quinta-feira, novembro 25, 2021

BILHETE CONTEMPLADO EM MOSSORÓ LEVA SOZINHO MAIS DE 4,4 MILHÕES



A Lotofácil teve uma única aposta vencedora no concurso 2380. O sorteio foi realizado hoje (24) em São Paulo Foram sorteados os números 01-03-05-06-07-09-10-11-13-14-15-17-21-22-24. De acordo com a Caixa, o prêmio total a ser pago é de R$ 4.416.546,22. O bilhete contemplado é da cidade de Mossoró.

O sorteio da Lotofácil também contemplou outros 593 bilhetes com 14 acertos. Segundo o banco, a premiação nessa faixa ficou em R$ 889,35 por bilhete.


A arrecadação total da Lotofácil 2380 foi de quase R$ 27,4 milhões, segundo a Caixa. O sorteio ainda contou com 18.501 vencedores na faixa dos 13 acertos, 211.383 acertaram 12 números e mais 1.056.997 fizeram 11.


O próximo sorteio da Lotofácil está agendado agora para hoje (25).


Fonte: Passando na Hora

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Prazo para pagar quarta parcela do calendário extra do IPVA de 2020 vence na sexta-feira (26) no RN

O prazo para quitar a quarta parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos automotores (IPVA) 2020, para quem optou pelo parcelamento, vence nesta sexta-feira (26).


TRânsito na BR-101, em Natal. Ônibus Natal. — Foto: Norton Rafael/Inter TV Cabugi


A data limite é válida para quem não quitou o tributo no prazo regular, independentemente do número final da placa do veículo, e se enquadrou no calendário extra.


O calendário instituído pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) visa dar a oportunidade de os contribuintes regularizarem o imposto devido sem juros e multas.


O órgão reforça que calendário extra não é válido para todos os contribuintes. Ele vale apenas apenas a quem não havia quitado o tributo integralmente no ano passado, em 2020.



Também não se enquadram na regra os veículos novos adquiridos no ano de 2020. Além disso, o calendário extra não dá direito à restituição de parcelas já pagas.


Boletos

Os boletos para pagamento do imposto estão disponíveis na internet, no site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN).


Após acessar o site, é necessário clicar na opção ‘consulta de veículos’, e em seguida, inserir a placa do veículo e o Renavam nos espaços determinados, sem pontos nem hifens, finalizando com a geração da guia. (Clique AQUI para acessar).


Mesmo após o vencimento, o documento é atualizado automaticamente com os acréscimos somados ao valor total.


Última parcela

A última parcela do calendário extra vence no dia 27 de dezembro deste ano, e, caso o contribuinte não quite os débitos nos respectivos vencimentos, serão incididos juros e multas referentes a cada dia de atraso da parcela.


Fonte: g1

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Família faz campanha por doação de sangue para menino de 3 anos em tratamento de leucemia em Natal

Apenas uma bolsa de sangue doado por salvar até quatro vidas. Entre elas a do pequeno Isaac Barreto, de três anos de idade. No último dia 4 de novembro, o menino foi diagnosticado com leucemia e, desde então, tem feito de uma a três transfusões de sangue por semana.


Isaac Barreto, de 3 anos, que precisa de transfusões, inspira doações no dia do doador de sangue no RN — Foto: Cedida


Mãe da criança, a empreendedora Carol Barreto começou uma campanha nas redes sociais para pedir doações.


"O tratamento do câncer mata também as células boas do paciente, então as plaquetas e hemácias ficam muito baixas também e é com a transfusão de sangue que a gente consegue dar vida, repor isso", explica.



É por histórias como a de Isaac, que o marceneiro Ronaldo Paulino doa sangue com frequência. Na manhã desta quinta-feira (25), quando se celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, ele estava no Hemonorte, na Zona Leste de Natal, com a camisa personalizada para sua doação de número 190.


"O que me motiva é o amor ao próximo. Porque tem tanta gente que precisa e não tem quem faça doações", comentou.


Os doadores precisam respeitar intervalos entre as doações, de no mínimo 60 dias. Por isso, a importância da chegada de novos doadores, como a universitária Paula Sales, que doou pela primeira vez nesta quinta-feira (25).


"Ninguém sabe o dia de amanhã. Hoje eu estou doando. Quem sabe um dia, Deus queira que não, eu ou alguém da minha família precise e alguém possa me ajudar", afirmou.


A diretora do Hemonorte, Miriam Mafra, ressalta que o atualmente o banco de sangue do estado conta com pouco mais da metade do estoque que deveria ter. Pela manhã, havia 450 bolsas disponíveis, quando são necessárias 800 bolsas diárias.


Doações de sangue salvam não só a vida do Isaac, mas de centenas de outras pessoas, segundo ressaltou a mãe dele.


Fonte: g1

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Polícia diz que Marília Mendonça morreu vítima de politraumatismo provocado por queda de avião

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que a cantora Marília Mendonça morreu vítima de politraumatismo, provocado pelo acidente de avião ocorrido em Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, no último dia 5.


