domingo, agosto 29, 2021

Governo do RN promove 443 policiais militares e 23 bombeiros

O governo do Rio Grande do Norte publicou na edição deste sábado (28) do Diário Oficial do Estado um decreto em que promove 466 agentes da segurança pública. O documento é para a promoção de 399 praças e 44 oficiais da Polícia Militar e 23 oficiais e praças do Corpo de Bombeiros.


Soldado PM RN — Foto: Divulgação/ PM


As promoções dos praças foram de sargento a subtenente, entre homens e mulheres. Entre os oficiais, houve a inclusão de sete mulheres nos quadros de combatente e também médico.


“Foi promovida uma coronel, o último posto da polícia militar, e as demais oficiais também são oficiais superiores, que é o posto mais alto da corporação. Então a governadora valorizou a lei que enviou para a Assembleia, unificando e universalizando a entrada das mulheres nos quadros da Polícia Militar”, disse o coronel Francisco Araújo, secretário de Estado da Segurança Pública (Sesed).


A lei a qual o secretário se refere é a Lei Complementar Nº 683, de 28 de julho de 2021, que assegura a igualdade de acesso às vagas, entre homens e mulheres, nos próximos concursos da PM RN.


“A Lei reajustou todos os nossos quadros já existentes, distribuindo melhor nosso efetivo dentro do território no estado. Ou seja, melhora a gestão e o trabalho da segurança pública, vez que melhora o desdobramento da tropa no terreno, interiorizando a segurança e atingindo as pessoas mais distantes da capital”, disse o comandante da Polícia Militar, coronel Alarico Azevedo.



Segundo o Poder Executivo, ao todo são 8.090 promoções desde o início da gestão da governadora Fátima Bezerra, em 2019, sendo 500 no Corpo de Bombeiros.


“Isso é incentivo, tanto do ponto de vista salarial, como do profissional. Eu fico feliz porque nós temos feito todo o esforço para dar à Segurança Pública a prioridade que ela merece. E não é com discurso, é com atos concretos como esses. Valorização e respeito pelo papel tão importante dos agentes de segurança”, disse a governadora Fátima.


Fonte: G1

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Covid: Hospital de Campanha de São Gonçalo do Amarante será fechado no fim de agosto

O Hospital de Campanha contra a Covid de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, será fechado no dia 31 de agosto. O comunicado foi feito pela prefeitura do município em acordo com o governo do Rio Grande do Norte.


Hospital de Campanha de São Gonçalo do Amarante — Foto: Wendell Jefferson


A motivação, segundo a secretaria municipal de Saúde, é a queda no nível de internações. O hospital foi reaberto no mês de março deste ano por conta do agravamento da pandemia no estado, com 10 leitos críticos e 10 clínicos e o investimento foi de R$ 4,6 milhões, sendo 70% financiado pelo Estado e 30% pelo Município.


De acordo com o secretário de saúde de São Gonçalo do Amarante, Jalmir Simões, prefeitura e governo acordaram no entanto que serão mantidos os leitos no Hospital Belarmina Monte por mais 90 dias - também são 10 clínicos e 10 críticos.

"Houve um consenso diante do novo cenário. O Hospital de Campanha está encerrando suas atividades. Porém, assinamos um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que garante o funcionamento dos leitos no Belarmina Monte por mais 90 dias", disse o secretário.


De acordo com o Regula RN, que monitora as internações no estado, o estado atualmente tem 33% de ocupação dos leitos críticos, a mesma taxa da Região Metropolitana.



O Hospital Belarmina Monte, que vai seguir funcionando no estado, atualmente tem 10 leitos de UTI para Covid e tem dois ocupados.


Fonte: G1

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Secretaria de Saúde confirma transmissão comunitária da variante delta em Natal

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que Natal já tem transmissão comunitária da variante delta da Covid.


Variante delta da Covid — Foto: Getty Images via BBC


O setor de Vigilância em Saúde concluiu nesta sexta-feira (27) a investigação da rede de contatos da paciente de 57 anos que está internada com a variante na capital potiguar e não identificou a origem da contaminação.


A mulher não tem histórico de viagem. E na rede de contatos dela também não foi possível identificar por onde ela foi contaminada.


Assim, a pasta explica que, como não é possível saber a origem da infecção dela pela variante delta, isso faz com que a transmissão seja considerada comunitária, ou seja, sustentada, na capital potiguar.


"A transmissão comunitária é quando a gente faz a investigação de caso, rastreia todos os contatos, e após rastrear todos os contatos, não identifica nenhum contato que tenha vindo de locais em que a transmissão já está existindo, em áreas quentes, epicentros", explicou a coordenadora do setor de Vigilância em Saúde, Juliana Araújo, ao G1.


"Em um desses dois casos iniciais a gente não identifica nem histórico de viagem da pessoa que adoeceu, nem histórico de viagem dos contatos dela. Isso significa que quando a gente não identifica essa fonte de transmissão, que ela pegou de alguém que a gente não identificou e que o vírus está circulando no ambiente já sustentado, numa transmissão comunitária".


