sexta-feira, agosto 10, 2018

Inscrições para o concurso público da Polícia Militar do RN terminam segunda-feira (13)

As inscrições para o concurso público da Polícia Militar do Rio Grande do Norte terminam na segunda-feira (13). Ao todo, são 1.000 vagas para o quadro de praças da corporação. O candidato deve se inscrever pela internet, no site www.ibade.org.br. A inscrição só é confirmada após o pagamento da taxa, que custa R$ 100.

Polícia Militar do Rio Grande do Norte (Foto: Demis Roussos/Governo do RN)
Polícia Militar do Rio Grande do Norte (Foto: Demis Roussos/Governo do RN)

O concurso, regido pelo Edital Nº 003/2018 – SEARH/PMRN, oferece 938 vagas para candidatos do sexo masculino e 62 para o sexo feminino. Ao todo, o certame possui sete etapas. São elas:

Primeira etapa: prova objetiva e redação.
Segunda etapa: exame de saúde
Terceira etapa: teste de aptidão física (TAF)
Quarta etapa: avaliação psicológica
Quinta etapa: investigação social
Sexta etapa: avaliação de títulos
Sétima etapa: curso de formação
A primeira etapa será realizada no dia 23 de setembro de 2018, nas cidades de Natal, Mossoró e Caicó, conforme escolha do candidato no momento da inscrição.

O cronograma previsto e o edital estão disponíveis no site da instituição organizadora do certame: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo – IBADE.

Fonte: G1
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Concurso com 55 vagas é aberto para a Prefeitura de Sítio Novo, RN

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A Prefeitura de Sítio Novo, cidade da região Agreste potiguar, divulgou edital para concurso público nas áreas da educação, assistência social, saúde e prestação de serviços. Ao todo, são oferecidas 55 vagas para contratação imediata e cadastro reserva, sendo duas para pessoas com deficiência.

As provas são de nível fundamental, médio e superior e os salários iniciais variam de R$ 954 a R$ 12 mil. As inscrições começam nesta sexta (10) e seguem até o dia 9 de setembro. O investimento para a inscrição é de R$ 80 para os cargos de Nível Fundamental e Nível Médio, e de R$ 100 para os cargos de Nível Superior.

As vagas de nível fundamental são para:

Auxiliar de Serviços Gerais
Eletricista
Merendeiro
Operador de Motoniveladora
Operador de Retroescavadeira
As vagas de nível médio são para:

Agente Comunitário de Saúde
Auxiliar de Consultório Dentário
Auxiliar de Farmácia
Motorista na categoria D,
Recepcionista
Técnico em Enfermagem
Guarda Municipal
As vagas de nível superior são para:

Assistente Social
Odontólogo do Programa Saúde da Família – PSF
Enfermeiro do Programa Saúde da Família – PSF
Enfermeiro
Farmacêutico Bioquímico
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Médico do Programa Saúde da Família – PSF
Médico Clínico Geral – Plantonista
Nutricionista
Médico Veterinário
Professor de Ciências
Professor de Educação Física
Professor de Educação Infantil
Professor de Ensino Fundamental
Professor de Ensino Religioso
Professor de Inglês
A jornada de trabalho para todos os cargos é de 40 (quarenta) horas semanais ou por escala de plantão, respeitada as exceções contidas em legislação específica e observada a proporção entre a carga horária cumprida e remuneração fixada para o cargo.

Fonte: G1
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MATÉRIA - CAMPANHA CIDADE LIMPA DA PREFEITURA DE ITAÚ

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Detran-RN implanta sistema online para quitar licenciamento e IPVA em qualquer banco

O Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) deu início ao sistema online para pagamento de Taxa de Licenciamento e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A partir de agora, as quitações podem ser realizadas através de qualquer correspondente bancário.

Detran implanta sistema para quitar licenciamento e IPVA em qualquer banco (Foto: Divulgação )
Detran implanta sistema para quitar licenciamento e IPVA em qualquer banco (Foto: Divulgação )

Para ter acesso ao novo modelo de pagamento, é preciso acessar o site do Detran-RN e clicar no ícone "Consulta de Veículos". Em seguida, irá aparecer o espaço para digitar o número da placa do veículo e o renavam. Após isso, é possível verificar a listagem dos débitos pendentes e gerar o boleto para pagamento.

