segunda-feira, maio 25, 2020

Brasil tem 23.473 mortes pelo novo coronavírus, diz ministério

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (25) o mais recente balanço de casos e mortes causadas pelo novo coronavírus. Os principais dados são:

23.473 mortes, eram 22.666 no domingo (24)
Foram 807 registros de morte incluídos no balanço em 24 horas
374.898 casos confirmados
Foram 11.687 novos casos incluídos no balanço em 24 horas
153.833 pacientes recuperados (41%)
São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os três estados que mais registraram casos e mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil. Apenas os três estados são responsáveis por mais da metade (54%) das mortes por complicações da Covid-19 no país.

SP: 83.625 casos, 6.220 mortes
RJ: 39.298 casos, 4,105 mortes
CE: 36.185 casos, 2.493 mortes
Segundo o balanço desta segunda, dos mais de 23 mil óbitos, 270 aconteceram nos últimos 3 dias e ao menos 3.742 ainda estão em investigação.

Casos e mortes por Covid-19 em 25 de maio — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
Casos e mortes por Covid-19 em 25 de maio — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Fonte: Bem Estar
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Secretária diz que estudo que levou OMS a suspender teste não é suficiente para Brasil rever orientação de uso de cloroquina para tratamento da Covid-19

Coronavírus: Apesar de OMS, Saúde alega 'tranquilidade e ...
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, disse que o estudo que serviu de base para a decisão da OMS de suspender testes com cloroquina para tratamento da Covid-19, publicado na revista "The Lancet", não tem uma metodologia "aceitável para servir de referência".

"O estudo [da Lancet] não é um ensaio clínico, é apenas um banco de dados coletado de vários países. não entra em um estudo metodologicamente aceitável para servir de referência para outros países muito menos para o Brasil", disse Pinheiro em entrevista coletiva.

A secretária disse que a pasta acompanha 216 protocolos de uso da cloroquina no tratamento da doença em países como Estados Unidos, Turquia e Índia. Segundo ela, os técnicos do Ministério da Saúde estão "tranquilos e serenos" quanto à orientação que dá autonomia para os médicos oferecerem esse tratamento a pacientes "que assim desejarem".

Suspensão de testes
Nesta segunda, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu a suspensão de testes com o uso da cloroquina no tratamento da infecção pelo novo coronavírus após a constatação no aumento no risco de mortes.

A suspensão temporária foi tomada até que a segurança da droga seja reavaliada, já que estudos recentes mostraram que ela não é eficaz contra a Covid-19 e pode aumentar a taxa de mortalidade.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a suspensão foi determinada depois da divulgação dos resultados do estudo publicado na sexta-feira (22) na revista "The Lancet".

96 mil pessoas
A pesquisa publicada na revista científica, feita com 96 mil pessoas, apontou que não houve eficácia das substâncias contra a Covid-19 e detectou risco de arritmia cardíaca nos pacientes que as utilizaram.


Dados do estudo:

96.032 pacientes internados foram observados;
Idade média de 53,8 anos com 46,3% de mulheres;
Pacientes são de 671 hospitais em 6 continentes;
14.888 pacientes receberam 4 tipos de tratamentos diferentes com a cloroquina e a hidroxicloroquina;
As hospitalizações ocorreram entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020.

Fonte: Bem Estar
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EUA antecipam para terça-feira restrição de entrada de viajantes do Brasil

A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (25) um comunicado antecipando para terça-feira o início de novas restrições de viagens do Brasil aos Estados Unidos.

Donald Trump, presidente dos EUA, chega para coletiva de imprensa na Casa Branca, em 22 de maio — Foto: Leah Millis/Reuters
Donald Trump, presidente dos EUA, chega para coletiva de imprensa na Casa Branca, em 22 de maio — Foto: Leah Millis/Reuters

As restrições, que constam em decreto assinado pelo presidente Donald Trump, entram em vigor às 23h59 de terça, no horário da Costa Leste norte-americana. Anteriormente, elas começariam na sexta-feira, dia 29.

No domingo, a Casa Branca anunciou a proibição de entrada nos EUA de passageiros provenientes do Brasil, dois dias depois de país ter se tornado o número 2 no mundo em casos de coronavírus.

Naquele dia, um comunicado da secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, afirmou que "a ação de hoje irá garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções em nosso país. Essas novas restrições não se aplicam aos voos comerciais entre os EUA e o Brasil".

A partir desta terça não poderão entrar nos EUA estrangeiros que tiverem passado pelo Brasil nos últimos 14 dias antes de tentarem ingressar no país, com algumas exceções (veja abaixo).

Nesta segunda-feira, o Brasil registrou 374.898 casos de coronavírus e 23.473 mortes provocadas pela doença. Já os Estados Unidos, país mais afetado no mundo, tem 1.660.072 casos e 98.184 mortes.


Exceções
A restrição não será aplicada a pessoas que residam nos Estados Unidos ou sejam casadas com um cidadão americano ou que tenha residência permanente no país, Filhos ou irmãos de americanos ou residentes permanentes também poderão entrar, desde que tenham menos de 21 anos.

Membros de tripulações de companhias aéreas ou pessoas que ingressem no país a convite do governo dos EUA também estão isentas da proibição.

A cada semana, mais de 1.500 passageiros chegam a aeroportos dos EUA vindos do Brasil. Entre 11 e 17 de maio, cerca de 1.800 viajantes do Brasil entraram nos Estados Unidos.

Os voos entre os dois países no momento estão bastante reduzidos. Atualmente, os únicos estados dos EUA que ainda operam voos com origem e destino ao Brasil são Texas e Flórida.

Trump falou em restringir a entrada de viajantes do Brasil pela primeira vez em 28 de abril, quando disse que acompanhava "de perto" o que chamou de "surto sério" de novo coronavírus no Brasil.

Ele voltou a comentar a possibilidade em 19 de maio, quando disse a repórteres da Casa Branca que estava "considerando isso". "Não quero que as pessoas venham aqui e infectem o nosso povo", afirmou.