O Rio Grande do Norte confirmou nesta sexta-feira (27) o terceiro caso de variante delta na capital potiguar em um paciente do sexo masculino, que testou positivo no dia 10. Ele tomou a primeira dose da vacina e está em boas condições clínicas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Ele tem relação com um dos dois primeiros casos da variante no estado - não foi revelado qual.


Os dois primeiros casos foram confirmados na terça-feira (24) pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT) da UFRN. Uma das das pacientes é uma mulher de 57 anos, que está internada em Natal. Ele teve o caso confirmado no dia 8 de agosto e não tem histórico de viagem. Foi por ela que se identificou que há transmissão comunitária na capital.


A outra diagnosticada é uma mulher de 32 anos que chegou de viagem. Ela cumpriu isolamento em casa e não precisou ser internada.


Estudos recentes vêm apontando que a variante delta do coronavírus é muito mais transmissível e tem maior probabilidade de evadir o sistema imunológico, responsável pelas defesas do nosso organismo.


Fonte: G1

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Rio Grande do Norte atinge 3.560.903 de habitantes, diz IBGE

A população do Rio Grande do Norte foi estimada em 3.560.903 de habitantes, o que corresponde a cerca de 1,7% da população brasileira. A estimativa com o total de habitantes dos estados brasileiros se refere a 1° de julho de 2021 e foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27).


RN atinge 3.560.903 milhões de habitantes, diz IBGE — Foto: Canindé Soares


Em 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou um total de 3.534.165 pessoas no Rio Grande do Norte. Em 2021, são 26.738 habitantes a mais.


A estimativa de 2021 não incorpora os efeitos da pandemia. "Os efeitos da pandemia da Covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo", informou em nota o IBGE.


Segundo o IBGE, as implicações da pandemia no tamanho da população serão verificadas a partir do próximo Censo Demográfico, previsto para ser realizado no ano que vem.


As estimativas populacionais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos.



A população brasileira foi estimada em 213.317.639 habitantes e teve crescimento de cerca de 0,7% na comparação com a população estimada em 2020.


Fonte: G1

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Jovem de 18 anos morre após receber descarga elétrica enquanto usava o celular, em Santarém

Uma jovem de 18 anos morreu após receber descarga elétrica em Santarém, no oeste do Pará. O caso aconteceu na madrugada deste domingo (29) na comunidade São Francisco do Carapanari, na região do Eixo Forte. A vítima foi identificada como Radja Ferreira de Oliveira.


De acordo com o enfermeiro do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), Adilson Soares, as equipes foram acionadas pelo NIOp (Núcleo Integrado de Operações). Quando a equipe do Samu se dirigia ao local da ocorrência, a vítima já havia recebido os primeiros socorros e era levada ao hospital pela família.


Radja Ferreira de Oliveira, de 18 anos, morreu vítima de descarga elétrica — Foto: Reprodução/Facebook


A jovem não resistiu. "Ela já estava sem sinais vitais. O médico constatou que ela estava em óbito", disse Soares.



A mãe de Radja Ferreira contou às equipes que a jovem estava mexendo no celular conectado à tomada quando um raio caiu. A jovem ficou desacordada e foi socorrida pelos familiares, mas não resistiu.


Casos em Curuá


Raimundo Brito (à esquerda) foi hospitalizado, e Semeão Tavares (à direita) morreu vítima de descarga elétrica — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Uma pessoa morreu e outra ficou ferida depois de serem atingidas por descargas elétricas em Curuá, no oeste do Pará. Os incidentes aconteceram durante um temporal em diferentes comunidades na última quarta (25).


Identificada como Semeão Tavares, que morava no Distrito Apolinário, a vítima falava ao telefone quando foi atingida pela descarga elétrica. Profissionais que saúde ainda chegaram a socorrê-lo, mas constataram a morte.


A outra vítima foi atingida na comunidade Macurá. O vereador Raimundo Brito (PP), de 35 anos, estava depenando um pato dentro de casa quando raios atingiram a residência. O homem foi atingido pela descarga elétrica, mas ainda conseguiu pedir ajuda e foi levado ao Centro de Saúde.


Orientações

O uso do celular durante o carregamento do aparelho se tornou comum. Entretanto, especialistas alertam para riscos de acidente.


O uso do celular conectado ao carregador pode causar explosões ou descargas elétricas por causa do aquecimento do aparelho durante o carregamento da bateria, especialmente em celulares com as opções de carga "rápida" ou "turbo".



A grande quantidade de energia e volts utilizada pode ser transmitida para o usuário em casos de falha de isolamento no carregador, descargas elétricas ou sobrecargas na rede, que causam instabilidades na tensão das tomadas.


Durante tempestades, a recomendação é para que não seja utilizado celular que estiver recebendo carga e nenhum outro eletrodoméstico. As descargas elétricas podem penetrar na rede elétrica e atingir o carregador do telefone, ou de outro equipamento eletrônico. Eventuais instabilidades na rede elétrica também podem facilitar a passagem de corrente através do carregador.


Fonte: G1

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Covid: piora da pandemia no Rio de Janeiro serve de alerta para todo o Brasil, dizem cientistas

O estado do Rio de Janeiro vive uma situação singular desde que a pandemia começou.


