domingo, maio 09, 2021

Agricultores investem em produção de feijão verde irrigado no Oeste potiguar: 'mudou minha vida'

O agricultor José André da Silva está investindo no cultivo do feijão verde em uma área de um hectare da sua propriedade, localizada no Assentamento Sumidouro, em Baraúna, no Oeste potiguar. Mas uma diferença marca a produção dele, para o que ele aprendeu com o pai: o uso da irrigação na produção.



Produção de feijão verde irrigado em Baraúna, no Oeste potiguar — Foto: Inter TV Costa Branca


O cultivo do feijão irrigado tem se firmado entre os mais importantes na agricultura familiar, em Baraúna. Segundo a Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn), em algumas épocas do ano, a área de cultivo irrigada do feijão verde chega a ser de até 200 hectares. Para os agricultores, o plantio representa 30% da renda familiar.


Por enquanto, a plantação do feijão da variedade paulistinha, de André, ainda está em fase de desenvolvimento. Daqui a algumas semanas, as vagens começam a crescer e poderão ser colhidas com o feijão ainda verde. A área deverá produzir em média 5.000 kg do grão.


"Eu sempre plantei feijão com meu pai, desde pequeno. O feijão irrigado está sendo novo para mim. Esse é o meu terceiro ciclo e é bom demais. É um feijão de qualidade que dá orgulho da gente trabalhar", conta.


Em outras épocas, essa mesma área é utilizada para o plantio de outras culturas como a melancia, também tradicional da região de Baraúna. Nesta época do ano, durante o período chuvoso, o feijão irrigado disputa lugar no mercado com o chamado plantio de inverno - aquele feijão plantado que depende exclusivamente da chuva para crescer. Mesmo assim, o preço que tende a baixar ainda segue satisfatório para André, que vende a produção para atravessadores.


"Agora no inverno o preço baixou um pouco. Estou vendendo a R$1,50 o kg. Mas na época do verão, a gente chega a vender a R$ 2,50. É um preço bom", considera.


Quem também produz o feijão verde irrigado é o agricultor Aderson Bezerra. O cultivo nas terras dele, no Assentamento Poço Baraúna, começou há mais de 20 anos. De lá pra cá, o feijão tem ganhado um papel significativo em meio às outras produções. Na propriedade dele, o grão é plantado em consórcio com outros cultivos. As carreiras de feijão dividem o solo com bananeiras e pés de milho.


"O feijão é uma cultura muito importante para o nosso município, tendo em vista que grande parte dos pequenos produtores planta o grão. Todos estão produzindo bastante e o mercado é muito bom. Até porque todo mundo consome feijão verde", conta Izac Abreu Júnior, que é extensionista do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).


Além dos benefícios para o bolso, o cultivo do feijão também faz bem ao solo. Segundo o especialista, o feijão é importante na rotação de outras culturas. "Quando você planta o feijão, o solo se regenera. O pé de feijão funciona como uma planta regeneradora do solo", diz.


O feijão irrigado também trouxe benefícios à vida da agricultora Dorotéia Medeiros. Acostumada à vida no campo, há 10 anos ela e família começaram a investir no plantio irrigado. Hoje, participa do ciclo completo. Planta, colhe e vende toda a produção.



Máquina que debulha o feijão verde produzido em Baraúna, na região Oeste do Rio Grande do Norte. — Foto: Inter TV Costa Branca


O foco dela é o mercado local para supermercados, restaurantes e outros fornecedores. A produção também é destinada para programas da agricultura familiar como o Compra direta e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).


Durante a semana, ela chega a vender cerca de 40kg de feijão verde por dia. No fim de semana, as vendas dobram.


"Todos os dias eu saio da zona rural e vou até o centro de Baraúna para vender o feijão verde. São 7 km todos os dias que eu percorro. O feijão verde mudou a minha vida e a da minha família. Depois que começamos a plantar irrigado, ajudou muito na nossa renda", revela.


A venda de toda a produção ficou mais fácil depois que a agricultura conseguiu adquirir essa máquina que faz a debulha do feijão de forma automática. As vagens são colocadas no equipamento e em poucos minutos o feijão tá pronto para ser empacotado e vendido. O bagaço que sobra também não se perde é vendido aos criadores de animais para alimentar o rebanho. Com a máquina, a agricultora também conseguiu outra oportunidade. A debulhadeira é usada por outros produtores da região.


"Antigamente, a gente passava uma tarde e uma noite pra debulhar 50kg de feijão e mesmo assim tinha que ter ajuda de muitas pessoas. Hoje em dia, a máquina faz tudo sozinha e é muito rápido. Além disso, eu também trabalho com o serviço da debulha para outros produtores que vem aqui usar a máquina. Então é mais uma renda extra graças ao feijão verde".


