terça-feira, julho 27, 2021

RN ultrapassa 358 mil casos confirmados e tem 7.070 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte chegou aos 358.044 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia da Covid,. Ao todo, 7.070 pessoas morreram da doença neste período.


Teste Covid covid-19 Natal RN Rio Grande do Norte rt-pcr swab — Foto: Ascom/IMD/UFRN


Os dados estão na edição desta terça-feira (27) do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Outros 1.481 óbitos estão sob investigação.


Em comparação com o boletim de segunda-feira, são 222 casos a mais e 13 novas mortes.

Das mortes registradas, quatro aconteceram nas últimas 24 horas e foram notificadas - em José da Penha (1), São João do Sabugi (1), Parnamirim (1) e Martins (1)


O RN tem ainda 165.318 casos suspeitos e 680.625 casos descartados de Covid.


O número de pessoas internadas pela Covid caiu para 296- sendo 239 na rede pública e 57 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap).


Com 140 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 39,4% na rede pública; com 34 internados, a rede privada tem 22,2% de ocupação.


Números do coronavírus no RN


358.044 casos confirmados

7.070 mortes

165.318 casos suspeitos

680.625 casos descartados


Fonte: G1

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RN planeja diminuir intervalo entre doses da Pfizer desde que Ministério da Saúde envie mais lotes da vacina

A Câmara Técnica de Vacinação da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) sinalizou que pretende diminuir o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer para 21 dias no estado - atualmente ela é aplicada com cerca de 3 meses de diferença.


Doses de Pfizer: bula indica possibilidade de vacinação com 21 dias de intervalo — Foto: Divulgação/Juliane Araujo


A redução no tempo segue um novo direcionamento do Ministério da Saúde, que pretende agilizar a imunização para evitar a disseminação da variante Delta.


A mudança no Rio Grande do Norte, no entanto, segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde Kelly Lima, só será possível caso a pasta nacional envie lotes para essa segunda dose de forma antecipada.


"O intervalo preconizado na bula da Pfizer é de 21 dias até três meses. A gente está utilizando o intervalo mais ampliado pela escassez de doses. O Ministério [da Saúde] sinalizou a diminuição, mas a gente vai aguardar. O Estado tem total interesse em realizar essa diminuição, exatamente por compreender que a população não teria uma proteção eficaz contra as novas variantes só com uma dose", explicou.


"Assim que o Ministério da Saúde disponibilizar essas doses de forma antecipada, nós iremos antecipar a conclusão do esquema vacinal da Pfizer aqui no estado".


De acordo com a Sesap, o recebimento antecipado do Ministério da Saúde deve ser atrelado a um quantitativo compatível com esse aumento de pessoas, visto que a diminuição do intervalo resultará no aumento da população para a segunda dose.


Em nota, a pasta potiguar reforçou que a redução no intervalo das vacinas "depende do cronograma de envio de doses do Ministério da Saúde, a partir das próximas remessas".

A remessa com 69 mil doses da Pfizer que chegou ao RN nesta quarta-feira (28) não está contemplada com o novo critério.


Grávidas e puéperas

A reunião da Câmara Técnica também decidiu que gestantes e puérperas que iniciaram o esquema vacinal com AstraZeneca devem completar o esquema vacinal com o imunizante da Pfizer imediatamente. O RN tem 411 gestantes nesta situação.


A Secretaria de Saúde informou que vai enviar nesta quinta-feira (29) doses da Pfizer, da reserva técnica, a cerca de 60 municípios para que concluam o esquema vacinal deste público.


"A ideia é que a gente possa encaminhar 411 doses da reserva técnica para os municípios ainda essa semana para que eles consigam aplicar essas doses e completar o esquema vacinal dessas mulheres", disse Kelly, que explicou que o Estado optou por distribuir esse imunizante "por já estarmos imunizando com ele e não ter acontecido nenhum tipo de problema aqui no estado com relação a gestação".



"Aquela gestante que, porventura, no início da gestão ou em algum momento tomou o imunizante da Oxford [AstraZeneca] e ainda não conseguiu completar o esquema vacinal, pode procurar uma unidade de saúde até o final da semana que terá o acesso garantido ao imunizante da Pfizer", concluiu a coordenadora.


Gestantes e puérperas que tomaram 1a dose da AstraZeneca devem tomar 2a dose da Pfizer imediatamente. — Foto: Prefeitura de Ipojuca/Divulgação


O Rio Grande do Norte decidiu completar o esquema vacinal com Pfizer das grávidas e puérperas vacinadas com a primeira dose de AstraZeneca após uma orientação do Ministério da Saúde, que permitiu a intercambialidade (doses de fabricantes diferentes) para esse público.


A vacinação de grávidas com a AstraZeneca está suspensa desde maio, após uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para investigação de um "evento adverso" que pode ter sido associado à aplicação da dose em uma gestante.


A nova nota técnica do Ministério da Saúde agora permite também que, caso a Pfizer não esteja disponível no momento da vacinação, a imunização poderá ser feita com a CoronaVac.


Fonte: G1

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Rio Grande do Norte recebe mais 69 mil doses de vacina contra a Covid

O Rio Grande do Norte recebeu 69 mil doses da vacina AstraZeneca contra a Covid no final da tarde desta terça-feira (27).


Rio Grande do Norte recebe mais 69 mil vacinas contra a Covid-19 — Foto: Divulgação/Paulo Nascimento


Esse é o segundo carregamento do dia. Antes, foram recebidos 75 mil imunizantes entre CoronaVac e AstraZeneca.


De acordo com a indicação do Ministério da Saúde, essas 69 mil doses são destinadas à segunda dose de potiguares com comorbidades, membros das forças de segurança, aeroviários e portuários.


A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou que espera a chegada de mais 35.100 doses da Pfizer nesta quarta-feira (28).