Aumento na taxa de hospitalização por infecções respiratórias faz com que 96% dos leitos da cidade do Rio de Janeiro estejam ocupados — Foto: Getty Images/Via BBC


Por um lado, há o otimismo com o avanço da vacinação: muitas cidades já aplicaram a primeira dose contra a Covid-19 em praticamente toda a população adulta.


Por outro, existe uma apreensão com a chegada e o rápido espalhamento da variante delta do coronavírus e o crescimento do número de internações por infecções respiratórias, o que liga o sinal de alerta das autoridades e ameaça os planos de reabertura.


"Os dados mostram um aumento recente das hospitalizações entre os grupos mais velhos. Isso está acontecendo em outros lugares, mas, no Rio de Janeiro, a situação está pior", avalia o pesquisador Leonardo Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).


"As últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no Estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é", completa.


Gráfico mostra evolução de número de casos por semana no Rio de Janeiro — Foto: BBC


O infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vê essa mudança de cenário acontecer na prática.


"Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por Covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde", relata.


"Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo", complementa o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Mas o que está por trás dessa piora? E será que o mesmo pode se repetir ao longo dos próximos meses em outros Estados e regiões do país?


Crise fluminense

Após um primeiro semestre de 2021 bastante complicado, marcado por uma segunda onda devastadora, o Rio de Janeiro viveu, entre maio e julho, uma tendência de queda nos números da pandemia.


Um cenário parecido, aliás, ocorreu no restante do país, com uma redução considerável nos diagnósticos, nas internações e nas mortes pela doença nesse mesmo período.



Mas há dois detalhes importantes nessa história, que valem tanto para o estado fluminense como para o Brasil todo. Primeiro, as notificações permaneceram muito altas, mesmo no período de calmaria recente, com dezenas de milhares de casos e centenas de óbitos todos os dias.


O segundo ponto é que, de acordo com o Boletim InfoGripe, publicado periodicamente pela FioCruz, a taxa de transmissão de vírus respiratórios seguiu extremamente elevada em boa parte do território brasileiro, mesmo no momento de maior tranquilidade.


Gráfico da predominância de coronavírus — Foto: BBC


Isso nos colocou numa situação delicada, em que uma nova piora poderia estourar a qualquer momento.


E é justamente isso que parece estar acontecendo agora no Rio de Janeiro, com uma retomada no crescimento da Covid-19.

Vamos analisar o que aconteceu com os casos da doença por lá, seguindo os registros compilados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass.


Na primeira semana de maio, foram feitos mais de 39 mil diagnósticos da infecção, um recorde até agora.


Na última semana de junho, esse número baixou para 14 mil, o menor nível desde o ápice da segunda onda.


Nos primeiros sete dias de agosto, porém, foram detectados 27 mil novos casos.


E o que acontece com as hospitalizações?


"No pior momento da pandemia, nós chegamos a ter cerca de 1,4 mil pacientes internados nos hospitais da região e, agora, estamos na casa dos 700", calcula Chebabo.


Embora a ocupação de leitos no estado esteja em 69% da capacidade, o que é considerado um nível de alerta médio no Boletim InfoGripe, a situação da capital é crítica: atualmente, 96% das vagas disponíveis para tratar a Covid-19 nas instituições cariocas estão preenchidas.


"É possível que, em algum momento próximo, precisemos suspender cirurgias eletivas e readequar os leitos para atender a demanda da Covid-19 mais uma vez", diz o vice-presidente da SBI.


O médico explica que esse novo aumento nos diagnósticos e nas hospitalizações ainda não impactou as taxas de óbitos.

"Nós só vamos poder analisar se há um crescimento nas mortes daqui a algumas semanas, até porque a piora vem em ondas. Primeiro as pessoas se infectam, daí elas ficam doentes, são internadas e demoram um tempo para se recuperar ou morrer", explica Chebabo.


Os ingredientes por trás da piora

De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, não é possível destacar um único fator por trás do repique fluminense.


"Existem algumas hipóteses que ajudam a entender o que está acontecendo, mas elas não são excludentes", contextualiza Bastos.


"É preciso considerar a chegada da variante delta do coronavírus, o relaxamento da população e das medidas restritivas e até uma eventual perda de efetividade das vacinas com o passar do tempo", lista o pesquisador.


Vamos começar pela delta: a linhagem que surgiu na Índia foi identificada no Brasil a partir de maio de 2021 e, desde então, as equipes de vigilância estão acompanhando como ela se espalha país adentro.


E o Rio de Janeiro é perfeito para entender a progressão dessa variante. Isso porque o Estado possui a Rede Corona-Ômica RJ, um projeto que reúne pesquisadores de várias instituições e tem como meta acompanhar as diferentes linhagens do coronavírus, detectar o surgimento de mutações e entender como essas alterações genéticas influenciam no andamento da pandemia.


"A cada 15 dias, nós coletamos de forma aleatória cerca de 380 amostras de pacientes infectados de vários municípios do Rio de Janeiro, que são sequências", conta a geneticista Ana Tereza Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica, uma das instituições que faz parte da iniciativa.


