quinta-feira, fevereiro 13, 2014

MP identifica 6º policial suspeito de ligação com chacina em Campinas

O MP (Ministério Público) em Campinas (a 99 km de São Paulo) identificou um sexto policial suspeito de participar da chacina,
ocorrida há pouco mais de um mês, que matou 12 pessoas na cidade. O policial pertence ao mesmo batalhão de quatro dos cinco oficiais já presos e já foi confirmado que ele estava na região dos assassinatos no momento das mortes.

O promotor Ricardo Silvares afirmou que estuda pedir a prisão do sexto policial.

"Ele confirmou que estava na região, mas disse que não viu as mortes. Estamos checando, mas pedir a prisão é uma possibilidade", disse o promotor.

Segundo Silvares, o policial já foi ouvido duas vezes e deve ser ouvido novamente. O promotor também informou que existem indícios que ligam o policial ao grupo suspeito de realizar as mortes, mas que não poderia divulgar detalhes para não prejudicar as investigações.

A Polícia Civil informou na quarta-feira (12) que pedirá à Justiça mais tempo para apurar a chacina. O pedido para a prorrogação do inquérito será feito nos próximos dias. Com o pedido, a investigação deve ser prorrogada por até 90 dias.

Já Adriana Borgo, presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Policiais do Estado de São Paulo, afirmou que o advogado dos PMs presos entrará com o pedido de habeas corpus nesta quinta (13).

Os policiais foram presos em 29 de janeiro e, de acordo com as investigações, são suspeitos de terem cometido a chacina para vingar a morte de um colega, ocorrida horas antes em um posto de gasolina da região.

Em nota, a Polícia Militar informou que, por meio da Corregedoria, que "está investigando os homicídios em Campinas e não se manifestará sobre as apurações para não prejudicar os trabalhos".

Chacina
As mortes da maior chacina da história de Campinas ocorreram entre a noite de 12 de janeiro e a madrugada do dia 13.

A primeira foi às 22h30, no Nova América. Em seguida, às 23h20, quatro pessoas foram mortas no bairro Recanto do Sol. Dez minutos depois, houve uma morte no Parque Universitário e, vinte minutos depois, cinco pessoas foram assassinadas no Vida Nova. A última morte aconteceu a 1h48 da madrugada no Jardim Vista Alegre.

Desde o início das apurações, 68 pessoas foram ouvidas, incluindo parentes de vítimas, PMs e comerciantes das áreas onde ocorreram os crimes, segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado.

Silvares afirmou ainda que já tem o inquérito bastante adiantado, mas que depende da finalização das perícias para a conclusão. "Enquanto elas não saírem, não temos como ir adiante."

Familiares reclamam da falta de respostas e dizem que o clima na região ainda é de medo e apreensão.

Reprodução Cidade News Itaú

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