sexta-feira, junho 15, 2018

Alta de 17% no botijão de gás faz famílias recorrerem a empréstimo e lenha

Fila de consumidores para comprar gás em Várzea Grande (MT), região metropolitana de Cuiabá, durante a greve dos caminhoneiros.  (Foto: Alan Rener Tavares)
Fila de consumidores para comprar gás em Várzea Grande (MT), região metropolitana de Cuiabá, durante a greve dos caminhoneiros. (Foto: Alan Rener Tavares)

Pegar empréstimo com a família ou amigos, substituir o fogão por fogareiro elétrico, usar lenha ou álcool para cozinhar, deixar de fazer refeições em casa e passar a comer em restaurantes populares do Estado. Esses são alguns dos malabarismos que as famílias mais pobres do Brasil estão fazendo para lidar com a alta do botijão.

Nos últimos 12 meses, o preço médio do botijão de gás residencial subiu 17% - de R$ 57 para R$ 67 - segundo o levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP). É um aumento parecido com o do óleo diesel, de 20% no mesmo período, que motivou a greve dos caminhoneiros. Além disso, é uma alta muito acima da inflação, de 2,86% nos últimos 12 meses, na medição do IPCA.

No Jardim Pantanal, extremo da Zona Leste de São Paulo, Marli Souza Santos ficou sem botijão de gás no mês passado e não tinha dinheiro para comprar outro. Desempregada, com 43 anos, ela sustenta os três filhos com os R$ 190 que recebe do Bolsa Família.

Chegou a ficar alguns dias sem gás, até que a situação ficou insustentável - afinal, precisava voltar a cozinhar para alimentar a família. Então, pegou um empréstimo com um parente para comprar um novo botijão e vai pagar em duas vezes. Os distribuidores só vendem à vista, o que dificulta ainda mais a aquisição pelos mais pobres.

O aumento acima da inflação significa que as famílias "estão abrindo mão de comprar outras coisas para comprar o botijão de gás, que é essencial", explica André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, da FGV Ibre.

Isso ocorre especialmente entre os mais pobres, que não tem muito onde cortar. "Em geral, quanto menos se ganha, maior a fatia da renda que vai para comida - e também para o botijão", afirma Braz. Por exemplo, para quem vive do benefício médio do Bolsa Família, um botijão de gás representa 37% do orçamento doméstico. Para quem ganha um salário mínimo, 7%. Já para quem recebe 10 salários mínimos, apenas 0,7%.


"Pago uma coisa e deixo de comprar outra", relata Marli.

Já Luciana Ozório da Silva, que mora com o marido em Paraisópolis, favela paulistana, não teve ninguém para ajudá-la. Ela está desempregada e ele trabalha em um pequeno comércio do bairro. Recentemente, o dinheiro acabou e o botijão também. Resultado: ficaram sem gás. "Por um mês, tivemos que almoçar no Bom Prato todo dia", conta ela. O Bom Prato é um restaurante popular, do governo estadual, que cobra R$ 1 pela refeição. "À noite, era suco e pão".

No Centro-Oeste, que tem o gás mais caro do Brasil, 15% acima do preço médio nacional (R$ 77,4), muitas pessoas estão voltando a usar fogão a lenha. "O pobre mesmo está utilizando muito pouco gás. As pessoas estão improvisando um fogãozinho a lenha", relata Salete da Silva, que coordena a distribuição de cesta-básica da Cáritas em Sinop (MT). A Cáritas é uma organização ligada à Igreja Católica, que atua na área da segurança alimentar.

Segundo o IBGE, o número de famílias que cozinham com lenha ou carvão aumentou em 2017, o que pode ser decorrência da alta do gás.

"Pessoas em situação de pobreza precisam se alimentar. Para isso, precisam de políticas públicas. Não só para o alimento, para o gás também", afirma Avanildo Duque, gestor de Políticas e Programas da organização ActionAid no Brasil, que também trabalha com segurança alimentar.

13 anos sem reajuste
O aumento do gás de cozinha resultou de uma mudança repentina de preços da Petrobras - algo semelhante ao que ocorreu com o diesel e a gasolina, todos derivados do petróleo. Ao longo de 13 anos, entre 2002 e 2015, o preço do botijão vendido pela estatal ficou praticamente congelado no Brasil. Enquanto isso, os preços internacionais aumentaram continuamente.

Como grande parte do gás de cozinha consumido no Brasil é importada, a Petrobras assumiu a diferença entre o preço mais alto de importação e o preço mais baixo praticado no país. Era um tipo de subsídio ao gás de cozinha, que vigorou durante quase todo o governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Mas, em vez de ser bancado pelo governo, era assimilado pela própria Petrobras.


Essa política beneficiou os consumidores, mas penalizou o caixa da estatal. "A política de preços defasados gerou muito prejuízo para a Petrobras", diz Larissa Resende, pesquisadora da FGV Energia.

A partir de 2015, na tentativa de equiparar os preços da Petrobras com os praticados pelo mercado internacional, a estatal elevou o preço do gás em 15%. Foi o primeiro aumento em 13 anos. A seguir, a partir de junho de 2017, houve praticamente uma alta por mês.

Em resposta às críticas pelos aumentos mensais, a Petrobras passou a reajustar os preços a cada três meses. Esse ano, em vez de subir, o preço já caiu duas vezes. O próximo reajuste está programado para junho.