E a evolução das variantes em terras fluminenses é bem clara: entre janeiro e julho de 2021, a gama (detectada originalmente em Manaus) era a linhagem mais frequente, com larga vantagem sobre as demais concorrentes.


Em agosto, porém, a delta se tornou predominante e, de acordo com a última nota técnica da Rede Corona-Ômica RJ, ela já está presente em 61% das amostras analisadas pelos laboratórios parceiros.

"Em paralelo ao crescimento da delta, não podemos ignorar também o que ocorre com as outras variantes. A gama tem sofrido mutações e já encontramos nove sublinhagens dela por aqui", alerta Vasconcelos.


"O coronavírus está se modificando constantemente para continuar circulando entre nós", diz.

O pior (ainda não) passou

Apesar de a delta ser mais transmissível que as versões anteriores, ela não pode ser encarada como a única culpada pela situação no Rio de Janeiro — até porque as medidas de prevenção, como o distanciamento físico, o uso de máscara e a ventilação dos ambientes, continuam a funcionar contra essa e as demais variantes.



É por isso que os especialistas também chamam a atenção para o relaxamento das políticas de restrição como outro fator que ajuda a explicar o agravamento recente.

"As pessoas acham que, após a vacinação, está tudo liberado e podemos voltar ao normal, mas não é bem assim. Não estamos no momento de deixar as máscaras de lado", aconselha Vasconcelos.


Nesse sentido, os anúncios feitos por municípios do Rio de Janeiro sobre a realização de megaeventos, como o Réveillon e o Carnaval, não ajudam em nada, avaliam os especialistas.

"É claro que o gestor público precisa se programar e planejar as coisas, mas falar abertamente em festas agora, neste momento, passa uma sensação de normalidade que não existe na prática. A pandemia não acabou", critica Chebabo.


"Não sabemos o que vai acontecer nos próximos meses. O cenário muda muito rapidamente", completa.


Quem precisa de reforço?

Falando das vacinas, existe atualmente muita discussão sobre uma eventual perda de eficácia.


Os estudos indicam que elas continuam importantes para proteger os casos graves, as hospitalizações e as mortes, mas alguns grupos mais vulneráveis parecem sofrer com uma diminuição da imunidade seis meses após tomarem as duas doses.

Essa queda na proteção vacinal também ajudaria a explicar o recente aumento nas internações de indivíduos mais velhos no Rio de Janeiro, como mostram os relatos colhidos pela BBC News Brasil e as últimas edições do Boletim Infogripe.


Foi justamente para lidar com isso que, a exemplo de países como Israel, Estados Unidos e Chile, o Ministério da Saúde anunciou que idosos e imunossuprimidos (portadores de HIV, indivíduos em tratamento de câncer, recém-transplantados, entre outros) tomarão uma terceira dose do imunizante a partir de 15 de setembro.


Em paralelo ao reforço para os grupos mais vulneráveis, os cientistas consideram essencial que todo mundo que já recebeu a primeira dose volte ao posto de saúde na data estipulada para a segunda aplicação.



O Rio de Janeiro de hoje é o Brasil de amanhã?

Por fim, é natural questionar se o agravamento da pandemia em um Estado pode se repetir ou se espalhar para o restante do país até o final do ano.


Para Bastos, a situação local deveria representar, sim, uma preocupação.


"O Rio de Janeiro é um ponto de confluência e tem uma grande conexão com outras regiões brasileiras, especialmente com São Paulo", analisa o pesquisador da FioCruz.


"E sabemos que, quando a piora chega em São Paulo, ela se espalha mais facilmente para outros lugares", conclui.

Para Vasconcelos, tudo indica que a variante delta também esteja se espalhando por vários Estados do país e os dados do Rio de Janeiro chamam a atenção justamente por existir ali uma vigilância genômica do coronavírus, ao contrário do que acontece em outros locais.


"É o popular 'quem procura, acha'. Como nós estruturamos uma rede de laboratórios com capacidade de fazer esse acompanhamento genômico, acabamos observando com detalhes a presença dessa e de outras variantes", conta.


Para conter o avanço do problema no Rio de Janeiro ou no resto do Brasil, Chebabo diz que é hora de acelerar a vacinação.


"Precisamos ampliar a nossa cobertura vacinal, com a garantia da segunda dose a todo mundo, a oferta da terceira a quem precisa e o avanço da proteção entre os adolescentes", aponta.


"Em paralelo, precisaríamos fazer tudo aquilo que não foi feito até agora para conter a transmissão viral, como reduzir a circulação de pessoas e criar programas de testagem, rastreamento e isolamento de casos", lembra Bastos.


De acordo com as últimas informações do Conass, o Rio de Janeiro já registrou oficialmente 1,1 milhão de casos e 61,9 mil mortes por Covid-19 desde que a pandemia começou.


