quarta-feira, março 09, 2022

Homem mata namorado da ex, se esconde dentro de guarda-roupa e acaba preso



Um homem suspeito de matar o namorado da sua ex-companheira foi preso na madrugada de terça-feira (8) após ser encontrado pela Polícia Militar dentro de um guarda-roupa. O caso aconteceu na cidade de Guamaré, na Costa Branca potiguar.


Segundo a Polícia Militar, a prisão aconteceu cerca de meia hora após o crime. Outros dois suspeitos de participação do homicídio também foram detidos em flagrante.


De acordo com o relato policial, o assassinato aconteceu por volta das 2h10 na praça de esportes do bairro Salina da Cruz.


Após receber a denúncia de que um jovem tinha sido esfaqueado durante um briga no local, a equipe da PM encontrou a vítima sendo socorrida por profissionais de saúde em uma ambulância, mas já inconsciente. Uma adolescente, namorada do rapaz, acompanhava o atendimento.


A adolescente contou à polícia que ela e o namorado estavam na casa dela quando dois amigos foram ao imóvel informando que algumas pessoas queriam conhecê-lo na praça. Ela relatou que ainda teria tentado impedir que o homem fosse ao local, mas ele decidiu ir.


Na praça, o casal encontrou o ex-namorado da adolescente, que iniciou uma briga com a vítima. Os dois entraram em luta corporal e o homem desferiu três facadas no namorado da ex, atingido o ombro, uma coxa e as costas. Apesar do socorro, o jovem morreu.


Ainda segundo a PM, os três envolvidos fugiram do local para a casa do suspeito. Após localizar o endereço e se aproximar do imóvel, os policiais perceberam que dois tentaram fugir pulando os muros dos quintais vizinhos, mas houve perseguição e eles acabaram detidos. Ambos confessaram participação na ação.


Já o homem que seria o autor das facadas estava dentro da casa. Os militares entraram no imóvel e encontrara o suspeito escondido dentro do guarda-roupa de um dos quartos.


Os três presos foram levados para a Delegacia Regional de Macau. Ainda de acordo com a PM, tanto a vítima como o autor do crime teriam passagens pela polícia.


Fonte: g1

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Polícia Civil do RN lança guia que ensina como mulheres podem se proteger, pelo celular, de possíveis perseguições de ex-companheiros



A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) lançou, nesta terça-feira (8), o Plano de Proteção à Mulher vítima de violência doméstica e o Guia Prático de Proteção Tecnológica à Mulher.


As ferramentas consistem em orientações a serem entregues às vítimas que procurarem uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), elaboradas de acordo com a necessidade de cada uma, levando-se em conta o contexto de violência apresentado no momento do registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) e do preenchimento Formulário de Avaliação de Risco.


O Guia Prático de Proteção Tecnológica à Mulher traz dicas de como se proteger, pelo celular, de possíveis perseguições de companheiros e ex-companheiros. "Ela vai saber, por exemplo, identificar no celular dela aplicativos espiões; ela vai saber se está sendo monitorada de forma online pelo agressor e conseguir impedir que ele a localize através do aparelho celular dela", explicou a coordenadora das Delegacias da Mulher do RN, Paoulla Maués.


Em relação ao Plano de Proteção à Mulher vítima de violência doméstica, Paoulla explicou que o objetivo é orientar as mulheres como agir de acordo com a particularidade de cada caso. "A gente vai avaliar qual é o contexto de violência que ela está inserida e dar as orientações. Se ela informar que o agressor tem arma em casa, por exemplo, nós orientamos ela a fazer a denúncia. Se ela quiser fazer a retirada de pertences pessoais, nós vamos acompanhá-la nessa retirada", disse


O Rio Grande do Norte tem cinco delegacias especializadas de atendimento à mulher: duas em Natal, uma em Parnamirim, uma em Mossoró e uma em Caicó. Nos municípios sem delegacias especializadas, as vítimas podem procurar as delegacias distritais.


Fonte: g1

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Júri popular condena médico que matou idosa a tiros 'por sadismo' a 22 anos de prisão

Um júri popular condenou a 22 anos de prisão o médico Wilson Edino de Freitas Jales, de 48 anos, que foi considerado culpado por matar a tiros a agricultora Francisca Alves da Silva Oliveira, de 68 anos, em 2019. O crime aconteceu às margens da rodovia RN-78, na zona rural de Olho D'água dos Borges, no Oeste potiguar.


Foto de Wilson Jales empunhando arma foi anexada aos inquéritos que apuraram os assassinatos dos quais ele é suspeito de ser o mandante Oeste potiguar — Foto: Cedida/Polícia Civil


Segundo a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, a motivação do crime foi o "sádico prazer" de subtrair a vida da vítima. A idosa não conhecia o assassino, não tinha qualquer desavença com ele e também não teve nenhum objeto roubado após o crime.



O júri popular foi realizado nesta terça-feira (8), em Mossoró.

O crime que vitimou Francisca Alves da Silva Oliveira, conhecida como Dona Chica, aconteceu na madrugada do dia 9 de janeiro de 2019, por volta das 4h30, na RN-078, entre Olho d’Água do Borges e Patu.


Agricultora Francisca Alves Silva Oliveira, de 68 anos, foi baleada e morreu na hora — Foto: PMRN/Divulgação


Segundo a denúncia oferecida pelo MPRN, a idosa fazia uma caminhada matinal ao lado do marido, quando os dois foram abordados pelo médico e comparsas.


Em testemunho à polícia, o marido de Francisca disse estava caminhando com ela quando uma caminhonete branca se aproximou e parou atrás deles. Ainda de acordo com a vítima, ele ouviu um grito de “Ei, véi” e, em seguida, disparos de arma de fogo.