Para pagamentos realizados pelo Banco do Brasil, o prazo de confirmação é de até 15 minutos. Em outros bancos, o período é de até 24h ou no primeiro dia útil após a quitação da taxa.

De acordo com o Detran, o objetivo da nova forma de pagamento é a comodidade do usuário e diminuir as filas em suas unidades. “Nosso planejamento é o de facilitar e vida do usuário trazendo ferramentas mais modernas de relacionamento da instituição com o seu público”, informa o diretor do departamento, Eduardo Machado.

Detran-RN implanta sistema online para pagamento de taxas  (Foto: Reprodução/site do Detran-RN )
Detran-RN implanta sistema online para pagamento de taxas (Foto: Reprodução/site do Detran-RN )

Fonte: G1
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TCE determina que Governo do RN suspenda antecipação de royalties

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte determinou de forma cautelar que o governador Robinson Faria não realize qualquer ato administrativo que implique em operação de crédito com antecipação de receitas de royalties. Caso já tenha sido editado qualquer ato administrativo com esse conteúdo, os seus efeitos ficam suspensos, de acordo com o TCE.

Robinson Faria, governador do Rio Grande do Norte (Foto: Thyago Macedo/G1)
Robinson Faria, governador do Rio Grande do Norte (Foto: Thyago Macedo/G1)

Segundo o voto do relator, conselheiro Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior, o governo não poderá “realizar qualquer ato administrativo destinado à contratação de operação de crédito que dê em garantia créditos decorrentes do direito do Estado do Rio Grande do Norte de participação governamental obrigatória, na modalidade de royalties, ou que importe em antecipação dos créditos decorrentes deste direito”.

Francisco Potiguar Júnior foi acatado pelos demais conselheiros na sessão do Pleno desta quinta-feira (09), com exceção do conselheiro Paulo Roberto Chaves Alves, que alegou suspeição.

De acordo com o voto, as cessões de créditos oriundas de royalties, regulamentadas pelo Senado Federal, só são permitidas para a capitalização de fundos de previdência e amortização de dívida com a União. A Lei Ordinária Estadual nº 10.371, que autoriza a antecipação, aponta que os “créditos cedidos serão destinados para a capitalização do fundo de previdência”.

Contudo, no caso do Rio Grande do Norte o regime de previdência não funciona mais por capitalização - desde a edição da Lei Complementar Estadual nº 526/2014, que extinguiu o fundo de capitalização e criou o Fundo Financeiro do RN. O Funfirn é “estruturado em regime de repartição simples, para fins de pagamento da folha corrente de inativos, o que implica, na prática, em pagamento de pessoal”.

“Vislumbro, pois, a fumaça do bom direito, ante a constatação da utilização da antecipação de recursos para o pagamento de despesa corrente, em afronta à Resolução nº 043/2011 do Senado Federal; bem como o perigo da demora, pelo comprometimento futuro do orçamento estadual, além da dificuldade em se fazer a recomposição dos recursos oriundos dos royalties, porventura utilizados”, aponta o relator.


Foi fixada multa pessoal e diária no valor de R$ 500 ao governador Robinson Faria, em caso de descumprimento das determinações da Corte de Contas. Ele terá de comprovar nos autos o cumprimento das medidas.

Antecipação de Royalties
No mês passado, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto que autoriza a antecipação de pagamento de royalties da exploração de petróleo e gás natural para o Governo do Estado. Com a medida, o Executivo quer receber R$ 162 milhões, que deve usar o montante no fundo previdenciário, para pagamento de aposentados.

O Governo pretendia usar o dinheiro dos royalties também para a amortização de dívidas com a União, porém os deputados decidiram, ainda na Comissão de Finanças e Fiscalização, que os recursos serão usados apenas para pagamento de folha.

A negociação acontece da seguinte maneira: os bancos emprestam os R$ 162 milhões ao Poder Executivo e, em troca, são pagos com os royalties que devem ser repassados pelas empresas que exploram petróleo e gás no estado, até dezembro de 2019 - primeiro ano da próxima gestão estadual.

Fonte: G1
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RN tem a maior taxa de mortes violentas do país

O Rio Grande do Norte é o estado do país com a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 68. Foram 2.386 mortes violentas no estado em 2017. Em todo o país foram 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e foram divulgados na manhã desta quinta-feira (9).

