segunda-feira, abril 11, 2022

Criminosos arrombam cofres de dois postos de combustíveis na região metropolitana de Natal

Criminosos invadiram dois postos de combustíveis de uma mesma rede e arrombaram os cofres dos estabelecimentos durante a madrugada desta segunda-feira (11).


Criminosos arrombam cofre de posto de combustíveis na Grande Natal — Foto: Cedida


Os casos aconteceram nas cidades de Monte Alegre e São José de Mipibu, ambas na região metropolitana de Natal com poucas horas de diferença.


A polícia vai investigar se os dois crimes tem relação entre si.


Segundo a administração da rede, os criminosos usaram ferramentas para conseguir abrir os cofres eletrônicos e levar o dinheiro. Os valores furtados não foram divulgados.


Fonte; g1

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PRF realiza segundo leilão de 2022 de veículos retidos no Rio Grande do Norte

A Polícia Rodoviária Federal realiza nos dias 22 e 25 de abril o segundo leilão do ano de veículos retidos no Rio Grande do Norte. O leilão ser´exclusivamente online. O edital do leilão com todos os detalhes está disponível na internet.


PRF realiza segundo leilão de 2022 de veículos retidos no Rio Grande do Norte - imagem ilustrativa — Foto: Polícia Rodoviária Federal


Serão leiloados automóveis e veículos de duas rodas, que poderão entrar em circulação pelo comprador ou serem destinados a sucatas. Serão postos à venda 223 veículos, distribuídos em 188 lotes.


As visitações aos lotes estarão disponíveis de 18 a 20 abril de 2022. É importante verificar em qual dos pátios está o lote de interesse do participante. Veja abaixo os locais de visitação.



Os lotes arrematados com direito a documentação serão disponibilizados, sem multas ou débitos de anos anteriores, apenas com as taxas do Detran para transferência e os débitos de licenciamento referentes ao exercício 2022.


Locais de Visitação:

Lotes: 01 ao 23, 150 ao 151: Pátio TRANSGUARD – Localizado no Município de Caicó/RN: Br 427, km 102, vizinho ao Posto do Moinho, às margens da rodovia;

Lotes: 30 ao 75, 155 ao 163: Pátio da TRANSGUARD – Localizado no Município de Mossoró/RN: Av. Mota Neto, s/n (em frente ao Hospital São Luiz) – Bairro: Aeroporto.

Lotes: 80 ao 146, 165 ao 188: Pátio da TRANSGUARD – Localizado no Município de Natal/RN: Av. Industrial Francisco da Motta, s/n - Bairro: Bom Pastor.

Os lances já podem ser ofertados pela internet até o momento da realização do leilão, que ocorrerá exclusivamente on-line, nos dias 22 e 25 de abril de 2022, pelo site: www.mnleilao.com.br.


Fonte: g1

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Secretaria de Saúde não registra novas mortes por Covid-19 há 10 dias no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte completou 10 dias sem registrar nenhuma nova morte por Covid-19, nesta segunda-feira (11). A informação foi confirmada ao g1 RN pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).


Leitos de UTI no RN Rio Grande do Norte — Foto: Divulgação


O último boletim que registra uma morte confirmada no período de 24 horas anteriores foi do dia 1º de abril, em Parelhas. Esse é o único óbito notificado dentro do mês de abril, de acordo com o governo.


No boletim lançado no final da manhã desta segunda (11), a pasta apontou mais um período de 24 horas sem notificações de novas mortes.


O estado teve 8.153 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia, em março de 2020, segundo o boletim mais atualizado.


Embora haja uma diferença de 33 óbitos entre os dados oficiais do dia 1º de abril e os desta segunda (11), a Sesap afirmou que as mortes incluídas no total de óbitos ocorreram 2021 e que só foram confirmadas posteriormente.


"Os óbitos registrados neste período em boletim são referentes ao ano de 2021, identificados a partir de apurações conduzidas pelo Comitê de Investigação de Óbitos da Sesap", disse em nota.


O estado também registra a menor taxa de ocupação de leitos, com 9,2% das UTIs com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19. Atualmente a rede dispõe de 89 leitos de UTI e 107 leitos clínicos.


Fonte: g1

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Papa Francisco nomeia padre do RN como cônego da Basílica de São Pedro no Vaticano

O Papa Francisco nomeou o padre Flávio José de Medeiros Filho, do Rio Grande do Norte, como cônego da Basílica do Vaticano e tornou o sacerdote membro efetivo do Cabido de São Pedro - instituição fundada em 1053, pelo Papa Leão IX.


Padre Flavio Medeiros se tornou cônego na Basílica de São Pedro, no Vaticano — Foto: Cedida


O Cabido Vaticano é composto por um colégio de monsenhores nomeados pelo Papa e que atua em diversas áreas administrativas e litúrgicas da igreja.


Neste domingo (10), o Domingo de Ramos, monsenhor Flávio renovou publicamente a sua profissão de fé durante a celebração litúrgica e recebeu a bula pontifícia e as insígnias eclesiásticas do cargo.


Ele já exercia o ministério sacerdotal a serviço da Basílica há cerca de 17 anos.


"O nosso ofício e desafio é o serviço ministerial de um sacerdote, como qualquer outro, que é colocado naquela igreja, que tem sua particularidade de ser uma basílica que conserva há 2 mil anos o túmulo do apóstolo Pedro, que foi o apóstolo sobre o qual Jesus disse que edificaria a sua igreja. Estamos a serviço do evangelho, administrando os sacramentos, rezando com o povo na liturgia das horas, a serviço da caridade, acolhendo os peregrinos que chegam do mundo inteiro. Tudo que diz respeito à vida de um sacerdote", disse ao g1.


De acordo com ele, também há cônegos de outras nacionalidades no local, como italianos, franceses, coreanos, espanhóis, entre outros.


O padre revelou que, ao saber da nomeação, ficou emocionado e lembrou da família em Acari, no Seridó potiguar.