O homem correu para um matagal e se escondeu. Ele ouviu os tiros que vitimaram a companheira.


Ainda de acordo com o MP, os dois idosos são reconhecidos na localidade onde moravam como pessoas de bem, pacatas, sem qualquer inimizade ou desavença.


O médico e outros três suspeitos foram presos no mesmo dia do crime em um bar em Patu.


Wilson Edino de Freitas Jales foi condenado a 22 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por ter dificultado a defesa da vítima. Ele já estava preso em regime fechado e vai continuar na mesma condição.


Outro acusado pelo crime ainda irá a júri popular no próximo dia 28 de março, também em Mossoró, segundo o Ministério Público.


Fonte: g1

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Após decreto municipal, shoppings de Natal liberam entrada de pessoas sem máscaras

Os shoppings de Natal liberaram a partir desta quarta-feira (9) o acesso de clientes sem a utilização da máscara facial.


Midway Mall: apesar da liberação, maioria das pessoas seguem usando máscaras para entrar no shopping em Natal — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


A decisão segue o novo decreto da prefeitura de Natal, publicado do Diário Oficial do Município, que desobriga o uso da máscara na capital em ambientes abertos ou fechados. Assim, a utilização passa a ser facultativa.


A obrigatoriedade do uso de máscaras na capital potiguar ocorria desde 2020, ano do início da pandemia da Covid.


Natal Shopping, Midway Mall, Praia Shopping e Cidade Jardim confirmaram que a partir desta quarta (9) qualquer cliente pode entrar sem máscaras nos ambientes, seguindo o que determina a legislação municipal.


Em nota, o Praia Shopping disse que segue a recomendação do decreto e por isso, a partir desta quarta, "a utilização de máscaras de proteção facial contra Covid passa a ser facultativo nas dependências do Praia Shopping, por lojistas, funcionários de lojas e consumidores".


O Partage Norte Shopping confirmou que segue o decreto municipal, que torna o uso facultativo, mas ressaltou em nota que "as demais medidas sanitárias devem ser cumpridas e exigidas, como o uso de álcool em gel e distanciamento social".


O Midway Mall reforçou que, apesar da liberação, também seguem bem-vindos clientes que continuem usando a máscara.


Mesmo com o decreto, o que se viu no Midway na tarde desta quarta foi a maioria dos clientes e profissionais usando a proteção. Esse é o caso do motoboy Michel Stalone, que precisou entrar no shopping nesta quarta e, mesmo ciente do decreto, decidiu manter o uso da máscara.



"Passei a saber hoje pela manhã, é um assunto que rola pela cidade. Uns resolvem usar, outros resolvem deixar. Mas eu acho melhor proteger a minha saúde e a quem está perto de mim. É importante continuar usando, porque o decreto não abate o vírus, usar é melhor para a nossa saúde", disse.


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O motoboy Michel Stalone ficou sabendo do decreto, mas preferiu seguir usando máscara — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi


Recomendação para lojistas

Após da desobrigação, as entidades do comércio emitiram uma recomendação para que lojistas mantenham uso da máscara entre vendedores e funcionários.


Para a CDL, a liberação acontece num momento oportuno, mas recomendou que as lojas mantenham os protocolos em respeito aos clientes que não se sentem confortáveis.


A Federação do Comércio do RN (Fecomércio) fez a mesma recomendação para dar mais "comodidade" aos clientes.


A Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA) também recomendou a manutenção do uso "por motivos de segurança própria e cuidado com o cliente".


Prefeitura desobriga uso

A prefeitura de Natal desobrigou o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 em decreto publicado nesta quarta. Assim, o uso passa a ser facultativo na capital potiguar.


Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, a medida vale para locais abertos e fechados e seguiu parecer do comitê científico do município.


Até então, o uso de máscaras em locais abertos e fechados só tinha sido desobrigado no Rio de Janeiro. Lá, pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 consideraram a liberação do uso de máscaras precipitada.


Outras 11 capitais já anunciaram a liberação, porém apenas em locais abertos.


O decreto de Natal afirma que a nova regra poderá ser revista a qualquer tempo, "de acordo com as taxas e índices de transmissibilidade da doença" no município.


Ainda de acordo com o texto, a medida foi tomada por causa da "diminuição sistemática" no número de atendimentos de casos nas unidades de saúde.


Na terça-feira (8), o governo do Rio Grande do Norte anunciou que vai desobrigar o uso de máscaras em locais abertos a partir de 16 de março, mas a obrigação deverá ser mantida para locais fechados.


Fonte: g1

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RN chega a 80% da população com duas doses da vacina contra Covid

O Rio Grande do Norte chegou nesta quarta-feira (9) a 80% da população geral com as duas doses de vacina contra a Covid-19. A marca representa 2,53 milhões de pessoas que vivem atualmente no RN, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Entre os adultos, 86% estão com a segunda dose — Foto: Célio Duarte/PMM


"Chegar a esse patamar de vacinação é muito importante para a campanha como um todo. Porém, é preciso lembrar ainda a importância ainda da dose de reforço para todos os que já estão aptos", comentou o secretário de Estado da Saúde Pública (Sesap), Cipriano Maia.


A plataforma RN+Vacina aponta que 38% da população geral tomou a dose de reforço no RN.


Considerando apenas a primeira dose, a cobertura da vacinação é de 91% da população total do estado.


Entre os adultos, público atendido há mais tempo pela campanha de vacinação, os percentuais de cobertura estão em 92% com a primeira dose, 86% com a segunda dose e 45% na dose de reforço.