Marília Mendonça morreu aos 26 anos — Foto: Reprodução/Instagram


Além da artista, também morreram o piloto, Geraldo Medeiros; o copiloto, Tarciso Viana; o produtor Henrique Ribeiro; e o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho. Todos foram vítimas de politraumatismo contuso, de acordo com o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos.


Os detalhes do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e do andamento das investigações da Polícia Civil foram apresentados em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (25).


Segundo ele, todos os ocupantes morreram em consequência do choque da aeronave com o solo. Ou seja, as mortes aconteceram apenas depois que todos já estavam no chão.


Linhas de investigação

Um piloto que pousou 20 minutos depois do acidente aéreo disse que não ouviu no rádio qualquer problema vindo da aeronave em que Marília Mendonça estava.


A afirmação foi feita em depoimento à Polícia Civil, que investiga as causas do acidente, e também foi detalhada na coletiva de imprensa.


Esse piloto vinha de Viçosa e pousou no aeroporto de Caratinga. Ele se comunicou com a aeronave onde Marília estava e nenhuma anormalidade foi relatada.


Segundo o delegado Ivan Lopes Sales, a testemunha disse que o avião da cantora estava em procedimento de pouso.


A polícia agora trabalha com duas linhas de investigação para explicar a queda do avião:



a hipótese de que as linhas de distribuição de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) teriam provocado o acidente

a possibilidade de pane nos motores, o que depende de investigação do Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

"A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente", disse o delegado Ivan Lopes Sales.

Não há prazo para a conclusão do inquérito.


Crea também apura

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) abriu investigação sobre a instalação de torres de distribuição da Cemig em Caratinga, segundo o delegado Ivan Lopes Sales.


O g1 entrou em contato com o Crea-MG, para saber mais detalhes, e aguarda retorno.


Imagem enviada pela Cemig mostra o posicionamento da linha de distribuição — Foto: Cemig/ Reprodução


O que diz a Cemig

Procurada, a Cemig disse que a linha de distribuição atingida "está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro".


Leia a nota na íntegra:


"A Cemig esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente do dia 5 de novembro, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela Cemig).


Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.


A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.


As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas."


MPF

O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais acompanha as investigações sobre a queda do avião. O órgão instaurou procedimento um dia após o acidente. Quem avalia as causas da queda é o Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)



O MPF enviou ofício ao 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) requisitando o encaminhamento do relatório final do acidente, quando então será analisada a necessidade de adoção das medidas cabíveis.


Também foi pedido que, caso constatado algum elemento que confirme riscos à segurança do tráfego aéreo, que o fato seja comunicado imediatamente ao MPF antes mesmo da conclusão das investigações.


A aeronave


Bimotor caiu em uma cachoeira em Caratinga, em Minas Gerais — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo

O avião que caiu era um Beechcraft King Air C90a, um bimotor bastante utilizado na aviação executiva no mundo inteiro, da companhia de táxi aéreo PEC.


A aeronave fabricada em 1984 tinha capacidade para 6 passageiros e estava em situação normal de aeronavegabilidade, ou seja, estava dentro dos parâmetros para fazer esse tipo de transporte, e autorizado para a aviação executiva.



O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que o avião não tem caixa-preta.


Infográfico mostra local do acidente que vitimou Marília Mendonça — Foto: Arte G1


Fonte: g1

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Equipe de resgate encontra corpo e destroços no mar nas proximidades do acidente de avião em Ubatuba

Um corpo e destroços foram encontrados no mar, na tarde desta quinta-feira (25), nas proximidades do acidente aéreo com um avião bimotor em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. A Força Aérea Brasileira (FAB), que integra a equipe de resgate, diz em nota que a suspeita é que seja de uma das vítimas.


"Localizaram o corpo de uma vítima não identificada na área de busca, provavelmente do acidente envolvendo a aeronave de prefixo PP-WRS, que se encontrava desaparecida no litoral do estado do Rio de Janeiro", diz a nota.


Até a publicação desta reportagem, não era possível identificar de quem era o corpo encontrado.


O resgate foi feito por uma equipe em um helicóptero da FAB, que transportou o corpo até a Base Aérea de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde foi entregue a órgãos competentes.


No comunicado, a FAB "se solidariza com a família da vítima" e informa que "permanece engajada nas operações de buscas aéreas no local do acidente".


Local onde o corpo foi encontrado — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros


Avião desapareceu na noite de quarta-feira

O avião bimotor desapareceu por volta das 21h de quarta-feira (24). A mãe do copiloto, identificado como José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, confirmou que o filho estava na aeronave com outras duas pessoas: o piloto e um tripulante.



A mãe do piloto, identificado como Gustavo Carneiro, natural de Corumbá (MS), também confirmou a presença do filho na aeronave.


O voo saiu às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A torre do Rio de Janeiro perdeu o contato com a aeronave às 21h40.


Em nota, o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba informou que foi notificado sobre o desaparecimento da aeronave de prefixo PP-WRS e que às 4h15 desta quinta-feira (25), um helicóptero iniciou as buscas na área delimitada.


Bimotor com 3 a bordo cai no mar entre SP e RJ — Foto: Arte/g1


Segundo o Corpo de Bombeiros, a ação de resgate às vítimas está sendo realizada pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (Salvaero). Uma equipe dos bombeiros do RJ está atuando em apoio à Aeronáutica.



