terça-feira, junho 14, 2022

Bolsonaro sobe o tom e está no 'modo Carluxo', criticam aliados do presidente

O presidente Jair Bolsonaro está no "modo Carluxo", expressão usada por alguns de seus aliados para argumentar que o chefe tem seguido demais as orientações radicais do filho vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).


Segundo aliados de Bolsonaro no Centrão, o presidente não está seguindo os conselhos do grupo e optando pela atuação mais radical defendida por Carlos.


Nas últimas semanas, Bolsonaro só fez subir o tom nas críticas e ataques à Justiça Eleitoral e govenadores, deixando de lado os temas da economia, que mais preocupam o eleitorado neste ano de eleição.


O vereador Carlos Bolsonaro durante encontro da comitiva presidencial com empresários em Moscou, em fevereiro — Foto: Alan Santos/PR


Discurso

Nesta terça-feira (14), por exemplo, no Fórum de Investimentos Brasil, realizado em São Paulo, em vez de se concentrar no tema do evento, Bolsonaro preferiu fazer o discurso que mais agrada aos bolsonaristas.



Durante sua fala no encontro, o presidente da República insistiu na tese de que a “liberdade é mais importante do que a vida”, na linha de ataques ao STF, afirmando ainda que não se pode admitir que o Supremo tenha um “poder absoluto”.


Ele voltou também a criticar o ministro Edson Fachin e a defender sua política de facilitar a compra de armas no Brasil.


Ao final, concluiu o discurso dizendo: "Não podemos dissociar a economia da política. Não tinha nada para estar aqui, nem levo jeito, entrei na política por acaso. Acredito que Deus botou a mão sobre o Brasil, nos deu a chance de abrir os olhos. Eleição é questão de segurança nacional".


Prejuízo nas pesquisas

Pesquisas encomendadas pelo Centrão apontam que Bolsonaro afasta o eleitorado de centro com esse tipo de discurso, reduzindo as chances de se reeleger.


Na avaliação de aliados, o presidente vai para o segundo turno, mas dificilmente ganha se mantiver esse estilo e não sinalizar para o eleitorado que será capaz de solucionar a crise econômica.


Fonte: blog do Valdo Cruz

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