Fonte: G1

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Delta tem o dobro de risco de levar à hospitalização e pode sobrecarregar sistemas de saúde

Pacientes infectados com a variante delta têm o dobro de chance de serem hospitalizados em comparação com aqueles que foram infectados pela alfa, que se originou no Reino Unido. Esse é o resultado da análise feita com o sequenciamento genético das amostras de 43 mil pacientes britânicos com a Covid-19, com artigo publicado nesta sexta-feira (27) pela revista "The Lancet".


Além disso, a pesquisa também apontou que há um risco 1,5 maior de atendimento de emergência para pessoas infectadas com a variante delta em comparação com a alfa. A delta tem, portanto, uma chance mais alta de causar a sobrecarga dos sistemas de saúde, principalmente quando atinge pessoas não vacinadas e grupos vulneráveis.


Um ponto importante do estudo é que a maioria dos pacientes analisados não estava completamente imunizada (98%) por qualquer uma das vacinas contra a Covid-19 disponíveis. Por isso, os dados não podem ser utilizados para comparar as duas variantes em pacientes que já completaram o ciclo vacinal. Segundo os autores, no entanto, o estudo reforça a importância da vacinação contra o coronavírus.


"Nossa análise destaca que, na ausência da vacinação, qualquer surto da delta irá representar um peso maior para a saúde do que em uma epidemia da alfa. Em primeiro lugar, a vacinação completa é crucial para reduzir o risco de uma infecção sintomática com a delta, e, ainda mais importante, para reduzir o risco de uma Covid-19 grave com internação hospitalar", disse a pesquisadora da Universidade de Cambridge Anne Presanis, uma das principais autoras.


Os pesquisadores fazem ressalvas com relação ao estudo: alguns grupos demográficos da Inglaterra podem estar mais propensos a buscar atendimento hospitalar, o que pode apontar alguma mudança nos resultados. Além disso, os autores não tiveram acesso às condições de saúde prévias dos pacientes, o que também pode mudar o risco de internação.



Vacinas funcionam

Com o ciclo vacinal completo, as vacinas têm uma alta taxa de eficácia contra a variante delta.


Uma pesquisa divulgada no final de julho apontou que a eficácia da vacina da AstraZeneca chega a 67% contra a variante delta após as duas doses, com resultados entre 61,3% a 71,8%. No caso da Pfizer/BioNTech, o mesmo índice chega a 88%, com variação entre 85,3% a 90,1%. O artigo foi assinado por pesquisadores do sistema de saúde do Reino Unido, da Universidade de Oxford e do Imperial College London.


Um outro estudo, mesmo que preliminar, também sugere uma boa resposta da CoronaVac. Ao menos quatro vacinas de vírus inativado — incluindo a vacina do Instituto Butantan — provaram sua eficácia "no mundo real" contra casos graves de Covid-19 causados pela variante delta, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China.


Doses da CoronaVac recebidas no Distrito Federal — Foto: Geovana Alburquerque/Agência Saúde


Entre os avaliados, cerca de 1,7 mil pacientes receberam as duas doses da vacina – que poderia ser a CoronaVac, as da Sinopharm (que tem dois imunizantes usados no país) ou a da Biokangtai. Ao menos 5 mil não haviam sido vacinados e cerca de 4 mil haviam recebido apenas a primeira dose.


De todos os pacientes infectados pela Covid-19, os mais de 10,7 mil, apenas 102 tiveram pneumonia – mas destes, 85 foram em pessoas não vacinadas (do restante, foram 12 pessoas que receberam apenas a primeira dose da vacina e 5 entre os que foram completamente vacinados).


Já a Janssen anunciou no início de julho que a sua vacina, também em aplicação no Brasil, é eficaz contra a variante delta, com uma resposta imunológica que dura pelo menos oito meses.


"Acreditamos que nossa vacina oferece proteção duradoura contra a Covid-19 e provoca uma atividade neutralizante contra a variante delta", afirmou o diretor científico da J&J, Paul Stoffels, em um comunicado da empresa.


Fonte: G1

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Conta de luz seguirá com bandeira vermelha patamar 2 em setembro, informa Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (27) que a conta de luz seguirá em setembro com a bandeira tarifária vermelha patamar 2, a mais cara do sistema.


O sistema de bandeiras tarifárias é uma cobrança adicional aplicada às contas de luz quando o custo de produção de energia aumenta. O valor extra é reflexo da crise hídrica que afeta os reservatórios das usinas hidrelétricas. Para preservar água, o governo acionou as usinas termelétricas, que são mais caras e mais poluentes.


Atualmente, o valor da cobrança adicional está em R$ 9,49 por 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. Segundo a colunista do G1 Ana Flor, a bandeira será reajustada na próxima semana e vai passar a custar R$ 14,20 por 100 kWh.


Diferentemente de meses anteriores, desta vez, a Aneel não incluiu o valor da bandeira tarifária no comunicado.


O valor da bandeira vermelha patamar 2 já tinha sido reajustado em 52% para o mês de julho, passando de R$ 6,24 por 100 kWh para os atuais R$ 9,49.


A Aneel abriu uma consulta pública para decidir se a taxa da bandeira continuaria em R$ 9,49 por 100 kWh ou se aumentaria para R$ 11,5 por cada 100 kWh.



