terça-feira, novembro 11, 2014

Hermano: Não existe compromisso entre PMDB e Carlos Eduardo Alves para 2016

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Os aliados de hoje não são, necessariamente, os parceiros de amanhã e na política potiguar a expressão deve se confirmar, mais uma vez, na próxima eleição.
Afinal, o PMDB e o PDT, dos primos e recentemente aliados Henrique Eduardo Alves e Carlos Eduardo Alves, respectivamente, não tem qualquer compromisso firmado para o próximo pleito municipal. Pelo menos, foi o que garantiu o deputado estadual reeleito Hermano Morais, presidente do Diretório Municipal peemedebista.

“Com relação ao PMDB, eu sou presidente do Diretório Municipal e nunca participei de nenhuma reunião onde houvesse conversa nesse sentido (de compromisso entre os dois partidos para 2016). Eu nunca fui convidado a participar de nenhuma conversa nesse sentido. O que houve, de fato, foi a manifestação de apoio do prefeito Carlos Eduardo na campanha do nosso candidato, Henrique Alves. Agora, vamos tratar desse assunto internamente e, claro, respeitando também a posição do próprio partido”, afirmou Hermano Morais na entrevista concedida ao Jornal Verdade, da RedeTV!RN, na tarde desta segunda-feira.

Hermano Morais foi o candidato do PMDB na eleição de 2012 e conseguiu, com o apoio de Henrique, levar a disputa para o segundo turno, mas acabou derrotado por Carlos Eduardo Alves. Poucos meses depois, o prefeito eleito já contava com a adesão de Henrique, então presidente da Câmara Federal, em Brasília.

Consequentemente, Carlos Eduardo terminou por retribuir a adesão anunciando o apoio a candidatura de Henrique ao Governo do RN neste ano. A posição acabou por deixar o adversário de Henrique, Robinson Faria, do PSD, consideravelmente insatisfeito. Afinal, Robinson, diferente de Henrique, havia apoiado Carlos Eduardo na eleição de 2012.

“Da minha parte não existe (acordo para apoiar o PDT em 2016) e eu posso afirmar que, no âmbito do diretório municipal, esse assunto nunca foi tratado. Se fosse alguma conversa entre o prefeito e o nosso candidato a governador, esse assunto nunca chegou ao nosso conhecimento”, reforçou Hermano Morais durante a entrevista concedida.

De qualquer forma, a declaração acaba por também antecipar o já prematuro pleito de 2016, mostrando que o PMDB pode sim se manter no objetivo de lançar candidato próprio para a disputa, concorrendo mais uma vez contra Carlos Eduardo e Fernando Mineiro (PT). O prefeito, tão logo assumiu a Prefeitura de Natal, em 2013, negou que fosse ser candidato ao Governo e disse que queria ser reeleito prefeito em 2016 – de certa forma, já antecipando a disputa.

E, no final de outubro deste ano, depois de eleito governador do RN, Robinson Faria deu entrevista confirmando que o candidato dele para a Prefeitura de Natal seria o petista aliado Fernando Mineiro, deputado estadual que participou de boa parte da campanha do PSD. “Quanto a posição do governador eleito, acho até precipitado, mas respeito. Acho que ele quis manifestar uma posição política, para uma eleição que ainda vai acontecer daqui há dois anos. Respeito, é legítimo, estiveram juntos, mas acho precipitado”, analisou Hermano Morais.

Deputado do PMDB culpa “apoios em demasia” pela derrota de Henrique Alves ao Governo do RN

O futuro, ou melhor, a eleição de 2016 não foi o único tema da entrevista concedida por Hermano Morais ao Jornal Verdade. O deputado estadual peemedebista também falou do passado recente: a derrota de Henrique Alves na disputa pelo Governo do Estado. E, segundo ele, Henrique perdeu porque o povo não interpretou bem a grande coligação montada ao redor do nome dele.

“É difícil identificar só uma coisa. Eu diria que foram várias causas, desde a coligação que foi formada, a preocupação em ter apoio em demasia. Em muitos municípios Henrique tinha contrários apoiando a mesma candidatura. Na prática, isso criou um constrangimento entre as lideranças e criou algum descrédito entre a população, que não entenderam bem essa união de esforços. Claro que a intenção era a melhor possível, de unir para recuperar o Rio Grande do Norte, mas para o eleitor isso não foi bem interpretado”, analisou Hermano.