Fonte: G1

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Ação social no dia das mães distribui alimentos, roupas e material de higiene a famílias carentes em Natal

 Famílias carentes do bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte de Natal, receberam roupas, alimentos, materiais de higiene, bíblias e terços durante uma ação social realizada neste domingo (9), quando é comemorado o dia das mães.



Kits foram distribuídos em igreja na Zona Norte de Natal — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


A atividade desenvolvida pelo grupo católico Deus Proverá distribuiu kits a 50 famílias que tinham sido cadastradas previamente. Metade do grupo já havia recebido o material e outras 25 receberam o material neste domingo (9), segundo a coordenação do grupo, para evitar aglomerações.



Grupo entrega cestas básicas, roupas e materiais de higiene a famílias carentes na Zona Norte de Natal. — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


"É muito importante essas roupas, que estou recebendo, a limpeza, esse sacolão, para mim e para minha família. Ontem eu estava perguntando o que a gente ia fazer no dia das mães e meu esposo disse: 'Deus proverá'. E chegou no momento certo", contou a dona de casa Adriana Maria Pinheiro, de 54 anos, que mora no Jardim Progresso e foi uma das beneficiárias.


"Deus sempre nos diz que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Estamos trazendo um pouco de dignidade para essas famílias que hoje estão necessitando tanto", disse o autônomo William Cordeiro da Costa, um dos coordenadores do grupo Deus Proverá.


Fonte: G1

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RN recebe carga com 15,6 mil doses de Coronavac

O Rio Grande do Norte recebeu na manhã deste sábado (8) uma carga com 15.600 doses de Coronavac. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) vai destinar este lote para atender o déficit de segunda dose no estado. No momento, mais de 87 mil pessoas estão com o esquema vacinal em atraso.


RN recebe carga com 15 mil doses de Coronavac — Foto: Sandro Menezes


Segundo nota técnica publicada pela Sesap, Natal ficará 6.800 doses de Coronavac. Mossoró (1.010), Parnamirim (620), Caicó (380), Pau dos Ferros (290), Ceará-Mirim (240), Currais Novos (210), São Gonçalo do Amarante (200), Macaíba (200) e Apodi (170) fecham a lista dos 10 municípios com mais doses a serem recebidas.


Um levantamento feito esta semana pela Sesap, via plataforma RN+ Vacina, apontou que 87.098 potiguares estão com doses em atraso, sendo 26.353 "por conta de doses não enviadas pelo Ministério da Saúde e por frascos que vieram com menos do que as 10 doses estipuladas".

O governo do RN informa que manteve contato com o Ministério da Saúde durante toda a semana, com o objetivo de atenuar a situação, mas não foi atendido na totalidade. Segundo a sinalização do MS, um novo lote de Coronavac deve ser entregue apenas no próximo fim de semana, conforme divulgou o governo.


As doses recebidas neste sábado serão encaminhadas para os municípios a partir das 15h. A Sesap aguarda para o início da semana um novo carregamento de imunizantes, desta vez da Pfizer. Em ofício ao MS, o governo ainda requisitou que estas vacinas possam ser trocadas por Coronavac, para atender o público com a segunda dose atrasada.


Fonte: G1

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Ministério diz que vai distribuir 1,1 milhão de doses da vacina da Pfizer a partir desta segunda-feira

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O Ministério da Saúde informou neste domingo (9) que distribuirá a partir desta segunda-feira (10) 1,1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Pfizer.


As doses fazem parte de um contrato que prevê, ao todo, 100 milhões de imunizantes. Cerca de 500 mil doses começaram a ser distribuídas na semana passada.


Em nota, o ministério informou que as doses a serem distribuídas a partir desta segunda-feira devem ser destinadas para a aplicação da primeira dose em:


pessoas com comorbidades;

gestantes;

puérperas;

pessoas com deficiência permanente.

Ainda de acordo com o ministério, todos os estados e o Distrito Federal receberão as doses de maneira "proporcional e igualitária".


As doses, explicou o governo, estão armazenadas no Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), a uma temperatura de -90°C a -60°C. Quando forem enviadas aos estados, serão transportadas a -20°C e, nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de 2°C a 8°C, precisam ser aplicadas em até cinco dias.


"Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra", informou o ministério.


Mais 100 milhões de doses

Na semana passada, o Ministério da Saúde liberou R$ 6,6 bilhões para a compra de mais 100 milhões de doses da Pfizer.


Ao prestar depoimento à CPI da Covid, na última quinta-feira (6), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o novo contrato com a Pfizer. Na ocasião, também disse que a campanha de vacinação é fundamental para controlar a pandemia.


Integrantes da CPI têm cobrado o governo pelo atraso na aquisição de vacinas. Uma das linhas de investigação é justamente apurar se houve negligência por parte do governo Jair Bolsonaro na compra de imunizantes para a população.


