quarta-feira, maio 19, 2021

Empresas foram escolhidas sem licitação para reformas em galpões e sede do Ministério da Saúde durante a gestão de Pazuello

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Durante a gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, militares escolheram, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos no Rio de Janeiro. E, para isso, usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes.


A Advocacia Geral da União identificou dispensas de licitação a duas empresas contratadas para:


Reformas de galpões na Zona Norte da capital

A reforma na sede do Ministério da Saúde no estado do RJ

Galpões

No RJ, mais de 820 mil pessoas já tiveram Covid-19. O número de mortos ultrapassou os 48 mil. Entretanto, parte dos investimentos dos recursos públicos foram usados para reformar galpões para guardar arquivos.


Em junho, o general Eduardo Pazuello reforçou a presença de militares na Superintendência Estadual do Ministério no RJ. Na ocasião, ele nomeou o coronel da reserva George Divério para chefiar a instituição no estado.


Anteriormente, o coronel dirigia uma fábrica de explosivos.


Em novembro, num período de 2 dias, Divério autorizou duas contratações sem licitação que somam cerca de R$ 28,8 milhões.


Só no preço dos galpões foi de R$ 8,9 milhões. Essa área fica em Del Castilho, na Zona Norte da cidade.


A escolhida para a reforma foi a empresa Lled Soluções. Os dois sócios da empresa já se envolveram em um escândalo em contratos com as Forças Armadas.



Fábio de Rezende Tonassi e Celso Fernandes de Mattos eram donos da Cefa-3, que fornecia material de informática para a Aeronáutica, em 2007. Uma investigação mostrou que o material vendido não foi entregue, em uma fraude aos cofres públicos de mais de R$ 2 milhões.


No processo na Justiça Militar, Fábio Tonassi foi condenado à prisão em terceira instância, mas segue recorrendo em liberdade. A empresa Cefa-3 está proibida de celebrar contratos com o Governo Federal por cinco anos, até 2022.


Os mesmos sócios abriram uma empresa nova, a Lled. Eles continuam apresentando as Forças Armadas como principais clientes. No governo Bolsonaro, a empresa ganhou R$ 4 milhões em contratos. A sede da empresa não tem nem nome na porta.


O processo de reforma dos galpões é mantido em sigilo no portal público do Ministério da Saúde. A postura foi criticada pelo advogado e professor Carlos Ari Sundfeld, um dos principais especialistas em contratos públicos do país.


"A publicidade, transparência da administração pública é um requisito da moralidade para evitar desvios. E, no caso da pandemia, como se autorizou, em algumas situações, a fazer contratos sem licitação. A lei exigiu ainda mais transparência, mais rapidez em colocar as informações - todas elas - à disposição do público. Se as informações não estão disponíveis, tem alguma coisa errada".

Sede do Ministério da Saúde

Procurando os contratos secretos, o Jornal Nacional encontrou indícios de fraudes numa obra ainda maior e bem mais cara. Também no mês de novembro, o coronel George Divério autorizou uma reforma na sede do Ministério da Saúde no RJ.


O valor do contrato é de R$ 19,9 milhões. Novamente, não houve licitação.


A obra foi considerada urgente com os mesmos argumentos usados no galpão. Nas propostas são os mesmos argumentos, incluindo longos trechos idênticos.



A obra inclui reforma do auditório com 282 poltronas novas custando R$ 2,8 mil cada uma.


"Numa pandemia, é urgente contratar remédios, contratar equipamentos, contratar profissionais que atendem diretamente a população. Mas não é urgente reformar prédios públicos pra fins burocráticos e outras finalidades que são comuns, são do dia-a-dia da administração. Essas coisas não podem ser contratadas sem licitação sob o pretexto de que nós estamos numa pandemia", diz Carlos Ari.


Em Magé, na Baixada Fluminense, a reportagem encontrou Jean Oliveira, dono e único gestor da SP Serviços, que está inscrita na prefeitura como micro-empresa. Por telefone, ele disse que foi convidado a fazer a obra.


"Na verdade, como é dispensa, você é convidado, né,?! Como você já fez trabalho para União, eles têm um site, né. As empresas que fizeram trabalho e concluíram, né?. Aquelas empresas que fizeram trabalho e concluíram e manda para você orçar. Você orça e dá o preço. É assim que funciona. Entendeu?"

Os únicos contratos da SP Serviços com a União tinham sido com a Imbel, indústria de Material Bélico, ligada ao Exército. Exatamente com a fábrica da Estrela, fábrica de explosivos que na época era dirigida pelo coronel George Divério, o homem nomeado por Pazuello para comandar o ministério no Rio.


Divério contratou três vezes a empresa de Jean Oliveira sem licitação.


Depois de assinados, os contratos da reforma do ministério e dos galpões foram anulados. Mesmo assim, a AGU quer que a investigação continue.


A ideia é verificar se há indícios de conluio entre servidores e a empresa contratada. Os pareceres reconhecem que os prédios precisam de reformas, mas afirmam que agora só seria possível fazer obras ligadas à segurança e nada mais.


O que dizem os citados

A Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (SEMS-RJ) divulgou uma nota sobre as contratações:



A Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (SEMS-RJ) informa que atuou dentro da normalidade em relação à dispensa de licitação 09/2020, realizando pesquisa de preço com mais de 10 empresas.