"Quando os superiores me comunicaram isso, me veio a lembrança de Acari, do coração da minha família, do amor dos meus pais, que me transmitiram a fé. De receber o chamado para a missão e reconhecer que esse chamado tem origem lá no amor dos meus pais, na fidelidade dos meus avós. Nós recebemos essa fé da origem dos nossos antepassados. Lembrei do apoio da Arquidiocese de Natal. Você se sente muito pequeno", contou.


Segundo a Arquidiocese de Natal, a nomeação do padre "também é expressão de comunhão da Arquidiocese de Natal com a Sé de Pedro, que preside na caridade a Igreja de Cristo".


Fonte: g1

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Cigarro eletrônico chega à 4ª geração com 'roupa nova' e mais viciante; Anvisa debate regulamentação

Inicialmente apresentados como uma alternativa ao cigarro comum, os cigarros eletrônicos chegaram à 4ª geração. Na análise de especialistas, ganharam "roupa nova", ficaram mais viciantes ao longo dos últimos anos e apelam cada vez mais para o público jovem, que desconhece os malefícios equivalentes ou até mesmo piores das substâncias que os compõem.


No meio de tudo isso, nesta segunda-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu um formulário para receber contribuições técnicas e científicas sobre o uso de dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados DEF, que estão proibidos para venda no Brasil desde 2009.


Por enquanto, um relatório parcial indica a manutenção do veto e a intensificação da fiscalização do comércio ilegal dos cigarros eletrônicos no Brasil, conhecidos como pods, vapers, entre outros nomes.


Abaixo, nesta reportagem, entenda em detalhes os seguintes pontos:


O que são os dispositivos eletrônicos para fumar?

Quais são as principais diferenças para os cigarros tradicionais?

Como eles se transformaram ao longo dos últimos anos?

Quais são os principais riscos para a saúde?

Os cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar?

Como será o processo na Anvisa?

O que dizem os especialistas sobre o processo na Anvisa?

O que dizem os fabricantes?

1) O que são os dispositivos eletrônicos para fumar?

São todos os chamados cigarros eletrônicos, que também podem ser apelidados de vaporizadores, pods, e-cigarettes, e-pipes, e-ciggys, etc.


Há também uma outra categoria, que é a dos produtos de tabaco aquecido que usam vaporização. Em vez de ter como base uma essência ou líquido, esses aquecem diretamente o tabaco, a planta da qual é extraída a nicotina.


2) Quais são as principais diferenças entre os cigarros tradicionais?

O cigarro tradicional tem alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, monóxido de carbono (que dificulta a oxigenação do sangue), nicotina, aromatizantes e uma mistura de mais de 7 mil produtos químicos que são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde. Eles funcionam por meio da combustão dessas substâncias.


Cigarro comum x cigarro eletrônico — Foto: Elcio Horiuchi/g1


Já os eletrônicos não agem dessa maneira, eles aquecem o líquido de seu reservatório (também chamado de e-líquido) que é então inalado pelo usuário. Assim, por não existir combustão, não há geração de monóxido de carbono. Apesar disso, eles também têm nicotina (por isso também geram dependência) e outras substâncias líquidas como glicerol, glicerina vegetal, propilenoglicol e aromatizantes alimentares.


"É um entregador de nicotina com uma roupa nova", explica a médica Liz Maria de Almeida, coordenadora de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer, o INCA. "Esse é o principal fator em comum entre esses tipos de cigarros".


A nicotina, o princípio ativo presente no tabaco, é uma droga. Almeida explica que ela é psicoativa, ou seja, liga-se a aos neurotransmissores do sistema nervoso responsáveis pela liberação de uma substância que dá uma sensação de bem estar no nosso corpo, a dopamina. E esse efeito é bastante rápido. Em cerca de 15 segundos depois da tragada, 25% da nicotina atinge esse sistema de recompensa.


Fora isso, também são colocados nesses produtos aditivos químicos feitos pela indústria alimentícia com sabores de frutas, mas que em nada se parecem com as propriedades desses alimentos.


"Então além da nicotina, que é uma substância que tem ação psicoativa que leva à dependência e que também gera aumento dos batimentos cardíacos, tem efeitos pulmonares, tem efeitos cardiovasculares, tem efeitos imunológicos, etc., você tem o agravante da presença de substâncias químicas muito variadas que são apresentadas nesses dispositivos eletrônicos", alerta a médica.


Jaqueline Scholz, coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Instituto do Coração, em São Paulo, destaca um outro fator importante sobre essas substâncias, como propilenoglicol e o glicerol: a ausência de pesquisas sobre seus efeitos colaterais.


"Esses produtos, quando foram incorporados ao cigarro eletrônico, não tiveram teste de segurança sobre sua inalação. E uma coisa é você usar no trato gastrointestinal, que foi feito para isso, outra coisa é você inalar [essas substâncias]", ressalta.

3) Como eles se transformaram ao longo dos últimos anos?

O primeiro produto similar a um cigarro eletrônico foi patenteado em 1963, nos Estados Unidos, mas não chegou a ser comercializado.


“A presente invenção refere-se a um cigarro sem fumo e sem tabaco e tem como objetivo proporcionar uma forma e um método seguro e inofensivo para fumar”, dizia a patente submetida.


Décadas se passaram e desde então, os produtos se transformaram bastante; ficaram mais tecnológicos, passaram a ser mais viciantes e a apelar mais para o público jovem, principal foco do mercado atualmente (veja infográfico com as transformações abaixo).


Na 1ª geração, popularizada entre 2005 e 2010, os DEF eram aparelhos descartáveis, não recarregáveis que imitavam a aparência de um cigarro comum. Também não era possível recarregar o e-líquido e os aparelhos eram mais fracos, e não raro vazavam ou estouravam.


Gerações dos cigarros eletrônicos. — Foto: Kayan Albertin/g1


Já os de 2ª geração, primeiros apresentados num formato diferente do cigarro comum (principalmente o de caneta) tinham um cartucho pré-carregado ou recarregável e, assim, podiam ser usados várias vezes. Contudo, muitos usuários reclamavam que esses modelos não proporcionavam o mesmo prazer que um cigarro comum, pois a nicotina de fato demorava mais para chegar ao cérebro.


