), e o balanço foi divulgado nesta quinta (2).


Essa foi a maior apreensão de produtos irregulares já feita pela Fazenda Estadual ao longo de 2023, tanto em termos de volume quanto em quantidade. O maior número de produtos apreendidos durante a força tarefa está relacionado a artigos de confecção, que foram orçados em R$ 395 mil. Foram retidos ainda diversos itens de gêneros alimentícios, que somaram R$ 135 mil. Porém, o maior volume foi o de dois tratores, que estavam sendo transportados sem a comprovação do recolhimento de tributos, o que os tornam mercadorias irregulares. Os veículos, juntos, foram avaliados em R$ 660 mil.



De acordo com a Sefaz, a atuação das equipes de auditores e agentes da polícia evitou que mais de R$ 343 mil fossem desviados dos cofres do estado por meio da sonegação fiscal.


De acordo com levantamento feito pela Subcoordenadoria de Fiscalização de Mercadorias em Trânsito (Sumat) da Secretaria da Fazenda, a operação elevou para mais de R$ 60 milhões o volume de mercadorias apreendidas no estado neste ano - são os artigos de confecção os que lideram a lista dos produtos mais apreendidos pela Fazenda Estadual.


Fonte: g1

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Homem morre baleado após discussão em bar na Grande Natal

Homem morre baleado após dar facada em motorista durante discussão em bar na Grande Natal — Foto: Vanessa Camilo / Inter TV Cabugi

Um homem de 56 anos morreu vítima de disparos de arma de fogo na tarde desta quinta-feira (2) após uma discussão que teve início em um bar no bairro Boa Esperança, em Parnamirim, na Grande Natal. Outro homem ficou ferido com golpes de faca.


Segundo informações da Polícia Civil e da Polícia Militar, a discussão entre os homens teve início por volta das 16h em um bar. Na confusão, um dos homens entrou no carro para deixar o local, enquanto o outro tentou dar golpes utilizando um facão. Após ser atingido na mão, ele sacou uma pistola e começou a efetuar tiros contra o suspeito de dentro do veículo até bater em um poste no cruzamento da avenida Brigadeiro Souto com a rua Capitão Bastos.


Homem morre baleado após dar facada em motorista durante discussão em bar na Grande Natal — Foto: Cedida


Atingido pela facada, o motorista do carro recebeu atendimento e foi socorrido ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. A vítima dos tiros morreu na hora.


“Teve início com uma discussão em via pública onde ambos foram atingidos. Temos algumas testemunhas que ainda serão ouvidas e haverá um procedimento conduzido agora pela Delegacia de Plantão”, afirmou a delegada Michelle Barros, que esteve no local do crime.


Além da presença da Polícia Civil no local para iniciar a investigação, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) realizou a retirada do corpo e o trabalho de perícia.


Fonte: g1

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Suspeito de sequestrar viúva em velório do marido assassinado na Grande Natal é preso após seis anos

Câmeras de segurança mostram mulher saindo de velório do marido com suspeitos, em São José do Mipibu RN — Foto: Reprodução

Um homem de 29 anos foi preso nesta quinta-feira (1º) suspeito de participação no sequestro de Gerina Ribeiro da Silva, enquanto ela velava o corpo do esposo no dia 21 de abril 2017, no bairro do Alecrim, em Natal. Desde o crime, o corpo da vítima nunca foi encontrado. A polícia acredita que ela está morta, e que teria ajudado um grupo de traficantes a assassinar o então companheiro.


De acordo com a investigação da Polícia Civil, o homem agiu com outros dois comparsas para sequestrar a viúva no momento em que ela velava o corpo do marido. O mandado de prisão preventiva foi cumprido por Policiais Civis da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (Decap).



Foragido desde o dia do crime, ele foi conduzido a delegacia, onde foi autuado por uso de documento falso. Em seguida, foi encaminhado ao sistema prisional.


Vídeo mostra homens que levaram viúva de velório no Alecrim, em Natal



O caso

Câmeras de segurança de um centro de velórios mostram o momento que homens fizeram um arrastão e saíram de lá com Gerina Ribeiro da Silva, de 24 anos, viúva de um homem assassinado e que estava sendo velado. O caso aconteceu no bairro Alecrim, Zona Leste de Natal, no dia 21 de abril de 2017.


Gerina Ribeiro da Silva está desaparecida desde 21 de abril — Foto: Divulgação


As imagens mostram o momento em que os criminosos chegam ao local e Gerina abre a porta para eles. Eles entram e rendem todas as pessoas no local. A viúva estava no velório do próprio marido, Augusto Magalhães de Oliveira, morto a tiros em uma granja em São José de Mipibu, região metropolitana de Natal, na terça-feira, 18 de abril. Segundo a polícia, ele era traficante de drogas.


A Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deicor) acredita que Gerina ajudou inimigos do ex-companheiro a encontrá-lo, para que ele fosse executado. Esse mesmo grupo de criminosos teria sumido com ela, e o motivo é queima de arquivo, já que, mesmo colaborando, Gerina da Silva presenciou o homicídio.


Ainda segundo a Deicor, o assassinato de Augusto Magalhães de Oliveira foi ordenado por Davi Torres de Souza, conhecido como Braddock. Ele morreu em um confronto com policiais da divisão no dia 1º de setembro de 2017.


Fonte: g1

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RN registra mais de 14 mil negociações na primeira fase do Refis e espera recolher pelo menos R$ 448 milhões

Governadoria do Rio Grande do Norte prédio fachada governo RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O Rio Grande do Norte realizou mais de 14 mil negociações, somente na dívida ativa, durante a primeira fase do Programa de Refinanciamento e Regularização Fiscal do Rio Grande do Norte (Refis). Com isso, o estado estima que irá arrecadar pelo menos R$ 448,6 milhões.


Mais de R$ 239 milhões já entraram no caixa.

O programa tinha prazo inicial de negociações de setembro até o dia 31 de outubro, mas foi prorrogado pelo governo até o dia 30 de novembro.


A Procuradoria Geral do Estado (PGE), divulgou que, somente no âmbito da Dívida Ativa, foram realizadas mais de 14 mil negociações, que envolviam uma dívida total consolidada de R$ 250 milhões. O valor negociado, considerando-se os descontos, foi de R$ 128,9 milhões.



Desse total, pouco mais de R$ 18 milhões já entrou no caixa do estado, porque o programa permite o parcelamento das dívidas.


Já a Secretaria Estadual de Fazenda, no primeiro mês do programa, confirmou 1.981 adesões de pessoas e empresas ao programa, com negociações de R$ 319.712.731,82.


Desse valor total, cerca de R$ 221,2 milhões foram pagos à vista e R$ 98,4 milhões foram parcelados. Os valores são apenas relacionados ao ICMS e ITCD.


"As metas traçadas de recuperação de créditos foram alcançadas e até superadas. Realmente foi um volume expressivo. Os constribuintes aproveitaram as condições que, de fato, são muito vantajosas", disse Renan Maia, procurador-chefe da Procuradoria da Dívida Ativa.


Negociações

A lei estadual permite descontos de até 99% em juros e multas para empresas e pessoas que fecharem acordo para pagamento de dívidas com o governo.


O programa se aplica aos débitos de ICMS com vencimento até 31 de março deste ano, de IPVA gerados até 31 de dezembro de 2022, e créditos não tributários inscritos na Dívida Ativa até 31 de agosto de 2023.


Por outro lado, dívidas relacionadas ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) tem prazo estendido de adesão até o 27 de dezembro. Este prazo se estende a todos os contribuintes, mesmo aqueles que não possem débitos pendentes, já que permite o pagamento do ITCD com uma redução de 50% no valor do imposto, sendo pago à vista. Para as multas, juros e acréscimos legais há um desconto de 99%, também para pagamento à vista, e de 90% para parcelamento em até 10 vezes.



Além do acesso online pelo Refis da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), os contribuintes têm a opção de realizar suas adesões de forma presencial nas unidades físicas do órgão, nos bairros de Candelária e Petrópolis, em Natal, ou pela internet, utilizando o site da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Consultas e dúvidas também estão disponíveis no site da Unidade Virtual de Tributação e pelo WhatsApp (84) 3232-2190.


Outros débitos com vantagens específicas, como abatimento sobre juros, multas e quantidade de parcelas, podem ser conferidas no site da Sefaz.


Fonte: g1

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Familiares reclamam de furtos em túmulos de cemitério em Natal: 'Falta de segurança'

Crucifixos, argolas e pedras foram furtados de túmulos no cemitério público de Ponta Negra, em Natal — Foto: Foto: Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi

Crucifixos, argolas e pedras têm sido frequentemente furtados de túmulos no cemitério público de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, segundo relatos de familiares de pessoas que ali estão enterradas.


Ao chegarem para visitar seus entes queridos nesta quinta-feira (2), Dia de Finados, as famílias se depararam mais uma vez com as estruturas vandalizadas.


"Não é a primeira vez, por que meu pai em vida já tinha mandado reformar tudo, pois tinham levado vasos e toda a parte de bronze, como o crucifixo e as alças. Aí agora a gente tem que fazer a mesma coisa, dessa vez com o meu pai morto. O tempo todo a gente tem que fazer algum reparo, colocar novamente alguma coisa, por que os furtos são constantes. E não é só no nosso. No vizinho lá de casa é a mesma coisa. A gente não tem nem como zelar e cuidar dos nossos mortos", relatou a assistente social Mara Jovanka, que tem o pai, a mãe, e os irmãos enterrados no local.