Fonte; g1

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TRE-RN cassa mandato da prefeita e do vice-prefeito de Pedro Velho e determina novas eleições

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), por maioria de votos, manteve uma decisão da primeira instância da Justiça Eleitoral, cassou o diploma e determinou o afastamento imediato do cargo da prefeita e do vice-prefeito do município de Pedro Velho, Dejerlane Macedo e Inácio Rafael da Costa. Os dois respondem por abuso de poder político.


Prefeitura de Pedro Velho — Foto: Google/Reprodução


A decisão tomada durante sessão plenária nesta terça-feira (8) também determinou a realização de novas eleições no município, aplicação de multa de R$ 50 mil e sanção de inelegibilidade por oito anos.


De acordo com a denúncia, a prefeitura do município realizou contratações irregulares e pressionou as pessoas beneficiadas pelas medidas a votarem na chapa.



Em nota publicada nas redes sociais, a prefeita afastada Dejerlane Macedo afirmou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


"Respeitamos a Justiça, confiamos, por isso, estamos recorrendo ao STE (sic), e temos a confiança da justiça de Deus para trabalharmos e honrarmos o voto da maioria, de gente que decidiu por uma mulher que passou por tanta perseguição, injúria, calúnia, e agora querem tirar o direito do povo, de quem escolheu o melhor para nossa cidade", disse.


Votação

O desembargador Claudio Santos, relator do processo, votou a favor da condenação da prefeita e seu vice, bem como a realização de novas eleições no município.


"Não julgamos pessoas, julgamos fatos. E após ouvir os depoimentos constantes dos autos e ler a peça técnica do Tribunal de Contas do Estado, não pode ser outra conclusão: Em consonância parcial com o Ministério Público Eleitoral, voto pelo desprovimento do recurso para manter a condenação", declarou.


O parecer da Procuradoria Regional Eleitoral também foi no sentido de manter a sentença de primeiro grau.


"Quanto ao mérito, as contratações de pessoal foram completamente irregulares. Existe julgamento do Tribunal de Contas do Estado sobre isso. Não houve observância de qualquer regramento, exigência ou requisito legal. E não foi somente isso. As pessoas contratadas nessa situação sofriam pressões para que apoiassem ou votassem na candidata investigada, segundo depoimentos constantes nos autos. Corretamente acabaram sendo condenados e atingidos pelas sanções aplicadas pela sentença de primeira instância. Então, por tudo isso, a manifestação do Ministério Público, reiterada nesta oportunidade, foi no sentido da manutenção da sentença", disse o procurador Regional Eleitoral, Rodrigo Telles.


O presidente do TRE-RN, desembargador Gilson Barbosa, o juiz José Carlos Dantas (com ressalvas), as juízas Adriana Magalhães e Érika Paiva também acompanharam o voto do relator do processo. Vencido o Juiz Geraldo Mota. O juiz Marcello Rocha afirmou suspeição para atuar no feito.


Fonte: g1

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Baixa vacinação contra pólio no Brasil e novos casos no mundo acendem alerta para risco de volta da doença já erradicada no país



A poliomielite ressurgiu em Israel e também teve um nova cepa registrada no Malaui, sudeste da África. Os dados não deveriam ser motivo de preocupação para o Brasil, onde o último caso de pólio foi detectado em 1989 e que tem certificado de erradicação desde 1994.


No entanto, o país tem, na verdade, "alto risco de reintrodução" da doença. A cobertura vacinal contra a poliomielite foi de 96,55% em 2012 para 67,71% em 2021, consideradas as primeiras três doses da vacina, que são aplicadas no primeiro ano de vida da criança.


A primeira dose da vacina da pólio é aplicada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses aos 4 e 6 meses, além do primeiro reforço entre 15 e 18 meses e do segundo reforço entre 4 e 5 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).


Considerando todas as doses, a cobertura vacinal era de 96,55% em 2012. Em 2021, caiu para 59,37%. A mais baixa foi a da dose de reforço dada aos 4 anos: apenas 52,51% das crianças receberam essa dose no ano passado, segundo os dados computados no DataSUS até 6 de março.


"Uma menina de 3 anos foi diagnosticada com poliomielite por poliovírus selvagem no Malaui, é o primeiro caso na África em 5 anos. O Brasil é um dos 6 países das Américas com alto risco de reintrodução da pólio, no nosso caso pela queda da cobertura vacinal", alerta o infectologista Gerson Salvador, do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).


Ele lembrou que, até 2015, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil se aproximava de 100%". A partir de 2016, ocorreu uma "queda vertiginosa".

Desde 2014, a cobertura vacinal contra a pólio no Brasil está abaixo de 95%, considerada a meta para proteção contra a doença, explica Isabela Ballalai, pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).


Para a médica, "o Brasil tem vários fatores de risco para a poliomielite. O mais novo deles é a baixa cobertura vacinal", afirma.


O g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde para entender quais medidas estão sendo tomadas para evitar a retomada da doença no Brasil. Até a mais recente atualização desta reportagem, não havia recebido posicionamento.


Disparidade regional

Além de registrar queda na cobertura nacional, também há uma disparidade entre as regiões brasileiras.


No Norte, por exemplo, a cobertura vacinal das três primeiras doses da vacina no ano passado era de apenas 59,43%, a mais baixa do país, conforme os dados até 6 de março.


No Nordeste, era de 64,27%. As três mais altas foram no Sul (76,52%), no Centro-Oeste (72,15%) e no Sudeste (68,53%).


Para efeito de comparação, em 2012, todas as regiões brasileiras tinham cobertura acima de 90%. A mais baixa naquele período era no Sul, que registrava 94,82% das crianças de até um ano vacinadas com as três primeiras doses necessárias.


Esse cenário foi semelhante em 2013 e 2014. O ano de 2015 foi o primeiro em que uma região – o Norte – não alcançou o índice de 90% das crianças com as três primeiras doses de vacina (com 88,16% de cobertura).