RN registrou 2.386 mortes violentas em 2017 (Foto: Ney Douglas)
RN registrou 2.386 mortes violentas em 2017 (Foto: Ney Douglas)

De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes aumentou 19,4% no Rio Grande do Norte em 2017 em relação ao ano anterior. Em 2016 o RN registrou 1.980 mortes violentas. O estado com a menor taxa de mortes violentas é São Paulo: 10,7.

Rio Grande do Norte é o estado do país com a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 68. Foram 2.386 mortes violentas no estado em 2017. Em todo o país foram 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e foram divulgados na manhã desta quinta-feira (9).

De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes aumentou 19,4% no Rio Grande do Norte em 2017 em relação ao ano anterior. Em 2016 o RN registrou 1.980 mortes violentas. O estado com a menor taxa de mortes violentas é São Paulo: 10,7.

Fonte: G1
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PRF realiza leilão de 487 veículos apreendidos no RN

A Polícia Rodoviária Federal realiza no dia 15 de agosto o leilão de 487 veículos apreendidos no Rio Grande do Norte. Ao todo, são 398 veículos de duas rodas e 89 automóveis. Deste total, 219 estarão aptos a voltar a circular e 268 serão transformados em sucatas.

Lotes serão abertos para visitação na próxima segunda-feira (13). Leilão presencial acontece dia 15 de agosto em Natal. (Foto: Divulgação)
Lotes serão abertos para visitação na próxima segunda-feira (13). Leilão presencial acontece dia 15 de agosto em Natal. (Foto: Divulgação)

As visitações estarão disponíveis nos dias 13 e 14 de agosto, nos seis pátios indicados no edital. No edital também é possível consultar os detalhes dos veículos, os lances iniciais, além de direitos e responsabilidades dos arrematantes.

Os lotes arrematados com direito a documentação serão disponibilizados sem multas ou débitos de anos anteriores, apenas com as taxas do Detran para transferência e os débitos de licenciamento referentes ao exercício corrente. Sobre o valor do lance dado, o comprador é responsável pela comissão do leiloeiro (5%) e o ICMS.

Os lances já podem ser ofertados pela internet até o momento do leilão presencial.

Serviço
Leilão presencial
Local: Rifóles Praia Hotel
Endereço: Rua Cel. Inácio Vale, 8847, Ponta Negra, Natal/RN
Data: 15/08/2018
Horário de início do leilão: 9h (horário local)

Fonte: G1
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Pesquisa da UFMG aponta que usuários de maconha têm pior desempenho nas universidades

Um estudo feito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que universitários que fumam maconha têm mais dificuldade em ser aprovados em todas as disciplinas do que os outros estudantes.

 (Foto: Albeiro Lopera/Reuters)
(Foto: Albeiro Lopera/Reuters)

Segundo a tese do economista e professor Álvaro Alberto Ferreira Mendes Junior, 66,1% dos não usuários passaram direto em todas as matérias. Este número cai para 50,7% entre aqueles que fumam maconha.

Os dados ser basearam em entrevistas feitas em 2009 com 12.711 estudantes de 100 universidades públicas e privadas. A pesquisa também usa estudos feitos pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Ministério da Justiça, e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“Há uma deficiência de pesquisas capazes de dialogar com questões importantes para o país como é o caso do uso de drogas, seja na área da saúde, seja na área criminal”, disse o pesquisador.

O estudo mostra ainda que a demanda pelo consumo da maconha é maior entre os universitários de alta renda. “A maconha pode ser classificada como um bem normal. Um bem normal é aquele que é adquirido de acordo com a renda”, falou Álvaro.

Segundo ele, alunos que pertencem às classes A e B têm 120% mais chances de consumir a droga. Porém, 10% dos estudantes de baixa renda apresentam alto risco de dependência. Este número cai para 3,1% entre os universitários de classe alta. "Isso pode ser explicado pela maior vulnerabilidade social", disse o professor.

Para chegar a estes dados, o professor utilizou parâmetros do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP).

Fonte: G1
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Coparentalidade: brasileiros buscam parceiros para ter filhos sem relação amorosa

O sonho da maternidade acompanhava Aparecida Sobral, de 39 anos, desde a infância. Ela planejava uma família com marido e filhos. O plano de se casar foi alterado após desilusões em relacionamentos amorosos.

Coparentalidade: brasileiros buscam parceiros para ter filhos sem relação amorosa (Foto: Pixabay)
Coparentalidade: brasileiros buscam parceiros para ter filhos sem relação amorosa (Foto: Pixabay)

O desejo de tornar-se mãe permaneceu. Para isso, ela procurou na internet um homem que também quisesse um filho.