Por sua vez, os modelos de 3º geração, que surgiram a partir de 2015, não tinham esse problema. Eles eram dispositivos maiores, com mais voltagem, também recarregáveis que tinham o formato de pequenos tanques, também chamados de “mods”, pois os usuários passaram aqui a poder modificar as substâncias desses tanques.


Atualmente, os modelos atuais são os de 4ª geração, chamados de “pods”. São recarregáveis ou descartáveis e se assemelham a um pen-drive. Muitos utilizam sais ácidos de nicotina, que oferece uma maior concentração de nicotina para o cérebro e, consequentemente, gera uma maior dependência nos usuários. Além disso, nos últimos anos os modelos passaram a ser mais coloridos e a apresentar formatos que apelam mais para o público jovem.


"Os modelos anteriores de primeira e segunda geração não traziam o conforto em termos de oferta de nicotina que esses produtos mais novos e tecnológicos trazem. Esses últimos são os que dão de fato uma satisfação. Isso porque eles tem uma capacidade de oferta de nicotina maior", pontua Scholz.


"Então hoje a gente vê novos usuários e pessoas que quando fazem a transição percebem um consumo maior e querem parar de fumar, mas não conseguem".

4) Quais são os principais riscos para a saúde?

A nicotina, principal agente químico de todos cigarros, é altamente viciante e sua dependência leva a uma doença chamada de tabagismo.


Segundo o INCA, ela pode resultar em 50 outras diferentes doenças, dentre vários tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia), doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias) e doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses), entre outras.


A estimativa é que 157 mil pessoas morram por ano no Brasil devido à essas doenças.


Em relação aos cigarros eletrônicos especificamente, enfermidades também estão relacionadas diretamente ao uso destes aparelhos. Somente em 2020, os EUA confirmaram um surto de 2.807 casos de lesão pulmonar associada ao uso desses produtos para fumar.


A doença, chamada de EVALI, sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico, causava dificuldades para respirar, fadiga, febre, náuseas, entre outros sintomas. Sessenta e oito mortes decorrentes dessa doença também foram registradas à época.


Segundo as autoridades americanas, esses casos estavam predominantemente ligados a pessoas que modificaram seus aparelhos, principalmente com derivados da maconha.


"Muitos casos são subnotificados. A gente não sabe na totalidade quantos estão fumando [os cigarros eletrônicos], qual a abrangência disso, mas sabemos que isso se encaminha para um desastre", diz Jonatas Reichert, ex-coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

No Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), três casos foram diagnosticados em 2019. No mesmo ano, a Anvisa criou um formulário para que médicos pudessem notificar à agência casos de uma pneumonia aguda relacionada ao uso destes dispositivos.


Desde dezembro de 2019 até março deste ano, a Anvisa recebeu sete notificações referentes a doenças relacionadas ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar. A mais recente foi feita em fevereiro de 2020, logo antes da pandemia. Destas notificações, três indicam a ocorrência de internação e duas indicaram a presença de sequelas após a alta do paciente.


5) Os cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar?

Há uma controvérsia na comunidade científica quanto a isso. Nos EUA, embora aprovados comercialmente, os cigarros eletrônicos não são classificados como uma ferramenta de auxílio para aqueles que querem parar de fumar.


No entanto, o CDC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país, considera que os cigarros eletrônicos podem ajudar adultos (exceto grávidas) que fumam se forem usados como um substituto completo para todos os cigarros e produtos baseados em tabaco.


O problema é que a maioria dos usuários adultos não utilizam o produto para parar de fumar. Em vez disso, fazem o uso tanto do cigarro comum quanto do eletrônico. Além disso, esse último é cada vez mais uma porta de entrada para os jovens no mundo todo que nunca foram expostos ao cigarro comum.


"Existe muitos estudos científicos que provam que tudo isso faz mal, o cigarro eletrônico não participa de um processo para a pessoa parar de fumar. Ela vai fumar o cigarro eletrônico e vai continuar com cigarro habitual. E as crianças o adolescentes estão fumando cigarro eletrônico e nunca tinham fumado outro antes", critica Reichert.


6) Como será o processo na Anvisa?

A Anvisa debate a regulamentação dos DEF desde 2019, quando houve a abertura do processo regulatório e a realização de audiências públicas sobre o tema.


Uma normativa da agência proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar desde 2009. O processo de agora visa atualizar ou não as normas tendo em vista que o cenário atual mudou bastante.


Nos últimos anos, conforme cita o próprio relatório parcial da agência, houve uma explosão dos usos desses produtos e um forte marketing dirigido a jovens e adolescentes.


Assim, a entidade regulatória poderá adotar três caminhos:


Alternativa 1 - A Anvisa mantém o texto e as proibições estabelecidas pela normativa RDC nº 46/2009, sem a implementação de novas ações.

Alternativa 2 - A Anvisa mantém as proibições da RDC aprimorando as normativas e implementando ações adicionais, como campanhas educativas, melhorias na fiscalização pela Internet, fronteiras e pontos de venda. Segundo o relatório parcial divulgado esta semana, essa é a alternativa sugerida, pois ela impacta positivamente a proteção da população, em especial de crianças e adolescentes. Porém, é importante ressaltar aqui que esse relatório não representa qualquer decisão por parte da Anvisa. As decisões da Diretoria Colegiada, órgão máximo da Anvisa, ocorrerão em etapas posteriores.

Alternativa 3 - A Anvisa permite a fabricação, importação e comercialização dos dispositivos eletrônicos para fumar, revogando as proibições da RDC nº 46/2009.

7) O que dizem os especialistas sobre o processo na Anvisa?