Anteriormente, os EUA já tinham proibido a entrada de pessoas provenientes de outros países devido à pandemia de coronavírus: da China (excluindo Hong Kong e Macau), do Irã, de países europeus membros da zona Schengen, do Reino Unido e da Irlanda.

Desde o final de março, o Brasil proíbe a entrada de estrangeiros no país em viagens de avião. Uma portaria da última sexta-feira proíbe a entrada de estrangeiros também por via terrestre ou transporte aquaviário.

A medida já valia para norte-americanos e incluía exceções, como quem tem moradia permanente no país ou quem está em missão de organismo internacional.

Fonte: G1
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Exame de Toffoli para covid-19 dá negativo; ministro segue internado

Exame de Toffoli para Covid-19 dá resultado negativo; ministro ...O exame do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para covid-19, doença provocada pelo coronavírus, deu negativo, informou a assessoria da Corte nesta segunda-feira (25).

O boletim médico da equipe que atendeu ao ministro informou que Toffoli vai fazer novos exames para descartar a hipótese de um falso negativo. Enquanto isso, ele ficará internado.

O ministro está estável, respira sem ajuda de aparelhos e, nas últimas horas, apresentou melhoras nos sintomas respiratórios.

Toffoli foi internado no sábado (23) para passar por uma cirurgia para drenagem de abscesso no sábado (23). Durante a internação, o ministro apresentou sinais que sugeriram possível infecção pelo coronavírus.

Na quarta-feira (20), Toffoli já havia sido submetido a um teste que também deu negativo para coronavírus.

Neste domingo (24), o STF informou que o ministro ficará de licença médica por 7 dias, podendo ser ampliada dependendo do resultado dos exames. O vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, assumiu a presidência do tribunal no mesmo domingo e comanda a corte até o retorno de Toffoli.

Fonte: G1
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Efeito da pandemia no interior do país ainda está por vir, diz ministro interino da Saúde

Efeito da pandemia no interior do país ainda está por vir, diz ...O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (25) que o efeito da pandemia do novo coronavírus em cidades do interior ainda está por vir.

Mesmo sem a interiorização, o Brasil já tem mais de 22 mil mortes por covid-19 e mais de 350 mil casos confirmados da doença, segundo dados do Ministério da Saúde.

Pazuello discursou durante uma videoconferência realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta manhã. Ele explicou que a pandemia tem três etapas: preparação, impacto nas regiões metropolitanas e capitais, e impacto no interior.

O ministro interino da Saúde disse que o Brasil passa pela segunda etapa, com concentração nos grandes centros, e que haverá um “espraiamento” dos casos para cidades do interior.

“Nós temos o impacto das capitais e regiões metropolitanas. Esse impacto ele vai passar e nós vamos ter o espraiamento disso de alguma forma para o interior, e vamos ter que ter as estruturas que foram preparadas na capital e regiões metropolitanas para receber esse pessoal do interior que não tem as estruturas lá”, afirmou Pazuello.

Dados da Fiocruz e das secretarias estaduais apontavam que a covid estava se irradiando das metrópoles para cidades menores. Uma pesquisa da Fiocruz com dados do IBGE mostra que 44% das cidades do país de 20 a 50 mil habitantes já tinam casos de Covid-19 no começo de maio.

“Não podemos esquecer que vem ainda o impacto do interior. E aí a gente tem de estar preparado para isso”, reforçou o ministro.

Fonte: G1
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PF realiza operação para investigar prejuízo de R$ 25,4 milhões na compra de respiradores no município de Fortaleza

A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão, nesta segunda-feira (25), durante uma operação que investiga supostos desvios de recursos destinados à compra de respiradores para tratamento pacientes com Covid-19 para o município de Fortaleza. A operação, nomeada de 'Dispneia', cumpre os mandados em residências, empresas e órgãos públicos nas cidades de Fortaleza e em São Paulo.

De acordo com a Polícia Federal, existe indícios de um "potencial prejuízo financeiro" aos cofres públicos que pode chegar ao valor R$ 25,4 milhões.

Em nota, a Secretaria da Saúde de Fortaleza e a direção do Instituto Doutor José Frota (IJF), maior hospital da capital, disseram estar "totalmente surpresas e indignadas com tal operação". A pasta acrescentou que não existe possibilidade da mesma encontrar qualquer desvio de recurso público e que todos os procedimentos foram adotados conforme a lei. (veja a nota completa abaixo)

Policiais cumprem mandados em Fortaleza e São Paulo — Foto: Divulgação/PF
Policiais cumprem mandados em Fortaleza e São Paulo — Foto: Divulgação/PF

Até a noite de domingo (24), o Ceará havia registrado 2.324 mortes por Covid-19. Já são mais de 35 mil pacientes com a doença. Fortaleza, epicentro da pandemia no estado já tem mais de 19 mil pessoas com a doença e 1.579 mortes.

A investigação sobre a compra de respiradores identificou indícios de superfaturamento dos valores pagos pelos equipamentos, que atingiram o montante de R$ 34,7 milhões. Além disso, há suspeita da compra respiradores sem capacidade técnica e financeira da empresa contratada sem licitação, conforme a PF.

Capacidade técnica
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Ceará, após representação decorrente de um inquérito da PF.

A polícia apura se houve desvio de recursos públicos federais e crimes previstos na lei de licitações na aquisição de equipamentos respiradores em dois procedimentos de dispensa de licitação realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. A pasta contratou uma empresa paulista de "duvidosa capacidade técnica e financeira" para entrega dos equipamentos, conforme informou a Polícia Federal.

A operação policial, que acontece em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União, acontece sem prejuízos à continuidade do serviço público de saúde. O órgão destacou que não estão sendo apreendidos equipamentos que são utilizados para o atendimento à população na rede hospitalar

A PF acrescentou que o investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, por peculato e pelo crime de dispensa irregular de licitação. O nome da operação remete ao nome técnico dado a um sintoma comum dos afetados pela Covid-19: a dificuldade de respirar.

