sábado, julho 09, 2022

Gasto médio em viagens para o RN é o quarto maior do Brasil, diz IBGE

O gasto médio em viagens que tem o Rio Grande do Norte como destino foi o quarto maior do Brasil em 2021.


Morro do careca — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


É o que aponta a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Anual 2020-2021 com resultados sobre o turismo, que foi divulgada nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.


De acordo com a pesquisa, o valor médio gasto por turistas em viagens ao estado foi de R$ 1.922 por viajante em 2021.


Na região Nordeste, o estado fica atrás de Pernambuco (R$ 2.265) e Alagoas (R$ 2.123).

O PNAD indica ainda que, entre as pessoas com faixa de renda de até meio salário mínimo, o gasto médio em viagens ao RN foi o segundo menor do país, com R$ 272, à frente apenas do Sergipe (R$ 221).



Já entre aqueles com renda de quatro ou mais salários mínimos, a média de gastos foi de R$ 2.210, o que significa a segunda menor, superando apenas a Paraíba (R$ 1.554).


RN como origem

Quando o Rio Grande do Norte foi a origem da viagem, o gasto médio total foi de R$ 987, o terceiro maior entre os estados do Nordeste, atrás de Sergipe (R$ 1.293) e Piauí (R$ 1.028).


Segundo o IBGE, a totalidade de viagens com origem no RN foi de 184 mil, o que significou apenas 1,5% do total do país em 2021.


No Nordeste, essa proporção superou Alagoas e Sergipe (ambos com 1,1%). A maior na região ficou por conta da Bahia (8,1%).


RN cai para 15º entre destinos nacionais

O Rio Grande do Norte foi, em 2021, o 15º destino de viagens nacionais entre todos os estados do Brasil. Em 2020, o estado potiguar era o 11º no ranking.


Ao todo, em 2021, o estado recebeu 246 mil viagens, o que representou cerca de 2% das viagens com origem e destino dentro do Brasil.

Em números absolutos, segundo o IBGE, o total vem caindo desde 2019, quando o estado registrou 398 mil. Depois, em 2020, foram 374 mil viagens. A redução ao longo desses anos também ocorreu nacionalmente, aponta o órgão.



Viagens de avião por potiguares caem 60%

O meio de transporte mais usado para viajar em 2021 pelos potiguares foi carro particular ou de empresa (107 mil) e ônibus de excursão, fretado, turismo (27 mil). O menos utilizado foi motocicleta (6 mil). A pesquisa é referente ao período entre 2019 e 2021.


Desde 2019, os meios de transporte que mais caíram foram o ônibus de excursão (92%) e outros meios (72%) - tendo como exemplo trem, navio, carro alugado, táxi e aplicativo de transporte.

Já o avião foi o terceiro meio que mais diminuiu, com queda de 60%. Em 2019, foram 43 mil viagens realizadas. Já em 2021, esse número foi de 17 mil.


Em relação aos ônibus de turismo, em 2021 tiveram apenas 2 mil viagens, o segundo menor número em todo o país, atrás apenas do Acre (1 mil).


Tipos de viagens e hospedagens

Em 2021, o RN registrou 186 mil viagens realizadas pelos moradores dos domicílios do estado, divididas em 159 mil de caráter pessoal e 26 mil profissionais.


As viagens a trabalho, no entanto, caíram 76% no estado em comparação com o ano anterior (109 mil). E aquelas de finalidade pessoal caíram 55% desde 2019, quando eram 356 mil.



Casa de parente ou amigo foi a principal hospedagem de potiguares, mas imóvel por temporada cresceu 10 vezes em um ano.

Sem viagens

Aproximadamente 129 mil domicílios possuíam pessoas que declararam ter viajado e 1 milhão respondeu que não realizou viagem em 2021. São os menores números desde 2019 em viagens feitas e os maiores em viagens não realizadas nos domicílios potiguares.


Desde 2019, o motivo mais citado como responsável para não viajar foi “não ter dinheiro” seguido por “não ter necessidade”. Contudo, em 2020 e 2021 o motivo “não ter tempo” foi superado respectivamente por “outro” (não gostar de viajar, por exemplo) e “não ser prioridade”.