Crucifixos, argolas e pedras foram furtados de túmulos no cemitério público de Ponta Negra, em Natal — Foto: Foto: Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi


Uma mulher que preferiu não se identificar relatou que o túmulo do esposo, da mãe e de outros familiares já foi furtado três vezes. Na última vez, os criminosos levaram pedras de mármore. Ela contou que tem medo de consertar a estrutura e roubarem os itens novamente.


"Levaram umas duas pedras de mármore há algum tempo e todos os familiares ficaram desapontados com a situação. Temos que fazer uma reforma, por que está feio. Mas a gente fica até sem motivação para reformar, com medo, por causa da falta de segurança. Temos medo de investir e, de repente, acontecer a mesma coisa. Não compensa", contou.


Crucifixos, argolas e pedras foram furtados de túmulos no cemitério público de Ponta Negra, em Natal — Foto: Foto: Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi


"É uma calamidade. Se a prefeitura não tomar uma providência, esses roubos vão continuar", disse Mara Jovanka.


A administração do cemitério informou que acionou a Guarda Municipal, mas a guarnição não confirmou os furtos.


A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), responsável pela limpeza e iluminação dos cemitérios públicos de Natal, informou que reforçou a iluminação dos equipamentos para o Dia de Finados, mas que os furtos relatados são um problema de segurança pública.


"O que aconteceu essa semana é o que vem acontecendo na maioria dos cemitérios da cidade e na própria cidade, que são furtos de materiais de cobre. O que é muito divulgado são os furtos de cabeamento, e infelizmente as pessoas também fazem muito isso em cemitérios. Em situações como essas, a Semsur faz um inventário das áreas vandalizadas e presta um Boletim de Ocorrência. Infelizmente essa é uma situação de segurança pública. Já melhoramos a iluminação, pedimos constantemente o apoio da Guarda Municipal, que sempre está dando apoio à Secretaria com relação a isso, fazendo rondas, mas, por se tratar de uma questão de segurança pública, a Semsur fica meio que de mãos atadas. Tem que coibir as pessoas que furtam e, principalmente, aquelas que compram esses itens" informou a assessoria da pasta.


Fonte: g1

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Operação fiscaliza cumprimento de prisões domiciliares em sete cidades do RN

Ação monitora cumprimento de penas aplicadas a quem teve benefício da prisão domiciliar por motivo de doenças | Foto: Divulgação/MPRN

Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (1º) fiscaliza o cumprimento das prisões domiciliares concedidas judicialmente para tratamento de doenças graves em sete cidades potiguares.


Ao todo, segundo o MPRN, foram fiscalizados 24 endereços nas cidades de Mossoró, Assu, Baraúna, Lucrécia, Patu, Pau dos Ferros e Janduís. Alguns dos presos em regime domiciliar não foram localizados nos endereços informados à 3ª Vara regional de Execução Penais do Rio Grande do Norte.


Segundo o MPRN, esses casos serão informados ao Poder Judiciário, que irá analisar a possibilidade de revogação do benefício.


A operação “Home Care 2” é fruto da atuação da 14ª Promotoria de Justiça de Mossoró e contou com o apoio da Polícia Penal, da Polícia Militar e da Central de Monitoramento da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap).


Fonte: Tribuna do Norte

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Motorista de carro-pipa perde o controle do veículo e capota na zona rural de Caraúbas


Um grave acidente ocorreu na tarde desta quarta-feira, 1º de novembro de 2023, na RN 233, próximo à entrada da comunidade de Língua de Vaca, zona rural da cidade de Caraúbas.

O motorista do veículo foi identificado apenas como Leleto e ficou preso nas ferragens, o que levou à ativação de uma equipe do Corpo de Bombeiros no local.

A Polícia Militar também foi acionada para controlar o tráfego naquela área. Vários moradores da região se dirigiram ao local para ajudar a retirar a vítima das ferragens.

De acordo com informações, apesar do acidente, a vítima não sofreu ferimentos graves e, uma vez resgatada, deverá ser encaminhada ao hospital para avaliação médica.


Fonte: Folha Potiguar 

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PRF apreende carga de contrabando e prende um homem em Mossoró no Oeste Potiguar


Polícia Rodoviária Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira (30),, em Mossoró na região Oeste do Rio Grande do Norte, um homem por contrabando e apreendeu 36 cigarros eletrônicos.


Durante fiscalização, policiais rodoviários federais abordaram um veículo Gol, de cor prata, que trafegava na Avenida Felipe Camarão, trecho de BR 405, onde encontrraram 36 dispositivos de cigarros eletrônicos.


O condutor do carro, que não teve nome revelado pela PRF, de 28 anos, recebeu voz de prisão, sendo ele encaminhado à sede da Polícia Federal, onde foi autuado em flagrante por contrabando e encaminhado ao sistema prisional.


Fonte: Fim da Linha

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MP, MPF e Defensorias acionam Justiça para restabelecimento imediato de procedimentos cardiovasculares no RN

Hospital de Campanha de São Gonçalo do Amarante na Grande Natal Covid-19 UTI leitos clínicos Rio Grande do Norte aparelho saturação — Foto: Sandro Menezes

Uma Ação Civil Pública protocolada nesta terça-feira (31) pede o restabelecimento imediato da assistência cardiológica de média e alta complexidade na rede pública de saúde do Rio Grande do Norte.


