quarta-feira, março 02, 2022

Contradições de Bolsonaro em relação à guerra na Ucrânia vão prejudicar o Brasil, alertam aliados

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Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro tem defendido uma posição de “neutralidade” do Brasil sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia para evitar prejuízos para negócios do país, mas suas declarações simpáticas ao presidente russo, Vladimir Putin, vão ter o mesmo efeito negativo para o Brasil no médio prazo, alertam aliados do próprio presidente da República ouvidos pelo blog.


Falando reservadamente para não ser alvo de retaliações do Palácio do Planalto, um aliado disse ao blog:


“As contradições do Bolsonaro vão prejudicar o Brasil. De um lado, ele tenta passar a imagem de que ficará neutro para evitar obstáculos para importação de fertilizantes, mas na prática ele tem um discurso a favor do Putin e isso será levado em conta, no médio prazo, pelos Estados Unidos e países europeus nas nossas negociações com eles”.


Segundo interlocutores do presidente da República, se Bolsonaro desde o início tivesse mantido realmente uma posição de “imparcialidade", como disse o ministro Carlos França (Relações Exteriores), estaria tudo bem para o Brasil buscar manter sua linha diplomática tradicional.


Mas o próprio chefe do Executivo Federal emite sinais claros de ter um lado nessa disputa, o de Vladimir Putin.


Para aliados do Palácio do Planalto, o que de certa forma compensa as contradições de Bolsonaro é a posição firme do Itamaraty, que votou duas vezes para condenar a invasão russa na Ucrânia, manter sua condição para criticar sanções econômicas que podem prejudicar o Brasil e o fornecimento de armas por países europeus para os ucranianos.


Até agora, Bolsonaro não seguiu o mesmo caminho do Itamaraty, de condenar a quebra da integridade territorial da Ucrânia, uma das regras da ONU. E que são defendidas pelo corpo diplomático brasileiro.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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