quarta-feira, novembro 04, 2015

Morre idosa que estava com família em carro atingido por trem em MG

Acidente em linha férrea em Alfredo Vasconcelos (Foto: PM/Divulgação) A idosa Maria da Conceição Marques, de 76 anos, que estava no carro atingido por um trem na zona rural de Alfredo Vasconcelos, morreu no Hospital Regional de Barbacena nesta terça-feira (3). Ela
estava internada na unidade desde segunda (2), quando ocorreu o acidente. A empresa responsável pela linha férrea apura o caso.

O sepultamento da idosa será na manhã desta quarta-feira (4) em Santos Dumont. A causa da morte não foi informada pelo hospital.

Cinco pessoas estavam no carro: a idosa, o neto dela, a esposa dele e os filhos do casal de dois e quatro anos. O filho mais novo sofreu fratura exposta em uma das pernas, teve alguns dentes quebrados e foi encaminhado para a Santa Casa de Barbacena. Segundo a mãe, Maria José Cristina, de 32 anos, ele já teve alta e está em casa.

O acidente ocorreu no início da tarde de segunda-feira, quando a família voltava da casa de parentes em um distrito de Alfredo Vasconcelos e ia para Juiz de Fora, onde moram. O carro apresentou pane em cima da linha férrea. O casal tentou empurrar o veículo e tirar as crianças, mas não conseguiram. Com os filhos presos, a mãe entrou no automóvel, mesmo sabendo que seria atingida.

A Polícia Militar informou que o maquinista acionou o freio de emergência, mas que o choque foi inevitável. O trem arrastou o carro por cerca de 170 metros. Com a batida, os filhos do casal que estavam no banco de trás do veículo ficaram presos às cadeirinhas. A idosa estava sentada entre as crianças.

A MRS, empresa que administra o trecho ferroviário, reforçou que todas as medidas de segurança foram tomadas e que o caso será apurado pela empresa.

 Momentos de desespero
Em entrevista ao G1, Maria José Cristina, que dirigia o carro na hora do acidente, contou que precisou decidir entre ficar no veículo com os filhos ou vê-lo ser arrastado com as crianças dentro. Além disso, a motorista contou que há um ano um primo morreu no local, no mesmo dia, também atropelado por um trem.

"Quando fui atravessar a via não ouvi nenhum sinal sonoro e tinha uns bambus e árvores que atrapalhavam a ver. Eu e meu marido olhamos e não vimos nada. Quando fui atravessar, o carro 'morreu'. Parecia que tinha algo segurando o veículo. Foi desesperador. Foi então que eu e meu marido resolvemos empurrar o carro. Mas como não conseguimos movê-lo, eu não ia ficar do lado de fora vendo meus filhos serem atropelados, por isso decidi ficar no carro com eles", contou.

A filha do casal, de quatro anos, e a mãe sofreram ferimentos leves, receberam atendimento médico e foram liberadas. O pai das crianças estava no lado de fora do veículo no momento da batida e não ficou ferido.

“Não sei como vai ser daqui para frente, não consigo dormir, choro muito, estou cheia de hematomas. Meu carro não tinha seguro e precisamos de veículo para levar as crianças para o médico. Infelizmente vou ter que voltar por aquele mesmo caminho e ficar na casa na minha mãe. Não sei como vai ser quando passar por ali”, lamentou Maria José Cristina.

Fonte: G1

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