quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Prefeitura retira milhares de peixes mortos do leito do Rio Piracicaba

 Prefeitura retira milhares de peixes mortos do leito do Rio Piracicaba. Cetesb informa que carcaças serão armazenadas em locais apropriados. Companhia afirma que baixa oxigenação pode gerar mais mortes de peixes. (Foto: Denny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo)A Prefeitura de Piracicaba (SP) retirou os milhares de peixes mortos que foram encontrados no Rio Piracicaba no final da manhã desta quinta-feira (13). Várias
espécies diferentes apareceram nesta quarta-feira (12) boiando às margens do manancial, que vive a maior seca para o período nos últimos 50 anos. A retirada chegou a ser programada para a noite desta quarta, mas a dificuldade de acesso ao local adiou a ação.
Coletores de lixo do município retiravam os peixes utilizando luvas e máscaras de proteção e colocavam os animais mortos em um caminhão de lixo para serem transportados. Confome informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) enviadas à Prefeitura, os peixes removidos serão adequadamente armazenados e destinados a unidades de tratamento de resíduos licenciadas e autorizadas pela entidade.
A nota da companhia afirmou ainda que, considerando a situação emergencial, "os peixes poderão ser armazenados junto com resíduos sólidos domiciliares ou com resíduos dos serviços de saúde".
Nova baixa
A profundidade do Rio Piracicaba era de apenas 89 centímetros nesta manhã de quinta, de acordo com a medição do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). O normal para esta época do ano é em torno de três metros. A vazão estava em 13,62 mil litros de água por segundo, o que também está muito abaixo da média histórica.
Milhares de peixes são encontrados mortos no Rio Piracicaba (Foto: Mateus Medeiros/Arquivo pessoal)Milhares de peixes são encontrados mortos no Rio
Piracicaba (Foto: Mateus Medeiros/Arquivo pessoal)
Poluição aparente 
A mortande dos peixes pode ser atribuída à baixa vazão do rio e à concentração de poluentes, o que afeta toda a vida aquática, segundo a professora de ecologia Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Ela explicou ao G1 na quarta que a seca estimula a proliferação de microorganismos, que consomem o pouco oxigênio ainda presente na água.
Novas mortes
A Cetesb informou também nesta quarta que podem ocorrer novos casos de mortandade, já que a oxigenação da água está comprometida pela presença de esgoto. O aumento de matéria orgânica no rio é apontado como a principal hipótese para a causa das mortes, segundo o ambientalista Ricardo Schmidt. Ainda segundo ele, os peixes mortos não devem ser usados para alimentação humana porque podem estar contaminados.

Prefeitura retira milhares de peixes mortos do leito do Rio Piracicaba (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)

Reprodução Cidade News Itaú

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