O lote, de acordo com a pasta, será fracionado em parte para dar continuidade ao trabalho de imunização por faixa de idade e outra parte voltada a completar o esquema vacinal com segunda dose.


Fonte: G1

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Adoções crescem 38% no Rio Grande do Norte em comparação com 2020

O número de adoções de crianças e adolescentes no Rio Grande do Norte cresceu 38,4% entre os meses de janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.


Adoções cresceram no RN — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco


Os dados são da Coordenadoria da Infância e Juventude do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte (CEIJ/RN), baseados no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e foram divulgados nesta terça-feira (27).


Segundo o sistema, foram concluídas 18 adoções no estado neste período de sete meses - uma média de 2,57 a cada 30 dias. Em 2020, foram 13 - 1,85 mensal.


Para o o juiz coordenador da Infância e Juventude do TJRN, José Dantas de Paiva, campanhas sobre o tema tem ajudado esse número a subir.


“Este é um trabalho que envolve todos os segmentos sociais, sociedade civil organizada, poder público e outros, com o mesmo objetivo. Além da criação de programas específicos como, por exemplo, o Atitude Legal e outros similares, sem esquecer do olhar mais consciente da sociedade”, explicou.


As adoções no Rio Grande do Norte neste ano foram concluídas por varas judiciárias das comarcas de Natal, Mossoró, Parnamirim, Caicó, Areia Branca, Goianinha, Nísia Floresta e Santo Antônio.

No ano passado, até julho, os 13 processos foram em Natal, Macau e Currais Novos.



A adoção de crianças ou adolescentes com idades entre 7 e 16 anos é uma faixa etária que desperta menos interesse dos futuros pais, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção. Paulatinamente, essa realidade tem mudado.


Em 2020, 38,46% das adoções envolveram crianças de até 1 ano de idade até julho. De 1 até 3 anos, o índice registrado é de 23,08%. Acima dos 3 anos, o percentual é igual ao de crianças de até 1 ano.


No ano de 2021, as porcentagens são de 44,44%, 11,12% e 44,44%, respectivamente.


“Ainda existe um longo caminho a percorrer. Na verdade, todos gostariam de adotar uma criança recém-nascida, no entanto, por falta de bebês novos, optam por crianças com mais de três anos de idade. Muito ainda deve ser feito”, falou José Dantas de Paiva.

De 2019 para 2020 as adoções no estado aumentaram 15%, de 27 para 31 crianças e adolescentes. O dado é considerado expressivo porque durante boa parte de 2020, a sociedade enfrentou meses marcados pela pandemia da Covid, período notoriamente marcado por dificuldades de renda para boa parte das famílias, além das restrições recomendadas por instituições científicas ligadas à área da saúde.


Fonte: G1

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RN recebe novo lote com 75 mil doses de vacinas contra Covid

O Rio Grande do Norte recebeu, no fim da manhã desta terça-feira (27), um carregamento com 75.500 doses de vacinas, entre Coronavac e Oxford/AstraZeneca, contra a Covid-19.


RN recebe 75 mil vacinas contra Covid e aguarda lote com mais 69 mil doses — Foto: Divulgação/Paulo Nascimento


A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) espera a chegada de mais 69 mil doses de Astrazeneca/Fiocruz até o fim do dia.


O lote recebido foi descarregado no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante. Do total de doses desembarcadas, 58.700 são de Coronavac/Butantan e 16.800 de AstraZeneca/Oxford.

De acordo com a Sesap, as doses da Coronavac serão divididas igualmente entre primeira e segunda doses. Já as vacinas restantes, da AstraZeneca, são todas para completar a imunização de pessoas dos grupos prioritários.


As doses de AstraZeneca previstas para serem entregues pelo Ministério da Saúde ainda nesta terça serão para D2 de trabalhadores portuários, aeroportuários, pessoas com comorbidades e forças de segurança.


A Sesap aguarda também o recebimento de 35.100 doses da Pfizer nesta quarta-feira (28). O lote, de acordo com a Secretaria, será fracionado em parte para dar continuidade ao trabalho de imunização por faixa de idade e outra parte voltada a completar o esquema vacinal com segunda dose.


Fonte: G1

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Redução de intervalo da vacina da Pfizer deve ocorrer somente após aplicação de 1ª dose em todos os adultos, diz Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta terça-feira (27) que a redução do intervalo entre as doses da vacina da Pfizer deve ocorrer somente após a vacinação de toda a população com mais de 18 anos com pelo menos um dos imunizantes disponíveis no país.


Frascos com vacina da Pfizer, atualmente em aplicação no Brasil — Foto: GEA/Divulgação


Atualmente, o ministério recomenda o intervalo de 90 dias entre a primeira e a segunda doses da Pfizer contra a Covid-19. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.


"Depois que atingirmos a população acima de 18 anos toda vacinada com a primeira dose da vacina. Após, aí [vem] a estratégia de redução do intervalo de doses do imunizante que tem evidência científica para essa redução, que é a vacina Pfizer, aprovada na Anvisa", disse o ministro.



Queiroga concedeu entrevista ao lado do presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Carlos Lula, que disse que o objetivo é "terminar ainda neste ano a vacinação de toda a população adulta do país".


"A gente acredita que no intervalo de três, quatro, cinco semanas, no máximo, isso já deve estar sendo discutido [a redução do intervalo], quando a gente acredita que consiga vacinar toda a população acima de 18 anos com uma dose", informou o presidente do Conass.


Mais cedo, também nesta terça-feira, Carlos Lula já havia defendido que a redução apenas a partir de setembro e disse à Globo News que "foi tomado de surpresa":


"Esse tema tinha sido levado ao debate na câmara técnica e tinha sido decidido que não era possível fazer isso nesse momento".