O principal local de hospedagem em 2019 das viagens realizadas pelos moradores dos domicílios do Rio Grande do Norte foi em “casa de amigo/parente” e “outro” (resort/imóvel de temporada ou AirBnB, hostel, camping, albergue).

Fonte: g1

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Após fortes chuvas, rio transborda e ruas e casas ficam alagadas em Canguaretama: 'Não sei como recomeçar', diz moradora

A subida de nível do Rio Curimataú, diante das chuvas que atingem o Rio Grande do Norte, trouxe uma série de transtornos para a população de Canguaretama, no Litoral Sul potiguar. A água invadiu a cidade, alagando casas e ruas.


Casas ficaram alagadas em Canguaretama; Maria da Conceição perdeu praticamente todos os móveis — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


De acordo com a Defesa Civil de Canguaretama, mais de 250 pessoas precisaram deixar as casas e muitas famílias perderam praticamente tudo o que tinham.


O trecho mais afetado é conhecido como conjunto Oceania. Nessa localidade, não ficou nenhuma casa ocupada - todas as famílias precisaram sair por conta do alagamento.


Rua ficaram alagadas em Caguaretama — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Uma dessas foi a dona de casa Maria da Conceição, que mora há 18 anos no local, com o marido e mais seis filhos. Ela conta que perdeu praticamente tudo por conta da água.


"Não sei como vou ter forças para recomeçar. Perdi muita coisa, meus móveis, meus eletrodomésticos, perdi minha história. A história da minha família está aqui dentro", lamentou.


Casas foram invadidas após rio transbordar em Canguaretama — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


As famílias estão sendo abrigadas em quatro colégios municipais e outras seguiram para casas de parentes. A prefeitura está utilizando caminhões para transportar os pertences das famílias que tiveram as casas atingidas pelo alagamento. Também foram usados ônibus escolares para retiradas das famílias.


"Desde as primeiras horas viemos aqui dar assistência às famílias desalojadas. Providenciamos caminhões para as mudanças, chamamos os bombeiros para trazer os botes e a assistência social também está aqui. Não tem mais ninguém nas casas. Muitas famílias perderam tudo", explicou o coordenador Defesa Civil de Canguaretama, Antônio Carlos.


Estado de emergência

Nesta sexta-feira (8), Canguaretama teve estado de emergência decretado pelo governo do Estado junto com mais de 10 municípios do RN.


A cheia do rio alagou, também, a BR-101, interditando o sentido Natal-João Pessoa, também na altura de Canguaretama.


Na cidade, imagens registradas por populares mostram um morador que precisou nadar para se locomover. Em outro registro, foi possível ver um morador transitando fazendo uso de um caiaque.


Canguaretama vive alagamento após cheia de rio por conta das chuvas — Foto: Reprodução


O município iniciou a campanha SOS Canguaretama, que visa arrecadação de recursos, alimentos, colchões, roupas e materiais de higiene pessoal. As doações podem ser feitas no Centro Pastoral do município.


A prefeitura colocou pontos de apoio para informações e abrigo para a população (veja abaixo). Em caso de dúvidas, mais informações devem ser buscadas pelos telefones (84) 99166-2967 ou pelo WhatsApp (84) 99916-1074.


Veja os pontos:


CENTRO


Escola Municipal Juarez Rabelo

Secretaria Municipal de Assistência Social

AREIA BRANCA


Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição

CRAS do Jiqui

PIQUIRI


Escola Municipal Anita Melo

Escola Municipal José Pereira

Escola Municipal Joana D'arc

CRAS Piquiri

BARRA DO CUNHAÚ


Escola Municipal Roberto Magalhães

Posto do Cadastro Único


Trecho alagado em Canguaretama — Foto: Sérgio Hernique Santos/Inter TV Cabugi

Eletrodomésticos e móveis sendo retirados das casas em Canguaretama — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Famílias deixam residências em Canguaretama — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Caminhão de mudança retira móveis de casas — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Famílias pegam carona em caminhão em Canguaretama para sair de áreas alagadas — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Trecho alagado em Canguaretama após cheia do rio — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Fonte: g1

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Governo decreta emergência em 15 cidades por causa das chuvas no RN; estado tem 3 mil desalojados

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou que vai declarar situação de emergência em 15 municípios do estado por causa dos efeitos causados pelas chuvas desde o início de julho. A situação se agravou nesta sexta-feira (8), com mais chuvas na Leste potiguar. A Defesa Civil estima 3 mil pessoas desalojadas.