Depois de anos de buscas, Aparecida encontrou um parceiro que aceitou ter uma criança sem que houvesse um relacionamento amoroso entre eles. Hoje, ela é mãe de um garoto de cinco meses.

A história de Aparecida se assemelha a de outros brasileiros que também têm procurado uma parceria para criar um filho, sem a necessidade de um envolvimento emocional entre os pais. A prática em que duas pessoas se unem unicamente por uma criança é denominada coparentalidade. O termo traz uma nova vertente para a tradicional parentalidade, que define a ação de criar e educar filhos biológicos ou adotados que são frutos de envolvimento afetivo entre os pais.

Anúncios sobre coparentalidade
A busca por um parceiro de coparentalidade pode acontecer por meio da internet ou entre conhecidos. Nas redes sociais, grupos se dedicam exclusivamente ao assunto. O maior deles possui mais de quatro mil participantes. Nas publicações, interessados no novo modelo de família se apresentam, mencionam suas características e ressaltam a vontade de ter um filho.

"Tenho 29 anos e curso Arquitetura. Moro no Rio de Janeiro. Sou loira e tenho olhos azuis. Falo duas línguas e amo animais. Sou casada no civil com outra moça. Quero um parceiro que entenda que nosso filho tem que respeitar os pais e se orgulhar da família", diz a publicação feita por uma mulher em um dos grupos de Facebook sobre o tema.

A partir do anúncio, os interessados se manifestam. O dono da publicação e a pessoa que se interessou por suas características iniciam conversas, por meio de mensagens privadas. O diálogo pode culminar no nascimento de uma criança.

Para definir possíveis pretendentes à coparentalidade, as pessoas levam em consideração questões como características físicas, nível de escolaridade, distância geográfica e até opiniões políticas.

A doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano Iolete Ribeiro ressalta que o termo coparentalidade é a legitimação de uma prática antiga, que atualmente ganhou novas características. "Na história da sociedade humana, sempre existiram pessoas que cuidavam de crianças por vínculos de afeto, mesmo sem ter essa relação de casal", explica.

"Mas agora existem discussões sobre novos papéis sociais e gêneros. O termo família tradicional cada vez mais vem se mostrando antiquado, porque, na realidade, existem muitos arranjos possíveis para a família", acrescenta.

Em países como os Estados Unidos, a busca por uma companhia para ter um filho sem vínculo amoroso é considerada comum e existem diversos sites dedicados ao tema. No Brasil, o assunto é recente. Muitos daqueles que querem recorrer à prática não comentam com amigos ou familiares. Eles acreditam que podem enfrentar preconceito.

Aparecida Sobral descobriu sobre a coparentalidade há mais de oito anos. "Eu li sobre o assunto em uma revista. Mas, na época, era comum nos Estados Unidos, não no Brasil", conta. Anos mais tarde, ela encerrou um relacionamento que classifica como extremamente abusivo. "Poderia até ter tido um filho, mas não seria uma criança amada pelos dois", diz.

Mãe de um garoto de cinco meses, Aparecida Sobral passou anos buscando um parceiro para coparentalidade (Foto: Ney Silva)
Mãe de um garoto de cinco meses, Aparecida Sobral passou anos buscando um parceiro para coparentalidade (Foto: Ney Silva)

Técnicas de inseminação caseira
Depois de ficar solteira, Aparecida procurou, na internet, informações sobre pessoas que buscam métodos para ter um filho sem precisar estar em um relacionamento. Ela encontrou um grupo recém-criado sobre o tema. Depois de dois anos procurando por um parceiro na página, conheceu o pai de seu filho. "Conversamos por um ano, para eu ter confiança."

Ela mora em Feira de Santana (BA) e o homem atualmente vive em uma cidade do interior do Pará - ele pediu para não ter a identidade divulgada. Apesar da distância, decidiram ter o filho.

O método escolhido pelos dois foi a inseminação caseira. Na prática, o homem coloca o esperma em um pote de coleta de exame - para preservar o conteúdo - e o entrega à mulher, que deve estar em período fértil. Em seguida, ela introduz o líquido na vagina por meio de uma seringa. Este é o método mais utilizado por aqueles que recorrem à coparentalidade.