Fonte: G1

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Registros de ocorrência mostram que 24 corpos de suspeitos foram removidos sem perícia no Jacarezinho

Registros de ocorrência relativos a operação que terminou com 28 mortos no Jacarezinho, Zona Oeste do Rio, mostram que 24 dos 27 corpos de suspeitos foram removidos sem perícia no local. Além dos 27 homens considerados suspeitos pela polícia, também morreu durante a operação um inspetor da Polícia Civil.


No fim da tarde de sábado 4 de 6 suspeitos que foram presos na operação falaram em depoimento que durante a operação foram obrigados a levar corpos de suspeitos mortos para dentro de blindados da Polícia Civil e que não foram mortos por estar perto de parentes.


Apesar do constatado nos registros, a Polícia Civil nega que só tenha realizado a perícia no local de três dos 27 suspeitos. Em nota, o órgão afirma que é possível, sim, realizar a perícia de local já sem os corpos. E, ainda, diz que as circunstâncias de eventuais socorros para encaminhamento à unidade hospitalar e da retirada de corpos do cenário serão esclarecidas durante a investigação policial.


Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Civil informou, em nota, que "a versão dos criminosos presos será apurada na investigação".



Cadeira onde foi encontrado um dos mortos no Jacarezinho — Foto: Reprodução


A polícia informou o nome dos mortos mas ainda não divulgou os crimes atribuídos a cada um deles. Um dos registros não indica apreensão de armas com o morto: a da morte do homem que foi encontrado em uma cadeira - fotos da cena viralizaram nas redes sociais.


Os 12 registros mostram que os suspeitos foram mortos em 10 lugares diferentes do Jacarezinho, em confrontos envolvendo 26 policiais.


Ouvido pela GloboNews, o perito Mário Bonfatti disse que a preservação das provas técnicas é importante para o esclarecimento das ocorrências.


"É importantíssima a preservação do local. Está inclusive previsto no Código de Processo Penal que a autoridade deverá comparecer ao local, preservar todos os indícios e vestígios até a chegada dos peritos para que eles possam estabelecer uma dignose diferencial do evento e até a dinâmica do evento, inclusive".


Fonte: G1

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Após ficar 50 dias em coma por causa da Covid, mulher celebra Dia das Mães com filhos: 'vai ficar na história', diz

A designer de interiores Evellyn Oliveira enfrentou inúmeros desafios para conseguir passar o Dia das Mães com os filhos Bento e Maria Alice, neste domingo (9). Ela estava grávida quando foi infectada pela Covid-19. Com complicações em decorrência da doença, encontrava-se intubada e desacordada quando a filha nasceu, no fim de 2020.


Foram 67 dias internada, 50 deles em coma. Uma luta pela vida com final feliz. “Quando acordei lembro de um enfermeiro me contando o que tinha acontecido.


Evellyn passou 67 dias internada, 50 deles em coma. Hoje vai passar o Dia das Mães ao lado dos filhos — Foto: Reprodução/WhatsApp


‘Você precisou ser intubada, a sua filhinha nasceu, ela está bem. Está na UTI neonatal, mas só ganhando peso. O pior já passou. Você é uma vencedora’ ele disse”, lembrou.

Hoje Maria Alice está com quatro meses e o irmão mais velho com 1 ano e seis meses. Evellyn lembra aliviada de tudo que passou.


“Quando completei as 29 semanas de gestação fizeram o parto. Escolheram um dia em que eu estava estável, conseguiram me levar para o bloco cirúrgico e minha filha nasceu, comigo intubada”, disse.



Ela posou com fotos dos filhos nas mãos no dia que despertou do coma — Foto: WhatsApp/Reprodução


Depois do parto, no dia 28 de dezembro, o quadro de saúde piorou bastante. Evellyn precisou se submeter a uma traqueostomia.


E depois, com 100% do pulmão comprometido, teve que utilizar uma terapia que se assemelha ao uso de um pulmão artificial, o ECMO [Oxigenação por Membrana Extracorpórea].


“O que me contaram desse tempo que eu fiquei inconsciente foi que foi muito difícil, muitas notícias ruins. Passei 20 dias na ECMO para tentar descansar esse pulmão. E além disso sempre tinha outros fatores. Algumas infecções que apareceram”, contou.


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Foram tantos dias hospitalizada que Evellyn completou 25 anos quando estava internada, no dia que precisou ser intubada — Foto: Reprodução/WhatsApp


“É um momento que vai ficar para sempre na minha memória. A gente ter os filhos no braço é um presente, principalmente depois dessa trajetória tão difícil, tanto minha quanto dela”, observou.

Foram tantos dias hospitalizada que Evellyn completou 25 anos quando estava internada. E no mesmo dia precisou ser intubada. Apenas 45 dias após o nascimento da filha ela conseguiu pegar Maria Alice no colo pela primeira vez.