Porém, segundo a colunista do G1 Ana Flor, o presidente Jair Bolsonaro e os ministros que fazem parte da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg) decidiram aumentar a cobrança adicional para um valor maior do que o previsto pela consulta pública, porém menor do que o desejado pela área técnica da Aneel.


Normalmente, os reajustes das bandeiras tarifárias são decididos somente pela diretoria colegiada da Aneel, em reunião pública, após consulta com a sociedade.


Entenda as bandeiras tarifárias — Foto: Arte G1


Reservatórios

O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A previsão é a de que os reservatórios das usinas hidrelétricas cheguem a novembro com apenas 10% da capacidade, volume menor do que o registrado na crise de 2001, quando o país passou por racionamento de energia.


Para piorar o cenário, em agosto choveu menos do que o esperado. Segundo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), se não houver oferta adicional a partir de setembro, não vai ser possível atender a demanda de energia em outubro e novembro e o país corre o risco de ter apagões.


Entre as medidas adotadas pelo governo, está o acionamento das usinas termelétricas e a importação de energia da Argentina e do Uruguai para tentar preservar água nos reservatórios até o início do período chuvoso, em novembro.


As ações, contudo, se mostraram insuficientes. Programas voluntários de redução de demanda serão lançados em setembro para consumidores residenciais, industriais e demais empresas.


Sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia.


A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas. Nesse caso, não há cobrança adicional na conta de luz.


Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2), em que há o custo extra.


Antes do sistema de bandeiras, o custo do acionamento das térmicas era repassado atrasado, somente no ajuste anual das tarifas, o que acarretava na cobrança de juros e correção monetária, penalizando o consumidor.


Fonte: G1

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BC estabelece limite de R$ 1 mil para transferências noturnas pelo PIX a fim de evitar roubos



O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (27) um conjunto de medidas para tornar o uso do PIX mais seguro. Entre as mudanças, está o estabelecimento de um limite de R$ 1 mil para transferências realizadas entre pessoas físicas no período noturno (veja mais abaixo).


O PIX é um mecanismo de transferência de recursos que opera em tempo real, 24 horas por dias. O sistema tem sido utilizado por criminosos para a prática de fraudes.


Instituições financeiras pressionaram o Banco Central por mudanças que garantissem uma segurança maior do sistema. A previsão é a de que as medidas comecem a ser implementadas em algumas semanas.


"[As] medidas se concentram, principalmente, na segurança desses meios de pagamento contra crimes perpetrados por bandidos impondo coação a vida humana, por exemplo, sequestros relâmpagos ou roubos e fraudes em meios de pagamentos eletrônicos, que é um problema social e grave igualmente", disse o diretor da Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.


Ainda , segundo Mello, o número de transações com suspeita de fraude na base de dados do PIX é de meia transação a cada 100 mil transações.


"Se considerar desde o início do sistema, é uma transação suspeita de fraude ou crime violente na base do PIX a cada 100 mil transações. Não há evidência de aumento, há evidência de diminuição [do número de fraudes]", afirmou Mello.


As mudanças

Entre as principais mudanças, estão:


estabelecer o limite de R$ 1.000,00 para soma das operações realizadas entre pessoas físicas (incluindo MEIs) utilizando meios de pagamento em arranjos de transferência no período noturno (das 20 horas às 6 horas), incluindo transferências dos tipos: intrabancárias, PIX, cartões de débito e liquidação de TEDs;

oferecer aos clientes a possibilidade de reduzir ou aumentar os limites do sistema PIX para os períodos diurno e noturno; A redução terá efeito imediato, enquanto que o aumento levará de 24 a 48 horas para ser efetivado.

determinar que as instituições ofertem funcionalidade que permita aos usuários cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos;

estabelecer prazo mínimo de 24h para que o cadastramento prévio de contas por canal digital produza efeitos, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco;

estabelecer o prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a efetivação de pedido de aumento de limites de transações com meios de pagamento feito usuário por canal digital,(TED, DOC, transferências intrabancárias, PIX, boleto, e cartão de débito);

permitir que os participantes do PIX retenham uma transação por 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco da operação; e

exigir histórico comportamental e de crédito para que empresas possam antecipar recebíveis de cartões com pagamento no mesmo dia.


Além disso, o Banco Central também vai determinar que os usuários do PIX compartilhem com autoridades de segurança pública as informações sobre transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas. Também vai exigir das instituições reguladas controles adicionais sobre fraudes.


Segundo o BC, todas essas medidas aumentam a "proteção dos usuários e contribuem para reduzir o incentivo ao cometimento de crimes contra a pessoa utilizando meios de pagamento, visto que os baixos valores a serem eventualmente obtidos em tais ações tendem a não compensar os riscos".


A instituição lembra que os clientes também podem colocar os limites de suas transações em zero, como opção de segurança.


"Os mecanismos de segurança presentes no PIX e nos demais meios de pagamento não são capazes de eliminar por completo a exposição de seus usuários a riscos, mas com o trabalho conjunto do Banco Central, das instituições reguladas, das forças de segurança pública e dos próprios usuários, será possível mitigar ainda mais a ocorrência de perdas", finaliza o BC.


