quarta-feira, agosto 07, 2013

Juíza nega liberdade a gerente de banco suspeito de pedofilia no RN

A Justiça do Rio Grande do Norte negou o pedido de liberdade para o bancário suspeito de pedofilia na cidade de Campo Grande, a 265 quilômetros de Natal. A decisão da Comarca do município é da juíza Marina Melo Martins Almeida, que indeferiu na última sexta-feira (2) o pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa do acusado. O advogado José Ethel Moraes, que representa o gerente de relacionamento de um banco da cidade, afirma que a pretensão agora é entrar com um pedido de habeas corpus para libertar o bancário.

Natural do Rio Grande do Sul, o homem de 31 anos é suspeito de ter abusado ou aliciado pelo menos quatro crianças e adolescentes, com idades entre 11 a 14 anos. O inquérito conduzido pelo delegado Rysklyft Factore, titular da Delegacia de Campo Grande, foi concluída ainda em julho. "O acusado foi indiciado por estupro, prática de relação sexual na frente de menores de idade e coação de vítimas no decorrer do inquérito", afirma o delegado.

De acordo com a investigação, o suspeito atraía as vítimas para sua casa com a ajuda da companheira de 16 anos. "Ela fazia amizade com as crianças, dava presentes, oferecia passeios de carro e moto. Depois levava as meninas para a casa dele, onde começava com brincadeiras para então aliciar ou abusar sexualmente das vítimas", relatou Factore. A menor de idade está internada provisoriamente no Centro Educacional (Ceduc) de Natal.

Existe a suspeita, revelada por uma das vítimas, de que o bancário filmava e fotografava as crianças e adolescentes. No entanto, as acusações só serão confirmadas após a conclusão da perícia, que ainda analisa o material apreendido na casa do homem. Também foi apreendida na operação uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas.

Uma das quatro vítimas ouvidas disse ter sofrido abuso sexual. "Chegou a haver penetração. As outras três foram forçadas a beijá-lo, resistiram e foram embora antes de manter relações", ressalta o titular da Delegacia de Campo Grande. Depois dos crimes as crianças e adolescentes eram ameaçadas para não falar nada sobre o que havia acontecido, conforme explica o delegado.
A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia recebida pela Delegacia de Campo Grande. De acordo com o delegado Factore, o suspeito já respondeu a um processo por crime sexual há 10 anos, mas foi absolvido. Além disso, em 2011 uma denúncia anônima apontava ele como suspeito de crimes sexuais em Campo Grande.
'Não lembra de nada', diz advogado
O advogado José Ethel Moraes explica que seu cliente "não tem noção" dos acontecimentos relatados pela adolescente de 16 anos, companheira do suspeito. "No depoimento gravado que ouvi ela conta que levava as pessoas para dentro da casa e as colocava para beijá-lo enquanto ele dormia", afirma o advogado. De acordo com José Ethel, a adolescente diz que o gerente estava dopado por remédios e bebida quando as crianças e adolescentes o beijavam. "Ele diz que não recorda de ter feito nada disso. Não tinha noção do que acontecia", explica a defesa do gerente.

Reprodução Cidade News Itaú

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