A médica Liz Maria de Almeida destaca que a alternativa sugerida no relatório parcial da Anvisa, pela manutenção das proibições da RDC e implementação de novas ações de fiscalização, é o caminho a se seguir. Ela argumenta que não "dá pra ficar do jeito que está" tendo em vista que a intensificação do comércio irregular nos últimos anos exige um aprimoramento das normativas.


"A gente tá vendo uma turma que tinha parado de fumar voltando a fumar por conta de entrar em contato novamente com a nicotina através desses eletrônicos e a gente não tem nenhuma evidência de que esse esse produto ajuda as pessoas a parar de fumar e muito menos que ele é seguro", pontua a coordenadora do INCA.

Jaqueline Scholz também concorda com sua colega e acrescenta que, caso a alternativa seja pela revisão mais rigorosa das normativas de proibição, isso irá proteger a saúde da maioria das pessoas, principalmente aquelas de baixa renda.


"Aprovar esses produtos seria um retrocesso, principalmente produtos com essas características de alta dependência", destaca.


Já Jonatas Reichert avalia que as ações e multas atuais aplicadas parecem não inibir o comércio e a importação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. "A gente vê a comercialização pela internet de uma forma muito intensa e uma influência muito grande dos jovens", diz.


Por isso, o médico também acredita que seja necessária uma revisão das normativas de fiscalização e acrescenta que só vislumbra uma solução possível.


"A comunidade científica e de saúde pública brasileira, só espera uma coisa da Anvisa: que ela não libere a comercialização [dos DEF] no Brasil e que ela exerça seu papel de proteger a saúde da população brasileira", acrescenta.

8) O que dizem os fabricantes?

A Philip Morris Brasil e a BAT Brasil (antiga Souza Cruz), duas das maiores empresas de tabaco do mundo, disseram que acompanham o processo da Anvisa e esperam que a agência regulamente em breve a comercialização dos DEF no país.


A Philip Morris Brasil também disse que continuará contribuindo com o processo e dialogando com as autoridades sanitárias e que a ausência de combustão e de fumaça desses aparelhos “reduz a quantidade de compostos tóxicos”.


Já a BAT Brasil apontou que a indicação do relatório preliminar da Anvisa, pela não liberação dos cigarros eletrônicos, vai “na contramão de dezenas de países onde a discussão do tema está mais avançada ou já regulamentada”, mas que avalia como positiva a abertura do formulário técnico desta segunda.


O g1 também entrou em contato com a Japan Tobacco International, que não respondeu aos nossos questionamentos.


Veja, abaixo, a nota das empresas, na íntegra.


Nota da Philip Morris Brasil:


A Tomada Pública de Subsídios aberta pela ANVISA nesta quarta-feira (06/4) representa mais um passo no processo de revisão da regulamentação dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). A Philip Morris Brasil (PMB) continuará contribuindo com esse processo e dialogando com as autoridades sanitárias brasileiras.


Até o momento, os documentos apresentados à ANVISA demonstram a diferença entre o produto de tabaco aquecido da Philip Morris e os cigarros eletrônicos comercializados ilegalmente no Brasil. Além disso, mostram como a ausência de combustão e de fumaça reduz a quantidade de compostos tóxicos na comparação com o cigarro.


Por esses motivos, o produto de tabaco aquecido da Philip Morris já é comercializado em 71 mercados ao redor do mundo, com a adesão de 15,3 milhões de adultos que decidiram abandonar o cigarro. A expectativa é que, no futuro, esse produto também possa estar à disposição dos 20 milhões de adultos fumantes brasileiros, para que possam contar com alternativas menos tóxicas do que o cigarro.


Nota da BAT Brasil:


A BAT Brasil (ex-Souza Cruz) está analisando o conteúdo do Relatório Preliminar de Análise de Impacto Regulatório para os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs, vaporizadores e produtos de tabaco aquecido), construído e divulgado pela Anvisa. É de se notar que a área técnica da Agência indicou pela inviabilidade de discutir a legalização desses dispositivos, indo na contramão de dezenas de países onde a discussão do tema está mais avançada ou já regulamentada, como é o caso dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão, Nova Zelândia e União Europeia. Como o próprio nome indica, trata-se de um relatório preliminar.


Entendemos por outro lado ser positivo o fato de a Agência ter publicado que abrirá espaço para contribuições da sociedade, algo fundamental em um tema tão relevante. Por ser uma empresa de atuação global, inclusive comercializando esses produtos nos mercados em que já foi regulamentado, a BAT Brasil participará do debate oferecendo sua contribuição e espera que a decisão final da Agência reconheça as evidências existentes no sentido de regulamentar, dando a possibilidade a adultos fumantes de adquirirem alternativas legais aos cigarros, como já ocorre ao redor do mundo.


Fonte: g1

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Os microchips que permitem pagamento com a mão

O holandês Patrick Paumen, de 37 anos, causa rebuliço sempre que paga por algo em uma loja ou restaurante.


Uma mulher pagando sua refeição em um café usando um chip de pagamento sem contato implantado em sua mão — Foto: PIOTR DEJNEKA


Ele não precisa usar dinheiro, cartão de banco ou celular para pagar. Em vez disso, ele simplesmente coloca a mão esquerda perto do leitor de cartão e o pagamento é realizado.


"As reações que recebo dos caixas são impagáveis", diz Paumen, que trabalha como guarda de segurança.


Ele consegue pagar usando apenas sua mão porque em 2019 ele teve um microchip de pagamento injetado sob a pele.


"O procedimento dói tanto quanto quando um beliscão na pele", diz Paumen.


A primeira vez que um microchip foi implantado em um ser humano foi em 1998, mas foi apenas na última década que essa tecnologia ficou disponível comercialmente.

A empresa anglo-polonesa Walletmor diz que se tornou, no ano passado, a primeira empresa a colocar à venda chips de pagamento implantáveis.


Paumen tem um chip sob a pele da mão esquerda que acende quando entra em contato próximo com uma máquina de pagamento — Foto: PATRICK PAUMEN


"O implante pode ser usado para pagar uma bebida na praia do Rio, um café em Nova York, um corte de cabelo em Paris — ou no supermercado local", diz o fundador e presidente-executivo Wojtek Paprota. "Ele pode ser usado onde quer que pagamentos sem contato sejam aceitos."