Essa é a segunda declaração de Queiroga sobre o assunto nesta semana. A primeira ocorreu nesta segunda-feira (26), após a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite, dizer que a pasta estava avaliando a redução do período.


"A Pfizer, o [intervalo] que está na bula é de 21 dias. O grupo técnico do PNI opinou por fazer um espaço mais alargado naquele primeiro momento porque queríamos avançar na primeira dose, mas como as vacinas da Pfizer estão chegando agora em um volume maior, é possível mudar essa estratégia. Nós já fizemos várias análises e, com as entregas que temos, é possível voltar para o prazo que está no bulário", declarou Queiroga.



Segundo Rosana, a preocupação com a variante delta e a previsão de chegada de remessas maiores da vacina são os motivos que levam o ministério a analisar a possibilidade de diminuir o espaço entre as doses.


"Provavelmente, no próximo mês, com as perspectivas de vacinas, temos uma previsão de fechar agora o mês de julho com 40 milhões de vacinas, e em agosto, 63 milhões Então, sim, nós pensaremos em reduzir esse intervalo [entre as doses da Pfizer], afirmou a secretária.


Fonte: G1

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Orlando Drummond, intérprete do seu Peru, morre aos 101 anos

O ator, humorista e dublador Orlando Drummond, de 101 anos, morreu no Rio nesta terça-feira (27). O artista ficou famoso ao interpretar o personagem Seu Peru, na "Escolinha do Professor Raimundo", e ao dublar personagens icônicos como Scooby-Doo e Popeye


Ator Orlando Drummond recebe a segunda dose da vacina no Rio — Foto: Divulgação/SMS


Orlando morreu em casa, em Vila Isabel, na Zona Norte, de falência múltipla dos órgãos. A informação foi confirmada por familiares.


Internação

Orlando esteve internado em maio para se tratar de uma infecção urinária no Hospital Quinta D'Dor, na Zona Norte. A família começou o tratamento em casa, mas o quadro se agravou, e o ator chegou a ficar na unidade semi-intensiva. Ele recebeu alta no dia 12 de junho.



Drummond foi um dos primeiros vacinados contra a Covid no Rio no Palácio da Cidade em janeiro deste ano. Em fevereiro, o ator recebeu a segunda dose da vacina em casa.


Dublagens inesquecíveis

Orlando Drummond não foi só uma das figuras mais marcantes da TV do Brasil. Mesmo quando não aparecia, sua voz deixou memórias da infância de milhões de brasileiros.


Ele deu voz a personagens inesquecíveis ao longo da carreira: Scooby Doo, Alf, “o ETeimoso”, o marinheiro Popeye e o Vingador da “Caverna do Dragão”.


Ele começou no rádio, e foi a experiência por lá que moldou sua carreira e deu o tom do trabalho com as vozes.


À Globonews em 2011, ele explicou o processo de criação das vozes de tantos personagens. “Alf e Popeye, eu me inspirei no original. A do Scooby Doo eu criei, foi um processo muito divertido”, lembrou.


O artista ganhou o papel do cachorro da turma que desvenda mistérios repetindo um latido que tinha espantado um ladrão.


Como surgiu 'Seu Peru'

Essa e outras histórias constam de “Orlando Drummond, Versão Brasileira”, biografia escrita pelo jornalista Victor Gagliardo e lançada em 2020.


O autor contou como foi o convite e o processo para o artista viver Seu Peru.


“O Chico Anysio falou pra Cininha de Paula: ‘Chama o Drummond que ele resolve’. Aí, o Drummond pegou o personagem. Tanto que o personagem já tinha um bordão que o próprio Chico criou que era o ‘estou porraqui’. E aí, o Drummond pegou o personagem para si, como se fosse dele mesmo, e criou tantos outros bordões. Como: ‘Peru com mel, de Vila Isabel’, ‘te dou o maiorrapoio’”, contou.


O amor da vida de Orlando Drummond, Glória, de 86 anos, mereceu um capítulo especial do livro.


“Muito amor, muita compreensão... Ele sempre foi uma pessoa calma, carinhosa, não tinha motivos para ter uma vida ruim”, disse Glória Drummond.


A lua de mel, em 1951, foi na Ilha de Paquetá, e o pai da noiva exigiu que o irmão dela fosse junto com o casal, mas nada que atrapalhasse.


A parceria do casal durou 69 anos. São dois filhos, cinco netos, quatro bisnetos e histórias engraçadas.


Sucesso na televisão

Consagrado como dublador, Orlando Drummond passou a ter o rosto mais conhecido do público através de Seu Peru.


“Antes eu era do rádio e da televisão, mas eu não tinha cara. A minha cara era a dos personagens, como o Scooby Doo, o Popeye, o Alf. Quando eu passei a fazer o Seu Peru, as pessoas começaram a falar: ‘É o Seu Peru que faz o Scooby Doo, o Popeye’ e outros tantos personagens que enumerá-los é até difícil.”


Homenagem do amigo Marcos Caruso

Drummond foi homenageado pelos atores da nova versão da “Escolinha” há dois anos e causou comoção no set de filmagens. Atual intérprete do Seu Peru, Marcos Caruso não segurou a emoção


“A ideia era homenagearmos quem fez primeiro, e acabou que nós é que fomos homenageados. Ele demonstra que o talento e a obstinação pela profissão não têm idade”, afirmou Caruso.


Fonte: G1

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Brasil tem 1.320 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas; óbitos seguem com tendência de estabilidade

O Brasil registrou 1.320 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta terça-feira (27) 551.906 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.086 - a menor desde 22 de fevereiro (1.055). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -14% e aponta tendência de estabilidade.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta terça-feira. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Média móvel de mortes — Foto: Arte G1


Quarta (21): 1.170

Quinta (22): 1.155

Sexta (23): 1.131

Sábado (24): 1.168

Domingo (25): 1.105

Segunda (26): 1.101

Terça (27): 1.086

De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel de mortes acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.