O reencontro com Bento demorou 67 dias para acontecer e também foi com muita emoção. Quando ouviu a voz do filho, ainda do elevador, as lágrimas já começaram a cair. O filho olhava para o rosto dela, repetia mamãe sem parar e dava vários sorrisos 


“Foi um alívio. Eu disse ‘ele lembra de mim, ele não me esqueceu’. E uma alegria de voltar para casa e ter esse reencontro de novo com ele. E Alice também, que já estava em casa”, afirmou.


O Dia das Mães, Evellyn não tem dúvidas, de que será especial. “Com certeza virão outros, se Deus quiser, mas esse vai ser o melhor, vai ser o que vai ficar na história. Os dois filhos no braço. Depois das batalhas que enfrentamos, eu e Maria Alice, passarmos juntas vai ser um presente de Deus”, comemorou.



Andrey enviava mensagens para a esposa todos os dias, mesmo quando ela estava desacordada — Foto: Reprodução/TV Globo


O marido, o corretor de seguros Andrey Cavalcanti, cuidava tudo em casa para que ela se recuperasse e enviava mensagens para a esposa todos os dias, mesmo quando ela estava desacordada e não podia ler.



Evellyn Oliveira estava entubada e em coma quando a filha nasceu — Foto: Reprodução/TV Globo


“Quando ela ficou internada a princípio, antes de ser intubada, me recordo de uma frase que ela mandou dizendo ‘cuida bem dele’, se referindo ao nosso filho. Então eu sempre ia atualizando ela de como estavam as coisas”, lembrou.


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Andrey conta que tinha medo de perder a companheira e ter que cuidar dos filhos sozinho — Foto: Reprodução/TV Globo


Nos primeiros dias, Andrey conta que o medo de perder a companheira e ter que cuidar dos filhos sozinho era enorme.


“Nos dez primeiros dias eu tive medo, mas depois que o tempo foi passando o meu sentimento foi de saudade. Quando ela acordou foi a melhor emoção da minha vida. Eu acredito que ainda não vai ter outra”, disse.


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Evellyn Oliveira no Dia das Mães com os filhos Bento e Maria Alice — Foto: WhatsApp/Reprodução


Fonte: G1

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Corpo de piloto de aeronave é encontrado em mangue na Zona Sul de Aracaju

No final da manhã deste domingo (9), as equipes de resgate conseguiram localizar o corpo do piloto, Adriano Leon, de 32 anos, que estava na aeronave que caiu e afundou em uma região de manguezal, no Bairro Atalaia, Zona Sul de Aracaju. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de Sergipe.



Piloto de aeronave que caiu em Aracaju — Foto: Reprodução/TV Sergipe/Arquivo


O trabalho foi retomado através de um novo acesso ao mangue, que foi realizado após o corte de parte da vegetação, conforme informações do coordenador da Defesa Civil da capital, major Sílvio Prado. As tentativas de resgate duraram quatro dias e envolveram bombeiros militares, agentes das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil, cães farejadores e representantes de vários órgãos da Prefeitura de Aracaju.



Equipes trabalhando na região de mangue neste domingo — Foto: SSP/SE


Acesso aberto para que máquinas pudessem ajudar no resgate do piloto — Foto: PMA


Segundo o major da Defesa Civil, foram realizadas várias tentativas para chegar ao local do acidente sem abrir um novo acesso para evitar impactos ambientais, mas elas se esgotaram e foi necessário adotar novas medidas. O serviço foi autorizado pelos órgãos ambientais da capital e do estado.


“Passamos dois dias tentando recuperar o corpo, fazendo apenas escavações manuais e verificamos que com o fluxo da maré era impossível, porque todo trabalho era perdido assim que a maré enchia. Então resolvemos, no terceiro dia, fazer uma nova frente de trabalho, com retroescavadeira fazendo um acesso para que as máquinas de grande porte pudessem adentrar ao local. Com a retroescavadeira tivemos uma amplitude bem maior, conseguimos revirar o local do impacto do acidente, retirando o motor e assim localizando o corpo rapidamente”, explicou o major Sílvio.



Parte da aeronave encontrada no mangue neste domingo — Foto: PMA


Próximo ao local onde estava o corpo foram encontrados o motor e partes da aeronave. Outras peças já haviam sido resgatadas e enviadas para o Aeroclube de Aracaju, onde vão ficar à disposição da Polícia Federal.


A possibilidade de encontrar o piloto com vida começou a ser descartada pelas autoridades, após a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe informar, na tarde da última sexta-feira (7), que exames confirmaram que os restos mortais encontrados próximo a fuselagem do avião eram de Adriano.


O piloto nasceu e fez faculdade de ciências aeronáuticas em Belo Horizonte (MG). A esposa dele, Michelle Rodrigues, estava em Aracaju para acompanhar as buscas. Segundo o tio dela, Jair Rodrigues da Cruz, que mora na capital sergipana, ela está grávida e preparava uma surpresa para o marido.