A ação conjunta dos Ministérios Públicos do RN e Federal e das Defensorias Públicas do RN e da União foi distribuída para a 1ª Vara Federal de Natal.


De acordo com os órgãos, os procedimentos nos dois hospitais conveniados com o SUS em Natal (Hospital Rio Grande e Hospital do Coração) estão suspensos desde a segunda quinzena do mês de setembro. O motivo é o teto financeiro estabelecido no recebimento de recursos federais, que foi ultrapassado em agosto, impossibilitando novas cirurgias.



Em outubro, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HOUL) também parou de realizar os procedimentos cardiovasculares por falta de insumos, o que, segundo as instituições, piorou o cenário na capital potiguar.


Atualmente, segundo o Ministério Público do RN, há pelo menos 71 pacientes internados - sendo 41 idosos - em unidades de saúde do estado à espera de cateterismo e mais de 180 pacientes aguardam para realização de cirurgias cardiológicas eletivas.


"Essas situações, muito mais que urgentes, são emergenciais. São pacientes que estão internados. E isso impede também a rotatividade dos leitos, prejudicando a assistência de outras linhas de cuidado. Neses últimos 15 dias, as demandas judiciais aumentaram bastante em razão dessa situação", explicou a defensora pública Cláudia Queiroz, coordenadora do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública.


Os órgãos entendem que há também, neste momento, uma limitação das ações do Estado e do Município - que também respondem à ação - por falta de recursos suficientes, já que o teto já foi atingido. E esse foi um dos motivos de acionar diretamente o Poder Judiciário.


"Nós percebemos que o obstáculo financeiro estava praticamente intransponível para o orçamento sanitário de Natal. E precisávamos implicar a União para que ela chegasse, considerando que o direito à saúde é garantido pela Constituição de forma solidária pelos três entes", explicou a promotora de Defesa da Saúde do MPRN, Iara Pinheiro.



"A realidade é que, para se garantir esse atendimento e para se restabelecer o fluxo assistencial para os pacientes SUS, é preciso mais recursos. Da União, do Município de Natal, e do Estado do RN", completou.

A avaliação dos órgãos é que é necessário subir o teto em pelo menos R$ 47 milhões para o Estado.


"Esse aumento de teto inclusive já ocorreu em outros estados da federação, então é preciso que o Ministério da Saúde também se debruce sobre a situação do RN, porque existe uma defasagem muito grande na tabela SUS, que é fixada pelo Ministério da Saúde, então tudo isso precisa ser avaliado pelo Ministério, para que o estado e o municípío obtenham o cofinanciamento do valor necessário para que a oferta se dê de forma regular", availou a defensora pública Cláudia Queiroz.


O que dizem as secretarias

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), informou que o processo surgiu "de uma demanda apresentada pelo próprio órgão aos autores da ação no dia 20 de outubro". No ofício, a Sesap, fez um relatório sobre as dificuldades de acesso dos pacientes potiguares a procedimentos cardiológicos e também neurocirúrgicos, que já são alvo de outra ação, e oncológicos.



"Todos esses procedimentos são realizados a partir de contratos que são geridos pelo município de Natal e cofinanciados pela Sesap. Em setembro, os contratos atingiram o limite e a gestão do município não autorizou a realização de procedimentos além do teto estipulado", informou a nota.


A Sesap disse ainda que "garante o apoio técnico e financeiro para transferência dos pacientes, assim com o processo de regulação com a priorização das pessoas mais necessitadas e "aguarda que a situação se resolva da maneira mais rápida possível, confiando na celeridade e presteza da Justiça".


A reportagem procurou também a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), mas não teve respostas até a atualização mais recente desta reportagem.


Crianças na fila

Além da fila para cirurgias cardiológicas, há 34 crianças com patologias congênitas também no aguardo de procedimentos, de acordo com a Associação Amigos do Coração da Criança (Amico).


Um desses casos é a da bebê Diana Eloá, de oito meses, que foi diagnosticada nos primeiros dias de vida com sopro no coração e iniciou o tratamento.


Ao seis meses, o estado clínico piorou e passou a ser necessário um procedimento cirúrgico. Desde então, ela está na fila de pacientes, mas ainda não conseguiu marcar a data na rede pública.



"Eu ia mensalmente [para consultas]. De uns meses para cá, ela entrou na lista de espera para a cirurgia. Eu espero que isso melhore. Que ela faça a cirurgia e fique bem", disse a mãe da bebê Diana, Aline Almeida Nascimento.


Do total, são 21 crianças menores de 5 anos aguardando cirurgia cardíacas, incluindo dois recém-nascidos - um há três semanas e outro há cinco dias no aguardo.