Hoje, o preço do gás de cozinha vendido pela Petrobras continua cerca de 11% mais barato que o internacional, segundo Larissa, que é mestre em economia e doutoranda em engenharia.

Para as famílias mais pobres, a mudança de política de preços da Petrobras foi um baque. Veio justo em um momento de crise, que reduziu a renda, encolheu o poder de compra e aumentou o desemprego.

"No caso do Brasil, existe uma grande necessidade de dar um incentivo financeiro para a aquisição de gás de cozinha para a população D e E. Mas que isso seja feito por parte do governo, não pela Petrobras. Talvez um bolsa botijão para a população menos favorecida", acrescenta.

Duque, da Action Aid, concorda: "Uma opção seria uma política no âmbito do Bolsa Família, que contemplasse um valor para as pessoas terem acesso ao gás".

Algo parecido já existiu no Brasil. No final do governo Fernando Henrique, antes da política de subsídio de preços pela Petrobras, o Brasil teve uma programa de distribuição de renda para facilitar o acesso ao gás pelas famílias mais carentes. Era o chamado Vale Gás. No governo Lula, foi incorporado ao Bolsa Família.


Quem poderia se beneficiar de uma política como essa é Maria dos Santos, também do Jardim Pantanal, periferia de São Paulo. Sua família recebe R$ 206 do Bolsa Família, valor complementado por bicos feitos por ela e pelo marido.

Recentemente, quando o gás da família acabou, não deu para comprar outro de um distribuidor oficial. "O dinheiro que eu tinha não dava para inteirar o gás de R$ 70. Compramos um de R$ 56. É um gás pior. Mas a gente faz o que pode". A ANP recomenda que os consumidores só comprem botijão de revendedores autorizados, até por questões de segurança.

Além disso, a família está controlando o uso do fogão para fazer o gás durar mais. Para isso, usam um fogareiro elétrico, de uma boca só, para fazer café, arroz e feijão. É preciso paciência: são 30 minutos até a água ferver. E a conta de luz? "Aqui, a gente não paga luz, então temos essa possibilidade".

Fogareiro elétrico é uma das soluções para economizar no uso de gás de botijão (Foto: EPA)
Fogareiro elétrico é uma das soluções para economizar no uso de gás de botijão (Foto: EPA)

Gás para os mais pobres?
Este ano, o governo de Michel Temer chegou a anunciar que tomaria alguma medida para reduzir o impacto do aumento do gás entre os mais pobres.

Em fevereiro, o então ministro da Fazenda Henrique Meirelles confirmou que a pasta estudava uma medida para reduzir o preço do gás de cozinha, com foco nas famílias de baixa renda. Além disso, o então ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou que o Bolsa Família poderia ser reajustado para incorporar parte do aumento do preço do gás de cozinha.


Porém, as ideias foram abandonadas. "Atualmente, conforme o ministro Guardia tem afirmado em suas manifestações, não há estudos no Ministério da Fazenda sobre redução do preço do gás de cozinha já que não há espaço fiscal", informou a pasta, por nota. Já Bolsa família terá um reajuste de 5,67% a partir de julho, insuficiente para compensar a alta do gás.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) também teria prometido a líderes partidários que votaria medida para baixar o preço do gás de cozinha. Por meio de sua assessoria, o deputado federal declarou estar "tentando construir uma solução dentro do teto de gastos".

"Enquanto o governo está pensando como pode subsidiar o consumidor da classe D e E, a Petrobras acaba internalizando esse subsídio (já que o preço continua abaixo do mercado internacional) e acumulando prejuízos", afirma a pesquisadora Larissa Resende.

Segundo ela, uma das formas de baratear o botijão de gás no longo prazo seria aumentar os investimentos no segmento refino de GLP (o gás de cozinha), para que o Brasil desenvolvesse um mercado interno mais competitivo e menos dependente de importações - e, dessa forma, do preço do mercado externo e da cotação do dólar.

Para que esses investimentos ocorram, afirma Larissa, é importante que a Petrobrás tenha caixa para investir e também que não haja intervenção governamental nos preços da estatal, para estimular a entrada de capital externo.

Já Avanildo Duque, da ActionAid, sugere que o país passe a considerar outras alternativas de combustíveis para cozinhar. "É muito importante que a gente tenha mais autonomia e mais diversidade no uso de energia (para cozinhar). Não podemos ficar dependendo dessa matriz energética. Em momentos de crise, como o que estamos vivenciando, quem sofre mais são as pessoas mais vulneráveis".

Entre as alternativas citadas por Duque estão o barateamento de fogões baseados em energia solar, a uso de biodigestores nas cidades, que podem gerar gás a partir do processamento de lixo e até do esgoto, até fogões agroecológicos, à base de lenha, mas em quantidades racionalizadas.

Abastecimento de gás ainda não foi normalizado em parte do país (Foto: Reprodução/TV Fronteira)
Abastecimento de gás ainda não foi normalizado em parte do país (Foto: Reprodução/TV Fronteira)

Greve dos caminhoneiros
Em abril deste ano, o valor cobrado pela Petrobras correspondia a apenas um terço do preço do botijão (33%). Outros 24% eram referentes à distribuição do produto - das refinarias da Petrobras até os Estados. Mais 25% foi a margem de revenda. Além disso, 17,5% eram impostos - principalmente estaduais.