Casos em Israel e no Malaui

O Ministério da Saúde de Israel informou no domingo (6) um novo caso de poliomielite em uma criança de 4 anos em Jerusalém. O paciente não estava imunizado contra a doença, apesar da vacina fazer parte do calendário de rotina do país.


Além disso, o governo de Israel informou que começou uma investigação para rastrear os contatos próximos à criança e descobrir se há necessidade de novas recomendações para enfrentar a transmissão.


"Ressalta-se que o vírus foi encontrado em amostras de água de esgoto coletadas na região onde ocorreu o caso, o que pode acontecer, mas, até o momento, não haviam ocorrido casos clínicos anteriores semelhantes", disse o Ministério da Saúde de Israel.


Já na quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um informe a respeito de uma versão selvagem do vírus no Malaui. Uma criança de 5 anos foi diagnosticada com a doença em Lilongwe, capital do país africano, em 19 de novembro de 2021.


Em 26 e 27 de novembro, foram coletadas duas amostras de fezes e recebidas pelo laboratório de referência da África do Sul, o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD). Depois, em 14 de janeiro de 2022, elas foram encaminhadas para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).


Sobre a pólio

A poliomielite, também chamada de "paralisia infantil", é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida.


O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, e tem como principal característica a flacidez muscular.


O Brasil está livre da poliomielite desde 1990, segundo o Ministério da Saúde. Em 1994, o país recebeu a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).


Fonte: g1

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Veja dicas para não cair em golpes nas redes sociais



A cada sete segundos, há uma tentativa de fraude no país, segundo dados da Serasa Experian. Só em 2021 foram mais de 4 milhões de casos - uma alta de 16,8%. Uma das modalidades de crime digital que está crescendo e chamando a atenção nos últimos meses: é a invasão de redes sociais.


Diante do aumento dos casos, o g1 ouviu especialistas para saber como evitar se tornar uma vítima desses golpes. Veja as dicas:


Fazer confirmação em duas etapas: "As redes sociais disponibilizam opções de segurança além da própria senha, que são as chamadas confirmações em duas etapas ou autenticação de dois fatores. Então, além da senha, pode pedir a verificação através de uma mensagem de texto ou um aplicativo com token", diz advogado Luiz Augusto D'Urso, especialista em crimes digitais.

Conversar com a pessoa antes de comprar algo anunciado na redes social: "O primeiro passo é você fazer perguntas para aquela pessoa, perguntas particulares. Isso é muito importante. Se for o caso, você pode ligar diretamente para essa pessoa", diz Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética. Dessa forma, você garante que está conversando com alguém de confiança, e não com um golpista.

Não emprestar dinheiro pela internet: "Não emprestar dinheiro por Whatsapp ou pela internet. Marque um encontro. (...) Quando você toma esse posicionamento, o golpista foge", diz.

Nunca passar a senha para outras pessoas: "Mesmo para familiares e pessoas próximas."

Ter cuidado antes de clicar em links desconhecidos: "Tem que ter muita cautela com links recebidos através destas plataformas, seja por rede social ou por aplicativo de mensagem", diz D'urso. Segundo ele, uma das formas mais comuns de roubar as redes sociais das pessoas é através do roubo de dados, que costuma acontecer quando as pessoas clicam em links suspeitos.

Evitar se expor: "É bom ficar atento a qualquer tipo de dado que você coloca na internet. rede social não exige nenhum tipo de informação oficial de dados pessoais, como nome completo ou CPF. Você pode colocar seu nome e a inicial do seu sobrenome, por exemplo", diz Kin.

Deixar seu perfil privado: "Quanto menos público for o seu perfil, menor é a chance de você ser vítima de um crime cibernético", diz Kin.



Em 13 vídeos, veja ainda como proteger seus dados na internet e tire mais dúvidas sobre vazamentos:


Como saber se meus dados vazaram?

Como criar uma senha forte?

Quem deve ser responsabilizado por vazamentos?

Como se proteger de golpes no FGTS?

É arriscado passar número do CPF em lojas?

Como acontece um vazamento de dados?

O que é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)?

Como descobrir em fraudes em meu nome?

Posso ficar com meu nome sujo por causa dos vazamentos?

Estou recebendo muitas ligações de números desconhecidos. O que eu faço?

Agora que dados vazaram, como se proteger?

Agora que dados vazaram, como se proteger?


Fonte: g1

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Ligações de telemarketing terão que começar com o número 0303 a partir de quinta-feira (10)

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Vai ficar mais fácil para o consumidor identificar e bloquear as insistentes chamadas de telemarketing: a partir desta quinta-feira (10), entra em vigor a regra da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que obriga esse tipo de chamada a ser identificado pelo código 0303, que aparecerá no início do número de qualquer ligação que vise ofertar produtos ou serviços.


Por enquanto, a regra vale apenas para chamadas originadas de números de telefone celular. Para aqueles feitos de linhas fixas, a medida vai valer a partir de junho.


RESUMO

Chamadas de telemarketing originadas da rede celular devem começar com o número 0303

A partir de junho, regra começa a valer para rede fixa

Número será de uso exclusivo e obrigatório para atividades de telemarketing ativo

Empresas que solicitam doação e que fazem cobrança não precisarão fazer uso do código

Identificação terá que aparecer de forma clara no visor do telefone

Consumidores poderão pedir às operadoras o bloqueio das chamadas de telemarketing


Facilitar identificação

O identificador foi aprovado pela Anatel no final do ano passado, por meio Ato nº 10.413. O objetivo da padronização, diz a agência, é facilitar a identificação das chamadas de telemarketing ativo.