Entre os pacientes adultos internados, 18 estão em UPAs atualmente esperando um procedimento cirúrgico.


"A situação realmente mais dramática hoje são de pacientes, em sua grande maioria idosos, que estão internados em UPAs e hospitais e regionais do estado do RN, que sequer tem condição de aguardar pelo procedimento em casa, dada a vulnerabilidade dos quadros clínicos", disse a promotora Iara Pinheiro


Pedidos de judicialização aumentam

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do RN, Cláudia Queiroz, em outubro mais pacientes buscaram o direito aos procedimentos cirúrgicos através de ações judiciais.


"A Defensoria Pública, desde o mês de setembro, vinha recebendo demandas individuais relativas a essas situações", disse.


"Diariamente temos recebido demanda de pessoas idosas, que aguardam por cateterismo cardíaco e que estão nas UPAs. Já foram mais de 50 demandas individuais, o que por si só já demonstra a gravidade da situação".


De acordo com a promotora Iara Pinheiro, o teto financeiro atual no estado não é suficiente para realizar todos os atendimentos necessários. "Não é aquele volume de recursos necessário para garantir atendimentos sem interrupção, sem suspensão como está acontecendo agora", conta.



Ela lembra que o problema é recorrente. "Sempre quando se aproxima o fim do ano, existem essas dificuldades, mas esse ano tem sido um pouco mais urgente. E o teto financeiro contratual impede que toda a demanda seja atendida até o fim do ano", disse.


"Desde o fim do ano apssado, os gestores mostraram à União que o Município de Natal, respondendo por um atendimento que é pra praticamente todo o estado do RN, está tendo um gasto bastante elevado em relação ao que ele recebe de repasses federais", disse a defensora pública Cláudia Queiroz.


Urgência no pedido

A urgência atestada para a realização das cirurgias culminou na Ação Civil Pública conjunta após uma análise inicial do cenário por partes das instituições.


"Nós não tivemos uma resposta que nós consideramos suficientes para regularizar a assistência para essas pessoas. Então, foi necessário o ajuizamento dessa ação de extrema urgência, tanto que tem um pedido de liminar, para que a gente consiga restaurar o atendimento o mais breve possível", explicou a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Saúde, a promotora Rosane Moreno.


O defensor público da União André de Albuquerque explicou que o Ministério da Saúde sinalizou a liberação de cerca de R$ 10 milhões para seguimento desses procedimentos, mas que não era mais possível esperar diante das necessidades do pacientes e, por isso, foi necessário ajuizar a ação.


"A gente, por meio das trativas administrativas, ainda tinha esperança que a atuação extrajudicial poderia resolver a questão. Infelizmente não foi o caso. Mesmo com a preocupação dos entes municipal e estadual, e até mesmo com o Ministério da Saúde, nós vimos que não poderíamos aguardar mais", disse.


"A situação é periclitante, desesperadora, os relatos nos sensibilizam muito. A gente não poderia ficar aguardando o tempo administrativo", finalizou.


Apesar do pedido direcionado à União para o aumento de recursos, a promotora Rosane Moreno vê também a necessidade de Estado e Município atuarem de forma a garantir o retorno imediato e integral desses procedimentos.



"Continuamos aqui nesse apelo ao governo do RN e município para que, ao menos de forma urgente, independente dos demais pedidos dessa ação, que vai garantir o atendimento mais fortalecido nessa lei de cuidado, pra que a gente possa nos próximos dias restabelecer esse atendimento em sua integralidade".


Outros pedidos

Outros pedidos que constam na Ação Civil Pública são:


determinar aos prestadores contratualizados que restabeleçam a realização dos procedimentos cardiológicos, sobretudo nos casos de urgência e emergência, observando os critérios de classificação de risco e a prioridade legal de atendimento;

que o Estado, através da SESAP, preste o apoio técnico e financeiro necessário para transferência devidamente dos pacientes, com observância dos critérios de classificação de risco e da prioridade dos idosos, crianças e adolescentes, que estejam internados em unidades da rede SUS;

que a União, através do Ministério da Saúde custeie 50% dos atendimentos e procedimentos cardiológicos “extra teto contratual” realizados pelos prestadores;

que a Ebserh/Huol adquira os materiais e insumos necessários para retomada dos procedimentos cardiológicos de natureza eletiva para os usuários do Sistema Único de Saúde.


Fonte: g1

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Biomédico acusado de deformar bumbum de pacientes é preso no DF


A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde desta quarta-feira (1º/11), o biomédico Rafael Bracca, acusado por mulheres de pelo menos três unidades da Federação de causar danos irreversíveis à saúde e à estética delas, após passarem por um procedimento no bumbum. Ele acabou detido na clínica que já havia sido interditada anteriormente, na 610 Sul, por exercício irregular da atividade. O caso foi revelado pelo Metrópoles.