O chip de Walletmor, que pesa menos de um grama e é pouco maior que um grão de arroz, é composto por um minúsculo microchip e uma antena envolta em um biopolímero — um material de origem natural, semelhante ao plástico.

Paprota diz que o chip é totalmente seguro, tem aprovação regulatória e funciona imediatamente após ser implantado. Também não requer bateria ou outra fonte. A empresa diz que já vendeu mais de 500 chips.


A tecnologia que a Walletmor usa é a comunicação de campo próximo ou NFC, em inglês - o sistema de pagamento por aproximação em smartphones. Outros implantes de pagamento são baseados em identificação por radiofrequência (RFID), que é a tecnologia similar normalmente encontrada em cartões de débito e crédito físicos por aproximação.


Para muitos de nós, a ideia de ter um chip implantado em nosso corpo é horrível, mas uma pesquisa de 2021 com mais de 4 mil pessoas no Reino Unido e na União Europeia descobriu que 51% considerariam fazer um implante.


Um raio-x mostrando um implante Walletmor, que é injetado na mão de uma pessoa após um anestésico local — Foto: WALLETMOR


No entanto, sem fornecer uma porcentagem, o relatório acrescentou que "questões de invasão e segurança continuam sendo uma grande preocupação" para os entrevistados.


Paumen diz que não tem nenhuma dessas preocupações.


"Os implantes de chip contêm o mesmo tipo de tecnologia que as pessoas usam diariamente", diz ele, "desde chaveiros a destrancar portas, cartões de transporte público como o cartão Oyster [do transporte público de Londres] ou cartões bancários com função de pagamento sem contato."


"A distância de leitura é limitada pela pequena bobina da antena dentro do implante. O implante precisa estar dentro do campo eletromagnético de um leitor RFID [ou NFC]. Somente quando há um acoplamento magnético entre o leitor e o transponder o implante pode ser lido."


Ele acrescenta que não está preocupado em ter seu paradeiro rastreado.


"Os chips RFID são usados ​​em animais de estimação para identificá-los quando estão perdidos", diz ele. "Mas não é possível localizá-los usando um implante de chip RFID — o animal desaparecido precisa ser encontrado fisicamente. Então todo o corpo é escaneado até que o implante de chip RFID seja encontrado e lido."


No entanto, o problema com esses chips (e o que causa preocupação) é se no futuro eles se tornarão cada vez mais avançados e cheios de dados privados de uma pessoa. E se essas informações são seguras e se uma pessoa pode de fato ser rastreada.


Theodora Lau diz que no futuro precisaremos saber qual o limite dos implantes — Foto: THEODORA LAU


A especialista em Tecnologia Financeira, Theodora Lau, é coautora do livro Beyond Good: How Technology Is Leading A Business Driven Revolution (Além do Bem: Como a Tecnologia Está Liderando uma Revolução Impulsionada pelos Negócios, em tradução livre).


Ela diz que os chips de pagamento implantados são apenas "uma extensão da internet das coisas". Ou seja, trata-se de uma nova maneira de conectar e trocar dados.


No entanto, embora ela diga que muitas pessoas estão abertas à ideia — pois tornaria o pagamento das coisas mais rápido e fácil — o benefício deve ser ponderado com os riscos. Especialmente na medida em que os chips comecem a carregar mais informações pessoais.


"Quanto estamos dispostos a pagar por conveniência?" ela diz. "Onde traçamos a linha quando se trata de privacidade e segurança? Quem protegerá a infraestrutura crítica e os humanos que fazem parte dela?"


Nada Kakabadse, professora de Política, Governança e Ética na Henley Business School da Reading University, também é cautelosa sobre o futuro de chips mais avançados.


"Existe um lado sombrio da tecnologia que tem potencial para abuso", diz ela. "Para aqueles que não amam a liberdade individual, abre novas e sedutoras visões de controle, manipulação e opressão. E quem é o dono dos dados? Quem tem acesso aos dados? E é ético colocar chip em pessoas como fazemos com animais de estimação?"


O resultado, ela adverte, pode ser "o desempoderamento de muitos para o benefício de poucos".


Steven Northam, professor de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Winchester, diz que as preocupações são injustificadas. Além de seu trabalho acadêmico, ele é o fundador da empresa britânica BioTeq, que fabrica chips implantados wireless desde 2017.


Seus implantes são voltados para pessoas com deficiência que podem usar os chips para abrir portas automaticamente.


"Temos consultas diárias", diz ele, "e realizamos mais de 500 implantes no Reino Unido — mas a covid causou alguma redução na procura".


"Essa tecnologia é usada em animais há anos", argumenta. "São objetos muito pequenos e inertes. Não há riscos."


Paumen também tem ímãs implantados em seus dedos — Foto: PATRICK PAUMEN


Na Holanda, Paumen se descreve como um "biohacker" — alguém que coloca pedaços de tecnologia em seu corpo para tentar melhorar seu desempenho. Ele tem 32 implantes no total, incluindo chips para abrir portas e ímãs embutidos.


"A tecnologia continua evoluindo, então continuo colecionando mais", diz ele. "Meus implantes aumentam meu corpo. Eu não gostaria de viver sem eles", diz ele.


"Sempre haverá pessoas que não querem modificar seus corpos. Devemos respeitar isso — e eles devem nos respeitar como biohackers."


Fonte: BBC

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Garimpeiros exigem sexo com meninas e mulheres Yanomami em troca de comida, aponta relatório

Garimpeiros exigem sexo com meninas e mulheres indígenas como moeda de troca por comida na Terra Yanomami. É o que aponta o relatório da Hutukara Associação Yanomami (Hay), divulgado nesta segunda-feira (11).