No começo do ano, a situação era bastante diferente: o peso da distribuição era bem mais baixo, de 16%. Uma das explicações para o encarecimento do transporte é o aumento do diesel - o gás de cozinha é transportado por caminhões. Agora, resta saber se o retorno do subsídio ao diesel, negociado com os caminhoneiros, vai refletir na redução do preço do gás de cozinha.

Por enquanto, as consequências da greve dos caminhoneiros foram negativas para o preço do botijão. Os 10 dias de mobilização nacional desabasteceram as distribuidoras e fizeram o valor subir ainda mais. Em São Paulo, o preço médio do botijão de gás registrado pelas empresas cadastradas no aplicativo Chama subiu de R$ 65 para R$ 75 - um aumento de 15%. Depois da greve, não retornou para os valores anteriores, ficando em R$ 70.

Mais grave ainda foi o aumento registrado no Centro-Oeste. Durante a greve, houve quem vendesse o botijão por impressionantes R$ 150.


"Ficamos uma semana sem o produto. Não tinha como chegar (botijão de gás no Mato Grosso) por causa da paralisação dos caminhoneiros", conta Alan Rener Tavares, presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás do estado de Mato Grosso. "Além disso, a demanda aumentou muito. O consumidor ficou com medo de uma nova paralisação e queria comprar dois, três botijões".

Com o produto em falta e a demanda alta, a lei da oferta e procura fez o preço disparar. "O nosso produto virou ouro, teve até roubo de dois caminhões de botijão de gás", relata Tavares. "Aqui, todo o gás vem por rodovia. Isso aumenta muito o preço", explica o presidente do sindicato.

Fonte: G1
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Correios estimam perdas de R$ 150 milhões com greve dos caminhoneiros

FOTO: WELLINGTON ROCHA/ARQUIVO/PORTALNOAR

Os Correios tiveram prejuízo de pelo menos R$ 150 milhões com a greve dos caminhoneiros – as perdas vão desde a contratação de serviços extras até o conserto de veículos danificados. Os cálculos oficiais ainda estão sendo feitos e serão divulgados no balanço final do mês de junho, mas as estimativas foram antecipadas nessa quinta-feira (14) pela empresa.

Em resposta à Agência Brasil, a estatal informou que aproximadamente 1.000 carros e caminhões ficaram parados nas estradas durante o movimento. Protestando contra os aumentos sucessivos no preço do óleo diesel, os caminhoneiros de diversas partes do país paralisaram suas atividades, causando desabastecimento nas cidades e bloqueando algumas rodovias.

O valor de R$ 150 milhões estimado pela empresa representa pouco mais de 10% da receita mensal obtida pela empresa no ano passado, que foi de R$ 1,4 bilhão, em média. Segundo os Correios, os prejuízos foram causados por diferentes fatores, como, por exemplo, objetos que não foram entregues, o que levou à queda no número de postagens.

“Os Correios tiveram que implantar um plano de contingência que envolveu, entre outros fatores, a contratação de mão de obra terceirizada, e o pagamento de horas extras em razão de mutirões que foram realizados após o término do movimento. Também houve danos a veículos, gerando gastos com consertos”, informou ainda a empresa.

Fonte: Agência Brasil
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Uniformes definidos: Seleção estreia com a camisa amarela contra a Suíça

Os uniformes da seleção brasileira para a fase de grupos da Copa do Mundo já estão definidos. A estreia, contra os suíços, será com a tradicional camisa amarela, além do calção azul e das meias brancas. A Suíça também entra em campo também com a vestimenta usual: vermelho na camisa e nas meias, com calção branco.

Na partida contra a Costa Rica, a segunda da competição, o Brasil vai usar o uniforme todo azul. Por sua vez, os costarriquenhos entram de branco na partida. No último jogo, contra a Sérvia, a Seleção volta a usar o primeiro uniforme - os sérvios jogam de vermelho. A combinação de cores usada pelo goleiro Alisson será toda verde nos três confrontos.

Camisas da Seleção na fase de grupos (Foto: Reprodução/Twitter)
Camisas da Seleção na fase de grupos (Foto: Reprodução/Twitter)

Com o uniforme amarelo na primeira partida, o Brasil mantém uma tradição que vem desde a Copa de 1954. Foi naquele Mundial que a Seleção adotou a amarelinha como equipamento principal e, a partir daí, sempre utilizou essa camisa nos jogos de estreia. Antes, o branco e o azul haviam sido usados.

Além disso, a combinação com calções azuis e meias brancas só não esteve presente nas estreias em duas ocasiões desde 1954: em 1986, o Brasil encarou a Espanha com o calção branco. Diante da Croácia, em 2006, foi o meião que mudou de cor e passou a ser azul.

Na Copa de 2006, Brasil entrou em campo com meias azuis (Foto: Agência Reuters)
Na Copa de 2006, Brasil entrou em campo com meias azuis (Foto: Agência Reuters)

O uso da camisa azul contra a Costa Rica também representa um marco: a Seleção não usou o segundo uniforme na Copa de 2014. A última vez que a equipe brasileira entrou em campo vestindo a camisa "alternativa" foi em 2010, na derrota por 2 a 1 para a Holanda, que eliminou o Brasil daquele torneio.

Quando o assunto é fase de grupos, a camisa azul é ainda menos recorrente. A Seleção entrou com o segundo uniforme pela última vez nessa altura da competição em 1994, contra a Suécia - país que também usa a camisa amarela como principal.