Uma lancha, tripulada por quatro bombeiros, está percorrendo a divisa entre Rio e São Paulo, a aproximadamente 9 km da costa.


No início da manhã, a Força Aérea Brasileira localizou destroços com probabilidade de serem da aeronave desaparecida. A localização foi repassada aos órgãos de busca marítima e os voos continuam.


Poltrona que seria de avião bimotor que caiu no mar na região de Ubatuba — Foto: Divulgação


Família de copiloto acompanha buscas

Desde a manhã, a família do copiloto chegou a Paraty — onde equipes dos bombeiros e da Capitania dos Portos auxiliam nas buscas — e alugaram um barco por conta própria.


"Chegamos em Paraty por volta das cinco da manhã. Acionamos todos os órgãos para fazerem as buscas. A gente ligou pra Capitania dos Portos e só iam começar as buscas agora pela manhã. Vamos alugar um barco e seguir aonde estão as coordenadas que nos falaram", disse a mãe do copiloto.


Em entrevista ao Bom Dia Rio, a namorada do copiloto, Thalya Viana, falou sobre a dificuldade de conseguir informações.


"Estamos desde 21h tentando conseguir qualquer informação. A primeira informação que nós tivemos foi que o avião caiu, depois a informação era que caiu, mas que eles já tinham sido resgatados, depois a informação foi que não caiu, que eles fizeram um pouso forçado por perda de motor, e o pouso foi entre Ubatuba e Trindade, e que eles teriam sido resgatados. Só que eles não foram resgatados. A gente ligou para todos os hospitais próximos ao local, e ele não deu entrada — nós procuramos pelo nome, pelo CPF, tudo", disse.


Bimotor não tinha autorização para táxi aéreo


Segundo consta na Agência Nacional de Aviação Civil, a aeronave, modelo PA-34-220T, pertencia ao copiloto José Porfírio de Brito Júnior.


O avião estava em situação normal, com autorização para realizar voos noturnos, porém, não poderia fazer táxi aéreo.


O bimotor foi fabricado em 1981. Seu Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) venceria em 6 de agosto de 2022.


Fonte: g1

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Polícia Civil descobre fábrica de chocolate subterrânea na Grande SP que usava ovos de páscoa vencidos na produção

A Polícia Civil descobriu uma produção de ovos de páscoa que operava clandestinamente em uma fábrica de pipocas na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.


No local, havia uma escada falsa presa a uma parede. Essa passagem secreta dava acesso a um espaço subterrâneo, onde funcionários eram orientados a reembalar e etiquetar com novas datas produtos fora do prazo de validade.


Fábrica clandestina em Guarulhos (SP) reembalava ovos de chocolate vencidos — Foto: Reprodução


O ambiente era mal ventilado e havia fios de energia expostos, além de extintores de incêndio também vencidos.


“É um crime altamente perigoso, que pode redundar em danos à saúde pública”, apontou João Blasi, delegado responsável pelo caso.


Falsa escada que dava acesso à fábrica clandestina de chocolate em Guarulhos, na Grande São Paulo — Foto: Reprodução


Fonte: g1

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Passageiros ficam feridos após pane em avião que sairia de MT para SP

Passageiros ficaram feridos após uma pane em um avião da Azul Linhas Aéreas que sairia do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com destino a Guarulhos, em São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (25).


O Airbus 32, não chegou a decolar, mas se movimentava no solo quando parou de repente. O escorregador inflável de emergência precisou ser acionado para que os passageiros pudesse descer. Algumas pessoas se feriram na hora quando saíram do equipamento (leia detalhes mais abaixo).


A Azul confirmou por meio de nota que a aeronave que realizaria o voo Cuiabá-Guarulhos teve sua decolagem abortada após a identificação de uma pane na aeronave, tendo o comandante do voo realizado o procedimento padrão previsto para esse tipo de situação 


A passageira Juliana Amorim contou que algumas pessoas tiveram dificuldade na hora de sair da aeronave pelo escorregador porque o motor estava ligada e o vento era muito forte.



"As comissárias começaram a falar que ia explodir o avião, que era para evacuar o avião e foi aquele desespero. Ninguém conseguia abrir porta. Eu não sei quantas pessoas já tinham saído na minha frente, mas consegui sair, graças a Deus, sem nenhum ferimento. Saí pela pelo escorregador (inflável).

"A gente via que tinha muita gente machucada, porque quando descia no escorregador, a turbina estava ligada, então ventava e derrubava as pessoas", relata.


Ela também explicou que havia mais dificuldade para descerem pelo escorregador de trás.


"Não sei se é por causa da turbina ou porque não abriu tudo, ele não encostava no chão. Então tiveram pessoas que caíram lá de cima. Uma pessoa quebrou a perna ao cair", afirma.


O passageiro Wenderson Campos conta que houve uma freada brusca e, em seguida, uma comissária de bordo gritou para que todos deixassem a aeronave pela saída de emergência.