Em relação às dispensas 10/2020 e 11/2020, a Superintendência não autorizou o início dos trabalhos e pediu parecer à Consultoria Jurídica da União (CJU/RJ). Após resposta da CJU/RJ, os processos foram anulados e encaminhados à Corregedoria-Geral do Ministério da Saúde.


Cabe esclarecer que os documentos elaborados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) só podem ser acessados e consultados pelas pessoas envolvidas na construção. Caso haja a necessidade de consulta dos processos, a solicitação pode ser feita com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).


Por fim, a SEMS-RJ ressalta que atua com transparência e lisura nos processos administrativos e assistenciais, prestando contas aos órgãos de controle e à população.


Já a Lled disse que a abertura da empresa não tem nenhuma relação com a CEFA -3. "Cabe ressaltar, inclusive, que a CEFA-3 e a LLEd atuam em atividades distintas". Sobre a decisão da Advocacia Geral da União, em relação à reforma do galpão do Ministério da saúde, "respeitamos e entendemos as razões. Vale ressaltar que a empresa LLED é apta a participar de licitações, tanto de forma técnica, quanto de forma fiscal".


Fonte: G1

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Auxílio Emergencial: Caixa paga 2ª parcela a nascidos em março e beneficiários do Bolsa Família com NIS final 2; veja calendários

A Caixa Econômica Federal (CEF) paga nesta quarta-feira (19) a segunda parcela do Auxílio Emergencial para mais um grupo de trabalhadores.


Quem recebe desta vez são os beneficiários que fazem parte do programa Bolsa Família com o número do NIS encerrado em 2; e trabalhadores nascidos em março e que não fazem parte do Bolsa.


Para o primeiro grupo, os pagamentos serão feitos da mesma forma que o Bolsa. Já para o segundo grupo – inscritos via app e site e público do Cadastro Único – a ajuda paga nesta quarta será creditada em conta poupança social digital da Caixa, que poderá ser usada inicialmente para pagamento de contas e compras por meio do cartão virtual. Saques e transferências para quem receber o crédito neste domingo serão liberados no dia 2º de junho (veja nos calendários mais abaixo).


VEJA QUEM RECEBE NESTA QUARTA:

beneficiários do Bolsa Família com NIS final 2

trabalhadores do Cadastro Único e inscritos via site e app, nascidos em março


Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial, pelo site auxilio.caixa.gov.br ou pelo https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/


Calendários de pagamento

Veja abaixo os calendários de pagamento.


BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA





BENEFICIÁRIOS FORA DO BOLSA FAMÍLIA




Fonte: G1

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Conselheiro tutelar é preso no DF por dirigir a 160 km/h e com nove pessoas no carro, entre elas, seis crianças

Um conselheiro tutelar, de 42 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (18) por direção perigosa após tentar fugir da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em uma abordagem. O motorista só parou após seis quilômetros de acompanhamento, na BR-020, na altura de Sobradinho I, no DF.


No carro, havia nove pessoas, entre elas, seis crianças que não usavam equipamentos de segurança. A capacidade máxima em um veículo de passeio é para cinco pessoas.


Além disso, o conselheiro tutelar estava com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida desde 2018. O motor do veículo também havia sido roubado em 2016 e o chassi estava adulterado, de acordo com os policiais.


Segundo a PRF, o homem informou que "não percebeu que estava em alta velocidade e disse que também não tinha visto a viatura com policiais ordenando a parada".


Motor de carro usado por conselho tutelar era roubado e chassi também estava adulterado, segundo PRF-DF — Foto: Polícia Rodoviária Federal (PRF-DF) / Reprodução


O carro estava sem placa e tinha emblema do Conselho Tutelar de Formosa (GO), distante 100 km de Brasília. De acordo com os policiais rodoviários, o conselheiro tutelar apresentou um termo de compromisso e entrega do Sistema Judiciário de Goiás ao Conselho Tutelar de Formosa.


A PRF informou que "não há registro de recuperação do carro" e nem "autorização para nenhum veículo transitar sem as placas".


O homem foi levado para a 13ª DP (Sobradinho) por dirigir com a CNH vencida, por direção perigosa, lotação excedente e também por transportar crianças sem sistema de retenção, além de transitar sem as placas do veículo. Ele foi liberado, em seguida.


Segundo o delegado Hudson Maldonado, a delegacia vai investigar o caso "e comunicar o fato à Vara da Infância e Juventude de Formosa".


"Caberá ao juiz decidir sobre eventual perda do cargo", diz delegado.

O Conselho Tutelar de Formosa informou que "está apurando os fatos e que vai adotar todas as providências administrativas cabíveis em relação ao conselheiro e ao motorista que o entregou o veículo".


Além disso, a entidade afirma que "o veículo estava cedido por meio de cautela judicial desde março de 2020 e que o veículo já foi entregue sem placas ao Conselho Tutelar". Disse ainda que "é comum que veículos cedidos por esse meio tenham histórico de irregularidades, o que geralmente motiva a apreensão, mas não chega a ser impedimento para a cessão judicial provisória".


Fonte: G1

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