Três estados apresentam tendência de alta nas mortes: RJ, AC e PE



Em casos confirmados, desde o começo da pandemia, 19.748.960 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 42.256 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 47.031 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de 10% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica estabilidade.


Em seu pior momento, a curva da média de diagnósticos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho.


Fonte: G1

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DJ Ivis é indiciado por mais três crimes, além da agressão à ex-mulher

Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis, foi indiciado pela Polícia Civil do Ceará por mais trÊs crimes, sendo eles lesão corporal, injúria e ameaça, além do crime de agressão à ex-mulher, Pamella Holanda, pelo qual já está preso há quase 15 dias no presídio Irmã Imelda Lima Pontes, na Região Metropolitana de Fortaleza. DJ Ivis, foi preso no dia 14 de julho.


Um novo inquérito policial, portanto, será aberto para investigar essas novas denúncias e eventualmente poderá ocorrer um outro pedido de prisão contra DJ Ivis, conforme chegou a afirmar o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron.


DJ Ivis está detido em uma área de triagem no presídio, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Ceará. Ele está em uma situação especial de segurança para que seja garantida a integridade física, uma vez que o caso teve grande repercussão.


O caso das agressões praticadas por DJ Ivis veio à tona depois que Pamella Holanda publicou vídeos nas redes sociais onde aparece sendo agredida de diversas formas e em vários momentos diferentes pelo artista. As agressões aconteceram na frente da filha e de outras duas pessoas, a mãe dela e um funcionário do produtor musical. As imagens foram divulgadas por Pamella no dia 11 de julho.


DJ Ivis foi transferido a um presídio da Grande Fortaleza após audiência de custódia. — Foto: Reprodução


Ivis exibia fotos íntimas da ex

A digital influencer Pamella Holanda revelou, em entrevista exclusiva ao Fantástico (veja a entrevista mais abaixo) que o ex-marido exibia fotos íntimas dela ao amigo Charles, que o cantor considerava como "braço direito".


Charles também presenciou Ivis agredir a ex-mulher e não reagiu. Em entrevista na semana passada, ele disse que "travou" e não conseguir protegê-la.


"A gente começou a discutir porque ele mostrou uma foto minha íntima para o Charles, para esse amigo dele. Eu pergunto o que é, volto pra cozinha e ele continua. Até a hora que eu vou e é a hora que ele me agride", disse Pamella.


Em outro trecho da entrevista ela relata uma das agressões.


"Depois ainda ele me solta e eu ainda vou pra cima dele, mas ele se esquiva; depois, quando eu dou as costas, ele me dá um soco, me dá um chute, me deu um soco nas costas que eu caí no chão e fiquei sem conseguir respirar", completa.


Agressões desde 2020

Segundo Pamella, as agressões começaram em 2020, quando o casal passou a morar junto.


"Quando comecei a morar com ele , ele já começou a me agredir. Começou verbalmente, palavrão, grosserias", disse.


Ela contou ainda como foi agredida quando estava grávida.


A primeira agressão ocorreu quando ela estava grávida de Mel, filha do casal. "Eu estava grávida da Mel, de cinco para seis meses. Ele me segurou pelo pescoço e foi me arrastando do corredor até o sofá."

Ela revelou que não havia denunciado antes as agressões por medo e vergonha.


"Eu tinha medo, eu tinha vergonha. Eu estava realizando um sonho, eu estava grávida. Eu sempre quis ser mãe. A gente entra num estado de negação, porque a gente não quer admitir pra gente mesmo, a gente quer procurar justificativa, a gente se culpa. É muito difícil", explicou.


'Vou continuar com medo um bom tempo'

Apesar de o ex-marido estar preso e ter uma medida protetiva que impede a sua aproximação, Pamella conta que ainda teme o cantor.


"Não sei do que ele é capaz. Ele pode entrar, pensar que a vida dele acabou, que não tem nada a perder e vai lá e faz alguma cosia comigo. Tenho muito medo, e vou continuar com medo um bom tempo. Fico pensando como vai ser minha vida quando eu voltar a viver porque esses dias não estou vivendo, estou existindo."


Neste fim de semana, Pamella revelou que sofre ameaça de morte e recebe mensagens de ódio. Ela decidiu se afastar das redes sociais.


"Eu tenho sofrido ameaças de morte, eu já li inclusive de outras mulheres que eu mereço passar fome, eu e minha filha", disse.


'Assumo meu erro'


No sábado (17), o advogado de DJ Ivis divulgou um vídeo em que o cantor pediu desculpas, assumindo o que chamou de "erro".


"Eu estou vendo sozinho, tentando ser forte, mas não existe mais força. Eu estou passando aqui pra dizer pra cada um de vocês, pra você que é mãe, pra você que é filha, pra você que é pai, pra você que é família, pra você, Pamella: eu errei, assumo meu erro", afirma DJ Ivis em um trecho da gravação.


Desde que o caso foi revelado, DJ Ivis perdeu contrato com a gravadora Sony e com a produtora Vybbe, teve canceladas parcerias com músicos, e teve as músicas excluídas dos aplicativos mais populares.



Investigação e prisão


A Polícia Civil investiga as agressões cometidas pelo cantor em dois inquéritos policiais. Um deles foi aberto a partir de um BO feito por Pamella, na cidade de Eusébio, em 3 de julho. O outro foi fundamentado nos vídeos que mostram as agressões.


A prisão de Ivis não foi diretamente motivada pelos vídeos, mas eles foram importantes para o pedido de prisão do cantor, segundo o secretário da Segurança do Ceará, Sandro Caron.


Segundo a polícia, Ivis foi detido de forma preventiva por garantia da ordem pública e por apresentar risco de fuga.


