quarta-feira, novembro 04, 2015

Reino Unido atrasa voos do Sinai por suspeita de bomba em avião russo

Militares egípcios vistoriam a cauda do avião russo que caiu na Península do Sinai; a foto foi divulgada no dia 2 de novembro de 2015 pelo Ministério das Situações de Emergência russo (Foto: Maxim Grigoriev/Russian Ministry for Emergency Situations/AP)O governo britânico anunciou que voos programados para saírem de Sharm el Sheikh, no Egito, para o Reino Unido nesta quarta-feira (4) serão postergados por precaução
devido à investigação da queda do avião russo que matou 224 pessoas esta semana.
"Enquanto a investigação prossegue, não podemos dizer categoricamente por que o avião russo caiu. Mas como mais infomação foi trazida à luz, ficamos preocupados que o avião possa ter sido derrubado por um dispositivo explosivo", diz um comunicado de Downing Street.
Funcionários consulares britânicos seriam deslocados para dar apoio aos cidadãos britânicos na região.
"Como medida preventiva decidimos que os voos que deveriam deixar Sharm para o Reino Unido nesta noite serão atrasados. Isso permitirá que um time de especialistas em aviação britânicos, que agora viaja para Sharm, façam uma avaliação dos procedimentos de segurança adotados no aeroporto para identificar se mais alguma ação é necessária. Esperamos que essa avaliação seja completada esta noite", explica o comunicado.
O governo britânico disse ainda que não havia mais voos programados do Reino Unido para Sharm nesta quarta, de modo que não haveria voos afetados no sentido de ida para o Egito.

Possível explosão
Uma fonte egípcia próxima das investigações disse nesta quarta à agência Reuters, sob anonimato, que a causa da queda do avião parece ser uma explosão, mas que não está claro se provocada por uma bomba ou por combustível. “Acredita-se que seja uma explosão, mas não está claro de que tipo. Há uma análise da areia no local da queda para tentar determinar se foi uma bomba”, disse a fonte à Reuters.
O Airbus A-321, que fazia a rota entre o balneário egípcio de Sharm el-Sheikh e São Petersburgo, perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka. Ele caiu em uma região montanhosa. Todos os ocupantes morreram no acidente.
O grupo egípcio Província de Sinai, leal ao Estado Islâmico, afirmou em nota no mesmo dia que havia derrubado a aeronave "em resposta a ataques aéreos russos que mataram milhares de muçulmanos em solo sírio".
Mais cedo nesta quarta, a ramificação egípcia do grupo Estado Islâmico rejeitou em uma mensagem de áudio as dúvidas de que derrubou um avião de passageiros russo na Península do Sinai, e disse que vai contar ao mundo como realizou o ato no momento que considerar adequado.
A reivindicação foi rejeita por autoridades russas e egípcias. Especialistas de segurança e investigadores disseram que é pouco provável que o avião tenha sido atingido por fora, e militantes sediados no Sinai provavelmente não possuem tecnologia para atingir um jato que estava a uma altitude de 30 mil pés.
Autoridades russas, no entanto, disseram que o avião provavelmente partiu no ar, deixando aberta a possibilidade de algum tipo de explosão a bordo. O governo do Egito, no entanto, disse que não há provas de que o avião tenha se partido no ar e que a investigação sobre a causa do acidente pode ser “um longo processo”.

Fonte: G1

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