Calendario Selecao 14-06-18 (Foto: infoesporte)
Calendario Selecao 14-06-18 (Foto: infoesporte)

Fonte: Globo Esporte
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EUA anunciam tarifas sobre US$ 50 bilhões de importações da China

Donald Trump conversa com jornalistas nesta sexta-feira (15) em Washington. EUA anunciaram tarifas sobre US$ 50 bilhões de importações da China (Foto: AP Photo/Evan Vucci)
Donald Trump conversa com jornalistas nesta sexta-feira (15) em Washington. EUA anunciaram tarifas sobre US$ 50 bilhões de importações da China (Foto: AP Photo/Evan Vucci)

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (15) a implementação de uma tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões em bens importados da China e prometeu impor mais taxas se a China adotar medidas retaliatórias, elevando a tensão comercial entre as maiores potências do mundo. Parte dos produtos já começam a ser sobretaxados a partir de 6 de julho.

Trump afirmou que a lista inclui bens do plano estratégico chinês "Feito na China 2025" para dominar indústrias emergentes de alta tecnologia que "levará crescimento econômico futuro para a China, mas prejudicará o crescimento econômico para os Estados Unidos e muitos outros países".

“À luz dos roubos de propriedade intelectual e de tecnologia que a China tem feito e de suas outras práticas injustas de comércio, os Estados Unidos irá implementar tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões de bens da China, que contenham tecnologias industrialmente significativas”, afirmou Trump, em comunicado.
"Minha formidável relação com o presidente Xi da China e a relação do nosso país com a China são importantes para mim. Mas o comércio entre nossas nações é muito desigual, há muito tempo", justificou Trump.

A iniciativa é mais um lance das disputas iniciadas pelo governo do presidente Donald Trump contra Pequim. O presidente norte-americano argumenta que tenta compensar o que ele classifica como práticas anticompetitivas promovidas pelo país asiático.

Trump diz que a medida "protegerá empregos norte-americanos" e "servirá como um passo adicional para trazer um equilíbrio na relação comercial entre EUA e China".

“Os EUA irão impor tarifas adicionais se a China adotar medidas retaliatórias, como impor novas tarifas sobre bens, serviços ou quaisquer produtos agropecuários dos EUA; elevar barreiras não-tarifárias; ou tomar ações punitivas contra exportadores americanos ou companhias americanas operando na China”, acrescentou Trump.
China promete represálias
A China afirma que irá promover uma retaliação, no mesmo valor de US$ 50 bilhões. Mais cedo, o governo de Pequim já tinha advertido, que se fosse confirmada a imposição de tarifas aos produtos chineses serão cancelados os pré-acordos alcançados entre os dois países após dois meses de negociações.


"A China já publicou um comunicado após a recente visita do secretário de Comércio, Wilbur Ross, onde deixou clara que se os EUA lançarem medidas comerciais como a imposição de tarifas, os acordos não entrarão em vigor", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang.
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou esta semana outra ação comercial contra importações chinesas, desta vez acusando os produtores de tanques de aço para propano de dumping e subsídios injustos.

O índice acionário de Xangai recuou para a mínima de 20 meses nesta sexta-feira diante das preocupações dos investidores de que as tensões comerciais com os Estados Unidos podem aumentar a pressão sobre o crescimento econômico da China.

A lista
Em março, os EUA haviam ameaçado sobretaxar 1.332 itens. A lista final de produtos sobretaxados divulgada nesta quinta-feira, no entanto, foi reduzida e é formada por 1.102 itens.

Para 818 desses produtos, a tarifa adicional de 25% começa a ser cobrada já em 6 de julho. O valor referente a essa parte da lista corresponde a US$ 34 bilhões.

A lista traz produtos como:

Painéis de LED e LCD;
Telas sensíveis ao toque;
Sismógrafos;
Eletrocardiogramas;
Microscópios;
Satélites;
Aeronaves;
Helicópteros;
Motocicletas;
Cabos de fibra óptica;
Câmeras de TV;
Baterias de lítio.
Para os outros 284 itens, os EUA só imporão taxas adicionais após audiências públicas conduzidas pelo Escritório do Representante de Comércio Exterior dos EUA (USTR, na sigla em inglês).

Essa parte da lista é a que inclui os produtos que a China considera cruciais para seu desenvolvimento econômico futuro e mencionados no plano “Feito na China 2025”. Ela menciona insumos para a indústria química, itens para construir ferrovias, circuitos integrados para eletrônicos e outros componentes elétricos.

Fonte: G1
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Governo publica edital de leilão de distribuidoras da Eletrobras

Fachada da sede da Eletrobrás Rondônia, em Porto Velho; uma das empresas à venda no leilão. (Foto: Toni Francis/G1)
Fachada da sede da Eletrobrás Rondônia, em Porto Velho; uma das empresas à venda no leilão. (Foto: Toni Francis/G1)

O governo federal publicou nesta sexta-feira (15) no "Diário Oficial da União" o edital de leilão de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras. De acordo com o edital, o leilão está previsto para 26 de julho deste ano.

Estão à venda seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras que atuam em estados da região Norte e Nordeste – Acre, Alagoas, Amazonas, Roraima, Rondônia e Piauí. São:

Amazonas Distribuidora de Energia S.A.;
Boa Vista Energia S.A.;
Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre);
Companhia Energética de Alagoas (Ceal);
Companhia Energética do Piauí (Cepisa);
Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron).
O edital foi publicado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela execução e acompanhamento do processo de desestatização das companhias.