Fonte: G1

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Justiça eleitoral absolve Haddad de acusação de caixa dois nas eleições de 2012

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) absolveu nesta terça-feira (27), por unanimidade, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) da acusação de caixa dois nas eleições municipais de 2012.


Haddad parabeniza Bolsonaro no dia seguinte à derrota: 'Desejo-lhe sucesso' — Foto: Reprodução/JN


Em 2019, Haddad foi condenado pelo juiz Francisco Shintate, da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista, a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelo crime de falsidade ideológica, o caixa dois, na prestação de contas da UTC Engenharia, durante a campanha eleitoral municipal de 2012. O petista recorreu em liberdade.


Na decisão desta terça, o relator do processo, Afonso Celso da Silva, considerou que não havia provas que comprovassem que Haddad cometeu o crime.


O tesoureiro da campanha, Francisco Macena, que havia sido condenado em primeira instância pelo mesmo crime, também foi absolvido.


O juiz da primeira instância considerou que Haddad veiculou 258 declarações de prestação de contas falsas com finalidade eleitoral. Para ele, duas gráficas emitiram notas fiscais frias para a campanha vitoriosa de Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012, e o petista cometeu crime eleitoral ao incluir esses documentos em sua prestação de contas.


Segundo o juiz, o ex-prefeito "assumiu o risco ao não se interessar pelo gerenciamento das contas de campanha, comportamento que se mostra, para um ocupante de cargo executivo, extremamente desfavorável".



Em setembro de 2019, o jornal "Folha de S. Paulo" revelou que a condenação foi imposta ao ex-prefeito com base em uma avaliação do consumo de energia elétrica de uma gráfica feita pelo juiz sem perícia técnica.


Em nota, os advogados de defesa de Haddad, Pierpaolo Bottini, Fernando Neisser e Tiago Rocha, afirmaram que “a decisão põe fim a uma grande injustiça, que lançava uma sombra injusta sobre a integridade do ex-prefeito, que sempre pautou sua conduta pelo cumprimento da lei. A denúncia alegava a inexistência de materiais de campanha, que foram comprovadamente produzidos, por gráficas que atuaram para mais de 20 partidos políticos. A acusação era insustentável”.


Outra absolvição

Em março deste ano, a Justiça absolveu Haddad e o ex-secretário de Transportes, Jilmar Tatto (PT), que eram acusados de criar uma “indústria da multa" na capital paulista durante a gestão petista na cidade.


A ação foi proposta em 2015 pelo Ministério Público (MP) e julgada improcedente pela juíza Carmen Cristina F. Teijeiro e Oliveira, da 5ª Vara de Fazenda Pública da capital.


Fonte: G1

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Luis Miranda depõe à PF por 4 horas em inquérito sobre suposta prevaricação de Bolsonaro



O deputado Luís Miranda (DEM-DF) prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (27), por quatro horas, no inquérito que investiga se Jair Bolsonaro cometeu o crime de prevaricação em relação às denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin.


O crime de prevaricação acontece quando o agente público atrasa ou deixa de agir segundo as regras do cargo para "satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A PF investiga se Bolsonaro agiu assim ao ouvir denúncias e, supostamente, não agir para garantir que elas fossem apuradas.


Ao deixar a sede da PF em Brasília, no início da noite, Luis Miranda disse que falou aos policiais federais na condição de testemunha. E que entregou o próprio celular e outros equipamentos eletrônicos às autoridades, para auxiliar nas investigações.


Miranda disse ter relatado aos policiais que o irmão – o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que relatou "pressões atípicas" na compra da Covaxin – pediu ajuda de um delegado da superintendência da PF em Brasília para saber como agir após ser pressionado por superiores.


Em depoimentos à CPI e ao Ministério Público, Luis Ricardo Miranda já havia relatado a existência dessas pressões dentro do Ministério da Saúde para agilizar a aprovação da vacina do laboratório indiano Bharat Biotech. Foram essas as denúncias que, de acordo com os irmãos Miranda, Bolsonaro ouviu da dupla em março.



O nome do delegado que teria sido consultado por Luis Ricardo não foi divulgado.


Também em depoimento à PF, na última semana, o servidor do Ministério da Saúde afirmou que trocou de celular e, por isso, não poderia entregar às autoridades o aparelho com os registros da suposta pressão.


Inquérito na PF

A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso é conduzido pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF porque Bolsonaro tem foro privilegiado.


O prazo inicial para conclusão das investigações é de 90 dias, mas pode ser prorrogado.


Os irmãos Miranda dizem que, em março, foram ao Palácio do Alvorada para contar ao presidente Jair Bolsonaro sobre as supostas irregularidades no Ministério da Saúde. A dupla diz suspeitar de um esquema de corrupção envolvendo o contrato da Covaxin.


A apuração vai esclarecer se houve ou não omissão de Bolsonaro a respeito das supostas irregularidades no processo de contrato da vacina, e também se o presidente, de alguma forma, se beneficiaria pessoalmente com isso.


Fonte: G1

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Perícia conclui que não houve entrada de pessoas estranhas em apartamento funcional de Joice Hasselmann

Uma perícia feita pelo Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara dos Deputados, em câmeras de segurança, concluiu que nenhuma pessoa estranha entrou no apartamento funcional onde a deputada federal Joice Hasselmann (PLS-SP) mora, em Brasília, entre os dias 15 e 20 de julho.


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Prédio onde se localiza o apartamento funcional da deputada Joice Hasselmann — Foto: TV Globo/Reprodução


A corporação concluiu, nesta terça-feira (27), o inquérito que apura um incidente ocorrido no imóvel, na madrugada de 18 de julho. A parlamentar afirma que acordou na madrugada com diversos hematomas e percebeu manchas de sangue no chão, mas não se lembra do que ocorreu (veja mais abaixo).


