A Prefeitura de Piracicaba (SP) retirou os milhares de peixes mortos que foram encontrados no Rio Piracicaba no final da manhã desta quinta-feira (13). Várias
espécies diferentes apareceram nesta quarta-feira (12) boiando às margens do manancial, que vive a maior seca para o período nos últimos 50 anos. A retirada chegou a ser programada para a noite desta quarta, mas a dificuldade de acesso ao local adiou a ação.
Coletores de lixo do município retiravam os peixes utilizando luvas e máscaras de proteção e colocavam os animais mortos em um caminhão de lixo para serem transportados. Confome informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) enviadas à Prefeitura, os peixes removidos serão adequadamente armazenados e destinados a unidades de tratamento de resíduos licenciadas e autorizadas pela entidade.
A nota da companhia afirmou ainda que, considerando a situação emergencial, "os peixes poderão ser armazenados junto com resíduos sólidos domiciliares ou com resíduos dos serviços de saúde".
Nova baixa
A profundidade do Rio Piracicaba era de apenas 89 centímetros nesta manhã de quinta, de acordo com a medição do Comitê das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). O normal para esta época do ano é em torno de três metros. A vazão estava em 13,62 mil litros de água por segundo, o que também está muito abaixo da média histórica.
Poluição aparente
A mortande dos peixes pode ser atribuída à baixa vazão do rio e à concentração de poluentes, o que afeta toda a vida aquática, segundo a professora de ecologia Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Ela explicou ao G1 na quarta que a seca estimula a proliferação de microorganismos, que consomem o pouco oxigênio ainda presente na água.
Novas mortes
A Cetesb informou também nesta quarta que podem ocorrer novos casos de mortandade, já que a oxigenação da água está comprometida pela presença de esgoto. O aumento de matéria orgânica no rio é apontado como a principal hipótese para a causa das mortes, segundo o ambientalista Ricardo Schmidt. Ainda segundo ele, os peixes mortos não devem ser usados para alimentação humana porque podem estar contaminados.
Reprodução Cidade News Itaú
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