Telemarketing ativo é a prática de oferta de produtos ou serviços por meio de ligações ou mensagens telefônicas, previamente gravadas ou não. Empresas que solicitam doação e que fazem cobrança foram consideradas exceções e não precisarão fazer uso do código.


O código 0303 será de uso exclusivo e obrigatório para atividades de telemarketing ativo, e as operadoras de telefonia fixa e móvel têm de permitir a identificação desse número de forma clara, no visor do aparelho do usuário. As operadoras também ficarão responsáveis por coibir o uso do código fora das regras estabelecidas pela agência.


Além disso, segundo a Anatel, as operadoras deverão realizar o bloqueio preventivo de chamadas originadas de telemarketing ativo a pedido do consumidor.


Fonte; g1

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Fim das restrições: o que falta para que Covid vire uma endemia no Brasil?

Assim como anunciado em locais como Dinamarca, França e Reino Unido, várias cidades e estados brasileiros começaram recentemente a relaxar todas as medidas restritivas contra a Covid-19.


Profissional de saúde coleta amostra nasal para teste de Covid-19 em uma escola no Rio de Janeiro, no Brasil, em 7 de janeiro de 2022 — Foto: Bruna Prado/AP


Em alguns municípios, como no Rio de Janeiro, o uso de máscaras não é mais obrigatório em locais abertos ou fechados desde o dia 8 de março.


Medidas semelhantes foram implementadas recentemente em estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Maranhão, além do Distrito Federal.


Em outros locais, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, o governo estadual delegou às prefeituras a decisão de manter ou não o uso desse equipamento de proteção.


A ideia dos gestores é substituir aos poucos as obrigações da lei por recomendações e orientações.


Em postagens feitas nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro também declarou que "o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para endemia a atual situação da Covid-19 no Brasil".


Essas modificações nas políticas públicas acontecem na esteira da onda da variante ômicron, que provocou um recorde de novos casos da doença nas primeiras semanas de 2022 no Brasil, mas arrefeceu e está em queda livre desde a segunda quinzena de fevereiro.


Em postagens feitas nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro também declarou que "o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para endemia a atual situação da Covid-19 no Brasil".


Essas modificações nas políticas públicas acontecem na esteira da onda da variante ômicron, que provocou um recorde de novos casos da doença nas primeiras semanas de 2022 no Brasil, mas arrefeceu e está em queda livre desde a segunda quinzena de fevereiro.


Tsunami de infecções

Detectada pela primeira vez em novembro de 2021, a variante ômicron carrega uma série de mutações que deixaram o vírus ainda mais infeccioso.


O resultado disso foi observado na prática: em vários países, o número de novos casos superou de longe todos os recordes observados até então.


O Brasil, por exemplo, registrou uma média móvel de 189,5 mil infecções no dia 3 de fevereiro de 2022, de acordo com o painel sobre Covid-19 do Conselho Nacional de Secretários da Saúde, o Conass.


Até então, o limite máximo que esse número havia alcançado era 77,3 mil, em 23 de junho de 2021.


Ou seja: a onda da ômicron levou a um pico de casos 2,4 vezes maior em comparação com o recorde anterior.


A média móvel de casos de Covid no Brasil bateu o recorde no início de fevereiro de 2022 — Foto: Conass (via BBC)


O epidemiologista Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas, destaca que essa linhagem cumpriu à risca todas as projeções que foram feitas sobre ela logo no início.


"Quando a ômicron apareceu, surgiram informações de que ela teria uma capacidade de transmissão absurda, conseguiria infectar vacinados, levaria de forma geral a quadros menos agressivos e provocaria uma onda rápida, que subiria e diminuiria em poucas semanas", lista.

"E foi exatamente isso o que vimos nesses meses", completa.


Felizmente, quando observamos a mortalidade, o tamanho do estrago da ômicron foi significativamente menor. A média móvel de mortes bateu em 951 no dia 11 de fevereiro de 2022 — em 12 de abril do ano passado, o país chegou a registrar uma média de 3.124 óbitos.


A média móvel de mortes por Covid não subiu na mesma proporção na atual onda da ômicron — Foto: Conass (via BBC)


Fato é que, passada a pior fase da onda da variante ômicron, os números voltaram a despencar.


Assim como observado em outras partes do mundo, a detecção de novos casos de Covid está em queda desde o início de fevereiro: a média móvel do Brasil passou de 189,5 mil em 3/2 para 40,2 mil em 7/3.


Mas será que essa melhora nas estatísticas já é suficiente para relaxar de vez e decretar o fim da pandemia?


'Um tiro no pé'

Embora reconheçam que estamos numa situação relativamente melhor, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que ainda é cedo demais para considerar a Covid-19 como uma doença endêmica no país.


"Endemia significa que determinada enfermidade está presente numa região de forma permanente, com números constantes por vários anos", explica o cientista de dados Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisador entende que, entre as subidas e as quedas das curvas da atual pandemia, ainda não chegamos num platô por um tempo prolongado, que indique um nível de transmissão mais estável do coronavírus no longo prazo.


É isso o que acontece com outras enfermidades que são consideradas endêmicas, como a dengue, a tuberculose e aids.



"Essas medidas que estão sendo anunciadas no Brasil e no resto do mundo, portanto, estão alinhadas primeiramente a uma retomada econômica, mas não seguem necessariamente a saúde pública", avalia Alves.

"São tentativas de mostrar à população que as coisas melhoraram o suficiente para voltar à normalidade. E isso pode se transformar num tiro no pé", critica.


O professor lembra de outras ocasiões nos últimos dois anos em que as previsões otimistas sobre os rumos da pandemia se mostraram absolutamente equivocadas.


