sexta-feira, agosto 06, 2021

Comissão Especial da Câmara rejeita PEC do voto impresso; proposta deve ir a plenário

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Em uma derrota para o governo, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso rejeitou nesta quinta-feira (5), por 23 votos a 11, o parecer favorável ao tema elaborado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR).


O deputado Junior Mano (PL-CE) foi designado novo relator. Como o parecer de Filipe Barros foi rejeitado, caberá a Junior Mano elaborar um relatório em sentido contrário – ou seja, pelo arquivamento da PEC. A votação está prevista para esta sexta (6).


Apesar de o texto ter sido rejeitado na comissão especial, a proposta ainda continua sendo discutida na Câmara. Isso é uma surpresa porque a expectativa era que, se o assunto fosse rejeitado na comissão, terminaria na própria comissão. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o assunto continuará sendo discutido no plenário.


Após a votação desta quinta, o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), afirmou ao G1 que "o parecer vencedor pode ir a plenário, mas depende de o presidente Arthur Lira pautar. A comissão tem caráter opinativo, não terminativo". "Mas acredito que ele não pautará o tema", completou.


Para valer nas eleições de 2022, qualquer mudança nas regras eleitorais tem de ser aprovada até outubro.


A PEC reprovada

A proposta de emenda à Constituição, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), prevê a impressão de votos nas eleições, referendos e plebiscitos.


Em julho, antes do recesso parlamentar, os deputados governistas, favoráveis ao texto, manobraram para evitar a derrota na comissão.


A impressão do voto é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro, que costuma lançar suspeitas de fraude em relação ao voto eletrônico — sem nunca ter apresentado provas de qualquer irregularidade.


A disputa entre o tema opôs o presidente da República e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, defensor das urnas eletrônicas.



Bolsonaro acusa Barroso de interferir no debate promovido pela Câmara e ameaçou em diversas ocasiões com a não realização das eleições, caso o voto impresso fosse rejeitado.


O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, diz acreditar nas urnas eletrônicas, mas defendeu a implantação de mais uma forma de auditagem nas urnas, para evitar contestações da população.


Bolsonaro ataca urnas

Após três anos falando em 'fraudes eleitorais', Bolsonaro fez uma live na semana passada em que prometia apresentar provas sobre fragilidade das urnas eletrônicas. Com notícias falsas, ele admitiu não ter provas das acusações.


O presidente usou vídeos antigos de internet, já desmentidos por órgãos oficiais, e apresentou assessor do Planalto como 'especialista'.


"Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que ele não é fraudável", declarou Bolsonaro em determinado momento.


"Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas", disse, minutos depois.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (4) a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas.


A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país.


Em razão dos repetidos ataques ao sistema eleitoral e ao Judiciário, o presidente do STF, Luiz Fux, anunciou nesta quinta o cancelamento da reunião dos chefes de poderes.


O convite para o encontro foi anunciado em 12 de julho, quando Fux e o presidente Jair Bolsonaro se encontraram na sede do STF em meio aos constantes ataques do presidente ao sistema eleitoral e a ministros do Supremo.


Nos últimos dias, Bolsonaro passou a reiterar diariamente as críticas ao sistema eleitoral e aos ministros – e chegou a ameaçar agir fora dos limites da Constituição.


Fonte: G1

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Brasil volta a ter média móvel de mortes por Covid abaixo de 900 após mais de 200 dias; total de vítimas passa de 560 mil



O Brasil registrou 1.086 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta quinta-feira (5) 560.801 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 882 --a mais baixa desde 8 de janeiro (quando estava em 872). Antes, foram 208 dias seguidos com a média acima da marca de 900. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -22% e aponta tendência de queda.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quinta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Sexta (30): 1.013

Sábado (31) : 991

Domingo (1º): 984

Segunda (2): 968

Terça (3): 956

Quarta (4): 920

Quinta (5): 882

Em 31 de julho o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.


Apenas dois estados apresentam tendência de alta nas mortes: RR e RN.


Em casos confirmados, desde o começo da pandemia, 20.066.146 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 39.644 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 32.462 diagnósticos por dia --a menor marca desde 27 de novembro (quando estava em 31.496). Isso representa uma variação de -30% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica queda. A queda em patamar expressivo ocorre após 13 dias dessa média na faixa de estabilidade.


Em seu pior momento a curva da média móvel chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho deste ano.


Fonte: G1

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