Veja o posicionamento da Secretaria da Saúde de Fortaleza:

A Secretaria da Saúde de Fortaleza e a direção do Instituto Doutor José Frota (IJF) dizem estar totalmente surpresas e indignadas com tal operação e que não existe possibilidade da mesma encontrar qualquer desvio de recurso público, visto que todos os procedimentos foram adotados em completa obediência à legislação vigente e que todos os atos da gestão estavam sendo acompanhados por um comitê de governança que atualizava com informações, periodicamente, os órgãos de controle externo. Também destacou que desde a última sexta-feira (dia 22.05), esses órgãos de controle externo já estavam informados sobre a rescisão unilateral do contrato por parte da Prefeitura, com a devida devolução dos recursos, visto que a empresa contratada não entregou os equipamentos no prazo estipulado.

Fonte: G1
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Cafés e restaurantes reabrem na Grécia, e população se divide entre preocupação e entusiasmo

As tabernas e os cafés com áreas externas na Grécia reabriram nesta segunda-feira (25) uma semana antes do previsto para apoiar o setor de restaurantes, dizimado pelo coronavírus e que agora aguarda o retorno dos turistas.

Com máscara e luvas, garçonete serve clientes em restaurante de Atenas, na Grécia, nesta segunda (25) — Foto: Aris Messinis/AFP
Com máscara e luvas, garçonete serve clientes em restaurante de Atenas, na Grécia, nesta segunda (25) — Foto: Aris Messinis/AFP

"O café na Grécia tem uma dimensão social, é onde a vida do bairro acontece", disse à AFP Giorgos Karavatsani, aposentado "contente por romper o confinamento" e voltar a ver seus amigos no bairro de Pangrati, no centro de Atenas.

"Obviamente sempre há um pouco de medo", admite. "É um risco sentar-se em um café?, se pergunta.

Homem almoça em restaurante reaberto de Atenas, na Grécia, nesta segunda (25) — Foto: Aris Messinis/ AFP
Homem almoça em restaurante reaberto de Atenas, na Grécia, nesta segunda (25) — Foto: Aris Messinis/ AFP

Stella, uma estudante sentada em um terraço cheio em Kolonaki, um bairro moderno de Atenas, não tem medo.


"É o período do ano na Grécia em que você começa a viver fora (...) Se estamos no exterior a uma certa distância entre as mesas, acho que não corremos riscos enormes", ressalta.
No bairro de Thissio, próximo à Acrópole, vários atenienses retomaram seus costumes, bebendo seu café "freddo" ao sol e ouvindo os pássaros cantando.

Um garçom prepara as mesas para a refeição, que os gregos costumam fazer entre as 14h e 16h e deixa um mínimo de 70 centímetros de distância entre elas, com um máximo de seis clientes sentados de lado.

Prejuízos

Atenas, na Grécia, viu nesta segunda (25) a reabertura de bares, cafés e restaurantes — Foto: Aris Messinis/AFP
Atenas, na Grécia, viu nesta segunda (25) a reabertura de bares, cafés e restaurantes — Foto: Aris Messinis/AFP

Todos os cafés, bares, tabernas e restaurantes do país ficaram fechados desde 14 de março, dois dias após a primeira das 171 mortes por coronavírus e antes do decreto geral de confinamento em 23 de março.

Os terraços também reabriram nesta segunda-feira em Madri, Barcelona e na região alemã da Baviera.

"Muitos dos estabelecimentos preferem não reabrir porque não trabalham 100% e não vale a pena", disse Daniel Ocaña, funcionário de um bar de Madri.
Na Baviera, o proprietário do café Kava em Traunstein reclama que ele só pode ter cinco mesas, das 15 que tinha antes da epidemia.

"Essas mesas não cobrirão nossas despesas sob nenhuma circunstância", lamenta Simon Lange, questionado pela rádio pública regional Bayerische Rundfunk.
De acordo com suas previsões, ele alcançará apenas 40% de sua rotatividade pré-coronavírus.

Na Grécia, a reabertura de estabelecimentos estava inicialmente prevista para 1º de junho. Sob pressão do setor, o governo autorizou a reabertura hoje, porque o país de 11 milhões de habitantes foi relativamente pouco afetado pela pandemia, com menos de 2,9 mil casos.

Em Pangrati, Vaggelis Daskalopoulos hesita entre "o desejo de trabalhar, não quebrar e o medo de contágio".
"Com o início da temporada turística [15 de junho], os riscos serão ainda maiores", diz ele, zangado com a ideia de que turistas com o vírus "nem sequer serão controlados" porque apenas testes aleatórios são planejados.

Taverna reaberta em Atenas, na Grécia, tem funcionários usando máscaras — Foto: Aris Messinis/AFP
Taverna reaberta em Atenas, na Grécia, tem funcionários usando máscaras — Foto: Aris Messinis/AFP

Também se preocupa com as "novas dificuldades econômicas" de seu pequeno café, inaugurado em 2010, em meio à crise da dívida. "Não sei como vamos fazer isso", diz ele.

"Durante esses meses de fechamento, tivemos despesas a pagar e nenhuma renda (...) e as medidas impostas têm um custo real para nós", explica.
De acordo com Nikos Nifoudis, da Initiative Restauration de Thessaloniki, com a regra que limita a capacidade dos estabelecimentos a 50%, três cafés ou restaurantes em cada dez podem não abrir nesta segunda-feira.

"O setor está muito preocupado e está esperando para ver como serão os estabelecimentos que abrem", disse ele à agência de notícias ANA.

"Ninguém pode prever se os clientes retornarão com confiança a cafés e restaurantes."

Fonte: G1
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Bolsonaro é "burro demais", diz prefeito de Manaus

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), criticou nesta segunda-feira (25) a postura do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à CNN, Virgílio afirmou que o presidente “tem cumplicidade com as mortes de coronavírus no Brasil”.