Além disso, o deputado também responsabilizou a falta de uma postura clara do palanque peemedebista com relação a disputa pela presidência da República. “Houve uma identificação muito grande do governador eleito com a presidente eleita e aqui no RN ela teve um grande desempenho. Embora o PMDB também a apoiasse, vários partidos que estavam conosco apoiavam o candidato Aécio Neves e, então, houve uma certa indefinição e isso também não ficou claro”, acrescentou Hermano Morais.

É bem verdade que, segundo o próprio Hermano afirmou durante a campanha em entrevista aO Jornal de Hoje, essa indefinição não saiu só do palanque. Foi vista dentro do próprio PMDB. Afinal, vários peemedebistas anunciaram que não votariam no PT, como o também deputado estadual Nelter Queiroz, porque o ex-presidente Lula, do PT, estava fazendo campanha para Robinson Faria. “O ex-presidente foi um grande eleitor do governador eleito. Lula goza de muita popularidade aqui no nosso Estado e na nossa região. Terminou sendo uma peça muito importante”, afirmou Hermano Morais.

OPOSIÇÃO

Tendo feito parte de um grupo que acabou de ser derrotado na disputa pelo governo do Estado, seria normal que os partidários de Henrique fossem, automaticamente, oposição. Contudo, como são do PMDB, uma “eterna sigla governista” para muitos, os peemedebistas como Hermano precisam garantir que, desta vez, ficaram mesmo como opositores do governo.

“Não. Vou responder por mim: nós tivemos numa luta, num embate e, conhecido o resultado das urnas, compete ao PMDB ocupar o seu lugar no oposição. Esse é o papel do PMDB agora pós eleição. Acredito que essa vai ser a orientação também da direção do partido. Não houve nenhuma reunião ainda entre os integrantes da reunião estadual, mas já tivemos conversas com o presidente do diretório, que é o próprio Henrique”, explicou Hermano.

Prefeito Carlos Eduardo deve contemplar PSB e PMDB na reforma do secretariado da Prefeitura

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), deverá promover mudanças no seu secretariado, com o objetivo de aumentar a participação do PSB da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, bem como inserir o PMDB, do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, na gestão administrativa da capital. As mudanças são resultado da aliança eleitoral do pedetista nas urnas de 2014, quando ele apoiou Wilma para o Senado e Henrique para o governo.

De olho em 2016, quando tentará a reeleição, o prefeito quer manter a aliança com o PMDB do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, e melhorar a parceria com o PSB da ex-governadora Wilma de Faria. Além disso, Carlos Eduardo dará uma espécie de ultimato ao PT, que deverá lançar o nome do deputado estadual Fernando Mineiro na disputa da sucessão municipal. Embora não faça parte oficialmente da gestão carlista, o PT tem quadros licenciados do partido compondo a gestão atual, a exemplo da secretária de Planejamento e Finanças, Virgínia Ferreira. O secretário de Saúde, Cipriano Maia, é membro ativo do PT. Fora os dois ocupantes de cargos do primeiro escalão municipal, vários petistas ocupam cargos de segundo e terceiro escalão. A saída de Marcelo Toscano, para integrar o governo Robinson Faria (PSD), também é dada como certa.

Com isso, o prefeito Carlos Eduardo poderá alterar a composição de chefia de três ou quatro secretarias. Presidente estadual do PSB, Wilma de Faria já sinalizou que deseja indicar uma secretaria do município. Ela diz que não tem nenhuma indicação atual. No início da gestão, ela indicou Rogério Mariz como secretário de Obras, mas ele pediu para sair e Wilma estava concentrada na campanha de 2014, não chegando a indicar o substituto. Como estava focada na eleição estadual, a não indicação dela ficou em segundo plano. Agora, a vice-prefeita está reivindicando este espaço e as informações são de que ela pretende marcar uma reunião com Carlos Eduardo para fazer a solicitação.

No caso do PMDB, a avaliação de Carlos Eduardo é de que a legenda dos primos Henrique Alves e Garibaldi Filho precisa ser “amarrada”, para evitar que a sigla lance o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) candidato nas eleições de 2016. Hermano disputou a prefeitura contra Carlos Eduardo em 2012, sendo derrotado no segundo turno. Nessas eleições, Carlos apoiou Henrique, que deverá retribuir este apoio, reforçando o palanque do prefeito nas próximas eleições municipais. Assim, o prefeito selaria a aliança do PDT com o PMDB e o PSB.

Quanto à saída do PT da gestão, até dezembro prefeito deverá chamar os auxiliares do PT para definir se vão sair ou ficar. O lançamento do nome de Fernando Mineiro (PT) precipitou a iniciativa do prefeito de querer discutir a relação com o PT. Informações de bastidores acrescentam a possibilidade de outros remanejamentos da gestão.

Fonte: Portal JH

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