A Rússia anunciou nesta quinta-feira (20) que legisladores e funcionários do governo dos Estados Unidos estão proibidos de viajar para o
país. A medida foi divulgada pouco após o presidente Barack Obama anunciar que o governo norte-americano irá impor sanções adicionais a funcionários, bancos e setores econômicos russos em resposta à anexação da península da Crimeia.
A lista de cidadãos dos EUA que estão proibido de visitar a Rússia foi divulgada pelo ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, e inclui John Boehner, presidente da Câmara; Robert Menendez, chefe do Comitê de Política Externa do Senado; os conselheiros da Casa Branca Caroline Atkinson e Dan Pfeiffer; o líder democrata do Senado, Harry Reid; e os senadores John McCain, Mary Landrieu e Dan Coats.
"Não há dúvidas de que responderemos a todas as ações hostis", disse Lavrov. "Nós alertamos que o uso de sanções é uma faca de dois gumes que se voltará contra os Estados Unidos."
Ao anunciar as medidas, Obama havia dito que teriam "não apenas um impacto significativo sobre a economia russa, mas também podem ser impactantes para a economia global".
"A Rússia precisa saber que uma escalada mais aprofundada irá apenas isolar a Rússia da comunidade internacional ainda mais", disse o presidente norte-americano.
Hoje os líderes da União Europeia se reúnem em Bruxelas, na Bélgica, para discutir a crise da Crimeia. A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, afirmou que o bloco está pronto para impor sanções à Rússia caso haja um agravamento das tensões.
Parlamento
A Duma (câmara baixa do Parlamento russo) ratificou hoje o acordo por meio do qual a Crimeia e a cidade de Sebastopol foram anexadas à Rússia.
Ao todo, 443 deputados votaram a favor e apenas um contra o acordo de adesão assinado na terça-feira entre o presidente russo, Vladimir Putin, e os líderes da Crimeia e de Sebastopol.
Crimeia
A Crimeia, que abriga a frota russa no mar Negro, foi parte da Rússia até 1954, quando o então dirigente soviético Nikita Kruschev passou seu controle à Ucrânia. Após a queda do ex-presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, em fevereiro, as populações das regiões sul e leste do país foram às ruas para protestar contra o que consideraram um golpe de Estado.
A Rússia, aliada de Yanukovich e com interesses na região, apoia esse movimento. A península da Crimeia, de maioria étnica e língua russas e atualmente com um regime de república autônoma da Ucrânia, já estava sob controle de forças pró-Moscou desde 28 de fevereiro.
Reprodução Cidade News Itaú
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