“A comissária apareceu gritando, mandando todo mundo sair pela saída de emergência. O pessoal começou a empurrar e eu estava com uma criança. Todo mundo desceu pelo escorregador, atrás da turbina. Eu deixei meu bebê e voltei para pegar minha esposa e ela caiu e se machucou. Uma outra mulher quebrou o pé e uma grávida passou muito mal. Tinha apenas uma ambulância”, disse.


Natalya do Nascimento Campos ficou ferida. — Foto: Arquivo pessoal


A mulher dele, Natalya do Nascimento Campos, falou que o socorro demorou a chegar.


“O atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros demorou muito. O pessoal não sabia o que tinha acontecido e não sabia passar para nós o que estava acontecendo. Os funcionários da Azul tentaram ajudar, separar quem estava mais machucado, mas até o momento ninguém ligou para passar nada para nós”, disse ela.


A naturóloga Andréia Gregoli afirma que o cheiro de fumaça e de combustível estava forte dentro do avião.


"Na hora que abriu a porta ficou mais intenso ainda. Quando descemos pelo escorregador, a turbina estava muito forte. Muitas pessoas caíram por causa disso", relata.


Azul vai prestar apoio a passageiros

A Azul Linhas Aéreas confirmou por meio de nota que a aeronave que realizaria o voo Cuiabá-Guarulhos teve sua decolagem abortada após a identificação de uma pane na aeronave, tendo o comandante do voo realizado o procedimento padrão previsto para esse tipo de situação.


"Os clientes evacuaram a aeronave por meio das saídas de emergência do avião. A Azul destaca que está prestando todo o apoio necessário aos clientes, lamenta o ocorrido e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações", diz a nota.


O voo 2751 sairia de Cuiabá as 2h (horário local) e chegaria em São Paulo às 5h05. No site do Aeroporto Marechal Rondon o voo aparece como cancelado.


Fonte: g1

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Sem considerar pandemia, IBGE calcula a expectativa de vida do brasileiro em 76,8 anos em 2020

A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros era de 76,8 anos em 2020, de acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União. A expectativa cresceu (são 2 meses a mais em comparação com o ano de 2019), mas o levantamento não levou em conta a pandemia.


Para a população feminina, a esperança de vida ao nascer seria de 80,3 anos, em 2020 — Foto: silviarita para Pixabay


O levantamento tem a data de 1º de julho como referência. Ou seja, não calculou as mortes do segundo semestre do ano passado, quando a pandemia se espalhou pelo país. No final de julho de 2020, o Brasil tinha 85 mil mortes. Em novembro de 2021, o país já contabiliza mais de 600 mil óbitos.



O IBGE ressalta que esses seriam os indicadores esperados caso o país não tivesse passado pela pandemia de Covid-19. "Se o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade em 2020, a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos para o total da população."


"As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 2020 advêm, pois, de uma projeção da mortalidade, sendo certo que esta não incorpora os efeitos da pandemia da doença por coronavírus - COVID-19, iniciada naquele ano e ainda em curso no Brasil e no mundo no ano de 2021", alerta o órgão.

"Tais efeitos [da pandemia] serão registrados quando da elaboração das novas Tábuas de Mortalidade com dados do próximo Censo Demográfico, a ser realizado em 2022, momento em que elas serão revistas", completou o IBGE.


Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,3 anos, e, para as mulheres, de 80,3 anos, em 2020.


A estimativa vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média, 31,3 anos a mais do que em meados do século passado


Fonte: g1

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'Não é momento de pensarmos em carnaval, dinheiro deveria ser utilizado de outra forma', defende médica da USP



Na avaliação da médica Ludhmila Hajjar, cardiologista da Universidade de São Paulo (USP) e intensivista da Rede D´OR, o Brasil não deveria investir dinheiro para realizar o carnaval no ano que vem, e sim "vencer a pandemia em 2022, para aquecer a economia e fazer o maior carnaval em 2023".


Ela afirma que a pandemia ainda está em curso, e o risco de o país perder o controle e vivenciar uma nova onda de contaminação após um evento do tipo é alto.


"Não é o momento de pensarmos em carnaval, é o momento de nós utilizarmos esse dinheiro de outra forma. Uma vez que a gente evite isso, nós estaremos, sim, tentando exterminar o vírus, tentando determinar o final da pandemia. Não vamos adotar uma estratégia de flexibilização imensa com enormes multidões, com pessoas de fora, com noites e noites sem o menor distanciamento, 15% a 20% das pessoas não estarão vacinadas", disse Hajjar em entrevista à GloboNews.


E emendou: "Não é nem uma questão de inspirar confiança, eu não faria o carnaval no Brasil no ano de 2022, e que isso servisse de exemplo de tudo o que a gente passou, dos erros que cometemos. Que a gente começasse essa história diferente e preparasse o país para vencer a pandemia em 2022, para aquecer a economia e fazer o maior carnaval em 2023".


Hajjar chegou a ser cotada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para substituir o ex-ministro Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde em março deste ano, mas não aceitou a proposta à época porque não havia "convergência técnica" entre ela e o governo.


Desde o início da pandemia, a médica defendeu medidas de isolamento social para reduzir a mortalidade e prioridade à negociação de vacinas.