“Ele é responsável. Seu sonho é fazer uma ditadura, mas ele é burro demais”, disse o prefeito de Manaus. “Não sei explicar como um homem de tão baixa qualificação se tornou presidente de um país de 210 milhões”, acrescentou.

Para o prefeito de Manaus, Bolsonaro “não governa o Brasil”. “Senhor presidente Bolsonaro, por favor, cale a boca e fique em casa. Se demita. Ele não governa o Brasil”, disse em entrevista à CNN.

Manaus é uma das cidades mais afetadas pelo novo coronavírus no Brasil. De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, o estado do Amazonas tem 29.867 casos confirmados da Covid-19 e 1.758 mortes causadas pelo vírus. Os óbitos no país chegaram a 22.666 pessoas, e a soma de brasileiros infectados subiu para 363.211.

Fonte: Isto É
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Roberto Barroso toma posse no TSE e manda recados a Bolsonaro

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que organiza as eleições, tem novo presidente. O ministro Luís Roberto Barroso, 62 anos, assumiu o cargo nesta 2ª feira (25.mai.2020). Em seu discurso, mandou diversos recados ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que acompanhava a cerimônia por videoconferência e não falou.

O novo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso
© Sérgio Lima/Poder360 O novo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso

Também foi empossado o vice, Edson Fachin, de mesma idade. Eles ficam à frente da Corte até 2022. Rosa Weber, 71 anos, deixa a presidência. Ocupou o posto de 2018 até este ano.

“Precisamos armar o povo com educação, cultura e ciência”, disse Barroso. Jair Bolsonaro defende que o acesso da população às armas seja facilitado. Na 6ª feira (22.mai.2020), foi divulgado vídeo de reunião ministerial em que esse foi 1 dos temas abordados pelo presidente da República.

Em outro recado claro ao comandante do Planalto, o agora presidente do TSE falou sobre a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal), Corte que ele também compõe. O Supremo é alvo constante de manifestações das quais Bolsonaro tem participado.

“Como qualquer instituição em uma democracia, o Supremo está sujeito à crítica pública e deve estar aberto ao sentimento da sociedade. Cabe lembrar, porém, que o ataque destrutivo às instituições a pretexto de salvá-las, depurá-las ou expurgá-las já nos trouxe duas longas ditadura na República. São feridas profundas da nossa história que ninguém há de querer reabrir. Precisamos de denominadores comuns e patrióticos. Pontes, e não muros. Diálogo em vez de confronto”, declarou o ministro.

Há mais 1 ponto de contato entre esse trecho do discurso e a conduta de Bolsonaro: o presidente da República, sempre que pode, defende a ditadura militar que vigorou no Brasil do golpe de 1964 até 1985.

Nos atos que o presidente da República frequenta já houve defesa de 1 novo AI-5 (Ato Institucional Número 5), baixado em 1968. Foi 1 marco no recrudescimento da ditadura.

“A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. Nela só não há lugar para intolerância, para a desonestidade e para a violência”, disse o ministro.

O ideólogo de parte dos integrantes do governo federal, Olavo de Carvalho, prega que há uma guerra cultural em curso e uma conspiração global contra os conservadores.

Luís Roberto Barroso também prestou solidariedade aos familiares de vítimas do coronavírus.

“Minhas primeiras palavras no cargo são de solidariedade às pessoas que estão sofrendo pela perda de seus entes queridos, de seus empregos, de sua renda ou pelas dificuldades de suas empresas. E também dirijo essas primeiras palavras aos profissionais de saúde de todo o país, especialmente do admirável SUS”, declarou.

Em diversas ocasiões Jair Bolsonaro minimizou a importância da pandemia. Chegou a falar em “gripezinha” em pronunciamento em rede nacional.

Eleições 2020
Barroso terá de administrar uma situação pouco usual em sua gestão: será o responsável por organizar as eleições municipais no ano da pandemia de coronavírus.

Em Brasília, há dúvidas se o pleito será realizado em 4 de outubro, como estipulado antes do vírus se espalhar pelo mundo. Campanha e votação costumam causar aglomerações, o que favoreceria o contágio pelo vírus.

Para adiar a eleição é necessária que uma PEC (proposta de emenda à Constituição) seja aprovada. Barroso participará das discussões. Outras mudanças no calendário eleitoral, como a data limite para realizar convenções partidárias, também são especuladas na capital.

O novo presidente do TSE também disse que tem conversas preliminares com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente. Barroso diz que há alinhamento:

“As eleições somente deverão ser adiadas se não for possível realizá-las sem risco para a saúde pública. Em caso de adiamento, deverá ser por prazo mínimo e inevitável. Prorrogação de mandato mesmo que por prazo exíguo deve ser evitado até o limite. E o cancelamento das eleições municipais para fazer coincidir com as eleições nacionais em 2022 não é uma hipótese sequer cogitada”, declarou o ministro.

Participaram da posse por videoconferência as seguintes autoridades:

Jair Bolsonaro – presidente da República;
Luiz Fux – presidente interino do Supremo, enquanto Dias Toffoli está internado;
Davi Alcolumbre (DEM-AP) – presidente do Senado e do Congresso Nacional
Rodrigo Maia (DEM-RJ) – presidente da Câmara dos Deputados;
Tarcísio Vieira de Carvalho Neto – ministro do TSE;
Sérgio Banhos – ministro do TSE;
Og Fernandes – corregedor-geral da Justiça Eleitoral;
Augusto Aras – procurador-geral da República;
Felipe Santa Cruz – presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil.
Estavam no plenário do TSE, além de Barroso, Fachin e Rosa Weber, Luis Felipe Salomão, também ministro da Corte.

Luís Roberto Barroso nasceu em 11 de março de 1958 na cidade de Vassouras (RJ). Tornou-se ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2013.

A Corte eleitoral é formada por ministros do Supremo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e advogados. Barroso entrou no TSE em 2014, como ministro substituto. O ano de 2018 foi seu 1º como efetivo.

