domingo, maio 04, 2014

Leão que foi sequestrado em São Paulo é encontrado em Maringá

Leão sequestrado em São Paulo foi encontrado em Maringá (Foto: RPC TV Maringá/Reprodução)O leão Rawell, sequestrado em Monte Azul Paulista (SP), foi localizado em Maringá, no norte do Paraná, neste sábado (3). A Polícia Civil cumpriu o mandado de busca e
apreensão do animal, expedido pela Justiça parananese, no criadouro do ex-dono do leão, Ary Marcos, que abriga mais de dez tigres.
Leão sequestrado no interior de São Paulo foi encontrado em Maringá (Foto: Erick Gimenes/G1)Donos de criadouros se desentenderam e leão foi
retirado de Monte Azul Paulista, em São Paulo
(Foto: Erick Gimenes/G1)
O leão, de 9 anos e 300 quilos, foi furtado na madrugada de quinta-feira (1º). O médico Oswaldo Garcia Junior, dono do criadouro onde o animal estava, diz que homens arrombaram o portão do centro de reabilitação, abriram a jaula e sequestraram o felino.
Neste sábado, um funcionário do criadouro de Maringá foi preso por desobediência porque não permitiu que os policiais entrassem no local.
"Teve uma discussão entre os donos dos criadouros do Paraná e de São Paulo. O Ary apresentou um documento do Ibama que diz que ele é o fiel depositário do animal. Eles tentaram entrar em acordo, mas não conseguiram. Foi aí que o Ary decidiu agir com as próprias mãos", diz o delegado Leandro Roque, que afirmou, ainda, que o leão vai seguir no criadouro de Maringá já que não tem para onde ser levado.
Segundo o delegado, Ary Marcos não está na cidade e vai ter de comprovar a posse de Rawell na delegacia de Monte Azul Paulista. Se os documentos forem ilegais, ele pode ser indiciado por furto.
O advogado de Ary Marcos não quis falar com a imprensa.

Documento entregue à Polícia Civil em Monte Azul Paulista registra doação de leão furtado em 2009 (Foto: Reprodução/ EPTV)Documento entregue à Polícia Civil em Monte Azul
Paulista registra doação de leão furtado em 2009
(Foto: Reprodução/ EPTV)
Já o delegado Carlos Arnaldo Nicodemos Andrade, que investiga o caso no interior de São Paulo, disse que Ary Marcos doou o felino em 2009 ao centro de reabilitação de onde o animal foi levado.
“Temos a cópia desse documento que dá ciência da doação, datado de 2009, com doação assinada pelo Ary. Não existe outro documento posterior, não é do meu conhecimento”, afirmou o delegado.
O titular da Polícia Civil em Monte Azul Paulista disse que esperaria ser oficialmente comunicado sobre o resgate do leão antes de tomar providências sobre o caso. Ele também afirmou que Garcia Junior se dispôs a ir ao Paraná reconhecer o animal e que o suspeito deve ser ouvido pela Polícia Civil em Maringá. “Como houve expedição de uma carta precatória [à Polícia Civil do Paraná], ele será ouvido lá e a documentação será encaminhada para mim.”

Polícia cumpre o mandado de busca e apreensão em canil de Maringá (Foto: Erick Gimenes/G1)

Câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança de uma chácara vizinha mostram uma caminhonete invadindo o criadouro com um objeto parecido com uma jaula na carroceria. Nas gravações também aparecem dois homens andando pela rua que dá acesso ao local com um objeto que, segundo a polícia, pode ter sido usado para sedá-lo. Os homens saem em marcha a ré e vão embora carregando o felino, ainda conforme a polícia.


Rawell, segundo Junior, foi doado pelo dono do criadouro de Maringá. O médico disse que um dos homens que aparecem nas imagens das câmeras de segurança é o ex-dono do leão.
Perícia
Uma perícia feita no local do crime apontou que o leão provavelmente foi dopado e arrastado antes de ser sequestrado. Segundo o perito criminal Nilceu Fortunato, os criminosos sabiam bem como lidar com o animal.
Criadouro em Maringá
No ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que o mandenedouro de Ary Marcos não tem autorização para reproduzir felinos em cativeiro.
A informação foi divulgada após a Justiça de determinar a vasectomia em 12 tigres do local. Segundo o Ibama, Marcos não pode reproduzir nem vender os felinos, tem apenas a autorização para mantê-los em cativeiro.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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