O acidente

Adriano Leon estava retornando a uma fazenda no município mineiro de Unaí, após deixar um passageiro na capital sergipana. Minutos depois da decolagem, no Aeroporto Santa Maria, o piloto relatou um problema à torre de controle e tentou retornar ao aeroporto, mas acabou caindo por volta das 11h40 em uma área de manguezal, na Avenida Desembargador José Antônio de Andrade Góes, distante cerca de três quilômetros do local da decolagem.


Segundo as equipes de buscas, os trabalhos foram dificultados porque a área foi contaminada pelo vazamento do combustível e já é poluída pela rede de esgoto. Durante os trabalhos, alguns bombeiros chegaram a passar mal e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).


As investigações do acidente estão sendo conduzidas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), vinculado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa).


Fonte: G1

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Juiz de Curitiba mantém bloqueio de bens de Lula em processos da Lava Jato até que Fachin se manifeste

O juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, não atendeu, nesta sexta-feira (7), a um recurso da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e manteve o bloqueio de bens do ex-presidente em processos da Operação Lava Jato.



Defesa recorreu da decisão que manteve bloqueio de bens de Lula em processos da Lava Jato — Foto: Andre Penner/AP


No despacho, Bonat disse que a decisão sobre os bloqueios depende da manifestação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Em março, a defesa de Lula recorreu da decisão de Bonat, que havia mantido os bloqueios de bens de investigados nos processos relacionados ao triplex, sítio de Atibaia, doações ao Instituto Lula e sede do Instituto Lula.


O juiz determinou o envio de ações da Lava Jato ao Distrito Federal, atendendo a uma decisão do Supremo Tribunal Federal.


Na decisão desta sexta-feira, Bonat destacou que, caso o ministro do STF defina pela liberação dos bens bloqueados, imediatamente serão executadas as providências, independentemente do envio dos processos para outra vara federal.


"Em outras palavras, a discussão a respeito da necessidade de manutenção ou não das medidas constritivas que recaem sobre o patrimônio do Requerente está afetada ao Eg. Supremo Tribunal Federal, cabendo a este Juízo, por ora, e por cautela e deferência, aguardar o posicionamento do Supremo Tribunal Federal", diz o documento.

Conforme o recurso dos advogados de Lula, a 13ª Vara Federal de Curitiba não poderia manter os bloqueios, considerando que o STF determinou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar quatro processos em relação a ele.


Fachin concedeu, no começo de março, um habeas corpus à defesa do ex-presidente declarando incompetência da Vara Federal de Curitiba e anulando duas condenações do ex-presidente, no âmbito da Operação Lava Jato, julgadas no Paraná.


O G1 tenta contato com a defesa do ex-presidente sobre o despacho desta sexta-feira.


Envio dos processos

No pedido de liminar, os advogados de Lula pediram ainda ao STF que todos os processos ou procedimentos acessórios às ações penais fossem enviados ao Distrito Federal.


Edson Fachin solicitou informações à 13ª Vara Federal de Curitiba e determinou que os autos fossem enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação antes da decisão sobre a liminar.


Até o final de abril, somente um dos quatro processos do ex-presidente Lula que tramitaram na Justiça Federal do Paraná (JFPR) foi enviado para o Distrito Federal. Trata-se da ação que investiga o recebimento de R$ 4 milhões pelo Instituto Lula em doações da Odebrecht.


Outro processo relacionado ao instituto, que apura a doação de um terreno para a entidade e a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP), aguardava decisão do STF para ser enviado, de acordo com a JFPR.



Nessa ação, o juiz da Lava Jato no Paraná, Luiz Antonio Bonat, decidiu consultar a Suprema Corte em relação às medidas cautelares determinadas no âmbito do processo, como bloqueio de bens.


Em março, o juiz chegou a determinar o envio das duas ações envolvendo o Instituto Lula para o DF, mas logo depois interrompeu a remessa com a decisão da Segunda Turma do STF quanto a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.


Os dois processos nos quais Lula tinha sido condenado no Paraná, que tratam do tríplex do Guarujá (SP) e do sítio em Atibaia, estão com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS).


Apesar de Fachin ter anulado as ações penais envolvendo Lula na Lava Jato do Paraná, o juiz federal Luiz Antonio Bonat afirmou que as medidas cautelares tramitam de forma separada e, por isso, resolveu consultar o STF e manter os bloqueios de bens.


Na decisão, Bonat escreveu que, caso essa não seja a interpretação feita pelo STF, o ministro Edson Fachin deveria informar a Justiça Federal de Curitiba para que o desbloqueio dos bens fosse feito.