A inseminação caseira não é considerada ilegal. Porém, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que não recomenda a prática, porque há diversos riscos, entre eles a possibilidade de transmissão de DSTs. Outros métodos também utilizados por quem busca a coparentalidade são inseminação artificial, fertilização in vitro, relação sexual ou adoção.

Aparecida e o pai do filho fizeram a inseminação caseira em quatro vezes distintas, porém não obtiveram sucesso. Na quinta tentativa, ela conseguiu engravidar. "Nem acreditei quando o resultado deu positivo, porque eu achava que não poderia mais ter filhos. Foi muita felicidade", relembra.

Durante a gestação, Aparecida enfrentou dificuldades, em razão da endometriose - quando o tecido que reveste o útero cresce fora do órgão. "Eu também tenho outros problemas no útero, que fizeram com que minha gravidez fosse considerada de alto risco", diz. Mesmo com as dificuldades, o pequeno Lucá nasceu aos nove meses, por meio de uma cirurgia cesariana. "Acredito que tenha sido Deus. Se não fosse agora, não conseguiria mais ser mãe."

O pai da criança, que trabalha como militar, acompanhou a gestação de Aparecida por meio de aplicativos de mensagens e ligações. Ele esteve presente no dia do parto do filho e, atualmente, visita a criança a cada dois meses. "Ele junta as folgas e passa dez dias por aqui", relata. Ela afirma ter uma boa relação com o companheiro de coparentalidade. "Somos amigos. Ele é um pai muito participativo", diz.

Há quatro anos, Aparecida está desempregada. Ela é formada em um curso técnico de Segurança do Trabalho, porém não exerce a função em razão dos cuidados com a família. Além do filho, ela também cuida da mãe, de 79 anos, e da irmã mais velha, que possui esquizofrenia. "A minha rotina é muito corrida, não tenho tempo para nada. Infelizmente não consigo trabalhar", diz. Atualmente, ela sobrevive com os benefícios recebidos pela mãe e pela irmã.

Os gastos com o filho, segundo ela, são divididos de modo igualitário com o pai da criança. "Desde que começamos a conversar, decidimos que todos os custos seriam repartidos. Ele me ajuda bastante e honra com tudo o que foi definido", afirma.

Grupos de coparentalidade
A responsável pelo grupo em que Aparecida conheceu o pai de seu filho é a jornalista Taline Schneider, de 37 anos. Ela criou, há quatro anos, a primeira página dedicada à coparentalidade nas redes sociais. Segundo Taline, 33 crianças nasceram, até o momento, de pais que se conheceram em seu grupo. "Isso sem contar os casos que não foram informados para a gente", diz.

A jornalista criou a página porque desde a infância sonhava em ser mãe independente. "Eu me imaginava com um filho, mas nunca pensei em marido", conta. Depois que terminou o casamento, Taline relata que os planos de ter uma criança sem precisar de um relacionamento voltaram a acompanhá-la. "Comecei a pesquisar sobre o tema, descobri a coparentalidade e decidi criar um grupo sobre o assunto."

O grupo de Taline no Facebook foi crescendo e há um ano ela abriu um site sobre o tema. Nele, as pessoas avaliam perfis dos outros participantes e podem iniciar conversas. Na página, estão cadastradas 2,2 mil pessoas. Dessas, cerca de cem pagam por uma assinatura mensal ou trimestral, que varia de R$ 30 a R$ 80. Além disso, há também a comercialização de créditos, cujos valores correspondem a R$ 10 ou R$ 20, usados para interagir nas redes sociais com possíveis pretendentes.

"Muitos não pagam, porque concedemos diversos benefícios aos usuários que utilizam ativamente a plataforma. Por isso, o valor que recebo é muito pequeno e não arca com os gastos da página", diz.

Mesmo afirmando que teve prejuízo com a página, Taline se orgulha por ter conseguido unir pessoas que buscam a coparentalidade. "É gratificante saber que mais de 30 crianças nasceram por meio de pais que se conheceram no site".

Ela, porém, lamenta a falta de apoio. "Muita gente tem vergonha de admitir que teve o filho por meio da coparentalidade e isso prejudica os outros que também buscam o método, porque acaba colaborando para o preconceito, pois fica parecendo que as pessoas precisam se esconder".