Ele é doutor em Direito Público pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e professor titular da mesma instituição. Também foi procurador do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Poder 360
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De 'quebrar Brasil' a 'levar país a desastre', a imagem de Bolsonaro na imprensa internacional

Entre domingo (24) e segunda-feira (25), diversos veículos de imprensa internacionais publicaram longos artigos e reportagens com duras críticas à resposta do presidente Jair Bolsonaro à crise gerada pelo novo coronavírus.

Veículos internacionais publicaram textos com duras críticas à resposta do presidente Jair Bolsonaro à crise gerada pelo coronavírus
© Reprodução Veículos internacionais publicaram textos com duras críticas à resposta do presidente Jair Bolsonaro à crise gerada pelo coronavírus

O brasileiro é descrito um "líder vingativo", com atuação "irresponsável e perigosa", que investe seu tempo em brigas com juízes, parlamentares e "até os próprios ministros" enquanto governadores pedem ajuda.

"Quebrar o Brasil" e "levar o país ao desastre" são alguns dos prognósticos associados à atuação do presidente, descrito como um dos raros negacionistas da gravidade da pandemia e tem sua atuação apresentada como uma das piores em todo o planeta.

Quatro eixos principais dão contexto aos materiais publicados: o vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro supostamente exporia sua intenção de interferir em investigações contra familiares e pessoas próximas, a gestão ambiental do governo em meio à pandemia, o veto imposto pelo aliado Donald Trump à entrada nos EUA de pessoas que estiveram no Brasil e a insistência do presidente brasileiro em minimizar a pandemia e incentivar aglomerações públicas.

'A imprensa mundial é de esquerda', disse Bolsonaro, citando mais uma vez o presidente norte-americano
© Getty Images 'A imprensa mundial é de esquerda', disse Bolsonaro, citando mais uma vez o presidente norte-americano

Diferente da narrativa governista, que costuma atribuir as críticas à esquerda, as análises negativas também estampam as páginas de veículos tradicionalmente conservadores, como o jornal britânico The Telegraph.

O mesmo vale para ícones mundiais do liberalismo econômico, celebrado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) e pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, como é o caso do jornal Financial Times.

Na manhã desta segunda-feira, em frente ao palácio do Alvorada, o presidente foi questionado por uma apoiadora sobre a imagem negativa de sua gestão no exterior.

"A imprensa mundial é de esquerda", insistiu o líder brasileiro, citando mais uma vez o presidente norte-americano. Em descompasso com Bolsonaro, Trump tem descrito o Brasil como alvo de um "surto", "duramente atingido" e vivendo "um momento difícil" em meio à pandemia.

"O Trump sofre muito nos Estados Unidos também", disse o presidente brasileiro.

Financial Times
A publicação mais comentada nesta segunda-feira vem do jornal britânico Financial Times.

Um artigo assinado por Gideon Rachman, colunista-chefe para assuntos internacionais do jornal, aponta no título que "o populismo de Jair Bolsonaro está levando o país para um desastre".

O texto compara as respostas de Bolsonaro e de Trump à pandemia, classificando a do brasileiro como "ainda mais irresponsável e perigosa".

Artigo assinado por Gideon Rachman, colunista-chefe para assuntos internacionais do FT, aponta no título que 'o populismo de Jair Bolsonaro está levando o país para um desastre'
© Reprodução/ Financial Times Artigo assinado por Gideon Rachman, colunista-chefe para assuntos internacionais do FT, aponta no título que 'o populismo de Jair Bolsonaro está levando o país para um desastre'

O texto cita a "obsessão dos dois líderes pelas supostas propriedades de cura" da hidroxicloriquina. "Mas, enquanto Trump simplesmente está tomando o remédio, ele mesmo, Bolsonaro forçou seu Ministério da Saúde a lançar novas diretrizes recomendando a droga para pacientes de coronavírus."

O paralelo se repete em relação ao apoio de ambos a protestos contra medidas de isolamento. Trump, segundo o texto, expressou simpatia aos manifestantes. Já Bolsonaro foi além e participou dos atos.

O especialista conclui que o Brasil será duramente afetado econômica e socialmente conforme a doença se espalha pelo país. Para Rachman, "Bolsonaro obviamente não é culpado pelo vírus", mas pela "resposta caótica que permitiu que ele fugisse do controle".

O texto cita um paradoxo em sua conclusão - apesar da gestão do presidente aprofundar a crise no país, ela pode ajudá-lo politicamente - já que o vírus impede grandes manifestações, como as registradas durante o impeachment de Dilma Rousseff.

Para o analista, "Bolsonaro prospera por meio de políticas que dividem".

"Mortes e desemprego causados pela covid-19 estão sendo exacerbados pela liderança de Bolsonaro. Mas, perversamente, um desastre econômico e de saúde pública pode criar um ambiente ainda mais propício para a política do medo e da irracionalidade", diz o autor, no jornal inglês.

The Telegraph
O jornal conservador The Telegraph vai além e diz que Bolsonaro pode ficar conhecido como "o homem que quebrou o Brasil".

O texto cita declarações recentes do presidente, que classificou a pandemia como "histeria" e "resfriadinho", e disse que estaria imune aos sintomas mais graves da doença graças a seu "histórico de atleta".

"Dois meses e 340 mil casos confirmados depois, o pequeno resfriado ceifou as vidas de pelo menos 20 mil brasileiros, e provavelmente muitos mais", aponta o jornal.

O jornal conservador The Telegraph diz que Bolsonaro pode ficar conhecido como 'o homem que quebrou o Brasil'
© Reprodução/ Telegraph O jornal conservador The Telegraph diz que Bolsonaro pode ficar conhecido como 'o homem que quebrou o Brasil'

O Telegraph destaca o Brasil como novo epicentro global da pandemia, "registrando médias diárias mais altas que qualquer outro lugar no mundo".

O texto diz que os problemas de Bolsonaro não terminam aí e cita o vídeo da reunião ministerial - "um escândalo que pode levar a um impeachment", segundo o jornal.

