segunda-feira, abril 10, 2023

Receita barra exoneração de Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe do órgão investigado no caso das joias

A Receita Federal revogou a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (10) que autorizava a exoneração de Julio César Vieira Gomes do cargo de auditor-fiscal.


Julio Cesar Vieira Gomes, então chefe da Receita, tentou 'carteirada' para liberar joias na reta final do governo Bolsonaro — Foto: Reprodução/Gov.br


Ao revogar a exoneração, o atual chefe do órgão, Robinson Barreirinhas, alegou a existência de uma investigação preliminar sumária na corregedoria do órgão.


Uma fonte da Receita diz que é preciso checar se é possível exonerar um funcionário a pedido enquanto um processo de investigação está em andamento.


Vieira Gomes é quem assinou o despacho que pedia que os auditores da Receita no Aeroporto de Guarulhos atendessem ao pedido de um assessor de Jair Bolsonaro (PL) e entregassem um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões apreendido na alfândega.


Em depoimento à Polícia Federal, Vieira Gomes afirmou que à época em que o pedido foi realizado os bens já pertenciam, de forma definitiva, à União.


Na mesma semana da tentativa de resgate das joias, Bolsonaro nomeou Vieira Gomes para o recém-criado cargo de adido tributário em Paris. O posto foi extinto quando Fernando Haddad assumiu o Ministério da Fazenda.


Tentativa de cargo em São Paulo

No último mês, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram emplacar Vieira Gomes no governo de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), entretanto, vetou.


Entre os parlamentares que atuaram em favor de um cargo para o ex-chefe da Receita Federal em São Paulo estão alguns integrantes da bancada evangélica.


Segundo esses políticos, Vieira Gomes é visto como um aliado na busca por anistia a dívidas tributárias, anulação de multas aplicadas pela Receita Federal e ampliação das isenções de impostos para igrejas.


Fonte: Blog da Andréia Sadi

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