Uso de máscaras

Sobre o fato de estados, como São Paulo, e cidades, como o Rio de Janeiro, estarem flexibilizando a obrigatoriedade do uso de máscaras, Hajjar diz ser contrária a essas decisões neste momento. "Há estados e municípios em que a taxa vacinal ainda não chegou a 60%, então, enquanto estamos agora chegando nas festas de final de ano, enquanto nós ainda precisamos aumentar a cobertura vacinal, eu não dispensaria a população do uso de máscaras."



Ela avalia que a máscara é "algo completamente inofensivo" e que "já parte da nossa vida" e questiona se esta deveria ser uma decisão regional, em vez de algo nacional.


"Temos boa parte da população sem dose de reforço, sem completar a segunda dose... Eu não flexibilizaria, manteria a adoção das máscaras, passaria o final de ano e aguardaria para a gente tomar uma decisão nacional."


E emenda: "Acho muito complexo prefeituras e estados tomarem medidas independentes. Há um trânsito muito grande de pessoas de trabalho, de turismo, então nesse estado, nessa prefeitura, nesse município, eu uso máscara, naquele, eu não uso máscara".


"Existem várias estudos sendo feitos no mundo e muitas provas de que, à medida que você aumenta a cobertura em 60%, 70%, a máscara agrega pouco, mas nós temos que lembrar que nós temos uma população muito heterogênea, de hábitos diários e de condições sanitárias muito pobres, muitas pessoas não conseguem simplesmente lavar as mãos, e o uso de máscaras no transporte coletivo, no emprego, pode muitas vezes auxiliar e evitar uma contaminação", finaliza.


Passaporte vacinal

Na avaliação da especialista, exigir o passaporte vacinal de estrangeiros é o mínimo necessário para conseguir manter o controle da pandemia em um momento de flexibilização de regras no país.


“A gente simplesmente está replicando o erro do passado. Onde essa pandemia se iniciou, do ponto de vista de epicentro? Na Europa. China e Europa. Depois para onde ela veio? Para o Brasil", afirmou.


"Estamos vivendo um momento em que estamos enxergando que a flexibilidade, mais a falta de controle das fronteiras, mais o negacionismo, que infelizmente está em todo o mundo, foram os responsáveis por mais uma nova onda na Europa."

A médica destacou outro fator que justificaria a exigência do passaporte de vacinas: o aumento das viagens, com a proximidade das festas de fim de ano e de férias de verão. "Estamos perto do final do ano, teremos turismo, infelizmente teremos cidades e estados com o carnaval. Não há outro sentido a não ser que a gente se una neste momento para cobrar o passaporte vacinal. Isso é uma questão prioritária. Nós já erramos, a gente não pode dar o direito de mais uma vez o nosso povo pagar por esse erro, de nós não termos o controle."



"Temos, sim, que lutar pela obrigatoriedade do passaporte vacinal. Pessoas erradas, com conceitos inadequados, não podem ser responsáveis pela vida dos outros, pela economia e pela saúde.”


Variantes

Ela ainda afirma que o risco não é apenas de o turista trazer uma nova cepa do vírus para o país. Novos focos de variantes já conhecidas são extremamente temerários.


“A gente nem precisa esperar novas mutações. Basta vir as já conhecidas. A entrada no país de focos da cepa delta já é suficiente para que a gente, infelizmente, possa ter o recrudescimento da pandemia.”


Fonte: g1

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Anvisa recomenda exigir vacinação para Covid para entrada de viajantes no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta quinta-feira (25), duas notas técnicas recomendando à Casa Civil que a vacinação contra a Covid-19 seja obrigatória para entrada no Brasil por ar e terra. A segunda dose ou a dose única da vacina deve ter sido dada pelo menos 14 dias antes da entrada no país.


A política de entrada que está em vigor no país hoje não exige a vacinação – seja por terra ou ar. A entrada de estrangeiros por rodovias ou quaisquer outros meios terrestres está proibida, com algumas exceções. A recomendação da agência é, no futuro, só permitir a entrada de pessoas por este modal se estiverem vacinadas. (Veja detalhes mais abaixo).



"A inexistência de uma política de cobrança dos certificados de vacinação pode propiciar que o Brasil se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados, o que é indesejado do ponto de vista do risco que esse grupo representa para a população brasileira e para o Sistema Único de Saúde", pontuou a Anvisa em uma das notas.

O g1 questionou a Casa Civil se a recomendação será acatada, mas ainda não recebeu resposta. Em caso de retorno, esta reportagem será atualizada. Após a publicação da Anvisa, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) divulgaram uma nota reforçando e apoiando a medida.


"Estes Conselhos esperam que o Governo Federal seja sensível às orientações técnicas da agência reguladora e estabeleça as medidas necessárias no mais breve espaço de tempo", se posicionaram, em nota (veja a íntegra no final da reportagem).


Em qualquer tipo de entrada, a recomendação da Anvisa é que sejam aceitas as vacinas aprovadas ou pela própria Anvisa ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além das vacinas já aprovadas pela Anvisa – da Pfizer, Oxford/AstraZeneca, Johnson e CoronaVac –, a OMS também já valida as da Moderna, Sinopharm e Covaxin.