O texto publicado estabelece as condições de privatização das distribuidoras, mediante a concessão de serviço público, associada à transferência do controle acionário das empresas.

O edital estabelece que cada distribuidora será vendida pelo valor mínimo de R$ 50 mil. Os leilões serão individuais e sairá vencedor quem ofertar o maior desconto para o reajuste da tarifa de energia aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para as seis distribuidoras.

A Eletrobras chegou a agendar o leilão das distribuidoras para maio. Entretanto, o prazo foi adiado porque a proposta de edital não havia sido aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O tribunal liberou a publicação do edital no fim de maio.

A Eletrobras decidiu não renovar a concessão das distribuidoras de energia elétrica em julho de 2016. Desde então, a estatal aguarda que o governo faça um leilão para definir os novos concessionários.

As distribuidoras de energia da Eletrobras enfrentam prejuízos recorrentes, além de problemas em atender metas de qualidade dos serviços e de equilíbrio financeiro definidas pela Aneel.

O documento, elaborado pelo BNDES, afirma que a situação financeira das distribuidoras é desafiadora e que "extrapolam os desequilíbrios econômico-financeiros recentes do setor de distribuição".


Prejuízos acumulados pelas empresas até dezembro de 2016, segundo o edital:

Boa Vista Energia: R$ 1,2 bilhão
Ceal: R$ 1,2 bilhão
Cepisa: R$ 2,4 bilhões
Ceron: R$ 2,6 bilhões
Eletroacre: R$ 749 milhões
Amazonas Energia: R$ 13,9 bilhões
Privatização das distribuidoras
No fim do ano passado o governo publicou uma medida provisória (MP 814), que facilitava a privatização das distribuidoras. A MP dava clareza sobre passivos dessas distribuidoras com o setor elétrico.

Como a MP perdeu a validade antes de ser aprovada no Congresso, o governo enviou no início de junho um projeto de lei em regime de urgência com os termos da MP.

Apesar de não ser essencial para a privatização, o projeto deve dar segurança aos investidores e aumentar o interesse pelas distribuidoras.

Nesta quinta-feira (14), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o governo pretende aprovar o projeto antes do início do recesso do Congresso, que começa julho.

“Nossa pauta tem agora dois focos principais, que nós sugerimos: uma é a questão da desestatização das distribuidoras da Eletrobras e a outra a aprovação da possibilidade de cessão onerosa”, disse Marun.

Caminho da privatização
A venda das distribuidoras da Eletrobras também é considerada parte importante para a privatização da própria Eletrobras.

O projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras está em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta foi enviada pelo governo no início deste ano.

A comissão especial responsável por analisar a proposta na Câmara foi instalada em março. De acordo com a Câmara dos Deputados, o parecer do relator José Carlos Aleluia (DEM-BA) já recebeu 181 emendas.

A última sessão da comissão aconteceu no dia 16 de maio. O texto ainda não foi discutido nem submetido à votação.

O governo conta com a privatização da Eletrobras para incrementar o caixa do Tesouro Nacional em 2018. A previsão de arrecadação é de R$ 12,2 bilhões com a privatização.

Fonte: G1
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Jovem morre após sofrer descarga elétrica em celular carregando em Taubaté

Jovem de 22 anos morre após descarga elétrica ao usar celular carregando em Taubaté (Foto: Arquivo Pessoal)
Jovem de 22 anos morre após descarga elétrica ao usar celular carregando em Taubaté (Foto: Arquivo Pessoal)

Um jovem de 22 anos morreu na madrugada desta sexta-feira (15) depois de receber uma descarga elétrica ao usar o celular carregando a bateria em Taubaté (SP). Segundo o Corpo de Bombeiros, o jovem teve paradas cardíacas após a descarga e chegou a ser levado para o Pronto-Socorro, mas não resistiu e morreu.

Lucas Jean Marsola foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por volta das 16h de quinta-feira (14). Ele jogava com o celular conectado à tomada, quando recebeu uma descarga elétrica e desmaiou.

O jovem recebeu os primeiros socorros ainda em uma casa, na região central da cidade, e teve nove paradas cardíacas. O jovem foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro Municipal, mas não resistiu e morreu no início da madrugada de sexta.

O corpo da vítima está sendo velado no velório São Benedito e o enterro está marcado para as 15h no cemitério Paineiras.

Orientação
Segundo o Corpo de Bombeiros, o cuidado com o celular, apesar de ser um aparelho de uso constante, deve ser o mesmo de qualquer equipamento ligado à energia, quando carregando. Existe risco não só de descarga elétrica, como de incêndios, em caso de superaquecimento.

"É um risco porque ele está ligado a uma fonte de energia e exposto a acidente. Deixar carregando à noite, principalmente em camas, também pode gerar risco de acidente. A perícia ainda vai avaliar o que houve nesse caso específico, mas a orientação geral é de sempre tomar cuidado com aparelhos ligados na energia", explica o capitão Antonio Carlos Bernardes.