Habeas corpus

A decisão do ministro Edson Fachin que anulou quatro processos de Lula na Lava Jato no Paraná atendeu a um pedido de habeas corpus feito pala defesa do ex-presidente, em novembro de 2020. Com a decisão, Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.


Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o "juiz natural" dos casos.


O ministro determinou que fossem remetidos do Paraná para Brasília as seguintes ações:


Triplex do Guarujá: nesta ação, Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em julho de 2017. A condenação levou o ex-presidente a ficar preso por 580 dias. No mesmo processo ele foi absolvido das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento de acervo presidencial;

Sítio de Atibaia: Lula foi condenado, no processo, em fevereiro de 2019, sob acusação de recebimento de propina. Nesta ação, o ex-presidente foi absolvido da acusação de lavagem de dinheiro envolvendo a ocultação e dissimulação de valores utilizados no custeio por um amigo de Lula nas reformas feitas no sítio.

Doações ao Instituto Lula: o ex-presidente responde a duas ações referentes ao caso. Em ambos, não há sentença da Justiça Federal em 1ª instância.


Com a decisão do STF, os processos entregues são analisados por um novo juiz, no Distrito Federal. O magistrado terá que analisar e decidir sobre a validade das movimentações dos processos.


No habeas corpus, Fachin anulou o recebimento das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente. Com as decisões, o novo juiz também deve analisar se Lula deve ser julgado pelos casos.


Caso o juiz sorteado na Vara Federal de Brasília não receba as denúncias formuladas pelo MPF, o ex-presidente pode ser absolvido sumariamente.


Fonte: G1

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China criará 'linha de separação' no cume do Everest diante de temores de Covid

Como medida de precaução, a China estabelecerá uma "linha de separação" no cume do Monte Everest para evitar a mistura de alpinistas do Nepal, atingido pela Covid, daqueles que sobem pelo lado tibetano, segundo informou a mídia estatal chinesa neste domingo (9).


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Acampamento na base do Monte Everest, onde um surto de casos de coronavírus foi registrado no final de abril — Foto: Prakash Mathema/AFP


O acampamento na base do Everest, no lado nepalês, registra casos de coronavírus desde o fim de abril. O governo nepalês, carente de receitas do turismo, ainda não cancelou a temporada de escaladas na primavera, que geralmente vai de abril ao início de junho, antes das chuvas das monções.


Uma pequena equipe de guias de escalada tibetanos subirá o Everest e estabelecerá a "linha de separação" para impedir qualquer contato entre montanhistas de ambos os lados do pico, informou a agência de notícias Xinhua, citando o chefe do escritório de esportes do Tibete.


No entanto, não ficou claro como a linha seria aplicada no cume, uma área minúscula, perigosa e inóspita do tamanho de uma mesa de jantar.


Um grupo de 21 cidadãos chineses está a caminho do topo do lado tibetano, informou a Xinhua. Os guias tibetanos estabelecerão a linha de separação antes da chegada do grupo, disse a agência de notícias estatal, sem descrever como seria a linha.



Também não ficou claro se os guias tibetanos seriam os responsáveis ​​pela "separação", ou se eles permaneceriam na chamada zona da morte - onde muitas vidas foram perdidas devido à falta de oxigênio - para manter a linha.


Fonte: Reuters

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Fungo raro e agressivo 'mutila' pacientes de Covid na Índia

Na manhã de sábado, Akshay Nair, um cirurgião de olhos de Mumbai, na Índia, estava esperando para operar uma mulher de 25 anos que havia se recuperado de Covid-19 três semanas antes.



Segundo médicos indianos, casos de mucormicose estão se tornando mais numerosos no país, especialmente em mais jovens — Foto: Getty Images via BBC


Dentro da sala de cirurgia, a paciente diabética já estava sendo submetida a outro procedimento, por um otorrinolaringologista.


Ele havia inserido uma cânula em seu nariz e estava removendo tecidos infectados com mucormicose, uma infecção fúngica rara, mas perigosa. Essa doença agressiva afeta o nariz, os olhos e, às vezes, o cérebro.


Depois que seu colega terminasse, Nair realizaria uma cirurgia de três horas para remover o olho do paciente.


"Vou remover o olho para salvar a vida dela", explica ele à BBC.


Mesmo com uma segunda onda mortal de Covid-19 arrasando a Índia, os médicos agora estão relatando uma série de casos envolvendo uma infecção rara - também chamada de "fungo negro" - entre pacientes com Covid-19 em recuperação e recuperados.


Mucormicose afeta com mais frequência imunodeprimidos. — Foto: Getty Images via BBC


O que é mucormicose?

A mucormicose é uma infecção muito rara, causada pela exposição a um tipo de mofo comumente encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição.


"É onipresente e encontrado no solo e no ar e até mesmo no nariz e no muco de pessoas saudáveis", explica Nair.