Ainda segundo a reportagem, a estratégia de Bolsonaro não encontra similares em nenhum lugar do mundo - "o presidente estimula uma cultura de bullying e desprezo pelos que pensam diferente".

"Um líder ciumento e vingativo dirigindo uma nação em crise", descreve o jornal a partir de relatos de fontes no governo em Brasília.

NYT
Nos EUA, o jornal The New York Times destacou o veto de Trump a viajantes vindos do Brasil.

"Enquando hospitais colapsam e governadores imploravam por ajuda, Bolsonaro passou os últimos meses brigando com a Suprema Corte, com o Congresso e até com seus próprios ministros", diz o jornal. "Agora ele se vê como alvo de uma investigação que apura se ele protegeu sua família de investigações sobre corrupção."

O NYT aponta que o presidente brasileiro vê sua aprovação caindo, enquanto a pandemia está fora de controle no país.

Segundo o jornal americano, o bloqueio vindo de um aliado como Trump é um revés para Bolsonaro, que "repetidamente tentou ganhar capital político a partir de sua afinidade ideológica com o presidente americano".

"O potencial de transmissão não detectada do vírus por indivíduos infectados que tentam entrar nos Estados Unidos oriundos do Brasil ameaçam a segurança do nosso sistema de transporte e infraestrutura e a segurança nacional", afirma a proclamação assinada por Trump no fim de semana.

O veto, que passa a valer a partir do dia 29 deste mês, deixa de fora cidadãos americanos e estrangeiros com visto de residência permanente, entre outras exceções.

O documento da Casa Branca cita dados da pandemia no Brasil para justificar a medida e uma avaliação do Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) de que o país está vivenciando uma ampla transmissão da covid-19.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse que as novas restrições ajudarão a garantir que estrangeiros não tragam infecções adicionais para os EUA, mas não se aplicariam ao fluxo de comércio entre os países.

"Bolsonaro se viu repetidamente esnobado pelo governo dos EUA", lembra o jornal, citando ameaças de Trump de aumentar taxas sobre produtos exportados pelo Brasil e a possibilidade de vetar a entrada do Brasil na OCDE.

Outros veículos
Outros veículos como a agência de notícias Reuters, a revista semanal Newsweek, o jornal britânico The Guardian e o portal econômico Business Insider também dedicaram textos repercutindo as más notícias associadas ao Brasil.

Nesta segunda-feira, uma das principais notícias da Business Insider aponta, no título, que "povos indígenas do Brasil correm risco de 'genocídio'", apontando taxas de mortalidade mais aceleradas que no restante da população.

Fonte: BBC News
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Sergio Moro não assinou exoneração de Valeixo, informa Planalto à PF

A Secretaria-Geral da Presidência comunicou a Polícia Federal por meio de um ofício de que o ex-ministro Sergio Moro não assinou o ato de exoneração do ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo.

A exoneração do então diretor-geral foi publicada no Diário Oficial no último dia 24 de abril. Na publicação, tanto o nome de Moro quanto de Jair Bolsonaro são mencionados como encarregados pelo ato.

Esclarecimento foi prestado dentro do inquérito que investiga denúncia de interferência de Bolsonaro na PF. Governo informou que incluir nome de ministro em ato é a ‘praxe’.

Vale lembrar que, a demissão de Valeixo gerou a saída de Moro do Ministério da Justiça. Além disso, o ex-juiz também disse ter ficado surpreso com a atitude já que não assinou a exoneração.

Para explicar a ação para a Polícia Federal, a Secretaria-Geral disse que geralmente o nome do ministro é publicado no Diário Oficial, quando o ato é relacionado ao seu ministério.

“Segundo a praxe administrativa, a publicação em ‘Diário Oficial’ vem acompanhada da inclusão da referenda do ministro ou ministros que tenham relação com o ato”, explicou a secretaria no ofício.

A Secretaria-Geral disse também que não houve “qualquer objetivo deliberado” em fazer parecer que o ato havia sido assinado por Moro. “Ao contrário, a área técnica apenas seguiu a praxe”.

Fonte: Isto É
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Após Brasil bater recordes, cinco Estados se aproximam do colapso

O Brasil chegou a marcas impressionantes, e bastante preocupantes, na última semana em relação ao avanço da covid-19. Num único dia, bateu recordes negativos da doença, caminhando para números assustadores. Registrou 1.188 mortes na quinta-feira, dia 21, e ultrapassou os 20 mil óbitos desde que a primeira pessoa morreu por causa do novo coronavírus.

Após Brasil bater recordes, cinco Estados se aproximam do colapso
© Danieçl Teixeira/Estadão Após Brasil bater recordes, cinco Estados se aproximam do colapso

A curva da pandemia parece não existir. Até aqui, é uma reta a apontar para cima, apesar de alguns Estados tomarem decisões para afrouxar o isolamento social e recuperar parte de suas atividades econômicas. Na contagem diária dos órgãos competentes de saúde, o País, que continua sem ministro da Saúde após a demissão de Luiz Henrique Mandetta e do pedido para sair de Nelson Teich, passou a Rússia e já é o segundo com mais números de contaminados no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, cuja curva de mortalidade parece dar refresco e descer a ladeira – alguns estados norte-americanos retomam parte do que faziam antes da pandemia. Nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 363.211 casos.

O cenário é sério. Há 22.666 óbitos. Na semana seguinte em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a América do Sul (com o Brasil no comando) como epicentro da doença – eram os EUA –, o Estadão escolhe e faz um retrato dos cinco principais Estados brasileiros onde a covid-19 avança rapidamente, mas cujas administrações públicas se desdobram para evitar o colapso. Na Grande São Paulo, por exemplo, onde há o maior número de mortes, a taxa de ocupação de UTIs chega a 91%, segunda maior desde o início da pandemia. O Rio espera pela entrega de hospitais de campanha. Pernambuco, Pará e Amazonas estão no limite.