Fonte: G1
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Paraquedista morre ao cair no Aeroporto de Piracicaba

Acidente aconteceu no Aeroporto Municipal de Piracicaba  (Foto: Christiano Diehl Neto)
Acidente aconteceu no Aeroporto Municipal de Piracicaba (Foto: Christiano Diehl Neto)

Um homem morreu após saltar de paraquedas na manhã desta sexta-feira (15) em Piracicaba (SP). Segundo as primeiras informações do Serviço Móvel de Urgência (Samu), que atende a ocorrência, ele caiu no aeroporto da cidade pouco depois das 9h e não resistiu aos ferimentos, morrendo no local.

A equipe do Samu deixou o local pouco antes das 11h após atender a ocorrência. Ainda não há informações sobre a identidade da vítima e o que teria provocado o acidente.

Paraquedista morreu após cair no aeroporto de Piracicaba (Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV)
Paraquedista morreu após cair no aeroporto de Piracicaba (Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV)

Paraquedista morreu após cair no Aeroporto de Piracicaba (Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV)
Paraquedista morreu após cair no Aeroporto de Piracicaba (Foto: Ronaldo Oliveira/EPTV)

Fonte: G1
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Instagram não vai mais avisar se alguém copiar fotos ou vídeos do Stories

Aviso do Instagram feito a quem tentava copiar fotos ou vídeos publicados no Stories. (Foto: Reprodução/Instagram)
Aviso do Instagram feito a quem tentava copiar fotos ou vídeos publicados no Stories. (Foto: Reprodução/Instagram)

O Instagram não irá mais notificar as pessoas que tiverem seus Stories copiados ou gravados por outro usuário.

A novidade foi informada pela rede social ao Buzzfeed News nesta quinta-feira (14).

A iniciativa havia começado a ser testada em fevereiro pelo Instagram, que queria preservar o caráter efêmeros das postagens feitas nesse espaço do aplicativo. Quando alguém publica fotos ou vídeos como Stories, esse conteúdo fica no ar apenas por 24 horas.

A rede social, porém, manterá a informação de quem viu os Stories.

Fonte: G1
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Petrobras reduz preço da gasolina nas refinarias em 0,89%

Posto de combustível em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
Posto de combustível em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (15) nova redução no preço da gasolina nas refinarias. O valor do litro passará de R$ 1,9351 para 1,9178 no sábado (16), queda de 0,89%.

Na quarta-feira, a petroleira já tinha reduzido o preço em 1,59%. No mês de junho já foram anunciadas 7 quedas e 2 altas no preço da gasolina.

Em 30 dias, a queda acumulada é de 2,5%. Desde o dia 8 de fevereiro, quando a Petrobras começou a divulgar os preços de referência nas refinarias, o avanço é de 5,57%

Já o preço do diesel segue congelado em R$ 2,0316, conforme ficou estabelecido pelo programa de subvenção ao combustível anunciado pelo governo, que prevê redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias.

Política de preços
A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, e também do dólar.

Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina comercializada nas refinarias acumula alta de 47,3% e, o do diesel, valorização de 49,92%, segundo o Valor Online.


O repasse dos preços cobrados nas refinarias para as bombas depende das distribuidoras e dos donos dos postos.

Levantamento semanal divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP) mostra que o preço médio do diesel recuou 35 centavos nos postos na última semana, para R$ 3,482. Já o valor médio da gasolina ficou praticamente estável, passando de R$ 4,614 para R$ 4,603 na semana.

Fonte: G1
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Trump diz que atuação de Comey durante campanha eleitoral foi 'desastre total' para FBI e Comey

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (15) que o relatório sobre como o FBI administrou a investigação sobre o uso de e-mails por parte da ex-secretária de Estado Hillary Clinton é um "desastre total" para seu ex-diretor James Comey e para a própria agência.

O relatório do Departamento de Estado americano, divulgado na quinta-feira (14), aponta que Comey descumpriu regras ao supervisionar a investigação sobre Hillary Clinton antes da eleição presidencial de 2016, mas descartou sua atuação parcial no caso.

"O relatório do inspetor-geral é um desastre total para Comey, seus 'minions' e, lamentavelmente, para o FBI", tuitou Trump em seu primeiro comentário sobre o relatório do inspetor-geral do Departamento de Justiça, divulgado na quinta-feira.

"Comey agora será lembrado oficialmente como o pior líder, até agora, da história do FBI. Prestei um grande serviço para o povo em demiti-lo. Boa intuição", acrescentou.

No relatório, o inspetor-geral Michael Horowitz, afirmou que não foi encontrada "nenhuma prova que indique que as decisões dos procuradores foram influenciadas por questões políticas ou outras considerações”. Porém, ressaltou que Comey agiu de forma "insubordinada", segundo a France Presse.

Para Horowitz, Comey foi "insubordinado", mas não foi encontrada nenhuma evidência de motivação política para influenciar o resultado da eleição presidencial daquele ano.

Em uma mensagem no Twitter após a divulgação do relatório, Comey afirmou que respeita a decisão, embora discorde de parte dela.

"Eu respeito o escritório do Inspetor Geral do Departamento de Justiça, e é por isso que pedi a eles que fizessem essa revisão. As conclusões são razoáveis, mesmo que eu discorde de algumas. As pessoas de boa fé podem enxergar uma situação sem precedentes de maneira diferente. Eu rezo para que nenhum diretor passe isso novamente. Obrigado às pessoas do escritório do Inspetor Geral pelo trabalho duro", escreveu o ex-diretor.