A doença afeta os seios da face, o cérebro e os pulmões e pode ser fatal em diabéticos ou em indivíduos gravemente imunodeprimidos, como pacientes com câncer ou pessoas com HIV/AIDS.

O médico diz acreditar que a mucormicose, que tem uma taxa de mortalidade geral de 50%, pode ser desencadeada pelo uso de esteroides, um tratamento que salva vidas para pacientes graves com Covid-19 e criticamente doentes.


Os esteroides reduzem a inflamação nos pulmões e parecem ajudar a interromper alguns dos danos que podem ocorrer quando o sistema imunológico do corpo entra em atividade para combater o novo coronavírus.


Mas acabam por reduzir a imunidade e aumentam os níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos e não diabéticos com Covid-19.


Acredita-se que essa queda na imunidade possa estar desencadeando esses casos de mucormicose.


Esteroides são medicamentos essenciais para salvar vidas de pacientes com Covid. — Foto: Getty Images via BBC


"O diabetes diminui as defesas imunológicas do corpo, o coronavírus o agrava e, em seguida, os esteroides que ajudam a combater a Covid-19 agem como se estivéssemos jogando gasolina no fogo", explica Nair.

O cirurgião ocular - que trabalha em três hospitais em Mumbai, uma das cidades mais afetadas pela segunda onda - diz que já atendeu cerca de 40 pacientes com infecção fúngica em abril. Muitos deles eram diabéticos que se recuperaram da Covid-19 em casa. Onze deles tiveram um olho removido cirurgicamente.


Entre dezembro e fevereiro, seis de seus colegas em cinco cidades - Mumbai, Bangalore, Hyderabad, Delhi e Pune - relataram 58 casos da infecção. A maioria dos pacientes a contraiu entre 12 a 15 dias após a recuperação da Covid-19.


O movimentado Hospital Sion de Mumbai relatou 24 casos dessa infecção fúngica nos últimos dois meses, ante seis casos por ano, de acordo com Renuka Bradoo, chefe do departamento de otorrinolaringologia do hospital.


Onze deles perderam um olho e seis morreram.


Grande parte dos pacientes era diabética de meia-idade que foi infectada pelo fungo duas semanas após se recuperar da Covid-19.


"Já estamos vendo de dois a três casos por semana aqui. É um pesadelo dentro de uma pandemia", diz ela à BBC.

Na cidade de Bengaluru, ao sul, Raghuraj Hegde, cirurgiã oftalmologista, conta uma história parecida.


Ela viu 19 casos de mucormicose nas últimas duas semanas, a maioria deles pacientes jovens. "Alguns estavam tão doentes que não podíamos nem mesmo operá-los."


Os médicos dizem que estão surpresos com a gravidade e a frequência dessa infecção fúngica durante a segunda onda, em comparação com apenas alguns casos durante a primeira onda no ano passado.


Nair diz que só atendeu 10 casos dessa doença em Mumbai nos últimos dois anos. "Este ano é algo diferente", diz.


Em Bengaluru, Hegde nunca tinha visto mais de um ou dois casos por ano em mais de uma década como médica.


Os pacientes que sofrem dessa infecção fúngica geralmente apresentam sintomas de nariz entupido e sangramento; inchaço e dor nos olhos; pálpebras caídas; visão turva e, finalmente, perda de visão. Pode haver manchas pretas de pele ao redor do nariz.


Os médicos dizem que a maioria de seus pacientes busca tratamento médico tarde demais, quando já está perdendo a visão. Como resultado, eles precisam remover cirurgicamente o olho para impedir que a infecção alcance o cérebro.


Em alguns casos, contam, os pacientes perderam a visão em ambos os olhos.


E, em casos raros, os médicos precisam remover cirurgicamente o osso da mandíbula para impedir que a doença se espalhe.


Uma injeção intravenosa antifúngica que custa 3,5 mil rúpias (R$ 250) a dose e tem que ser administrada todos os dias por até oito semanas é o único medicamento eficaz contra a doença.


Uma forma de impedir a possibilidade de infecção fúngica é garantir que os pacientes com covid-19 - tanto no tratamento quanto após a recuperação - recebam a dose e a duração corretas de esteroides, diz Rahul Baxi, diabetologista de Mumbai.


Ele conta que tratou cerca de 800 pacientes diabéticos com covid-19 no ano passado, e nenhum deles contraiu a infecção fúngica.


"Os médicos devem cuidar dos níveis de açúcar após a alta dos pacientes", diz Baxi à BBC.


Segundo um funcionário do alto escalão do governo indiano, "não há grande surto" de mucormicose no país.


No entanto, é difícil dizer por que mais casos dessa infecção estão sendo notificados na Índia.


"A cepa do vírus parece ser virulenta, elevando o açúcar no sangue a níveis muito altos. E, estranhamente, a infecção fúngica está afetando muitos jovens", diz Hegde.


