O resultado do Mapa da Violência no Brasil elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais e publicado nesta segunda-feira (09), confirma também a
Em Natal são também as mulheres negras e pardas a maiores vítimas de violência doméstica. A análise é do Centro de Referência Elizabeth Nasser, ligado à Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (SEMUL), que avaliou os dados das mulheres atendidas em 2014. A maioria delas chega encaminhada pelas Delegacias de Apoio à Mulher – DEAM’s, tem entre 30 e 40 anos, seguida da faixa etária entre 20 e 30 anos, tem baixa escolaridade, não tem qualificação profissional e está desempregada.
A pesquisa também traçou o perfil do autor da agressão: o companheiro foi apontado pela maioria, seguido pelo namorado, marido e ex-companheiro. A maioria deles tem idade entre 30 e 40 anos, seguidos da faixa etária entre 20 e 30 anos.
A violência é cometida na maioria dos casos no espaço doméstico, em residência de ambos, seguido pela via pública. O domicílio, espaço onde os eventos violentos tomam lugar, favorece a ocorrência de agressões e abusos contra mulheres.
Os registros do CREN mostram ainda que as situações apontadas pelas mulheres como causas da violência doméstica sofrida são ciúmes, uso de álcool e outras drogas. A região de maior fluxo de ocorrências foi a Zona Norte, seguida pela Região Oeste, Leste e, por último, a Região Sul. As áreas de maior incidência, de acordo com o levantamento, registram índices de violência significativos, em função do crescimento desordenado, histórico de exclusão social e elevado número de pessoas envolvidas com uso de drogas ilícitas e tráfico de entorpecentes, o que dificulta ainda mais a manutenção das relações familiares.
Sobre o Centro de Referência Elizabeth Nasser e Casa Abrigo Clara Camarão
O Centro de Referência Elizabeth Nasser (CREN), junto com a Casa Abrigo Clara Camarão, faz parte da rede de atendimento à mulher em situação de violência da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres. Em 2014 foram atendidas no Centro 296 mulheres e na Casa Abrigo, 59 foram abrigadas junto com seus filhos. Neste ano, até agora, foram registrados 526 casos de violência contra mulheres no Centro e foram abrigadas na Casa, 45. As mulheres que vão para a Casa Abrigo são as que correm risco de morte e não têm outro lugar seguro para ficar enquanto são providenciadas as medidas legais de proteção para elas.
Fonte: Portal Noar
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!