terça-feira, janeiro 20, 2015

PM é acionada para conter tumulto em outro presídio do Grande Recife

Presos da unidade exibiram faixas e armas brancas durante manifestação (Foto: Kety Marinho/TV Globo)Além da confusão no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno), na Zona Oeste do Recife, a Polícia Militar também foi acionada na manhã desta terça (20) para
conter outro tumulto registrado na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana. Detentos do local fazem protesto para reivindicar mais agilidade no julgamento dos processos. Eles ainda se queixam superlotação e cobram o direito à progressão de pena, saindo do regime fechado para o aberto.
A Barreto Campelo tem espaço para 600 detentos, mas atualmente abriga 1.938 internos. Os presos exibem armas brancas, como machados e facões. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Carvalho, eles quebraram os cadeados das celas da unidade. "Acho que vai ser geral porque há facções envolvidas nesses atos", disse Carvalho, antes de deixar o Complexo Prisional do Curado e seguir para o Barreto Campelo.
Após o início do tumulto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e está no local. O 17º Batalhão da PM, que cobre a Ilha de Itamaracá, também confirmou o envio de viaturas à penitenciária, mas não informou quantos homens participam da operação.
Mortos e feridos no Curado
A confusão no Complexo Prisional do Curado na segunda (19) deixou dois mortos - um sargento da PM e um detento - e 29 feridos. Pela manhã, os presos realizaram ato pacífico no qual cobraram mais agilidade da Justiça no andamento dos processos. Já à tarde, houve tumulto.
No Curado, o início da manhã desta terça foi tranquilo, mas, ao longo do dia, aconteceram novos tumultos. Por volta das 10h, tiros voltaram a ser ouvidos dentro do presídio. O Batalhão de Choque foi acionado e entrou na unidade por volta do meio-dia.
Superlotação, armas e festas
Formado por três presídios, o Complexo do Curado (antigo Aníbal Bruno) é o maior do estado. As unidades têm capacidade para 1.800 presos, mas atualmente abrigam 7.000. A confusão ocorre no mesmo pavilhão onde, no início do mês, um cinegrafista da TV Globo captou imagens de presos utilizando facões e celulares. Um vídeo mostrando a realização de festas e fabricação de cachaça artesanal na unidade também foi divulgado. Após as denúncias, o governo do estado prometeu reforçar a segurança e adotar medidas para evitar problemas no presídio.

Fonte: G1

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