Fonte: Estadão
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Genro de Silvio Santos nega interferência do governo federal na programação do SBT

Na tarde do último domingo, o deputado Fábio Faria usou sua conta no Twitter para comentar sobre a programação do SBT.
Na manhã do último domingo, o deputado Fábio Faria (PSD-RN), casado com Patrícia Abravanel, negou em sua conta no Twitter que tenha ocorrido alguma interferência do governo federal na programação do SBT.

Faria estava desmentindo uma informação que circulada nas redes que dizia que uma interferência de Brasília seria o motivo da não exibição do SBT Brasil, que, no sábado, deixou de ir ao ar pela primeira vez desde sua estreia em 2005. O motivo teria sido evitar que o telejornal mostrasse o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, que foi divulgado na última sexta-feira (22)

 “Mentira, mentira, mentira. Jamais houve reclamação do governo sobre a divulgação do famoso vídeo no SBT. O governo comemorou o vídeo. Jamais o Silvio aceitaria qualquer tipo de interferência. Tanto que o vídeo vai na íntegra hoje no programa dele, que é o de maior audiência do SBT”, disse Fábio Faria em sua conta no Twitter.

Em uma outra publicação, feita no dia 22, Faria chamou a divulgação do vídeo de “um tiro no pé” por parte da mídia, afirmando que o vídeo mais parecia “uma peça de marketing do que prova contra o presidente”.

Apesar do anúncio feito pelo genro, Silvio Santos não exibiu o vídeo na íntegra. Por volta das 19h20 do domingo, o SBT exibiu um trecho de 7 minutos da reunião ministerial. Segundo apoiadores de Jair Bolsonaro, o trecho escolhido enfatiza o presidente como um homem forte, com vontade de vontade de armar a população para “evitar uma ditadura”. O trecho do vídeo foi ao ar sem aviso prévio aos telespectadores e sem edição, nem mesmo os palavrões falados pelo presidente foram cortados.

Na sexta-feira, o SBT Brasil exibiu um trecho de 6 minutos do vídeo enquanto outros telejornais dedicaram um tempo maior ao assunto, como o Jornal Nacional, por exemplo, que falou sobre o tema por cerca de 40 minutos.

Fonte: Pipeify
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Pesquisas mostram imunidade após infecção pelo coronavírus

Duas pesquisas realizadas por pesquisadores de Harvard, e publicadas na quarta-feira (20), trazem um sopro de esperança sobre a eficácia de anticorpos na proteção contra o novo coronavírus. Estudando grupos de macacos infectados com o vírus, os cientistas observaram que os animais haviam desenvolvido “uma imunidade natural que os protege de uma nova exposição”, segundo afirmou Dan Barouch, pesquisador do Centro de Virologia e Pesquisa em Vacinas do Centro Médico Beth Israel Deaconness, de Harvard, responsável pelo experimento.

Primeiro, nove macacos foram infectados pelo vírus, processo que foi repetido 35 dias depois da recuperação dos animais. Nesta segunda tentativa de contágio, os cientistas observaram que todos os animais mostravam pouco ou nenhum sintoma da doença. Foi realizado então um outro teste, desta vez com 25 primatas que receberam doses de seis protótipos de vacinas experimentais contra a Covid-19 e outros 10 que serviram de grupo de controle.

Seis semanas depois de serem infectados, todos os macacos possuíam grande quantidade do vírus nos narizes e pulmões, mas aqueles que estavam vacinados “apresentavam níveis de anticorpos no sangue suficientes para neutralizá-lo em duas semanas”, diz o estudo. Oito deles ficaram completamente protegidos. De acordo com o grupo de pesquisadores, os níveis observados nos primatas são semelhantes àqueles detectados no organismo de seres humanos que estão em recuperação da doença. 

Para Barouch, “esses dados serão vistos como um avanço científico”, mas outras pesquisas são necessárias para descobrir respostas sobre a duração desta proteção e sobre as especificidades das vacinas a serem desenvolvidas para seres humanos.

Ainda é cedo, entretanto, para tirar conclusões sobre a imunidade humana, uma vez que, como apontou o pesquisador Lawrence Young, da Universidade de Warwick, que não fez parte do estudo, nos seres humanos as infecções do coronavírus “seriam diferentes no homem, principalmente pela capacidade do vírus de infectar muitos outros tecidos e células nos seres humanos. As respostas imunológicas também seriam muito diferentes”. Além disso, casos de reinfecção em pacientes que haviam se recuperado da doença já foram registrados na China.

Fonte: Revista Claúdia
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OMS suspende temporariamente o uso de hidroxicloroquina em ensaio clínico internacional

OMS suspende testes com cloroquina e hidroxicloroquina contra a ...]O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 25, que o uso da hidroxicloroquina está suspenso no ensaio clínico Solidariedade (Solidarity). A decisão foi baseada em um estudo publicado no The Lancet e será revisada nas próximas semanas. Atualmente, 3,5 mil pacientes de 17 países foram inscritos na pesquisa da entidade global.

De acordo com Adhanom, o Grupo Executivo do estudo Solidariedade se reuniu no último sábado para tratar do assunto. No encontro, ficou decidido que o uso da hidroxicloroquina será suspenso até que se consiga fazer uma "análise abrangente e avaliação crítica de todas as evidências disponíveis globalmente".

"A revisão irá considerar os dados coletados até o momento pelo estudo Solidarity e, em particular, os dados disponíveis randomizados e robustos, para avaliar adequadamente os possíveis benefícios e malefícios desse medicamento", afirmou.

Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, garantiu que a suspensão não está ligada a nenhum problema com o ensaio clínico em si. “Estamos agindo com cautela”, afirmou.

Fonte: Estadão
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Postura frente à pandemia piora imagem do Brasil no exterior e afasta investidores

"Estes são os túmulos de abril. Vejo um funeral a cada dez minutos, e este é só o começo”. A descrição de um cemitério em São Paulo com os caixões de vítimas do coronavírus feita na semana passada foi apenas uma dentre as várias vezes em que repórteres das maiores emissoras de TV dos Estados Unidos abordaram a gravidade da pandemia no Brasil.