Povo Yanomami é considerado de recente contato — Foto: Valéria Oliveira/g1


As informações foram antecipadas pelo jornal "O Globo" neste domingo (10). O documento traz relatos de indígenas, pesquisadores e antropólogos, e mostra que ao menos três adolescentes, de até 13 anos, ficaram doentes e morreram em 2020 após os abusos praticados pelos garimpeiros.


"Elas eram novas, tendo apenas tido a primeira menstruação. Após os garimpeiros terem provocado a morte dessas moças, os Yanomami protestaram contra os garimpeiros, que se afastaram um pouco. As lideranças disseram para eles [garimpeiros] que estando tão próximos, se comportam muito mal.”, diz o relato de uma pesquisadora indígena após conversa com uma mulher Yanomami.


Na região do Rio Apiaú, os moradores relataram à Hutukara que um garimpeiro que explora a região ofereceu drogas e bebidas aos indígenas e, quando todos já estavam bêbados, estuprou uma das crianças da comunidade.


Há também a denúncia de um “casamento” arranjado de uma adolescente Yanomami com um garimpeiro, com a promessa de pagamento de mercadoria, que nunca foi cumprida.


Para Dário Kopenawa, vice-presidente da Hay, o governo precisa avaliar as ações adotadas até hoje, pois muitas operações de combate ao garimpo "não surtiram efeitos".


“Esse documento mostra a realidade que estamos vivendo e suas consequências, de muita violência e vulnerabilidade. O meu povo está sofrendo. Pedimos o apoio da população para se unir ao nosso grito de socorro para a retirada imediata dos garimpeiros do nosso território”, disse Dario Kopenawa.


O g1 procurou o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Saúde e a Fundação Nacional do Índio (Funai) e aguarda retorno.


Avanço do garimpo e explosão da malária


Crianç Yanomami sendo pesada em Xaruna: 8 anos e 11 Kg - o ideal para a idade seria 20 Kg — Foto: Alexandro Pereira/Rede Amazônica


A Terra Indígena Yanomami é a maior reserva do país, com mais 10 milhões de hectares distribuídos no Amazonas e Roraima, onde fica a maior parte. São mais de 28,1 mil indígenas que vivem na região, incluindo os isolados, em 371 aldeias. Além da destruição ambiental, a presença do garimpo também provoca a disseminação de doenças e desnutrição.


O relatório revela que em 2021, o garimpo ilegal avançou 46% em comparação com 2020. No ano passado, já havia um salto de 30% em relação ao período anterior. De 2016 a 2020, o garimpo na Terra Yanomami cresceu 3.350%, conforme o estudo.


O número de comunidades afetadas diretamente pelo garimpo ilegal soma 273, abrangendo mais de 16 mil pessoas.


“A extração ilegal de ouro [e cassiterita] no território Yanomami trouxe uma explosão nos casos de malária e outras doenças infectocontagiosas, com sérias consequências para a saúde e para a economia das famílias, e um recrudescimento assustador da violência contra os indígenas”, diz a Hutukara.


Em novembro do ano passado, reportagem do Fantástico (TV Globo) e o g1 (assista abaixo) mostrou a grave situação da saúde na Terra Yanomami. Em uma das comunidades, a Xaruna, equipe encontrou uma das piores situações dentro da reserva indígena, com dezenas de crianças desnutridas e com sintomas de malária.


O monitoramento começou a ser feito em outubro de 2018, e a área total destruída pelo garimpo somava cerca de 1,2 mil hectares, com maior concentração nos rios Uraricoera e Mucajaí.


De lá até 2021, a área impactada dobrou e atingiu em em dezembro passado o total de 3.272 hectares, segundo a Hay. O crescimento, conforme o relatório, foi acentuado principalmente a partir do segundo semestre de 2020, coincidindo com o avanço da Covid-19 na região.


Posto de saúde próximo ao garimpo ilegal em foto publicada por Dario Kopenawa — Foto: Reprodução/Instagram/Dario Kopenawa


A imagem de uma cratera a céu aberto (veja acima) causada pelo garimpo ilegal, ameaçando a estrutura da Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Homoxi, mostra o avanço da atividade garimpeira, cada vez mais próxima das comunidades. A foto foi divulgada por Dário Kopenawa numa rede social.


O relatório da Hay também mostra que, o polo de Homoxi não é o único. Dos 37 polos de saúde existentes na Terra Indígena, 18 possuem registro de desmatamento relacionado ao garimpo.


Registros aéreos mostram destruição

No final de janeiro de 2022, a Hutukara realizou registros aéreos para o relatório, que mostram a proximidade do garimpo das comunidades indígenas e, além da enorme destruição da floresta, a poluição dos rios e o flagrante de aeronaves, helicópteros e outros equipamentos usados na atividade ilegal.


Fonte; g1

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INSS altera regras para análise e concessão de aposentadorias e outros benefícios; entenda

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou no final de março novas regulamentações para conduzir o trabalho dos servidores na análise dos requerimentos de benefícios, recursos e revisões. Trata-se de uma tentativa de diminuir a fila de espera de segurados por análise de seus pedidos e reconhecimento de seus direitos previdenciários.


INSS — Foto: Divulgação


De acordo com Paulo Bacelar, diretor do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), as normas são uma atualização da Instrução Normativa 77, de 2015, para reunir as inúmeras mudanças de leis e reformas na operacionalização dos benefícios no período.


A Instrução Normativa 128/22, publicada em 29 de março no Diário Oficial da União, inclui, em mais de 670 artigos, as regras para a análise minuciosa dos requerimentos. Além disso, foram publicadas 10 portarias complementares. Clique para ver o conteúdo de cada uma:


Portaria 990 - CNIS

Portaria 991 - dependentes

Portaria 992 - manutenção de benefícios

Portaria 993 - processo administrativo previdenciário

Portaria 994 - acumulação de benefícios

Portaria 995 - acordos internacionais no âmbito da área de benefício do INSS

Portaria 996 - procedimentos e rotinas de recurso no âmbito da área de benefícios

Portaria 997 - revisão de benefícios

Portaria 998 - compensação previdenciária

Portaria 999 - procedimentos e rotinas de reabilitação profissional

Entre as principais mudanças levantadas pelo IBDP nos normativos publicados estão:


Mudança no PPP


Mudança no formulário PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), principal documento para conseguir aposentadoria especial, que exclui a exigência de monitoração biológica e carimbo com CNPJ e cargo de quem assinou o formulário, desde que tenha nome e CPF do responsável. Isso pode causar o retorno dos PPPs que já foram preenchidos para que sejam retificados.


