quinta-feira, fevereiro 13, 2014

União Europeia pede que controle da web deixe de ser centralizado nos EUA

Neelie Kroes, da Comissão Europeia, pede em documento diluição do controle da internetEm função das recentes revelações de espionagem, a União Europeia, em documento divulgado nesta
quarta-feira (12), informou que espera que o controle da internet seja diluído entre as nações, e que não fique apenas nas mãos dos Estados Unidos.

O documento assinado pela Comissão Europeia, instituição independente que defende os interesses do bloco econômico, pede a substituição do Icann (órgão sediado nos Estados Unidos que define os endereços da rede) por um grupo internacional.

"A internet deveria manter-se única, aberta, livre, sem fragmentações e sujeita às mesmas leis e normas que são aplicadas em outras áreas de nossa vida diária. A governança da rede deveria ser inclusiva, transparente e multilateral", informa o documento da Comissão Europeia.

Neelie Kroes, comissário responsável por telecomunicações, defende que o bloco deve ser atuante no projeto de tornar o controle da rede mundial de computadores mais plural. "A Europa deve contribuir de forma plausível na governança global da internet. O continente deve exercer um forte papel na definição do que a internet do futuro será."

Diferente de propostas sugeridas por China e Rússia, que pedem que a rede tenha um tipo de controle em cada país, a União Europeia espera que a governança da rede seja internacional e descentralizada. O bloco econômico depende do apoio de seus 28 membros para levar adiante o projeto de diluir o controle da rede.

Segundo o "The Telegraph", ter o apoio de todos os membros não deve ser difícil, em função das revelações do ano passado sobre a facilidade com que agências americanas têm acesso a dados de milhares de cidadãos.

No ano passado, documentos vazados por Edward Snowden, ex-analista da NSA (Agência Nacional de Segurança), apontaram que os Estados Unidos tinham acesso a milhões de informações de ligações de usuários e que o país espionou políticos da União Europeia.

Reprodução Cidade News Itaú

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