"Falou-se, por exemplo, que atingiríamos a imunidade de rebanho só com a infecção natural pelo coronavírus. E, mesmo com a vacinação, ainda não chegamos nem perto desse cenário", diz.


Para o advogado e professor Carlos Lula, presidente do Conass, o relaxamento total das medidas é, no mínimo, precipitado.


"Assim como tivemos a corrida para ver quem conseguia vacinar antes, temos agora uma disputa para quem vai decretar primeiro o fim da pandemia, com o objetivo de colher os frutos políticos disso", entende.

"E, por mais que exista muita vontade política por trás desses anúncios, quem deve pautar essa decisão é a Organização Mundial da Saúde (OMS). É ela que determina quando a pandemia vai terminar, assim como aconteceu em outros episódios do passado", complementa Lula, que também é secretário de Saúde do Maranhão.


Já Hallal entende que é preciso modular as medidas de acordo com cada momento — entre obrigar e liberar o uso de máscaras há uma série de políticas públicas que podem ser adotadas a depender do local, das características individuais, do número de vacinas aplicadas…


"Pode ser que, em ambientes abertos, não seja mais necessário usar máscara. Agora, num local fechado com pessoas não vacinadas ou mais vulneráveis, talvez seja uma lei que ainda precise vigorar por um tempo", explica.

"O que não dá pra entender é a falta de critérios dos responsáveis pelas políticas públicas no Brasil. Em outubro de 2021, antes de a ômicron aparecer, tínhamos uma média diária de 200 óbitos e havia obrigação de usar máscaras até em ambientes abertos. Agora estamos com 400 a 500 mortes por dia e eles querem tirar esse equipamento de proteção", continua o epidemiologista.


"O caminho é esse: conforme os números melhoram, aliviaremos as restrições e não será mais obrigatório usar máscara. Só precisamos ter cuidado com as precipitações", completa.


Mas, se ainda não chegamos lá, o que é preciso acontecer para que a Covid vire realmente uma endemia?



O fim da crise sanitária

Por ora, não existe uma definição exata entre as instituições ou os especialistas de quais são os requisitos mínimos para que a Covid deixe de ser considerada uma pandemia.


Numa série de postagens no Twitter, o médico sanitarista Nésio Fernandes, que é secretário de Saúde do Espírito Santo e vice-presidente do Conass, propôs alguns critérios para determinar essa transição.


Na visão dele, precisaríamos ter pelo menos 90 a 120 dias com baixa incidência de novos casos de Covid, sem o surgimento de novas variantes de preocupação, uma cobertura vacinal acima de 90% com o esquema completo, um controle na taxa de óbitos, a incorporação de medicamentos ao sistema público de saúde, a manutenção da capacidade de assistência em saúde dos estados e um consenso internacional com organismos multilaterais (como a OMS).

"Lutamos pelo fim da pandemia e ela acabará, não temos dúvidas. [No momento certo], será reconhecido o comportamento endêmico real e viveremos a nossa normalidade pós-pandêmica", escreveu.


Se considerarmos o cenário atual da pandemia, o Brasil parece estar na direção desta nova realidade, mas o país ainda não alcançou a maioria desses requisitos listados por Fernandes.


A incidência de novos casos da doença, por exemplo, está em descenso, mas não se estabilizou por um tempo prolongado, como três ou quatro meses, para ser considerada baixa ou estável.


Nenhum medicamento aprovado contra a Covid-19, como os anticorpos monoclonais e os antivirais, foi incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS). Muitos deles já estão amplamente disponíveis em outras partes do mundo.


Para completar, embora a taxa de vacinação do Brasil no geral seja boa, existem alguns estados com números bem preocupantes, apontam os especialistas.


"Tocantins, Amazonas, Maranhão e Acre têm menos de 60% da população vacinada com duas doses. Em Roraima e no Amapá, essa porcentagem ainda não chegou aos 50%", calcula Alves.


"E isso sem contar que apenas 31% dos brasileiros tomaram a terceira dose, o que é um número bem baixo", chama a atenção.


A endemia não é o fim

Um outro aspecto que os especialistas fazem questão de esclarecer é que, mesmo quando a Covid-19 se tornar uma endemia, isso não significará que estaremos 100% livres da doença.


"O que muda num cenário endêmico é a postura do sistema de saúde e dos cidadãos. Do ponto de vista individual, é possível relaxar um pouco, pois falamos de doenças com uma incidência menor e para as quais existem formas de prevenção e tratamento", explica o sanitarista Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


Do ponto de vista prático, pode ser que o uso de máscaras continue a ser recomendado em alguns lugares, como no transporte público e nos hospitais. Nessa mesma linha, hábitos como lavar as mãos constantemente e ficar em casa quando aparecerem sintomas típicos de infecção respiratória se incorporarão à rotina de todos.


No sentido oposto, o cuidado maior de alguns grupos vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos, tende a ser maior nesse novo cenário. E medidas muito rígidas, como o lockdown e o fechamento total de estabelecimentos e escolas deixam de fazer qualquer sentido.


"Já o sistema de saúde incorpora aquela doença na sua rotina e possui as ferramentas necessárias para lidar caso a caso", diferencia o especialista, que também é membro do Observatório Covid-19 da Fiocruz.


"Ou seja: não há nenhum relaxamento para o sistema de saúde quando a Covid virar uma endemia. Precisaremos, na verdade, de mais recursos para absorver essa demanda e cuidar das pessoas", completa.

Hallal concorda. "Doenças que estão nesse estágio também demandam controle constante das autoridades."


"Não é porque entraremos numa endemia que não vamos nos preocupar nunca mais com a Covid", finaliza o epidemiologista.