Na plataforma, há regras sobre o convívio entre os usuários. É proibido utilizar o site em busca exclusivamente de relações sexuais. "Há casos de pessoas que usam a plataforma apenas para fins sexuais. Esse não é o intuito da página. Há também os envolvimentos amorosos, que acontecem em muitas situações, mas as pessoas precisam compreender que a principal finalidade do site é encontrar um parceiro para a coparentalidade", afirma.

Apesar de ter ajudado no nascimento de dezenas de crianças, Taline ainda não encontrou um parceiro para a coparentalidade. "Ao longo dos anos, conversei com 13 homens, que se encaixavam no perfil que procuro. Mas o grande problema foi a distância, por isso não deu certo. Não quero que meu filho tenha um pai que more longe", diz a jornalista, que mora em Porto Alegre. Ela permanece à procura de um companheiro para a concepção da criança.

Ser mãe sem relacionamento amoroso
A advogada Amanda Barrozo, de 37 anos, também segue em busca de um companheiro para a coparentalidade. "Eu poderia recorrer à produção independente, mas gostaria que meu filho tivesse um pai presente", relata. Ela se interessou pela prática por poder ser mãe sem precisar ter um envolvimento amoroso. "Tive relacionamentos que não deram certo. Então, acho muito interessante criar um filho sem os dramas que envolvem uma relação amorosa."

Ela atua na área do Direito de Família e comenta que a experiência profissional a estimulou a buscar a coparentalidade. "Existem muitos casos de filhos de divorciados que enfrentam dificuldades por conta da separação e da relação complicada que os pais possuem depois do término", diz a advogada.

Amanda, que mora em São Gonçalo (RJ), conversou com possíveis pretendentes. Porém, ainda não encontrou um que correspondesse ao perfil que busca. "É importante ser do Rio de Janeiro, porque a distância é um fator crucial. Além disso, quero uma pessoa sem preconceitos e sem excessos religiosos. Também não quero nenhum intolerante político, homofóbico ou racista", afirma a advogada. Ela recebe o apoio da família na busca por um parceiro. "Eles entendem a coparentalidade. A mente dos que me rodeiam é aberta."

O contador Paulo Gonçalves, de 35 anos, optou por não procurar um perfil específico na busca por uma parceira para a coparentalidade. "Eu penso que quando existe o desejo de ser pai, isso é irrelevante". Ele mora em Divinópolis (MG) e há dois anos conheceu, em um grupo dedicado ao tema, uma parceira que mora em uma cidade a 200 quilômetros da sua.

Eles fizeram uma tentativa por meio da inseminação caseira, que não deu resultados. Agora, planejam tentar inseminação artificial ou fertilização in vitro, procedimentos que podem custar mais de R$ 15 mil. "Pretendemos buscar um laboratório, para dar início aos tratamentos ainda neste ano", diz.

Paulo afirma não se preocupar em esperar mais alguns anos até que consiga ter um filho. "O nascimento de uma criança por meio da coparentalidade é um processo lento, porque há vários fatores que devem ser avaliados, como a distância, as visitas, as despesas e como serão tratadas as situações adversas", acrescenta.

Ter filhos com amigos
Por dois anos, o bancário Luiz Felipe*, de 33 anos, esperou por uma companheira em grupos sobre a coparentalidade. Ele relata ter vivido desilusões em relacionamentos amorosos e decidiu buscar uma parceria apenas para ter um filho. "Eu acabei desistindo de encontrar um grande amor para constituir uma família".

Ele diz que não encontrou, nos grupos, nenhuma parceira. "As moças com quem conversei procuravam um relacionamento romântico e não a coparentalidade, então acabei desistindo".

Ele, então, apresentou a coparentalidade a uma amiga bancária e propôs que tivessem um filho juntos. A mulher, que já era mãe de uma criança, aceitou. Eles optaram por tentar a gravidez por meio de relação sexual. "Fizemos testes, exames e nos preparamos com bastante cautela e responsabilidade para a concepção", diz.

Depois de duas tentativas, a parceira de Luiz Felipe engravidou. Atualmente, a filha deles tem dois meses. Desde o nascimento da criança, os dois optaram por morar juntos. "Decidimos fazer isso para que possamos ficar perto da nossa filha. Mas não temos nenhum tipo de envolvimento amoroso, somos apenas pais amigos", conta.

Na casa em que vivem, os pais da criança dividem todos os gastos e responsabilidades. "Não acertamos pensão ou valores fixos. Porém, abrimos uma conta conjunta, na qual nos organizamos em relação aos gastos com a nossa filha. Isso tem funcionado muito bem", relata.