União estável


Na questão da prova da união estável, antes eram exigidos dois documentos para comprovar a união no intervalo dos 24 meses anteriores ao óbito. Com a mudança, é permitida a apresentação de um documento apenas. Já a segunda prova poderá se dar por meio de justificação administrativa. Ou seja, uma prova é suficiente para que seja feito o procedimento de justificação administrativa que prova a união estável.


A justificação administrativa é um procedimento que tem a finalidade de suprir a falta ou insuficiência de documento ou fazer prova de fato ou circunstância perante o INSS.


Contribuinte individual


O segurado contribuinte individual terá direito à prorrogação do prazo para manutenção da qualidade de segurado por mais 12 meses (além dos 12 que já tem), caso consiga comprovar a situação de desemprego ou impossibilidade de atuar como autônomo.


É o chamado "período de graça", no qual os segurados podem ficar sem contribuir para a Previdência sem perder o direito aos benefícios do INSS.


Benefício entra na contagem


O período usufruído durante a concessão do benefício por incapacidade previdenciário (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) será contado como tempo de contribuição, caso seja intercalado com períodos de atividade ou contribuições.


De acordo com o IBDP, esse entendimento é mais favorável que o da Justiça, que só aceita período intercalado se for atividade remunerada.


Contagem do auxílio-doença para aposentadoria


O período de afastamento durante o recebimento do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) pelo segurado que exercia atividade com exposição a agentes nocivos (atividade especial) não será considerado como tempo especial até 30/06/2020. Isso pode dificultar a obtenção da aposentadoria especial.


De acordo com o IBDP, a decisão contraria o Tema 998, firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconhece esse período como especial.


Manutenção da qualidade de segurado


O prazo de 12 meses de manutenção de qualidade de segurado só será acrescido de mais 12 meses se o segurado tiver mais de 120 contribuições (10 anos). Mas se perder a qualidade de segurado, só tem direito a esse prazo de 12 meses a mais se completar mais de 120 meses (10 anos) de contribuição novamente.


Herdeiros privados de melhorar benefício


Os herdeiros não poderão exercer atos de cunho pessoal do falecido, ou seja, não terão direito a mexer em qualquer pedido ao INSS do segurado que morreu.


Isso vale para requerimentos em fase de recurso como desistência de benefício para obter outro mais vantajoso, além de complementação de contribuições ou reafirmação de Data de Entrada do Requerimento (DER) para também conseguir o melhor benefício.


Poucos avanços e maior judicialização, avaliam advogados

Para o IBDP, a nova instrução normativa interpretou regras que já estavam valendo antes. As principais mudanças são em relação às normas referentes aos benefícios. Já os procedimentos não tiveram grandes alterações.


Para Alexandre Triches, diretor de processo administrativo do IBDP, as regras avançam pouco em relação ao que já existia, e o que avança não altera o necessário. “O que foi alterado está distante de uma redação ideal”, diz.


Adriane Bramante, presidente do IBDP, destaca que alguns temas foram tão resumidos que acabaram desconfigurados, como os relacionados a direito processual previdenciário.


“Há também partes em que o texto antigo trazia por exemplo ‘dever do INSS de pedir ao segurado o documento faltante’ e foi alterado para ‘obrigação do segurado trazer o documento indispensável ao processo’. Isso dá a ideia de que a responsabilidade passa a ser do segurado e não mais do servidor”, aponta.


A reafirmação da Data de Entrada do Requerimento (DER), que possibilita a mudança da data de pedido para obter o melhor benefício, é um dos pontos mais frágeis do texto, onde o INSS acaba interferindo nas questões recursais, destaca o IBDP.


Outro tópico importante tem relação com o pedido de revisão, que passou a exigir a análise de todo o processo. Para Adriane, é preciso ter cuidado, pois a reinterpretação na hora da revisão pode ser outra.


O PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), principal documento para conseguir aposentadoria especial, também pede atenção. Além de o formulário ter sido alterado, é exigido no documento o CPF de quem assinou.


“Isso pode causar o retorno dos PPPs que já foram preenchidos para que sejam retificados. Esta é uma exigência que poderia ter sido suprimida, já que o INSS pode ter acesso a esta informação com o cruzamento de dados”, acrescenta a advogada.


"Era esperada a internalização de inúmeros temas, o que não aconteceu. Um exemplo está no tempo de auxílio-doença como tempo especial, que se consegue na Justiça (Tema 998 do STJ), mas não na via administrativa. Isso gera judicialização, porque já existe decisão favorável em recurso repetitivo", informa o IBDP.


“Já existe um acordo entre o INSS, AGU [Advocacia-Geral da União], CJF [Conselho da Justiça Federal] e STJ para desjudicialização. Mas a instrução normativa não traz esse espírito colaborativo. Tal decisão pode até diminuir a fila do INSS, mas pode levar essa fila para a Justiça, o que custará mais caro para o brasileiro”, ressalta a presidente do IBDP.


Fonte: g1

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Helicóptero cai em Contagem, na Grande BH; duas pessoas são resgatadas com vida

Um helicóptero caiu em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (11).


Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas estavam na aeronave. Eles foram socorridos conscientes 


O acidente ocorreu no bairro Chácara Boa Vista, ao lado da Efai – Escola de Aviação Civil, dona da aeronave. Ainda não há informações sobre as causas da queda.


De acordo com os bombeiros, por volta das 9h10, a aeronave ainda tinha risco de explodir, mas não havia chamas.