O que diz o Ministério da Saúde


Movimentação de passageiros no saguão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, na manhã desta segunda-feira, 24 de maio de 2021 — Foto: NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO


Em nota, o Ministério da Saúde disse que "os critérios para a entrada de estrangeiros ou brasileiros vindos do exterior são elaborados de forma integrada e interministerial, visando sempre a segurança e o bem-estar da população brasileira".


A pasta, entretanto, não respondeu se a exigência do passaporte de vacina será colocada em prática ou não. Nesta semana, a prefeitura de São Paulo pediu ao ministério que tornasse obrigatória a exigência de um passaporte vacinal para viajantes entrando no país por aeroportos ou portos.


Para o infectologista Jamal Suleiman, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, ligado à USP, a exigência de vacinação é uma das medidas que têm que ser adotadas pra minimizar o impacto da pandemia.



"Primeiro, porque você pode, nesse tipo de situação, portar variantes que eventualmente não estejam nesse território. Você pode trazer essas variantes ou esses subtipos de um lugar pra outro. A gente deve agregar várias outras estratégias que possam minimizar o impacto disso, o que inclui vacinas, obviamente", explica.


Entrada por via terrestre

A Anvisa propõe as seguintes medidas:


Passageiros vacinados ou que não possam se vacinar (não elegíveis): poderão entrar no país, desde que a segunda dose ou a dose única da vacina tenha sido tomada pelo menos 14 dias antes da entrada em solo brasileiro. Serão consideradas válidas as vacinas aprovadas pela Anvisa ou pela OMS.

Passageiros não vacinados: não terão permissão de entrada por terra. Essas pessoas deverão entrar no país por via área, "em que os controles são mais adequados", segundo a agência.

Passageiros não vacinados que trabalhem no transporte de carga: poderão entrar no país sem restrições.

Passageiros que venham de países onde a cobertura vacinal tenha atingido a imunidade coletiva ou que estejam em níveis de cobertura vacinal e contexto epidemiológico considerados seguros: não terão exigência de vacinação.


Entrada por via aérea

Passageiros vacinados:


poderão entrar no país, desde que a segunda dose ou a dose única da vacina tenha sido tomada pelo menos 14 dias antes da entrada em solo brasileiro. Serão consideradas válidas as vacinas aprovadas pela Anvisa ou pela OMS;

terão que apresentar resultado de teste PCR ou de antígeno realizados em até 24 horas anteriores ao embarque (no caso do teste de antígenos) ou em até 72 horas anteriores ao embarque (no caso do PCR);

não terão necessidade de quarentena;

precisarão apresentar Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

Passageiros não vacinados:


terão que fazer autoquarentena;

terão que apresentar resultado de teste PCR ou de antígeno realizados em até 24 horas anteriores ao embarque (no caso do teste de antígenos) ou em até 72 horas anteriores ao embarque (no caso do PCR);

precisarão apresentar Declaração de Saúde do Viajante (DSV).


Nota do Conass e Conasems — Foto: Reprodução


Fonte: g1

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Carlos Bolsonaro aciona o STF para atribuir supostos crimes à cúpula da CPI da Covid

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro, apresentou nesta quinta-feira (25) uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o comando da CPI da Covid.


O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) — Foto: JN


Alvo de um dos pedidos de indiciamento do relatório final da CPI, Carlos Bolsonaro diz que o presidente e o relator da comissão – Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), respectivamente – cometeram crimes como prevaricação e abuso de autoridade ao longo das investigações.


O ministro Nunes Marques foi definido, por sorteio, relator do caso. O trâmite usual prevê que o ministro peça posicionamento da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe avaliar se há elementos para pedir a abertura de uma investigação sobre os crimes apontados ou se o caso deve ser arquivado.


A ação afirma que a CPI atuou de forma política para atacar o presidente Jair Bolsonaro e classifica o relatório da CPI como uma “peça de ficção, que divide a família do presidente da República, funcionários públicos, políticos e outros brasileiros que compartilham as mesmas ideias do presidente da República, em supostos núcleos organizados, conforme a narrativa criada pelos opositores ao Governo Federal”.


A notícia-crime alega ainda que:


a CPI deixou de apurar as possíveis irregularidades que permitiram desvios de recursos públicos da União Federal repassados para estados e municípios;

o vereador Carlos Bolsonaro não foi chamado a depor, e não há elementos contra ele para ter sido alvo de um pedido de indiciamento pela CPI, uma vez que as implicações envolvem apenas publicações em rede social;

houve vazamento de informações sigilosas, inclusive de inquéritos do Supremo


"Basta uma rápida análise do Relatório Final apresentado para se concluir que a Comissão deixou de praticar inúmeros atos que poderiam, efetivamente, servir para alcançar os objetivos pelos quais a CPI foi instaurada”, diz a notícia-crime.


A defesa de Carlos Bolsonaro afirma ainda que “durante os seis meses de funcionamento da CPI da Pandemia, foram exibidas ao vivo atitudes totalmente desarrazoadas e autoritárias praticadas por alguns integrantes da Comissão, que agiam sem qualquer respaldo legal, atacando os mais comezinhos princípios que norteiam o Estado Democrático e de Direito instalado em nosso solo”.