Escândalo durante a campanha
O então diretor do FBI provocou um terremoto político ao reabrir, apenas uma semana antes da eleição de 2016, uma investigação sobre as denúncias relativas à eliminação de e-mails de um servidor privado que Hillary usou quando era secretária de Estado.

Hillary considerou que essa decisão foi uma das causas de sua derrota para Donald Trump.

Entretanto, depois das eleições, o novo presidente e Comey entraram em rota de colisão quando o diretor do FBI iniciou uma investigação sobre o suposto conluio do comitê eleitoral de Trump com funcionários russos durante a campanha.

Ex-diretor do FBI James Comey, durante entrevista ao 20/20, da TV americana ABC (Foto: Ralph Alswang/ABC via AP)
Ex-diretor do FBI James Comey, durante entrevista ao 20/20, da TV americana ABC (Foto: Ralph Alswang/ABC via AP)

Comey foi demitido por Trump e, desde então, o presidente insiste que o FBI continua cheio de agentes favoráveis ao Partido Democrata e irritados com o resultado das eleições.

Segundo o relatório de 568 páginas divulgado nesta quinta, "em momentos essenciais o então diretor Comey optou por se desviar das normas e dos procedimentos do FBI e seguiu seu próprio processo subjetivo de tomada de decisão".

Embora esses gestos "não tenham o resultado de tendência política da parte de Comey", tiveram um "impacto negativo na percepção do FBI e deste Departamento como administradores da Justiça", apontou.

Em um capítulo que parece reforçar as insistentes declarações do presidente, o relatório sustenta que agentes do FBI trocaram mensagens que mostram "um estado mental tendencioso" que os deixou "propensos a tomar atitudes" para prejudicar a campanha de Trump.


"Isso contradiz os valores centrais do FBI e do Departamento de Justiça", sustentou o documento.

Fonte: G1
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Ladrão é preso ao tentar assaltar mulher com escova de dente no Paraná, diz polícia

Escova de dente usada na tentativa de assalto, de acordo com a polícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Escova de dente usada na tentativa de assalto, de acordo com a polícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um homem foi preso em flagrante suspeito de tentar assaltar uma mulher usando uma escova de dente como arma no Centro de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, na tarde de quinta-feira (14).

De acordo com a Polícia Civil, por volta das 17h30, um policial entrava na Santa Casa de Misericórida quando escutou pedidos de socorro. O policial relatou que viu o assaltante agarrando a vítima pelo pescoço, tentanto arrancar a mochila dela das costas.

Foi, então, que o policial abordou o criminoso, que tentou fugir.

Pessoas que passavam pela região e presenciaram a situação ajudaram o policial a perseguir o suspeito. Quando a Polícia Militar (PM) chegou ao local, encaminhou o preso para a delegacia da Polícia Civil, onde ele permanece preso na manhã desta sexta-feira (15).

Segundo a polícia, o ladrão foi preso outras três vezes por roubo e sempre escolhe mulheres ou pessoas com algum tipo de limitação motora como vítimas. Ele também já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas.

Ainda conforme a polícia, o homem estava em liberdade condicional. Moradores da região relataram ter visto ele em outros assaltos no Centro.

Fonte: G1
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Rodrygo, do Santos, assina contrato com o Real Madrid até 2025

Rodrygo, do Santos, assina contrato com o Real Madrid até 2025

Fim da novela: Rodrygo é jogador do Real Madrid. O Menino da Vila assinou contrato até 2025 com o gigante espanhol. O acordo é para que o atacante de 17 anos fique no Peixe até o fim de junho de 2019 para se apresentar ao novo clube no início da temporada 2019/20, seis meses depois de completar 18 anos.

O anúncio oficial será feito na tarde desta sexta-feira, no Business Center do Santos, em São Paulo. Na manhã desta sexta-feira, Santos e Real Madrid confirmaram o negócio em notas – veja abaixo.

Rodrygo tinha multa rescisória no valor de 50 milhões de euros (R$ 215 milhões, na cotação atual), mas as partes acertaram a venda por 45 milhões de euros (R$ 193 milhões). O Santos receberá 40 milhões de euros (R$ 172 milhões), o equivalente a 80% da multa rescisória.

Rodrygo e seu estafe, que teriam direito a 20% dos direitos da quantia paga pelo Real, abriram mão de parte do valor para que o negócio fosse fechado e ficarão com os 5 milhões de euros (R$ 21 milhões) restantes.

O Real Madrid pagará 20 milhões de euros (R$ 86 milhões) à vista ao Santos. O restante será depositado de forma parcelada.

Rodrygo será jogador do Real Madrid a partir de julho do ano que vem (Foto: Marcos Ribolli)
Rodrygo será jogador do Real Madrid a partir de julho do ano que vem (Foto: Marcos Ribolli)

O valor é o mesmo que o Real Madrid pagou ao Flamengo em 2017 para contratar Vinicius Junior. Por Rodrygo, os merengues superaram a concorrência do rival Barcelona, além de Borussia Dortmund e Bayern de Munique, da Alemanha, e Paris Saint-Germain, da França.

Rodrygo foi promovido ao elenco profissional do Santos em novembro do ano passado. Hoje, titular de Jair Ventura, o garoto é o vice-artilheiro do time na temporada, com nove gols marcados em 29 jogos.