Jair Bolsonaro é visto como um presidente populista pelos analistas

A imagem de caixões e de hospitais se tornou corriqueira na imprensa estrangeira depois que o País rompeu a marca de mais de mil mortes diárias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, puxada por Brasil, a América do Sul é agora o novo epicentro da Covid-19.

Analistas internacionais definem o Brasil como uma nação governada por um presidente populista que dá respostas contraditórias à pandemia. Os efeitos concretos da percepção no exterior de que o País ruma para um precipício – ao viver uma tempestade perfeita com crises simultâneas na saúde, na política e na economia – já aparecem nos números e na postura distante que outras nações têm preferido tomar do Brasil.

Desde o início do ano, o real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo, com queda de 45% ante o dólar. A despeito das intervenções diárias do Banco Central, a cotação da moeda americana encostou nos R$ 6. No mesmo período, o CDS (Credit Default Swap), indicador que sinaliza o nível de risco país, cresceu mais de 250%.

Março teve a maior fuga de capital desde 1995

Os números superlativos se repetem na debandada de investimentos estrangeiros. Segundo o último relatório do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que reúne bancos de investimento, fundos e bancos centrais em 70 países, o Brasil registrou em março a maior fuga de capital em um mês desde 1995 e é o país que mais merece atenção, por causa da rápida deterioração do cenário. A quantia perdida só não foi maior do que a registrada pela Índia.

“Investidores gostariam de ver o governo no comando da situação. Temos visto o confronto entre o Executivo (federal) e governadores, assim como discussões com o Congresso sobre os estímulos, além de mudanças ministeriais que aumentam as dúvidas sobre a capacidade do governo de continuar com reformas estruturais”, diz Martin Castellano, chefe da seção de América Latina do IFF.

Procurado para comentar os efeitos da percepção negativa do País no exterior, o Ministério da Economia não se pronunciou.

Para o economista-chefe do IFF, Robin Brooks, o coronavírus se tornou uma “crise de confiança” para o Brasil. Colocar dinheiro no País agora deve ser uma tarefa para “especialistas, loucos, oportunistas de longo prazo e aqueles sem outras opções”, resumiu o economista Armando Castelar, do Ibre/FGV, em relatório da Gavekal Research, consultoria de investimentos internacional. De acordo com o economista, seria como “correr para um prédio em chamas”.

EUA decidem barrar quem passou pelo Brasil

A falta de uma estratégia do governo brasileiro para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus faz com que vizinhos e aliados tomem medidas para isolar o País e se proteger do contágio. O governo americano anunciou ontem a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil. Entre os vizinhos, o presidente da Argentina (terceiro maior parceiro comercial do Brasil), Alberto Fernández, disse ver o Brasil como um risco à região, enquanto o Uruguai reforçou controles sanitários na fronteira e o Paraguai tenta conter a entrada de brasileiros.

A intenção de limitar passageiros vindos do País vinha sendo mencionada pelo presidente americano, Donald Trump, desde o final de abril. Na sexta-feira, quando a Organização Mundial da Saúde classificou a América do Sul como novo epicentro do vírus, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restrição, como antecipou o Estadão.

Trump é considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado críticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro nas últimas semanas que não pouparia o País ao dizer que não queria pessoas “entrando e infectando” o povo americano. A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias.

A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio, e não tem prazo para terminar. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes.

Atualmente, há apenas 13 voos semanais em operação entre os dois países, contabilizando todas as companhias aéreas. Antes da pandemia, a Latam, sozinha, tinha 49 voos semanais. Com a restrição, as empresas podem continuar a operar as rotas, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

Na Europa, a desconfiança com o governo Bolsonaro vem desde o ano passado, depois que o presidente entrou em choque com os líderes da França e Alemanha no meio da crise de imagem causada pela alta nos incêndios na Amazônia.

Diferença

Americanos, no setor público e privado, afirmam que Trump também não foi o melhor líder na condução da crise, ao minimizar o vírus no início do ano e postergar o início de uma resposta coordenada com os Estados. Ao traçar a comparação com o Brasil, no entanto, analistas têm apontado que ao menos Trump se mantém fiel ao corpo técnico que o orienta, enquanto Bolsonaro perdeu dois ministros da Saúde em um mês.

“As pessoas precisam estar preparadas para voltar a trabalhar porque se sentem razoavelmente seguras, não porque estão desesperadas e não têm dinheiro”, afirma Thomas Shannon, que foi o terceiro na hierarquia do Departamento de Estado até 2018 e embaixador dos EUA no Brasil de 2010 a 2013. “O que me preocupa é que temos governos federais que vão reabrir com base no desespero, e não com base na confiança.”

Acordo comercial

A medida de restrição do governo Trump acontece num momento em que os dois países negociam um novo acordo comercial, que não deve envolver mudanças de tarifas. O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil nos EUA, Nestor Forster, diz que até o fim do ano é possível fechar um pacote de facilitação de negócios. “É um grande desafio conseguir manter a agenda funcionando com as restrições de encontro presencial, mas posso dizer que temos conseguido até de forma surpreendente.”

Para Shannon, a onda de desaceleração da globalização e o encurtamento das cadeias de produção, que devem surgir como efeito da pandemia, poderiam levar Brasil e EUA a estreitar relações comerciais. Nesse sentido, ele faz elogios ao ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele ainda está trabalhando para abrir a economia, isso é importante.”

O ex-embaixador reconhece, no entanto, que a perspectiva do avanço comercial pode esbarrar no protecionismo de Trump e no cenário eleitoral, que tende a ser turbulento no segundo semestre nos EUA. A crise política e econômica no governo Bolsonaro gera um outro impasse: a resistência do Congresso americano, que é crítico ao brasileiro.

“Os EUA vão passar pela crise. Acho que o Brasil vai também, mas será mais difícil, porque não está no mesmo estágio de desenvolvimento econômico e político”, diz Melvin Levistky, ex-embaixador dos EUA no Brasil e hoje professor na Universidade de Michigan.

Fonte: Estadão
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