Fonte; g1

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Morre homem que recebeu transplante inédito de coração de porco nos EUA

David Bennett, de 57 anos, primeiro homem a receber em um transplante um coração de porco geneticamente modificado, morreu nesta terça-feira (9). A cirurgia havia sido feita em janeiro deste ano, no Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos.


"Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última opção", declarou Bennett um dia antes da operação. O paciente passou os meses anteriores ao procedimento na cama e ligado a uma máquina de suporte à vida.


David Bennett posa com o cirurgião Bartley P. Griffith antes de sua cirurgia, no Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, em foto não datada — Foto: University of Maryland School of Medicine (UMSOM)/Handout via Reuters


À época, a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) americana, similar à Anvisa no Brasil, concedeu uma autorização de emergência para a cirurgia na véspera de Ano Novo — uma última chance para um paciente que não estava apto para um transplante convencional.


"Esta foi uma cirurgia revolucionária e nos deixa um passo mais perto de resolver a crise de escassez de órgãos", disse Bartley Griffith, que transplantou o coração do porco.


Sobre o órgão


O porco doador pertencia a um rebanho que passou por uma técnica de modificação genética. O procedimento buscou remover um gene que poderia desencadear uma forte resposta imune de um ser humano e, assim, causar a rejeição do órgão.


A modificação foi realizada pela empresa de biotecnologia Revivicor, que também forneceu o porco usado em um transplante de rim inovador feito em um paciente com morte cerebral em Nova York, em outubro de 2021.


Cirurgiões realizam transplante de coração em David Bennett no Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, em foto de 7 de janeiro — Foto: University of Maryland School of Medicine (UMSOM)/Handout via Reuters


O órgão doado permaneceu em uma máquina de preservação antes da cirurgia, e a equipe também usou um novo medicamento, um composto experimental, junto com outras substâncias convencionais para suprimir o sistema imunológico e impedir a rejeição do coração.



Atualmente, as válvulas cardíacas de porco já são amplamente utilizadas em humanos, e a pele de porco é enxertada em pessoas que sofreram queimaduras. Eles são animais doadores ideais devido ao seu tamanho, crescimento rápido, ninhadas grandes e ao fato de estarem prontamente disponíveis, sendo criados para alimentação.


Fonte; g1

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STJ manda Ministério da Justiça dizer se houve cooperação entre Lava Jato e FBI em ações de Lula

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A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça determinou nesta quarta-feira (9) que o Ministério da Justiça informe à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se a operação Lava Jato formalizou pedido de cooperação com autoridades dos Estados Unidos para obter dados relacionados às investigações sobre o político.


Os ministros acolheram um pedido dos advogados do ex-presidente. Pela decisão, a defesa terá acesso apenas a existência do pedido de cooperação. O conteúdo de um eventual material compartilhado pelos Estados Unidos não precisa ser revelado pelo Ministério da Justiça.


Isso porque o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do ministério responsável por esse tipo de tratativa, não tem obrigação de guardar o material, fazendo apenas a intermediação entre a autoridade estrangeira e a Justiça.


O objetivo da defesa do ex-presidente é confirmar se uma eventual cooperação entre a Lava Jato e o FBI – agência de inteligência do governo dos EUA – ocorreu informalmente ou pelos canais oficiais de inteligência e colaboração, seguindo as regras de tratados internacionais e com a ciência do governo federal.


Segundo os advogados, as tratativas teriam envolvido o auxílio do FBI para que procuradores quebrassem a criptografia do sistema de pagamentos de propina da empreiteira Odebrecht. Para a defesa, há suspeita de que isso ocorreu sem o procedimento padrão, definido em tratados internacionais.



De acordo com os advogados do ex-presidente, as informações seriam fundamentais para o exercício da chamada "investigação defensiva".


O caso chegou ao STJ após o DRCI ter negado acesso ao conteúdo de eventuais colaborações.


Em 2016, foi revelado que a Odebrecht mantinha, na Suíça, sistema de informática de setor destinado à propina.


Sem impedimento

Relator do caso, o ministro Sérgio Kukina afirmou que o DRCI atua apenas como intermediário nesses procedimentos bilaterais e, portanto, não tem que conservar o conteúdo. O ministro, no entanto, disse que não há impedimento para que o DRCI disponibilize ao ex-presidente informações sobre pedidos de cooperação internacional formulados, isolada ou reciprocamente entre os países.


“Não é tarefa da autoridade central conservar consigo o conteúdo do material amealhado junto a autoridade americana. Ela faz apenas a ponte. Não vi direito líquido e certo a essa parcela do pedido [ da defesa] e tão somente em relação que diz sobre a possibilidade que a autoridade pudesse fornecer dados objetivos de solicitação”, afirmou o ministro.


Além de Kukina, o ministro Herman Benjamin também defendeu a liberação da informação para a defesa. “O que está em jogo aqui é o direito de saber o que todos têm direito de saber”, afirmou.


No julgamento, o advogado Cristiano Zanin afirmou que o Ministério da Justiça já indicou que não houve cooperação internacional registrada no DRCI pela Lava Jato com autoridades dos EUA.


Zanin afirmou que o objetivo do pedido é reunir “informações e provas para compor acervo probatório lícito em favor de Lula”.


As ações da Lava Jato contra o ex-presidente Lula estão suspensas ou foram encerradas a partir de decisões do Supremo que reconheceram a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar os casos do petista e a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex.


Fonte: g1

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Artistas visitam o Congresso e o STF para pressionar contra projetos que afrouxam leis ambientais

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Artistas de todo o país foram ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (9) para se manifestarem contra projetos que tramitam no Legislativo e que afrouxam leis ambientais.


Estavam presentes artistas como Caetano Veloso, Paula Lavigne, Seu Jorge, Emicida, Daniela Mercury, Maria Gadu, Mariana Ximenes, Christiane Torloni, Nando Reis, Rafa Kalimann, entre outros.


