terça-feira, março 17, 2015

“Estou tranquila e espero que tudo se resolva logo”, afirma diretora de Alcaçuz


Dinorá Simas comenta ameaças feitas por detentos de AlcaçuzFuncionária pública de carreira há 13 anos, a diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas, vem sendo ameaçada pelos presos que estão em rebelião no local
(confira no vídeo abaixo da matéria). Apesar de ter um comportamento gentil com os detentos, ela foi escolhida por eles como bode expiatório, na explicação que deram para motivo do motim, que começou há sete dias e culminou com a destruição das celas, nesta segunda-feira (17).

Dinorá entrou para os quadros da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) em 2002, aprovada no primeiro concurso de agentes penitenciários realizados no Rio Grande do Norte. Com o passar dos anos, se destacou na área e trabalhou em diversas penitenciárias do estado, como a da Ribeira e a extinta João Chaves. Em seguida, assumiu a direção do presídio de Alcaçuz.

Apesar das ameaças, a diretora disse que não vai se intimidar. Ela está, neste momento, trabalhando normalmente no presídio que dirige. Dinorá informou que a situação está calma e externou o desejo que tem de acabar logo com essa crise. “As ameaças geram problema. Mas estou tranquila. Espero que tudo se resolva logo”, afirmou.

Simas disse não entender o motivo das ameaças a ela, por sempre ter adotado uma conduta de respeito aos presos. “Eu sempre tratei todos bem aqui. Chamo cada um de senhor. Preocupo-me com a saúde deles. Não sou nenhum obstáculo para os detentos. Faço o que posso para atendê-los. No entanto, não aceito a entrada de materiais ilícitos. Nunca aceitarei”, enfatizou.

A diretora da penitenciária confirmou a ligação da rebelião com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa que surgiu em São Paulo. Ela lamentou que os detentos tenham seguido esse caminho. “O meu desejo é para que eles se recuperem. Que possam mudar, melhorar, voltar para as suas famílias e levar uma vida digna quando saírem, trabalhando ou estudando, seguindo novos rumos”, declarou.

Embora esteja tranquila, Dinorá teme pela segurança da família. Ela destacou que pediu proteção à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed) para sua família. “Eu tenho uma filha pequena. Temo por ela. Essas ameaças preocupam nesse sentido. Mas a Secretaria de Segurança já garantiu que dará proteção. Enquanto isso, continuo trabalhando”, finalizou.

Vídeo de ameaças a Dinorá:


Fonte: Portal Noar

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