Veja a nota do Santos:

O Santos Futebol Clube e o Real Madrid C.F. chegaram a um acordo para a transferência futura do atleta Rodrygo Goes. A ida do atleta ao clube espanhol está programada para julho de 2019.

Trata-se da negociação de um atleta com maior receita para um clube em toda a história do futebol na América Latina.

A valorização e reconhecimento do atleta Rodrygo é fruto do trabalho de longa data realizado com excelência pelo Santos F.C. em todas as suas divisões de base e integração com o futebol profissional. A marca “Meninos da Vila” continua sendo o maior ativo do Clube e essência da engrenagem de um trabalho reconhecido mundialmente ao longo dos tempos.

Nós, santistas, ainda teremos o prazer de ver o atleta Rodrygo por mais um ano com nossa mítica camisa. Esperamos que seja um período importante para o desenvolvimento do atleta no futebol brasileiro e de conquistas esportivas para o Santos Futebol Clube.

O Santos F.C. agradece a postura e profissionalismo do Real Madrid C.F. em todo processo, assim como a família e representantes do atleta que buscaram uma negociação transparente e muito boa para todas as partes.

Maiores detalhes serão apresentados em coletiva agendada para esta sexta-feira, às 14h, no Santos Business Center.

Veja a nota do Real Madrid:

O Real Madrid C.F. e o Santos Futebol Clube acordaram que o jogador Rodrygo Goes jogue no Real Madrid quando atingir a sua maioridade.

Ainda que o jogador esteja em condições de fazer parte do nosso clube em janeiro de 2019, o acordo estabelece que sua incorporação se dará em julho do mesmo ano.

Fonte: Globo Esporte
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16 municípios do RN têm mais eleitores que habitantes

Revisão biométrica foi concluída em maio deste ano, no RN. (Foto: Divulgação/ TRE)
Revisão biométrica foi concluída em maio deste ano, no RN. (Foto: Divulgação/ TRE)

Um total de 16 municípios potiguares têm mais eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral que habitantes. Isso é o que aponta um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre o eleitorado brasileiro 2018. No Nordeste, o estado é o detentor do maior número de cidades nesta situação. Em segundo lugar, vem a Paraíba, com 12.

O caso chama maior a atenção é o da cidade de Severiano Melo, que tem uma diferença de 2.999 pessoas, entre o número de eleitores disponibilizado pelo sistema do Tribunal Superior Eleitoral no início deste mês e a estimativa do IBGE para a população do município em 2017. São 6.149 eleitores contra 3.150 habitantes.

Essa é a terceira maior disparidade encontrada nos municípios brasileiros. Acima de Severiano Melo estão Canaã dos Carajás, no Pará, que tem 3.857 eleitores a mais que habitantes; e Cumaru, em Pernambuco, com diferença de 3.396.

Municípios do RN com mais eleitores que habitantes
MunicípiosEleitorado (TSE)Habitantes (IBGE)Diferença
Lagoa Salgada8.5078.269238
Felipe Guerra6.2286.052176
Olho D'Água do Borges4.5224.349173
Tibau4.6984.100598
Barcelona4.3764.064312
Paraú4.0963.859237
Ruy Barbosa3.7013.66932
Pedra Grande3.5633.356207
Triunfo Potiguar3.5943.327267
Rafael Godeiro3.6633.234429
Severiano Melo6.1493.1502.999
São Bento Do Norte3.0972.846251
Lagoa de Velhos3.1632.771392
Pedra Preta2.6432.532111
Bodó2.9292.307622
Monte das Gameleiras2.3722.178194

No Brasil inteiro, 231 municípios têm mais eleitores que habitantes. O estado na primeira colocação é Minas Gerais, com 75 municípios, que é seguido por São Paulo e Santa Catarina com 29 e 20, respectivamente. O Rio Grande do Norte vem logo após Goiás, que têm 19 municípios eleitorado maior que a quantidade de moradores.


"Se por um lado isso pode ser explicado pela mobilidade das pessoas que mudam o domicílio eleitoral para suas cidades de origem ou para cidades litorâneas, podemos também alertar para uma reclamação constante dos gestores municipais – a de que as suas respectivas populações estão subestimadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística”, diz o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Das 10 cidades com maior número de eleitores no Nordeste, nove são capitais. Entre elas, está Natal, a sexta na lista, com 554.537 pessoas aptas ao exercício do voto. Entre os menores eleitorados da região, dois municípios são potiguares. O primeiro é Viçosa, com 1.678 eleitores, seguido por Ipueira, com 1.752. Eles são o 3º e o 5º lugar na lista dos 10 menores eleitorados nordestinos.

De acordo com a Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os números definitivos dos eleitores nos municípios potiguares, bem como nos demais estados, para as eleições de outubro, ainda serão divulgados oficialmente. Isso porque o TSE tem até o dia 11 de julho para concluir a auditoria do cadastro biométrico dos eleitores. Essa auditoria é que que vai consolidar os dados das inscrições e transferências de domicílios eleitorais, encerradas em 9 de maio.

Brasil
O estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) Eleitorado de 2018 contabilizou 146,1 milhões de pessoas aptas a votar nas 5.568 cidades brasileiras. Com isso, houve um crescimento de 1,4% no número de eleitores em relação a 2016, ano em que ocorreu as últimas eleições municipais. Comparado com a estimativa populacional mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indica 207,7 milhões de habitantes em 2017, os eleitores representam 70,37% da população brasileira.

Fonte: G1
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