As denúncias de lesões ainda são apuradas. Na última terça-feira (31/10), Bracca virou réu em outro caso, de tráfico de drogas. A prisão aconteceu após investigação conjunta da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e da Vigilância Sanitária do Distrito Federal. A defesa de Bracca foi procurada, mas ainda não se pronunciou.


Nesta quarta-feira, uma nova vistoria foi realizada. No local, foram encontradas diversas irregularidades, como medicamentos anestésicos e antibióticos, que não podiam ser administrados pelo biomédico.


Na 1ª DP correm, ainda, dois inquéritos que apuram lesões corporais praticadas pelo biomédico no exercício irregular da profissão.


O caso

As vítimas contam histórias sempre semelhantes, mostrando como ter passado por um caro “tratamento” para dar volume ao glúteo acabou gerando dores, inflamações, infecções e até risco de morte, com paciente internada em unidade terapia intensiva (UTI). Os casos, que começaram com pequenas injeções, se transformaram em grandes investigações policiais e imbróglios jurídicos.


Com mais de 60 mil seguidores no Instagram, Rafael Bracca vende cursos na internet, tem clínica na Asa Sul (DF) e em Barueri (SP) e fez fama com o “protocolo TX-8”, para preenchimento de glúteos.


Nas redes, ainda divulga a polêmica ozonioterapia e já chegou a defender a hidroxicloroquina como forma de tratamento contra a Covid-19, na pandemia. Mesmo não sendo médico, divulga que tem protocolos voltados para esquizofrenia, depressão, ansiedade, diabetes, TDAH e até autismo, que prometem “reverter sintomas”. Para vender um curso voltado principalmente para biomédicos, ele diz que tem 20 anos de carreira, mas se formou na área em uma faculdade particular de Brasília em junho de 2019.


Segundo Bracca, o TX-8 é um tratamento “exclusivo e único”, composto de materiais bioidênticos, ou seja, que são produzidos naturalmente, e mescla vitaminas, minerais, aminoácidos e estimulantes de força, por exemplo, para dar volume ao bumbum, sem envolver qualquer tipo de corpo estranho ao organismo. Porém, pacientes que tiveram problemas de saúde suspeitam do uso de uma substância proibida, chamada Synthol.


O indiciamento de Bracca na PCDF por tráfico de drogas se deu após a corporação ter encontrado outras fórmulas proibidas na clínica dele na 610 Sul, em fevereiro deste ano. Há, ainda, outros boletins de ocorrência em aberto contra o biomédico, no DF e em São Paulo.



“Achei que ia morrer”

A maioria das pacientes que denuncia o biomédico relata uma história que começa igual. Elas conheceram Rafael Bracca pelo Instagram e tiveram o primeiro contato com o chamado “protocolo TX-8”. Foi assim com Daniela Pires, empresária de 44 anos, moradora de São Paulo.


“Ele me explicou como seria, disse que não tinha contraindicação, que era 100% seguro e que o material era bioidêntico ao corpo, mas permanente. Fiz aplicações no glúteo e na coxa em março de 2022”, conta.


Daniela começou a observar os problemas já nas primeiras aplicações, sentindo dores e inflamação nos locais em que Bracca injetava os produtos, mas ele contornava a situação tentando tranquilizar a paciente, dizendo que as reações eram normais, e prescrevia remédios e óleos.


“Depois de um ano, comecei a ficar doente, sentindo muita febre, muitas dores no quadril e no glúteo. Eu sempre relatava a ele que não estava bem, mandei exames alterados. Mas ele dizia que eu estava com infecção urinária, alegava que a minha imunidade estava baixa. Teve um dia em que eu estava bem mal, ele precisou me aplicar corticoide e benzetacil. Mas eu não melhorava”, relembra.


A empresária diz que era uma pessoa saudável antes de entrar na clínica de Bracca, mas teve a vida mudada completamente. Se antes o biomédico falava que o “TX-8” não tinha nenhuma contraindicação, apenas precisava ser feito em comum com treinos na academia, depois, passou a culpar a paciente, afirmando que ela teve problemas porque tomou sol, ou não bebeu água o suficiente ou ficou com a imunidade baixa. Enquanto isso, passava mais tratamentos, todos com custos altos.


“Cheguei a gastar uns R$ 30 mil. Mas comecei a ir ao hospital uma vez e outra. Até que me internaram e viram que eu estava com uma infecção na região de glúteo e pernas. Fiquei internada 16 dias e, depois, mais 20 em home care. Eu achei que iria morrer, não conseguia andar, tinha crise de enxaqueca, entrei em um quadro de ansiedade grande, porque ninguém sabia o que era, como ajudar”, relata.


Daniela explica que até hoje não sabe ao certo o que foi injetado nela durante o tratamento para o aumentar o bumbum. Mas, durante o período de internação, ela diz ter sido visitada por uma enfermeira que trabalhava com Bracca, que também relatou não saber ao certo o produto usado, mas contou já ter visto frasco de Synthol na clínica. Os exames da empresária mostram alterações inflamatórias/infecciosas.


