segunda-feira, junho 13, 2022

Mais de cem pessoas morrem em confrontos étnicos na região de Darfur

Mais de cem pessoas morreram durante confrontos étnicos na região de Darfur, oeste do Sudão, informou um líder tribal nesta segunda-feira (13).


Militar etíopeem operação de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul, em fevereiro de 2022. — Foto: Isaac Billy/UN Photo


"Os combates mataram 117 pessoas e deixaram 14 aldeias queimadas na localidade de Kolbus, em Darfur Ocidental", disse Ibrahim Hashem, líder da etnia Gimir.

De acordo com Hashem, os confrontos aconteceram principalmente entre a tribo Gimir e a tribo árabe Rizeigat.


Os confrontos explodiram na semana passada por causa de uma disputa de terras entre uma aldeia dos Rizeigat e outra dos Gimir, perto de Kolbus, a 160 quilômetros da capital do Estado, El Geneina.


A região árida de Darfur, na fronteira com o Chade, foi cenário de episódios de extrema violência nos últimos meses.



Em abril, mais de 200 pessoas morreram em confrontos entre grupos árabes e não árabes em Darfur Ocidental.


O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a região, Volker Perthes, se declarou "horrorizado" pela violência em Kolbus.


"O ciclo de violência em Darfur é inaceitável e destaca as causas profundas que devem ser abordadas", escreveu no Twitter.


Em 2003, Darfur foi cenário de um conflito entre rebeldes de uma minoria étnica e o governo, de maioria árabe, que matou 300.000 pessoas e forçou 2,5 milhões de habitantes a fugir de suas casas, segundo os números das Nações Unidas.

Depois de superar 30 anos de ditadura de Omar al Bashir em 2019, o golpe de Estado do general Abdel Fattah Al Burhan em 25 de outubro de 2021 afundou ainda mais o país em um atoleiro político e econômico.


Embora os principais grupos rebeldes tenham assinado um acordo de paz em 2020, os confrontos mortais por terra, gado, acesso à água e pastagens prosseguem no país.


Fonte: g1

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