Divisão de despesas na criação dos filhos
A divisão das despesas com o filho ainda não é uma preocupação da técnica em enfermagem Janiele Bezerra, de 30 anos. Ela está grávida de quatro meses. O parceiro de coparentalidade é um homem de 43 anos, que ela conheceu em um grupo dedicado ao tema. Eles fizeram o procedimento de inseminação caseira e ela engravidou na primeira tentativa.

"Não quero estipular um valor para ele colaborar, mas sei que ele terá a consciência de que criança tem despesas e ajudará. Eu disse que jamais vou pedir algo, prefiro que ele dê aquilo que achar melhor. A única coisa que cobrarei é atenção e carinho para o bebê."

Janiele tem um relacionamento com outra mulher há oito anos. A companheira dela tem três filhos e a apoiou na decisão de buscar a coparentalidade. "Eu ajudei a criar os meus enteados, então minha esposa sempre apoiou que eu também tivesse um filho".

Ela conta que a descoberta da gestação foi um dos momentos mais importantes da sua vida. "Muita mulher sonha com esse momento. Foi muito especial quando descobri que tinha dado certo a inseminação caseira".

O pai do filho de Janiele mora em Ituverava e ela em Ribeirão Preto, ambas as cidades em São Paulo. Segundo a técnica em enfermagem, o homem poderá visitar o filho sempre que possível e ficará com a criança em fins de semanas. "O bebê vai ser criado por mim e pela minha esposa, mas o pai também vai participar ativamente."

Ela não planeja firmar nenhum contrato com o companheiro de coparentalidade. "Acredito que não iremos formalizar um acordo na Justiça. A minha única exigência é que ele dê atenção ao filho, então não acho que teremos problemas", diz.

Coparentalidade por contrato judicial
Em muitos casos de coparentalidade, os pais optam por formalizar contratos para definir regras sobre a guarda da criança, a convivência entre a família e questões financeiras. Aparecida e o pai do filho firmaram um acordo na Justiça que estabeleceu os direitos e os deveres de cada um.

O advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Rodrigo da Cunha Pereira, explica que os contratos firmados em casos de coparentalidade têm extrema relevância em situações de impasse entre os pais. "Apesar de ser um novo modelo de família, esses contratos são válidos como qualquer outro acordo jurídico", explica à BBC News Brasil.

Pereira detalha que em caso de descumprimento do acordo, aquele que se sentir lesado pode procurar a Justiça.

Preconceito contra coparentalidade
Uma das maiores dificuldades para aqueles que buscam a coparentalidade, segundo as pessoas ouvidas pela reportagem, é lidar com o preconceito. "Essa prática é muito rejeitada porque dizem que representa o fim da família tradicional. Por isso, muitos preferem fazer escondido, para não ter esse tipo de julgamento da sociedade", diz Taline.

Para a psicóloga Iolete Ribeiro, a coparentalidade representa um avanço importante para a legitimação de novas formações de família. "Esse modelo está relacionado com a natureza do vínculo que os pais estabelecem com a criança e não com o envolvimento do casal. A maternidade e o relacionamento conjugal são relações diferentes e sempre foram", diz.

Iolete ressalta que apesar dos avanços que representa, a coparentalidade também pode trazer dificuldades. "Assim como em outros modelos, nem tudo será perfeito. Na coparentalidade, existe o desafio de escolher a pessoa que será sua parceira na criação do filho. Mas não há uma certeza de que aquele parceiro contribuirá de uma forma legal e cumprirá com suas obrigações."

Mesmo tendo sido alvo de críticas, Aparecida não se arrepende de ter recorrido à coparentalidade. "Algumas pessoas fizeram chacota, mas eu não me importo. A gente vive em um país que tem muitas pessoas preconceituosas e, para elas, esse tipo de família não caberia na sociedade. Para mim, o importante é que consegui realizar meu sonho de ser mãe e hoje tenho o maior amor da minha vida", diz.

*O nome foi alterado a pedido do entrevistado.

Fonte: G1
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Homens também podem sofrer de depressão pós-parto, dizem estudos

Pesquisas sugerem que tanto homens quando mulheres experimentam algum tipo de depressão após o nascimento de uma criança, segundo pesquisas apresentadas em Congresso da Associação Americana de Psicologia (APA) nesta quinta-feira (9).