Exame foi feito em agosto deste ano


As pacientes que relataram os problemas ao Metrópoles enviaram fotos do resultado negativo do procedimento. A reportagem optou por não identificar quais são as pacientes correspondentes de cada imagem para preservar a identidade delas. Veja:



“Vi vidro de Synthol”

Uma família de Brasília procurou o biomédico influencer para realizar tratamentos diversos com ele. Com receio de se identificarem, eles contaram problemas graves envolvendo todo o processo de atendimento na clínica de Bracca.


Uma das pacientes desse grupo familiar, que se submeteu ao famoso “TX-8”, também acabou no hospital, convive com dores constantes e hoje procura um cirurgião plástico para tentar reverter o quadro, mas já ouviu de especialistas que seria preciso extrair uma parte do glúteo, “fatiando” o bumbum para retirar o produto aplicado.


Ao enfrentarem problemas de saúde, os pacientes começaram a questionar Bracca. “A gente perguntava o que estava sendo aplicado, mas ele não revelava completamente, dizia que o protocolo era patenteado e era segredo o que ele utilizava. Argumentava que não divulgava pra ninguém utilizar.”


Eles relatam que o biomédico preparava escondido as seringas para aplicação de substâncias, e já chegava com o material pronto para ser injetado. “Certa vez, aumentou exponencialmente o custo do tratamento, chegou até a dobrar o valor. Ele justifica dizendo que o valor do material aumentou muito, porque importa produtos dos Estados Unidos e da Alemanha. Na época, ele me mandou detalhado alguns desses itens. Um desses era o Synthol, custando R$ 900 e pouco. Acho que não foi intencional revelar, porque ele só me encaminhou a conversa com o fornecedor.”


Na mesma semana, os pacientes da família foram até o consultório e chegaram a flagrar um frasco antes de o biomédico retirar o rótulo. “Quando entramos na sala, ele estava na recepção ainda. Sentamos e eu vi na mesa o vidro de Synthol, que talvez tinham acabado de entregar. Eu perguntei se ele usava aquilo, mas ele já foi tirando o rótulo, entrando em uma salinha.”


Essa substância ficou famosa após a morte de Valdir Segato, conhecido nas redes sociais como o “Hulk brasileiro”. Ele dizia usar o Synthol, que é um óleo mineral que costuma ser injetado nos músculos para deixá-los maiores e inchados, proporcionando efeito quase imediato. No Instagram, Bracca já chegou a postar que o protocolo dele, que seria totalmente natural, apresenta resultado “desde a primeira” sessão.



Segundo estudos, o Synthol traz efeitos colaterais múltiplos, podendo causar danos aos nervos, embolia pulmonar por óleo, oclusão da artéria pulmonar, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e complicações infecciosas.


Uma das familiares que se tornou paciente de Bracca passou por diversas consultas e perícias médicas. Em uma delas, foi constatado a existência de material “oleoso” nos locais das aplicações. A vítima relata que um médico indicado por Bracca havia dito que o Synthol seria um “medicamento de uso legal no Brasil.” Mas esse material oleoso em questão não é sujeito a receita e não há qualquer indicação médica para uso em humanos ou para aumentar a massa muscular.


Exame mostra material oleoso colhido em local de aplicação de substâncias do tratamento TX-8


“Estou orando por você”

Natalia Teixeira, 39, é uma empresária de Brasília que divide a história de vida entre o antes e depois de fazer o “procedimento TX-8”. Ela também conheceu Rafael Bracca pelas redes sociais e acompanhou as “histórias de sucesso” que ele postava, principalmente relacionadas aos tratamentos nos glúteos. Com casamento marcado para junho deste ano, ela começou os procedimentos em novembro de 2022.


“Ele disse que não havia possibilidade de rejeição ou de nenhuma intercorrência no tratamento, porque usava bioidênticos e várias vitaminas. Perguntei quais eram os ativos da fórmula, mas acredito que nenhuma paciente saiba”, lembra. Após avaliar os exames de Natalia, Bracca alegou um problema hormonal e ofereceu ainda um tratamento para isso, no custo de R$ 3 mil, que se somou aos R$ 16.500 do procedimento no bumbum.


“Começamos a fazer, ele aplicou duas ou três vezes nas primeiras sessões. Nas demais, foram as colaboradoras dele. Vim fazendo sessões e, no decorrer, houve um interesse em dar volume também na coxa. Paguei mais um valor para fazer o TX-8 na coxa. Aí começaram os meus problemas.”


A paciente conta que teve dores, viu a coxa começar a inchar e ficar quente, mesmo seguindo todas as recomendações que o biomédico havia passado. Até que, em abril, ela precisou ir para a emergência de um hospital. “Achei que estava com uma trombose. Chegando lá, fui atendida no pronto-socorro, fiz exames e eles mostraram alteração no sangue e no exame clínico, e identificaram como celulite bacteriana.”