Fonte: G1

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YouTube suspende pagamentos a canais após decisão do TSE sobre fake news

O YouTube informou na última quinta-feira (26) que suspendeu pagamentos a produtores de conteúdo de 14 canais, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre disseminação de notícias falsas.


Logo do YouTube — Foto: REUTERS/Lucy Nicholson


"Em cumprimento à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de 16 de agosto, o YouTube informa que já suspendeu o acesso à receita atribuída aos responsáveis pelos 14 canais indicados pelo TSE", afirmou a plataforma em nota.


"Reforçamos nosso compromisso de permanecer colaborando com o trabalho das autoridades no Brasil e de prosseguir investindo em políticas, recursos e produtos para proteger a comunidade do YouTube de conteúdo nocivo", adicionou a empresa.


Segundo a agência de notícias Reuters, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, determinou que YouTube, Twitch, Twitter, Instagram e Facebook suspendessem o repasse de valores obtidos por meio da exibição de propagandas para pessoas e páginas que estariam propagando notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.


No YouTube, anunciantes compram espaços publicitários que aparecem antes ou durante os vídeos pela plataforma Google Ads. A empresa, então, repassa parte do valor aos canais de acordo com as visualizações dos conteúdos.


Há ainda opções para que usuários assinem conteúdos exclusivos ou deem "gorjetas" em lives.


De acordo com a decisão, os valores que seriam pagos pelas redes sociais a esses canais, páginas e sites ficarão indisponíveis, depositados em uma conta judicial até o fim das investigações. Enquanto isso, os canais vão continuar no ar.


O ministro pediu ainda um relatório detalhado os ganhos financeiros de cada um dos canais.


Entre os canais e páginas compreendidas pela decisão estão algumas das principais redes de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como o canal Terça Livre, o Jornal da Cidade Online e o canal de Oswaldo Eustáquio, apoiador que chegou a ser preso na investigação sobre atos antidemocráticos (veja a lista abaixo).


A apuração da PF acontece dentro do inquérito aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral para apurar os ataques feitos por Jair Bolsonaro às eleições brasileiras. Sem apresentar nenhuma prova, o presidente tem levantado suspeitas de fraudes, tanto nas eleições passadas quanto na votação prevista para 2022.


Bolsonaro criticou em lives e entrevistas a decisão do ministro do TSE, afirmando que a determinação foi parcial por retirar o repasse de dinheiro de páginas de direita que, segundo o presidente, não acreditam que o voto eletrônico seja plenamente confiável.


Veja a lista dos canais que tiveram os repasses suspensos pelo YouTube:


Alberto Silva 1 e Alberto Silva 2 (Alberto Junio da Silva)

Canal Universo 1 e Canal Universo 2 (Roberto Boni)

Direto aos fatos (Camila Abdo Leite do Amaral Calvo)

Emerson Teixeira

Folha Política

Jornal da Cidade On Line

Oswaldo Eustáquio

Ravox (Adilson Nelson Dini)

Te atualizei (Bárbara Zambaldi Destefani)

Terça Livre

Vlog do Lisboa1 e Vlog do Lisboa 2 (Fernando Lisboa da Conceição)


Fonte: G1

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Cármen Lúcia determina que CPI da Covid mantenha sigilo sobre dados de Ricardo Barros



A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (28) que apenas o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), tenha acesso aos dados do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.


Segundo a decisão, acesso a outros senadores membros da comissão só deverá ser concedido “mediante requerimento formal e com motivação idônea”.


O pedido foi feito por Barros ao STF alegando vazamento de dados pela CPI. A ministra negou abertura de inquérito para apurar o suposto vazamento.


No dia 23, a ministra já havia negado pedido para suspender as quebras de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático de Barros determinadas pela CPI da Covid. A defesa, então, pediu a reconsideração da decisão informando sobre o suposto vazamento. Em resposta ao STF, a CPI negou a hipótese.


O requerimento para a quebra foi aprovado pelos senadores no último dia 3. A defesa apontou o que considera ilegalidades na aprovação das medidas e sustentou que não cabe à comissão quebrar a restrição de acesso a dados de um parlamentar.


A ministra considerou que interesses particulares não podem se sobrepor a "razões de relevante interesse público". E que a adoção de medidas que restringem direitos podem ser justificadas pelo interesse público, desde que elas sejam legítimas e respeitem os direitos individuais.


Fonte: G1

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Ex-mulher de Bolsonaro e o filho Jair Renan se mudam para mansão avaliada em R$ 3,2 milhões



A ex-mulher de Jair Bolsonaro Ana Cristina Siqueira Valle e o filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro (conhecido como 04), moram desde junho em uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília.


A informação foi publicada em reportagens da revista "Veja" e do portal Uol. Ainda segundo as reportagens, o dono da mansão é um corretor de imóveis chamado Geraldo Antônio Machado, que diz atuar no ramo há 13 anos.