Seu paciente mais novo no mês passado era um homem de 27 anos, que nem era diabético.


"Tivemos que operá-lo durante sua segunda semana de covid-19 e remover seu olho. É muito devastador."


Fonte: BBC

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Três pessoas ficam feridas em tiroteio na Times Square, em Nova York

Duas mulheres e uma criança foram baleadas na Times Square, em Nova York, em um tiroteiro no final da tarde deste sábado (8).


De acordo com o Departamento de Polícia de Nova York, uma mulher de 43 anos levou um tiro na coxa, outra de 23 anos foi baleada no pé e uma criança de apenas quatro anos levou um tiro na perna esquerda. As vítimas foram levadas ao hospital, mas não correm risco de vida.


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Tiroteio em Times Square deixou duas mulheres e uma criança feridas — Foto: David Dee Delgado/Getty Images/AFP


Segundo a polícia, o crime aconteceu após um grupo de quatro homens começar a discutir e um deles disparar. Quando eles viram que atingiram três pessoas, saíram correndo e fugiram.


Nas redes sociais, o prefeito de Nova York confirmou que as vítimas estão estáveis e que os autores do crime "estão sendo rastreados".


"A entrada de armas ilegais em nossa cidade deve parar", disse.

Vale lembrar que a Times Square voltou a ficar movimentada nas últimas semanas devido à flexibilização das regras de isolamento social, justificada pelo avanço da vacinação nos EUA.


Por conta da investigação, parte da área foi fechada e o trânsito, desviado.


No final de março, uma mulher de origem asiática de 65 anos foi derrubada na calçada e chutada na cabeça em uma rua de Manhattan, próxima à Times Square. O suspeito foi preso e acusado de agressão criminosa e crime de ódio


Fonte: G1

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Explosão em Cabul mata 30 e deixa mais de 50 feridos

Uma explosão perto de uma escola em Cabul, neste sábado (8), deixou pelo menos 30 pessoas mortas e feriu mais de 50, incluindo estudantes, informou o Ministério do Interior do Afeganistão.


A explosão ocorreu no distrito de Dasht-e-Barchi, no oeste de Cabul, quando os moradores estavam fazendo compras na rua antes do feriado de Aid al Fitr da próxima semana, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.


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Mulher ferida é transportada para hospital após se ferir em explosão em Cabul, neste sábado (8) — Foto: Mohammad Ismail/Reuters


O bairro é habitado principalmente por xiitas hazara e já foi atacado anteriormente por militantes islâmicos sunitas.


O porta-voz do Ministério da Saúde, Dastagir Nazari, disse que várias ambulâncias foram enviadas ao local e os feridos estavam sendo retirados.



A explosão ocorre enquanto os Estados Unidos retiram os últimos de seus 2.500 soldados do país, apesar dos poucos resultados nas tentativas de paz entre o Talibã e o governo afegão para encerrar uma guerra de décadas no Afeganistão.


As autoridades geralmente culpam o Talibã pelos ataques em Cabul, mas, neste caso, os insurgentes negam a responsabilidade.


Negociações de paz

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) pediram nesta sexta a retomada imediata das conversas entre as partes no Afeganistão e condenaram o Talibã por realizar ataques generalizados quando forças estrangeiras estão deixando o país.


Representantes de Washington, da UE, da OTAN e outros países europeus se reuniram em Berlim na quinta. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a retirada de suas tropas será concluída em 11 de setembro, vigésimo aniversário dos ataques que desencadearam a invasão americana ao Afeganistão.


A reunião de Berlim terminou com uma declaração que "solicitou a retomada imediata, sem condições prévias, de negociações substantivas sobre o futuro do Afeganistão".

As negociações devem levar a "posicionamentos de compromisso sobre a divisão do poder que podem levar a um governo inclusivo e legítimo".


"O processo de retirada das tropas não deve servir como desculpa para o Talibã suspender o processo de paz", acrescentou.


O governo de Cabul e o Talibã iniciaram negociações sem precedentes no Catar em setembro, mas têm penado para seguir em frente.


A Turquia tinha programado realizar uma conferência sobre o Afeganistão no final de abril, mas ela foi adiada indefinidamente porque o Talibã se recusou a comparecer.


Os extremistas protestavam contra o atraso na retirada dos EUA, que o ex-presidente Donald Trump havia inicialmente marcado para 1º de maio.


Desde que as tropas estrangeiras começaram a se retirar do Afeganistão, as forças do governo e o Talibã se envolveram em combates, especialmente na província de Helmand.


A declaração emitida após as negociações de Berlim "condena veementemente a violência contínua no Afeganistão, pela qual o Talibã é amplamente responsável".


Ela também pediu ao Talibã que "detenha sua ofensiva". "Qualquer ataque do talibãs às nossas tropas durante este período terá uma resposta contundente", disse o comunicado.


Fonte: G1

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