Com esse resultado, Rafael então alegou que trataria o problema na clínica dele, e fez outras aplicações. Mas as intercorrências voltaram na lua de mel, após o casamento, com dores. “Vi que meu bumbum ficou com uma mancha avermelhada, endurecida, e isso foi piorando. Eu andava e a perna inchava. Achei que ia morrer, não tinha condições do jeito que estava. Mas mandava mensagem e ele dizia que era inflamação, porque eu tinha viajado, porque a alimentação estava diferente, e pediu para eu ir na clínica voltando de viagem.”


No retorno, Natalia conta que passou por procedimentos como hemoterapia, ozonioterapia e aplicação de um bloqueador, com Bracca. “Três dias depois, acordei com falta de ar, taquicardia e um cansaço muito grande. Foi quando ele me deu uma receita de exame de sangue e, na hora de fazer, a clínica disse que havia um problema com o CRM do médico responsável pelo consultório do Rafael e o plano de saúde não tinha autorizado. Aquilo foi como se tivesse acendido uma luz de que estava tudo errado”, comenta.


Natalia voltou ao hospital, com dores e vários hematomas, e acabou internada, quando recebeu diagnósticos de reação a corpo estranho, bactérias e celulite. Daquele dia em diante, ela passou por alta e mais três internações, sempre ficando um tempo no hospital, voltando para a casa, piorando e retornando ao socorro médico. Ao todo, somando, foram 70 dias de internação, passando até por uma UTI.


Enquanto estava no hospital, a empresária mandava mensagens para Rafael, que chegou a dizer: “Estou orando por você, fazendo jejum por você”. Natalia relata ainda ter feito punção e tirado parte da substância do bumbum. “Sei que é um óleo, mas não sei qual. E todos os médicos falam o mesmo: esse produto jamais deveria ser colocado onde ele está. Esse tratamento poderia ter me matado. Se eu não tivesse ido ao hospital, eu teria morrido”, explica.


Em contato com cirurgiões plásticos, ela ouviu que a retirada total do produto só poderia ser feita em uma cirurgia mutilante, com grande corte e que não teria resultado estético agradável, porque o corpo criou uma espécie de cápsula em volta do produto e corria o risco de contaminar a área que não tinha tido contato com as bactérias diagnosticadas.


A empresária ainda conta que não conseguiu voltar à vida normal que tinha, não pode realizar grandes movimentos e está com o acesso no meu braço recebendo medicação. “É um grande desgaste ir todo dia ao hospital. Estou fazendo acompanhamento com um médico particular, que me fala que preciso considerar meu problema como doença crônica, que vou lidar pelo resto da vida. Ainda não consegui digerir. Me gerou um trauma”, finaliza.


O indiciamento

Após as diversas denúncias, o biomédico influencer passou a ser investigado. Uma busca e apreensão contra ele, autorizada pela Justiça, fez com que agentes da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) encontrassem, na clínica da Asa Sul, 200 unidades de cápsulas vermelhas de uma outra fórmula ilegal, a metilhexanamina (DMAA), que auxilia no emagrecimento, mas foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2012 por aumentar riscos de surgimento de doenças cardíacas, hepáticas e renais, por exemplo.


No processo de investigação daquele fato, a Polícia Civil tentou ouvir Rafael Bracca, mas não conseguiu. Foram várias “tentativas de interrogatório”, como consta o relatório de indiciamento, mas o depoimento não foi colhido “por falta de interesse dele”.


“Inicialmente, houve intimação de Rafael Bracca por meio de contato telefônico com sua advogada para o dia 17/02/2023, contudo, no dia marcada, apenas sua advogada compareceu para informar que ele não poderia participar da oitiva porque estava trabalhando. Nesse mesmo dia, foi deixada nova intimação com a advogada para oitiva no dia 13/03/2023, após muita dificuldade em encontrar uma data que não chocasse com a agenda de seu patrono. Contudo, mesmo assim, novamente não compareceu e nem justificou.”


O indiciamento foi encaminhado à Justiça. A defesa do biomédico chegou a argumentar, nos autos, que ele não sabia que o material apreendido era proibido, pois havia, no site da compra, um número que indicaria o registro na Anvisa. Os advogados também alegaram que a substâncias seriam para uso pessoal.


O Ministério Público contestou os argumentos. Em manifestação do dia 20 de outubro deste ano deste ano, o MP lembrou que os materiais apreendidos são “proibidos há bastante tempo”, e ainda pontuou que Bracca é biomédico e frequentador de academia, então “não possui um juízo leigo sobre o que é permitido ou proibido”. O órgão também não ofereceu proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) ao denunciado, afirmando que “há claros indícios de conduta criminosa profissional, reiterada e habitual, considerando que ele responde a outra ação penal”.


O que diz o biomédico

Procurado, o biomédico negou todas as acusações e se manifestou por meio de nota. Leia abaixo, na íntegra:



Fonte: Metrópoles

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