A Polícia Legislativa realizou perícia em 16 câmeras do prédio e ouviu funcionários que trabalham no local. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Federal. Porém, o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira decidiu devolver os autos à corporação. Ele afirmou que só vai se manifestar após o término de todos os laudos periciais, mas não detalhou quais faltam.


O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil do DF. Na segunda-feira (26), Joice Hasselmann passou por exame toxicológico e de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), nove dias após o incidente. Nesta terça, agentes fizeram perícia no apartamento e no carro da parlamentar.



Após a divulgação das conclusões da Polícia Legislativa, Joice divulgou uma nota, afirmando que há pontos cegos nas câmeras de segurança do prédio (veja íntegra ao fim da reportagem).


"Acrescento à nota da Depol um pequeno, mas imprescindível detalhe: não existem câmeras de segurança nas escadas, nem nas entradas dos apartamentos funcionais - eu mesma chamei a atenção para o problema em meu depoimento à Depol e agentes alegaram que seria para resguardar a 'privacidade' dos parlamentares", afirma.


Mudança de versões

Na manhã desta terça-feira, a Secretaria de Comunicação da Presidência da Câmara dos Deputados disse à TV Globo que o Depol não havia identificado a entrada de nenhuma pessoa estranha no prédio onde mora Joice. A nota também diz que a perícia concluiu que a parlamentar não saiu do imóvel nesse período.


Nota enviada pela Secom da Presidência da Câmara dos Deputados — Foto: Reprodução


Mais tarde, uma segunda nota divulgada pela assessoria de comunicação da Câmara dos Deputados excluiu essas duas informações.


O G1 questionou a assessoria sobre a diferença entre as duas notas e o órgão respondeu que não confirmava as informações divulgadas à imprensa mais cedo. No meio da tarde, a Casa reenviou a primeira nota, confirmando o teor das informações.


Nota da Assessoria de Comunicação da Câmara dos Deputados, excluindo as informações divulgadas pela Secom da Presidência da Câmara — Foto: Reprodução


A Câmara também disse que há segurança nos apartamentos funcionais dos parlamentares. "Os prédios possuem vigilância armada e porteiros, ambos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, há câmeras de segurança e rondas ostensivas, com viatura caracterizada."


Segundo o departamento, outras informações sobre a investigação do caso da deputada Joice Hasselmann, no âmbito do Depol, são sigilosas, conforme artigo 20 do Código de Processo Penal.


Fonte: G1

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Baleia surpreende grupo de SC; 'Se eu colocasse a mão fora, encostava nela', diz mulher que estava na lancha

Um grupo de amigos foi surpreendido com a aproximação de uma baleia a poucos metros de distância da embarcação em que estavam em Balneário Barra do Sul, no Norte Catarinense, no domingo (25).


Milene de Oliveira Casagrande é moradora de Jaraguá do Sul, na mesma região, e conta que há dois finais de semana estava navegando com a família e amigos para observar as baleias. Leia mais abaixo algumas regras sobre a observação dos animais.


"Ela passou rente à lancha. Se eu colocasse a mão fora, encostava nela. Lá na localidade que estávamos tem bastante baleia. É um espetáculo", disse Milene.



O grupo, onde estavam as duas filhas de Milene, o marido e mais um casal de amigos, mantinha distância dos animais seguindo orientação das autoridades ambientais e marítimas. A baleia que se aproximou, segundo ela, era a mais agitada já que saltava constantemente.


"A gente não esperava vê-la tão de perto. Na hora eu achei que ela não iria mudar de direção, achei que ela bateria na lancha e nós iríamos cair na água. Na hora estávamos conversando e do nada ela surge. Foi espetacular, eu não canso de ver o vídeo. Me emociono sempre que vejo", disse.


Ele conta que no dia haviam mais baleias nadando pela localidade, mas que só era possível ver o esguicho produzido por elas.


No vídeo é possível ouvir gritos de receio das filhas de Milene com a aproximação da baleia.


'Foi espetacular', disse moradora de SC — Foto: Gustavo Rosa/Reprodução


"[Depois da passagem da baleia] Elas só queriam ir pra casa. Mas domingo que vem eu vou novamente", afirmou.


Especialista analisa a aproximação

A diretora de pesquisa do Instituto Australis, entidade que cuida e protege esses aninais em Santa Catarina, Karina Groch, analisou as imagens. Segundo ela, o indivíduo é uma baleia-jubarte jovem.



Segundo ela, a aproximação do animal da embarcação pode ter múltiplas explicações, mas a pesquisador não vê o ato como uma intimidação em relação à presença das pessoas no local.


"Baleias jovens, como parece ser essa, são mais curiosas. Essa estava nadando bem rápido, pode ser que o barco estivesse no caminho dela e ela simplesmente veio dar uma conferida e passou por baixo, mas é difícil dizer ao certo. [Se ela tivesse um] comportamento mais agressivo, ela poderia ter batido no barco propositalmente, batido com a cauda na água perto do barco também", disse Karina.


Fonte: G1

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A família que alugou casa e achou proprietária desaparecida enterrada no jardim

Em agosto de 2018, Fátima*, Roberto* e os dois filhos se mudaram para uma casa em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.


A família escolheu o imóvel por ser aconchegante e espaçoso e ter um aluguel mais barato do que outros do bairro.


Antes de se mudar, eles souberam que a dona da casa, que já tinha morado ali, estava sumida desde agosto de 2013. A família estranhou, mas não desistiu de alugar a residência.


Luzia*, a proprietária, desapareceu aos 62 anos. A polícia investigou, mas não tinha conseguido até então esclarecer o caso.


Nos primeiros meses, os filhos do casal faziam piada dizendo que a dona do imóvel estava enterrada ali. "Era brincadeira de molecada, sabe?", diz Roberto à BBC News Brasil.