Inicialmente, o número anunciado era de 14 cidades, mas o dado foi atualizado pelo governo por volta das 14h30.


A publicação do decreto foi confirmada no início da tarde desta sexta-feira (8) pela governadora Fátima Bezerra (PT). Ainda de acordo com ela, o documento deverá ser oficializado ainda nesta sexta-feira (8) em edição extra do Diário Oficial do Estado.



"Estamos oficiando tanto o Ministério da Defesa como o Ministério do Desenvolvimento Regional acerca dos impactos provocados pelas chuvas aqui no Rio Grande do Norte, solicitando apoio para que o estado possa chegar junto aos municípios, ajudar os municípios a enfrentarem esses impactos", declarou a governadora.


Casas alagadas em Barrêta, no município de Nísia Floresta, na Grande Natal — Foto: Geraldo Jerônimo/Inter TV Cabugi


Fátima ainda afirmou que o conversou com o Comando Militar do Nordeste e o Exército se colocou à disposição para colaborar com o estado, por meio de cessão de pessoal e máquinas. Uma comissão estadual foi formada para coordenar as ações e manter o diálogo com as forças armadas.


Segundo a Defesa Civil, o Exército disponibilizou pessoal, pontes modulares, caminhões, bombas e outros equipamentos de acordo com a necessidade encontrada pelas equipes estaduais em campo.


Em entrevista coletiva realizada no início da tarde desta sexta-feira (8), a Defesa Civil afirmou que o estado tem pelo menos 62 mil pessoas afetadas pelas chuvas no estado e cerca de 3 mil pessoas desalojadas, mas o número deverá aumentar nas próximas horas e dias.


"Esse número crescerá exponencialmente, porque ainda não estavam no primeiro grupo municípios como Nova Cruz, Montanhas, Várzea e Canguaretama. Neste momento, nosso principal foco e atenção está na calha do Rio Curimataú. Nós tivemos no fim de semana passado municípios mais afetados ao norte do litoral. Agora tivemos muito mais afetados ao Sul, pegando a região do Trairi e Agreste. A calha do Rio Curimataú está sobrecarregada em virtude do volume excessivo de chuva e as defesas civis estão retirando as pessoas para lugares seguros", declarou o coordenador da Defesa Civil, coronel Marcos Carvalho.


Governo do Rio Grande do Norte anunciou decreto de emergência abrangendo 14 cidades potiguares — Foto: Hudson Hélder/Cedida


Ainda de acordo com o coronel Carvalho, com a perspectiva é que a retirada de moradores de áreas afetadas pela cheia nos municípios de Canguaretama e Nova Cruz triplique o número de afetados pela situação.


"Com a retirada dessas pessoas desses locais, a tendência é que esse número, em virtude da extensão da área afetada, pelo menos triplique. Poderemos chegar a 180 mil pessoas afetadas. Como o desastre está em andamento, esses números têm a tendência de flutuar para cima, infelizmente", acrescentou.

Segundo a Defesa Civil, os municípios que terão situação de emergência decretada são:


Natal

Ceará-Mirim

São Gonçalo do Amarante

Macaíba

Parnamirim

Nísia Floresta

Extremoz

Touros

Nova Cruz

Canguaretama

Montanhas

Várzea

Espírito Santo

Pedro Velho

Tibau do Sul

Ainda de acordo com o governo, o número de cidades poderá aumentar, de acordo com o monitoramento que está sendo realizado. Segundo os órgãos de meteorologia do estado, a previsão é que o RN registre precipitações mais leves no fim de semana.


O governo também determinou reforço do pronto-atendimento à população, além de monitoramento das estradas estaduais, apoio técnico e operacional às defesas civis municipais e monitoramento das bacias hidrográficas.


A Defesa Civil ainda monitora a situação de áreas sujeitas a deslizamento de terra, com foco em Natal, Canguaretama, Tibau do Sul e Baía Formosa.


Fonte: g1

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