Apesar de ser proprietário de uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões, num dos endereços mais luxuosos da capital federal, com vista para a ponte JK (um dos principais cartões-postais de Brasília), Geraldo vive em uma residência modesta em Vicente Pires, bairro de classe média a 30 km do Lago Sul.


Ao Uol, ele contou que comprou a mansão para morar nela, mas ainda não conseguiu se mudar porque precisa efetuar outros negócios antes. Geraldo não tem mais nenhuma propriedade em seu nome, além da mansão.


De acordo com as reportagens, ele comprou o imóvel poucos dias antes de Ana Cristina e Jair Renan se mudarem para lá. Antes, mãe e filho moravam num apartamento de 70 metros quadrados, que está no nome do presidente.



Jair Renan fez uma postagem recente em seu perfil em uma rede social mostrando uma festa na mansão, na área da piscina.


Ana Cristina, advogada, trabalha atualmente como assessora da deputada federal Celina Leão (PP-DF), com salário líquido de R$ 6,2 mil.


De acordo com o Uol, o aluguel de casas vizinhas à da ex-mulher e do filho do presidente é de cerca de R$ 15 mil por mês.


Ana Cristina paga R$ 8 mil, de acordo com as reportagens. O imóvel tem 800 metros quadrados, com suíte máster de 100 metros quadrados.


Detalhes da mansão

De acordo com as reportagens, o anúncio da mansão apresenta os seguintes detalhes sobre o imóvel:


salas amplas com quatro ambientes

piscina com 50 metros quadrados

quatro suítes, com fino acabamento e closet

banheiro da suíte master com acabamento "elegante e de tamanho avantajado, proporcionando conforto e espaço luxuoso"

lavabo "elegante, com acabamentos em mármore e granito"

portas em painéis de vidro para varandas amplas, "conferindo excelente ventilação, luminosidade e integração com o jardim e área de lazer"

sala de jantar com pé direito duplo, trazendo "modernidade e elegância ao ambiente

Financiamento


De acordo com a certidão do imóvel, Geraldo Machado deu R$ 580 mil de entrada e fez um financiamento de R$ 2,3 milhões para pagar a mansão, dividido em 354 prestações. O financiamento foi feito pelo Banco de Brasília (BRB), do governo do Distrito Federal.



À TV Globo, Machado confirmou as informações divulgadas, mas não quis gravar entrevista. Ana Cristina Valle e o Palácio do Planalto não responderam aos questionamentos.


O BRB também é o banco do financiamento de outro filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que comprou no início do ano uma mansão de R$ 5,97 milhões, também num bairro nobre de Brasília.


Fonte: G1

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PGR defende no STF prisão domiciliar e tornozeleira eletrônica para Roberto Jefferson

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta sexta-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, seja colocado em prisão domiciliar e monitorado com tornozeleira eletrônica.


Ex-deputado federal Roberto Jefferson em junho de 2020. — Foto: TV Globo/Reprodução


Jefferson teve a prisão preventiva (sem prazo estipulado) decretada, no último dia 13, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido da Polícia Federal diante de ameaças feitas pelo político às instituições e incitação à violência. A ordem foi dada dentro do chamado inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos 


Jefferson está detido no Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Mais especificamente, na unidade Bangu 8, para onde são levados detentos com curso superior.



A defesa do ex-deputado argumenta que o quadro de saúde de Jefferson é delicado. Exames apresentados indicam uma angioplastia coronariana e crises recentes de pielonefrite (inflamação nos rins). O pedido de habeas corpus está sob análise do ministro do Supremo Edson Fachin.


A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirmou que o quadro de saúde do político é delicado e que os supostos delitos praticados consistiriam em manifestações de opinião, essencialmente por meio de redes sociais, o que não caracteriza a necessidade de manter a prisão preventiva.


“Verifica-se, portanto, a comprovação inequívoca da imprescindibilidade da prisão domiciliar para o indispensável tratamento médico incompatível com o sistema prisional”, diz a manifestação.


A subprocuradora-geral disse ainda que eventuais excessos no exercício da liberdade de expressão devem ser analisados individualmente e com observância aos parâmetros constitucionais e do ordenamento jurídico no âmbito cível e penal.


“Ocorre que as declarações destacadas como ilícitos não demonstram qualquer indício concreto de que a liberdade do investigado represente risco à sociedade ou à instrução processual, razão pela qual não há real necessidade da custódia cautelar imposta, estando ausentes os requisitos do art. 312 do CPP, que sustentariam o decreto de prisão preventiva”, diz o parecer.


Ordem de prisão

A prisão de Jefferson foi decretada dentro do inquérito que apura a atuação de uma milícia digital contra a democracia. Jefferson integraria o núcleo político desse grupo.


De acordo com Moraes, a conduta de Jefferson pode configurar, pelo menos, 13 crimes: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa, denunciação caluniosa, racismo e organização criminosa, além de três crimes previstos na Lei de Segurança Nacional e um do Código Eleitoral.


O ministro afirma que “Jefferson pleiteou o fechamento do Supremo, a cassação imediata de todos os ministros para acabar com a independência do Judiciário, incitando a violência física contra eles, porque não concorda com os seus posicionamentos”.


Fonte: G1

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