A depressão pós-parto atinge 10% dos pais novos, mostram estudos (Foto: Frédéric Cirou/AltoPress/PhotoAlto/AFP/Arquivo)
A depressão pós-parto atinge 10% dos pais novos, mostram estudos (Foto: Frédéric Cirou/AltoPress/PhotoAlto/AFP/Arquivo)

Cerca de 10% dos novos pais experimentam algum tipo de depressão e até 18% têm algum tipo de transtorno de ansiedade, mostraram especialistas, como Dan Singley, professor na Universidade de San Diego, nos Estados Unidos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde.

Singley explica que a prevalência de sintomas depressivos é comparável entre mães e pais novos -- e afirma que a depressão pós-parto não pode ser vista enquanto questão emocional feminina somente.

"A depressão pós-parto não pode mais ser vista como uma variante patológica dos processos reprodutivos femininos. O paradigma existente deve ser modificado" -- Dan Singley (Universidade de San Diego - EUA).
Alguns motivos para a depressão neles, segundo cientistas:
A privação de sono neles, assim como nas mães, é o principal fator para o surgimento de sintomas de depressão;
A falta de sono e o tempo longe do trabalho também aumenta a ansiedade;
Dificuldades de entender o novo papel de pai;
Dúvidas sobre ser ou não um pai competente.
Em matéria da BBC, o jornalista britânico Martin Daubney que sofreu de depressão pós-parto, contou sua experiência. Confira trecho do seu relato.

"Assim como muitas pessoas, eu fiz piada com o conceito de depressão pós-parto para homens. Pelo menos, até o dia 29 de maio de 2009 (...) Pensei que a paternidade me transformaria num super-herói. Mas eu me senti como um superfracasso. Achei que era tudo minha culpa. Nos meses que se seguiram, caí em depressão e sofri calado com os flashbacks do nascimento do meu filho. Eu trabalhava até mais tarde porque não queria voltar para casa. Fiquei sem fazer sexo - que via como a causa de tudo."

O jornalista Martin Daubney, que teve depressão pós-parto (Foto: Martin Daubney)
O jornalista Martin Daubney, que teve depressão pós-parto (Foto: Martin Daubney)

Homens não procuram serviços de saúde
A suspeita de que a questão da depressão pós-parto não é somente hormonal começou a aparecer na ciência quando pesquisadores observaram que pais e mães adotivos também apresentavam sintomas depressivos, diz Sara Rosenquist, pesquisadora do Centro de Psicologia de Saúde Reprodutiva na Universidade Estadual da Carolina do Norte.

"A narrativa predominante atribuiu essas experiências a mudanças hormonais e flutuações especificamente relacionadas à gravidez e parto", disse Sara Rosenquist, pesquisadora (Universidade Estadual da Carolina do Norte). "
Um dos motivos pelos quais a depressão pós-parto em homens é pouco falada é que homens tendem a não procurar serviços de saúde mental durante o período, diz Singley.

Também profissionais de saúde não recebem treinamento adequado para identificar e tratar essas questões em homens durante o período.

Precedente na antropologia e alterações hormonais masculinas
Observações de antropólogos já mostravam que homens às vezes exibem sintomas semelhantes de parceiras na gravidez -- como náuseas, azia, dor abdominal, inchaço e alterações no apetite.

Outras pesquisas também demonstraram que o contato próximo com parceiras também pode induzir alterações hormonais em homens e o surgimento de instintos paternos.

Homens também podem apresentar níveis identificáveis de prolactina (o hormônio que estimula a produção de leite nas mulheres). Outro ponto mostrado por cientistas é que alguns também experimentam uma queda temporária na produção da testosterona logo após o nascimento do bebê.

Os especialistas enfatizaram a dificuldade de tratamento de sintomas da depressão pós-parto em homens, já que eles tendem a falar menos abertamente sobre suas dificuldades que mulheres. Também há diferenças na manifestação de sintomas entre os gêneros.

"As mulheres são mais propensas a relatar sentimentos de tristeza e choro frequente, enquanto os homens são mais propensos a se sentirem irritados e socialmente desconectados", diz Sara Rosenquist.
Especialistas salientam a necessidade de triagem em homens, principalmente aqueles que já apresentam histórico de saúde mental. Outro ponto que pode ajudar novos pais na superação de sintomas depressivos é dividir com amigos e familiares as dificuldades emocionais do período.

Fonte: G1
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