Em janeiro deste ano, a família descobriu que era verdade. Roberto e o filho mais velho mexiam no jardim quando viram um tecido enterrado. Cavaram ali e encontraram a ossada de Luzia.


A descoberta apavorou a família e levou à reabertura da investigação do desaparecimento da proprietária.


A casa em Ubatuba


Ossada de mulher foi encontrada em jardim de casa em Ubatuba — Foto: Arquivo Pessoal


Há cinco anos, Fátima e Roberto decidiram se mudar com os filhos para Ubatuba. Depois de morarem em um apartamento e uma casa, eles foram em busca de um imóvel mais espaçoso.


O casal visitou a casa de Luzia e foi informado do sumiço dela. "Achei estranho e não gostei muito. Mas a corretora insistia muito, porque acho que ninguém queria morar ali", comenta Fátima.


"A princípio, a gente até pensou que ela estivesse viva em algum lugar e perdida", relembra Roberto.

O casal concluiu que a residência de Luzia era a melhor opção, porque "casava com as necessidades" da família.


O responsável pela casa é um irmão da mulher desaparecida. Ele assumiu o imóvel, que ficou abandonado após o sumiço de Luzia.


O aluguel da propriedade estava a cargo de uma imobiliária, e, antes de Fátima e Roberto, outra família já tinha vivido ali.



Nas primeiras semanas na nova casa, a Fátima e sua família souberam um pouco mais sobre a antiga proprietária.


"Muitos conhecidos perguntaram se tínhamos notícias dela. Quando a gente explicava que não a conhecia, eles começavam a contar coisas sobre a Luzia", diz Fátima.


"Falaram que ela gostava muito de animais e tinha gatos, que era solitária, tinha depressão e tomava remédios", relembra Fátima. Com o passar dos meses, os comentários dos vizinhos diminuíram.


Os novos moradores foram se convencendo de que tinham feito uma boa escolha. "Não é uma construção nova, mas é muito espaçosa, e a localização é boa", diz Fátima.


Mas duas coisas incomodavam: a sombra em alguns cômodos e o excesso de umidade no corredor. Roberto explica que o motivo disso eram as plantas do jardim, que estavam ali muito antes da chegada da família. "Eram altas, subiam até o telhado", diz ele.


"Às vezes, eu tentava puxar ou cortar, mas não dava muito certo", comenta Fátima.


O jardim tem cerca de 45 centímetros de largura e fica em uma área estreita, ao lado do muro, no corredor lateral da casa.


O trecho final do jardim, no fundo do terreno, tinha uma particularidade: em pouco mais de um metro de comprimento, havia alguns lírio da paz e tijolos para separar a área das plantas da parte cimentada do corredor.


Após mais de dois anos na casa, Roberto e o filho mais velho retiraram todas as plantas. Em seguida, limparam o local e encomendaram grama para colocar em toda a extensão.


"A princípio, a gente não queria mexer no jardim porque a casa não é nossa, e as plantas até eram bonitas. Mas decidimos fazer isso porque nosso cachorrinho ficava rolando na terra do jardim e entrava em casa cheirando muito mal. Além disso, a gente ficava incomodado porque ali reunia bastante caramujo", diz Fátima.



Na tarde de 13 de janeiro deste ano, Roberto e o primogênito preparavam o solo para a grama quando viram um pedaço de tecido saindo da terra, na parte final do jardim, onde haviam acabado de retirar os lírios da paz.


Ossada humana no jardim

A princípio, pai e filho pensaram que pudesse ser um pedaço de pano deixado no local anos atrás. "Mas puxei e vi que era algo pesado", relembra Roberto.


Os dois começaram a retirar a terra com uma enxada. Logo notaram que era maior do que o esperado. "Sabe quando dá aquele frio na espinha? Olhei pro meu filho e falei: 'será que enterraram algum animal aqui?'", diz Roberto.


Quando terminaram de cavar, viram um edredom enterrado. "Peguei uma ponta, e meu filho, outra. Estava bem pesado. A gente tirou do buraco, e quando abri, saiu toda a ossada", conta Roberto.


"Na hora, falei: achamos a dona da casa. Fiquei sem reação. Foi horrível, você não quer acreditar que aquilo tá acontecendo contigo. Parece que o tempo congela. Passa um milhão de coisas na cabeça. Perde o chão", diz Roberto.


"Parecia um filme. Fiquei em choque", diz o filho mais velho do casal.


Fátima, que chegava do trabalho no momento, lembra: "Fiquei pensando: o que será que aconteceu aqui? Será que cortaram ela dentro de casa? Não sei o que aconteceu aqui dentro, e vivemos em um lugar desses".


A polícia foi chamada. Uma representante da imobiliária foi ao local e comunicou parentes de Luzia do fato. A notícia se espalhou.


Um item junto à ossada apontava se tratar de Luzia: uma prótese metálica para a coluna — que a idosa usava desde que passou por uma cirurgia, segundo uma amiga dela.


Depois, uma análise da arcada dentária confirmou que era realmente a antiga dona da casa.



A investigação do crime

Segundo a polícia, até então não havia qualquer suspeita de que Luzia pudesse estar enterrada no quintal da própria casa.


Os lírio da paz e tijolos deixados especificamente onde ela estava enterrada deixam a impressão em quem acompanha o caso de que foram uma tentativa de dificultar a localização do restos mortais da idosa.


Fátima e Roberto acreditam que se não fizessem a mudança no jardim, a ossada de Luzia ficaria enterrada ali por muito mais tempo ou talvez nunca fosse achada.


A Polícia Civil de Ubatuba instaurou um inquérito sobre o material encontrado no jardim. Após a confirmação de que se tratava de Luzia, a investigação sobre o desaparecimento dela, aberta em 2013, foi desarquivada, e os dois procedimentos passaram a ser conduzidos em conjunto.