“O acidente aconteceu no momento da decolagem. A aeronave, aparentemente, perdeu potência, e ela acabou colidindo com o caminhão-baú. Depois colidindo ao solo. O piloto parece que reduziu um pouco a potência, então não teve muita energia na queda. Não teve ignição, não teve nenhuma combustão, e os ocupantes foram retirados sem maiores intercorrências”, disse o tenente Rodrigo Munaiee.


Helicóptero, prefixo PR-EFC, caiu em Contagem, na Grande BH — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo


Equipes de resgate foram mobilizadas para socorrer ocupantes de helicóptero — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo


Sobreviventes resgatados conscientes

Segundo Munaiee, um dos ocupantes foi socorrido pelo helicóptero dos bombeiros, e o outro, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os dois foram levados para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.


Roberto Carlos Belmiro estava no helicóptero que caiu em Contagem e foi resgatado com vida — Foto: Efai/ Reprodução


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, as vítimas são o piloto Roberto Carlos Belmiro, de 59 anos, e Alexandre Mitkiewicz, cuja idade não foi informada.


Segundo a escola de aviação dona do helicóptero, Alexandre estava fazendo um curso com Roberto, em um voo de treinamento (leia mais a seguir).


Após o acidente, os militares isolaram o local e fizeram a retirada da bateria da aeronave para minimizar os riscos.


Batida em caminhão

O motorista Ronaldo Gerônimo havia acabado de estacionar seu caminhão quando o acidente aconteceu. O helicóptero acabou colidindo contra o veículo dele.


Por sorte, ele já estava do lado de fora no momento em que o caminhão foi atingido. O baú refrigerado, que está carregado com chocolates, ficou danificado.


Ronaldo Gerônimo teve caminhão atingido por helicóptero; por sorte, ele estava do lado de fora — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo


Características do helicóptero

Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o helicóptero, um Guimbal Cabri G2, pertence à Efai, uma escola de aviação, e foi fabricado em 2015.


A aeronave comporta até 700 kg e pode levar apenas um passageiro. Ela possui um Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até janeiro de 2023 e situação normal de aeronavegabilidade.


O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) disse foi acionado e que seus investigadores vão identificar indícios, fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, ouvir relatos de testemunhas, reunir documentos, etc. "Não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência".


O que diz a escola de aviação

Os representantes da Efai, dona do helicóptero, foram procurados e falaram que se posicionariam por meio de uma nota.


Em seu comunicado, divulgado às 12h30, a escola diz que se tratava de um voo de treinamento e que o problema que causou a queda da aeronave ainda não foi identificado.


A Efai também diz que o helicóptero sofreu danos graves, mas seus ocupantes tiveram apenas ferimentos leves.


Leia a nota na íntegra:


"A EFAI – Escola de Aviação Civil Ltda. vem, com pesar, passar as informações disponíveis no momento a respeito do acidente ocorrido na manhã de hoje (11/04/2022) com uma de suas aeronaves.


A aeronave, um Cabri G2 (PR-EFC), de propriedade da Escola decolou do heliponto EFAI (SNHN) por volta das 08h35 para um voo de treinamento, tendo a bordo o Cmt. Alexandre Mitkiewicz, aluno do Curso de PPH (Piloto Privado de Helicóptero); e o Cmt. Roberto Carlos Belmiro, Instrutor da EFAI.


Logo após a decolagem, por problema ainda não identificado e que será fruto de investigação pelo órgão competente, a aeronave não obteve o ganho de altura esperado. o instrutor buscou, então, efetuar um pouso de precaução no pátio de uma transportadora localizada no eixo de decolagem. A aeronave entrou em giro e, antes do choque com o solo, colidiu com sua cauda em um dos caminhões estacionados no pátio.


A aeronave sofreu danos graves. A integridade física dos ocupantes, no entanto, foi preservada graças às características anti-crash do Cabri. Tanto aluno quanto instrutor sofreram apenas ferimentos leves, tendo sido retirados conscientes da aeronave e, posteriormente, sido removidos para o Hospital João XXIII para exames mais detalhados.


O Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA III foi informado e está preparando uma equipe para se deslocar do Rio de Janeiro (sua sede) para Contagem com o objetivo de realizar a ação inicial no local do acidente, atividade que deverá ocorrer amanhã. A EFAI providenciou a guarda do local como forma se preservar indícios que certamente irão auxiliar na investigação. Após essa ação inicial, segue-se a investigação conduzida por uma Comissão formada por oficiais, graduados e técnicos do SERIPA III visando levantar os fatores contribuintes para o acidente, com vistas à prevenção de outros semelhantes.


A aeronave está com seu certificado de aeronavegabilidade válido e estava sendo operada dentro dos limites de peso e balanceamento para as condições ambientes reinantes no momento do acidente. Os pilotos estão com as respectivas habilitações e certificado médico aeronáutico também válidos.


Merece destaque a pronta resposta dos órgão acionados pelo PRE (Plano de Resposta à Emergências) da EFAI. Ao ser informada a ocorrência ao APP-BH (Centro de Controle de Aproximação de Belo Horizonte – Órgão do Departamento de Controle de Tráfego Aéreo), este desencadeou as ações de atendimento à emergência, prontamente atendidas pelo Corpo de Bombeiros, também acionado pela Coordenação do Centro de Gerenciamento de Crise da EFAI. Em poucos minutos chegaram ao local uma ambulância do Corpo de Bombeiros e uma aeronave do BOA – Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de MG. Também estiveram presentes no local duas ambulâncias do SAMU, que foi acionado pelo pessoal da transportadora logo após a queda da aeronave. Em conjunto, as Unidades presentes prestaram o atendimento pré-hospitalar aos tripulantes, provendo também todo o apoio necessário à sua posterior remoção.


A EFAI encerra essa nota reforçando sua crença de que o nível de Segurança de Voo das aeronaves em geral, e dos helicópteros em particular é, significativamente, dependente da formação inicial do piloto. E, dessa forma, reforça também a importância que a Segurança de Voo sempre teve, e continuará tendo, em suas operações."


Fonte: g1

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