Aziz rebate

Questionado sobre a ação de Carlos Bolsonaro nesta quinta, Omar Aziz confirmou que a CPI preferiu não convidar o vereador a dar depoimento, e que espera que o Ministério Público do Rio dê punição "exemplar" a Carlos pelas fake news propagadas durante a pandemia.



"Talvez, a gente tenha prevaricado em não ter trazido ele para depor. A prevaricaçao deve ter sido essa. Ele estava doido para vir aqui e falar, mas a gente não deu essa oportunidade. Pelo contrário, nós encaminhamos o relatório ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro", declarou Omar Aziz.


"Espero que o Ministério Público Estadual possa fazer a investigação, avançar nessa investigação contra o maior responsável por fake news que levou à morte de muitas pessoas, que se chama Carlos Bolsonaro. E o MP do Rio possa punir exemplarmente esse cidadão que induziu a morte de muitos brasileiros", prosseguiu.


Fonte: g1

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Ex-médicos da Prevent dizem à CPI que enfermeiros assinavam receitas e atendiam pacientes

    

Três ex-médicos da Prevent Senior prestaram depoimento nesta quinta-feira (25) na CPI da Câmara Municipal de São Paulo e denunciaram que a operadora de saúde usa enfermeiros para atender e prescrever medicamentos para pacientes em pelo menos dois hospitais da rede.


Walter Souza Neto, Andressa e George Joppert ajudaram na construção do dossiê entregue à CPI da Covid, em Brasília. Eles prestam depoimento nesta quinta à CPI da Câmara de SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1


Segundo os depoentes, os enfermeiros usam senha e login dos médicos para escrever em prontuários, chegando a assinar receitas e pedidos de exames usando carimbos com o nome dos médicos.


"O médico não tem mais um consultório. Quem tem um consultório é o enfermeiro. O paciente chega e ele é atendido no consultório pelos enfermeiros. Ele está sentado na frente do computador, logado no sistema com login e senha do médico, escrevendo no prontuário dos pacientes como se fosse o médico. Ele atende, faz anamnese. Em alguns casos, até solicita exames, de acordo com alguns protocolos. Na teoria, o médico deveria sentar e revisar o trabalho do enfermeiro, mas essa não é a proposta real que acontece de fato na Prevent", afirmou o médico Walter Souza Neto, que dava plantões na unidade de Santana, na Zona Norte da capital paulista.



"Há uma pressão por atendimento muito rápido, o que leva o enfermeiro a fazer o atendimento. O médico só passa ali para carimbar e assinar. Em alguns casos, os médicos chegavam a ter 3 ou 4 carimbos. Deixavam um com cada enfermeiro e eles assinavam pelo próprio médico. E agiam como se fossem um médico. É uma coisa que sempre recusei a fazer e talvez tenha sido um dos motivos, a gota d'água, para a minha demissão", completou.


A atuação da Prevent Senior durante a pandemia da Covid-19 se tornou um escândalo investigado no Congresso e em outras instâncias, como a CPI da Câmara Municipal.


A empresa é investigada na CPI da Covid no Senado por conduta antiética e anticientífica na pandemia. Pesam sobre ela denúncias de alteração de prontuários médicos para maquiar mortes por covid-19, realização de pesquisa médica sem consentimento de pacientes e distribuição de medicamentos para tratamento precoce da doença – que não têm qualquer eficácia comprovada.


Médico que denunciou irregularidades da Prevent Senior durante a pandemia presta depoimento à CPI da Câmara de SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1


A médica Andressa Joppert confirmou o método denunciado pelo colega e afirmou que foi realocada da unidade da Prevent Senior do Butantã, na Zona Oeste, justamente por se negar a deixar que os enfermeiros usassem a senha dela para escreverem em prontuários ou adotar procedimentos.


"Eu estava de plantão na unidade Buntantã e foi mandado uma mensagem dizendo que não era mais para deixar o carimbo na mão dos enfermeiros, após uma fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem. E nem que os enfermeiros assinassem, porque era muito comum isso", disse.


"Foi uma briga minha lá no hospital do Butantã porque eu falei que não faria isso. Que o enfermeiro ia logar e escrever [na senha] dele e depois eu iria fazer. Os diretores e coordenadores me chamaram para conversar e me disseram que eu não obedecia às ordens e, por isso, estavam me realocando para outras unidades", declarou a médica.


A médica Andressa Joppert, que trabalhava na Prevent Senior, durante depoimento na CPI da Câmara Municipal de SP. — Foto: Reprodução/Youtube


Joppert reafirmou à CPI que existia uma orientação dentro da Prevent Senior para que o código de doença dos pacientes fosse mudado nos prontuários após 14 dias de internação.


Ela também declarou que foi revisora do estudo da empresa com hidroxicloroquina, que foi paralisado pelo Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) por suspeita de fraude, e nele ela se deparou com pacientes com infecção urinária, por exemplo, mas que eram relacionados aos protocolos de Covid para o uso da medicação e participação no estudo.