A apuração sobre o desaparecimento de Luzia começou em agosto de 2013. Os vizinhos haviam estranhado o sumiço da mulher, não conseguiram contato com ela e acionaram a polícia, que começou as buscas e abriu um inquérito para investigar o caso.


Uma das pistas encontradas na época foi o carro de Luzia, localizado em um outro bairro. No veículo, que tinha sido abandonado após uma batida, estavam objetos pessoais de Luzia.


Na época, policiais foram à casa em busca de pistas, sem sucesso. Os familiares, que moram em outras partes do país, acompanharam a investigação a distância.


Vizinhos e conhecidos prestaram depoimento. Eles disseram que Luzia era simpática e querida por muitas pessoas.


Professora aposentada, ela era solteira, não tinha filhos e morava sozinha. Uma das suas paixões eram os gatos.


Em sua conta no Facebook, ela compartilhava várias fotos dos animais e demonstrava ser apaixonada por dança e pelo mar. O perfil também mostra como seu desaparecimento causou preocupação.


"Cadê você?", escreveu uma mulher, em 2013. As mensagens continuariam a chegar nos anos seguintes. "Onde quer que você esteja, muita paz. Olhe por nós", escreveu outra amiga da aposentada em 2014.



"Muitas saudades. Uma amiga inesquecível. Alguém teria alguma notícia dela?", perguntou outra mulher em 2015.


"Esta é Luzia*, está desaparecida, seu carro foi roubado e encontrado batido. Se alguém souber algo, por favor comunique à polícia", compartilhou uma outra mulher em 2016.


Os amigos e familiares conviviam com a falta de respostas sobre o desaparecimento. A investigação não conseguiu concluir se ela tinha sido assassinada ou deixado sua casa por vontade própria.


A polícia apurou desavenças que a idosa tinha. Algumas pessoas chegaram a ser investigadas porque "poderiam ter algum motivo para prejudicá-la", segundo o Ministério Público de São Paulo, mas sem nenhuma prova conclusiva.


Foi apurada a possibilidade de a idosa ter sido vítima de um latrocínio — quando uma pessoa é morta em razão de um roubo —, mas a suspeita não foi comprovada.


Em janeiro de 2020, o Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito porque não havia, até então, "vestígios materiais que permitissem inferir com segurança que ela teria sido alvo de um ataque".


Ninguém foi preso, e o desaparecimento seguiu como um mistério até janeiro passado. Após a localização da ossada, o Ministério Público pediu o desarquivamento da investigação, e novas testemunhas foram ouvidas.


"Depois que o corpo foi encontrado, foi possível esclarecer mais coisas", diz o delegado Bruno de Azevedo Aragão, atual responsável.


A perícia na ossada não apontou indícios de que Luzia tenha sido assassinada a tiros ou facadas. A suspeita é de que tenha sido estrangulada e, depois, enterrada no jardim.


"Havia a esperança de identificar que ela foi vítima de estrangulamento, porque normalmente há fratura no pescoço. Mas a perícia não conseguiu chegar a essa conclusão, por causa da esqueletização (fase avançada da decomposição dos restos mortais)", diz o delegado.


"Como não foi detectada marca de bala ou faca, eu ainda acredito em estrangulamento. Porém, não é um diagnóstico fechado, até porque não conseguimos isso com a perícia por conta do tempo (que ela permaneceu enterrada)", acrescenta Aragão.



A ossada foi encaminhada para os familiares de Luzia, que foi cremada. A reportagem entrou em contato com parentes dela, que não quiseram conceder entrevista.


Por meio de um advogado, disseram que têm acompanhado a investigação e acreditam que logo haverá punição a quem cometeu o crime.


Até o momento, a polícia não sabe se o crime foi praticado por uma única pessoa ou se envolveu mais gente.


A previsão é de que a investigação seja concluída em, aproximadamente, um mês. O delegado diz que pretende então esclarecer os detalhes do crime e indiciar os envolvidos.


'Se colocou luz em uma situação que estava nas trevas'

Para a família de Fátima e Roberto, a descoberta foi perturbadora. "Depois, a gente ficou imaginando ela sendo morta e arrastada para o quintal", diz a mulher.


Ela conta que passou a evitar o local em que a ossada foi encontrada. "Às vezes, ainda olho para o lugar e fico imaginando como tudo ocorreu. Não gosto de ficar pensando nisso, não", diz Fátima.


"Ficamos bem assustados, mas vamos seguindo, trabalhando e na correria da vida vamos levando", diz Roberto.


Hoje, os pais acham que as piadas que os filhos faziam sobre a possibilidade de Luzia estar enterrada no local foi uma espécie de "intuição de criança".


A forma como os filhos do casal enxergam a residência mudou. "A mais nova é a que tem mais medo. Por ela, teríamos saído dessa casa em janeiro", comenta Fátima.


A família cogitou se mudar, mas desistiu da ideia. "Mas a gente não ficou em paz aqui, não", desabafa Fátima.


Fátima e Roberto torcem para que a morte de Luzia seja esclarecida. Para os dois, a história da mulher sempre fará parte das lembranças deles e dos filhos. "É algo trágico e marcante, que irá nos acompanhar", diz Roberto.



No entanto, o casal, que é católico, conversou com um padre e diz que passou a enxergar a situação como um "propósito de Deus".


"O corpo dessa mulher estava escondido e indigno. Não teve nem sepultamento, e a família não tinha certeza se ela estava viva ou morta. Essa descoberta colocou luz em uma situação que estava nas trevas", afirma Roberto.


Roberto conta que plantou duas orquídeas onde Luzia havia sido enterrada. Menos de uma semana depois, uma delas floriu. Para a família, foi uma espécie de agradecimento.


*Nomes alterados para proteger as identidades dos membros da família e da proprietária da casa.


Fonte: G1

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