Os projetos criticados por eles são:


o projeto de lei (PL) 2.159, que trata do licenciamento ambiental;

o PL 2.633 e o PL 510, sobre grilagem de terras públicas;

o PL 490, sobre o Marco Temporal para terras indígenas;

o PL 191, do garimpo em terras indígenas

o PL 6.299, chamado por ambientalistas de "PL do Veneno" e que revoga a atual Lei de Agrotóxicos. Governistas dizem que o texto atualiza e moderniza a legislação sobre o tema (saiba mais sobre os projetos mais abaixo)

Caetano Veloso leu uma mensagem em encontro com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).


"O dia de hoje marca uma mobilização inédita que une número expressivo de artistas e mais de duas centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais em torno da causa ambiental. O simples fato de nos receber é um sinal da sua preocupação com a agenda, que é central para o presente e para o futuro do Brasil. Nós dois, particularmente, temos motivos de sobra para estarmos preocupados com o meio ambiente. Como mineiro, o senhor sabe bem a quantidade de sofrimento humano provocado por tragédias climáticas e ambientais. Não nos esquecemos de Mariana e Brumadinho, onde a população até hoje chora seus mortos e suas perdas", afirmou o cantor e compositor.


O artista lembrou das tragédias provocadas pelas chuvas na Bahia e em Petrópolis (RJ). Caetano declarou ainda que o Senado "tem o poder e a responsabilidade de impedir mudanças legislativas irreversíveis que, cedendo a interesses localizados, empurram uma conta imensa à sociedade e comprometem o futuro do país".


"Com todo o respeito, e na esperança de que o Poder Legislativo desperte, para seu possível papel de levar o Brasil a iluminar o mundo, deixo em suas mãos este documento [elaborado pelos artistas]", disse.


Em resposta, Pacheco disse que o Brasil tem a obrigação de se preocupar com o meio ambiente.


"Meu estado sofrendo com as chuvas, o Rio Grande do Sul sofrendo com a estiagem, coisas que nunca aconteceram. Houve um amadurecimento da preocupação em relação a esse tema no mundo. E o Brasil, como grande economia, esta nação tem a obrigação de ter a preocupação equivalente com o meio ambiente. Então esse discurso se tornou uma preocupação nacional", argumentou o senador.


O presidente do Senado disse também que, sem dúvida, a audiência foi uma das "mais belas" manifestações da sociedade civil no Congresso. Pacheco afirmou que tratará de maneira séria, franca e transparente as reivindicações da classe artística. O senador afirmou que as propostas não terão tramitação "açodada" e não serão levadas diretamente a plenário.


A atriz Mariana Ximenes disse que o ato desta quarta busca defender o meio ambiente e combater a degradação da natureza.


"É um ato pela vida, pelo planeta, pela natureza, pelo meio ambiente. E a gente precisa se ater a isso. A gente está aqui pelo meio ambiente. Então a gente precisa se unir para isso, porque a natureza não espera tamanha degradação", afirmou Ximenes.


Antes, os artistas se reuniram, no STF, com os ministros Carmen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Rosa Weber.


Paula Lavigne entregou aos quatro ministro presentes memoriais com pedidos da classe artista e disse: “Em nome da terra e em nome da vida”.


Seu Jorge pediu a palavra para dizer que a classe artística precisa externa a enorme preocupação com o Brasil: “Amamos o Brasil e temos que cuidar do nosso povo, que está sendo muito castigado”.


A manifestação dos artistas prevê ainda um show no gramado em frente ao Congresso.




O que dizem os projetos de lei criticados pelos artistas

PL 2.159: Licenciamento Ambiental

O PL torna o licenciamento ambiental uma exceção, em vez de ser a regra, e também permite o "licenciamento autodeclaratório", que dispensa a verificação do relatório de descrição do empreendimento, além de expandir a lista de atividades que não precisam de licenciamento ambiental.


PL 2.633 e PL 510: grilagem

Os dois projetos de lei estão relacionados e concedem anistia à grilagem de terras públicas. Se aprovados, podem permitir, por exemplo, a regularização de áreas ilegalmente ocupadas. Além disso, propriedades de até 2,5 mil hectares poderão ser tituladas por meio de autodeclaração. O PL 2.633 foi aprovado na Câmara dos Deputados e pode ser pautado para votação no Senado, em uma versão, que é o PL 510.


PL 490: Marco Temporal das Terras indígenas

O PL altera a demarcação das Terras Indígenas e permite, entre outras coisas, a reintegração de posse pelo Governo Federal. Além disso, estabelece que a demarcação pode ser contestada em qualquer estágio do processo e estabelece o "Marco Temporal" para todas as demarcações de Terras Indígenas que não estivessem ocupadas até a Constituição de 1988.


PL 191: Garimpo em terras indígenas

O PL autoriza a mineração e a construção de hidrelétricas em terras indígenas. O projeto valida ainda todos os requerimentos de exploração de minérios que tenham sido solicitados ou protocolados antes da lei, e legaliza garimpos. Apresentado pelo Executivo, o projeto aguarda a criação de uma Comissão Especial na Câmara de Deputados.


PL 6.299: Lei dos Agrotóxicos

O projeto revoga a atual Lei de Agrotóxicos (7.802/89) e flexibiliza a aprovação e o uso de agrotóxicos no Brasil. Se aprovado, transfere o poder de decisão sobre o uso de novos agrotóxicos para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dessa forma, órgãos como o Ibama e a Anvisa, deixam de ser responsáveis pelo processo de avaliação e aprovação. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e está agora sob apreciação do Senado.


Fonte: g1

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