"Nós éramos seis médicos revisando aquela tabela com mais de 600 pacientes. Tenho uma mensagem do doutor Fernando Oikawa, quando começo a ver inconsistência, e coloco para ele dessas inconsistência. Inclusive um paciente que estava com infecção urinária e foi incluído num protocolo de Covid. A partir daí a gente começa a ver que tinha algo estranho ali", declarou a médica.


Em nota, a Prevent afirmou que "os médicos mentiram à CPI e serão processados criminalmente, assim como a advogada que os representa".


"É de se lamentar o depoimento de médicos que trabalharam por anos numa empresa que consideravam criminosa. Se os depoimentos destes médicos fossem verdadeiros, eles facilmente seriam acusados, criminalmente, de omissão ou cumplicidade. Vale lembrar que o médico Walter Correa foi o mesmo que violou prontuários de pacientes, posteriormente vazados à imprensa. Pela prática, criminosa, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Medicina."



O presidente da CPI da Câmara, vereador Antonio Donato (PT), disse que as denúncias sobre a atuação dos enfermeiros nas unidades da Prevent Senior "são muito graves e trazem elemento novo" à investigação contra a empresa.


"É uma infração muito grave. Tem representantes do Cremesp acompanhando as oitivas aqui. São depoimentos muito fortes, dizendo que isso acontecia sem o conhecimento dos pacientes. Inclusive com vestimenta similar entre médicos e enfermeiros, induzindo o paciente a acreditar que estava sendo atendido por um médico e era um enfermeiro. É uma conduta bastante grave", afirmou o vereador.


Os vereadores membros da CPI da Prevent Senior na Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta-feira (25). — Foto: Rodrigo Rodrigues/g1


Os membros da comissão disseram que pretendem convocar o Conselho Regional de Enfermagem de SP (Coren-SP) e diretores da Prevent Senior para apurar mais as novas denúncias.



A representante do Conselho Regional de Medicina (Cremesp) que assistia aos depoimentos não quis se pronunciar e se limitou apenas a dizer que a atuação de enfermeiros assinando e prescrevendo exames era totalmente irregular.


O g1 procurou o Coren e o Cremesp e aguarda posicionamento.


Quem são os depoentes?

Em 3 de outubro, os médicos Walter Neto, Andressa Joppert e George Joppert narraram ao programa Fantástico, da TV Globo, que sofriam pressão da operadora de saúde para a alta precoce de pacientes, a fim de diminuir custos e liberar leitos de UTI nos hospitais da empresa durante a pandemia (veja vídeo abaixo).


Na CPI desta quinta (25), eles reafirmaram a pressão para prescrição de ‘kit Covid’ nos hospitais da empresa e confirmaram que havia meta para que os médicos da empresa atendessem 60 pacientes por cada plantão de 12 horas nos hospitais.


George e Andressa Joppert voltaram a negar que tenham manipulado o estudo polêmico da Prevent Senior sobre o ‘kit Covid’, que foi suspenso pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), por suspeita de fraude, três dias depois da autorização dada pelo colegiado.


O grupo de ex-médicos da Prevent Senior é composto por cerca de 12 pessoas, que são representados pela advogada Bruna Morato, que já prestou depoimento à CPI de Brasília e também na Câmara Municipal de São Paulo.


Nas duas CPIs, Morato disse que, no início da pandemia, a Prevent Senior passou a trabalhar em sintonia com o grupo que ficou conhecido como “gabinete paralelo da saúde”, e que assessorava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


O objetivo, segundo ela, era difundir o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid, passar uma falsa sensação de segurança, e assim evitar que fossem decretadas medidas de isolamento que prejudicassem a economia brasileira.


Semana anterior

Na semana passada, outra ex-médica da Prevent Senior foi ouvida pela CPI da Câmara Municipal e disse que era contra a política da empresa de indicação “generalizada” de hidroxicloroquina e azitromicina para pacientes com Covid-19. Os medicamentos são comprovadamente ineficazes contra a doença.


“Desde o início eu discordava sobre o uso generalizado de hidroxicloroquina. Então eu optei por não participar [das pesquisas] e foquei as minhas atividades na infraestrutura, na prevenção, no uso de EPIs”, afirmou.


A infectologista Carla Morales Guerra afirmou na quinta-feira (18) que o kit-covid na Prevent Senior não era usado em pacientes graves internados, mas em pessoas com sintomas iniciais.


“Essa pressão da prescrição era mais para pacientes ambulatoriais, da telemedicina, e pacientes que passavam pelo pronto-socorro, não era para paciente internado”, afirmou.


A infectologista, que tinha cargo de chefia na área, deixou a operadora de saúde em setembro deste ano. Segundo ela, era de sua responsabilidade a organização de fluxos nos hospitais, mas não o atendimento direto dos pacientes.


Em nota, a Pevent Senior afirmou que nunca obrigou médicos a prescrever os medicamentos. "A discordância da médica Carla Guerra e a afirmação do Dr. Saulo Oliveira, que não prescreviam hidroxicloroquina, são provas do respeito à autonomia médica pela Prevent Senior. A Prevent Senior nunca obrigou seus médicos a prescrever quaisquer remédios ou atendimentos", disse a empresa.


Fonte: g1

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