quarta-feira, junho 19, 2013

Mãe com deficiência intelectual e filha são escravizadas por um ano nos EUA

Jordie Callaham, Jessica Hunt e Daniel Brown são acusados de sequestrar mãe e filha por mais de um ano em Ohio, nos EUA

Uma mulher de 29 anos com deficiência intelectual e sua filha de seis anos foram sequestradas e escravizadas por mais de um ano na cidade de Ashland, em Ohio. Dois homens e uma mulher foram presos na noite de terça e são acusados de manter as duas reféns até o último mês de outubro.

Os suspeitos foram presos após uma longa investigação da polícia local. Jordie Callaham, 26, Jessica Hunt, 31, e Daniel J. Brown, 33, foram acusados pela Justiça local por tráfico de pessoas e trabalho escravo. Callaham também é processado por obstruir a investigação ao obrigar uma testemunha a mudar seu depoimento.

No inquérito policial, os agentes afirmam que a mulher e sua filha foram sequestradas no início de 2011, em circunstâncias ainda não reveladas. No período de mais de um ano, as duas foram mantidas em um porão, com cobras e pitbulls, vigiadas pelos sequestradores por uma babá eletrônica.

As duas se alimentavam com enlatados e restos de comida e também eram obrigadas a alimentar os animais que ficavam no local. As cobras, os cachorros e uma iguana recebiam comida fresca, como carne e vegetais crus.

De acordo com a polícia, a mãe era obrigada a fazer tarefas domésticas, como limpar a casa e fazer compras, e era maltratada pelos sequestradores, que a obrigaram a raspar o cabelo e escreveram mensagens como "vadia" e "vagabunda" no corpo da mulher.

A mulher ouvia repetidas ameaças. Se não fizesse o que seus captores queriam, sua filha de seis anos seria ferida, ou tirada dela. A criança só era autorizada a usar o banheiro depois que sua mãe terminasse a faxina na casa.

Os sequestradores ainda são acusados de fazer saques nas contas bancárias e do serviço social da vítima e de agredi-la para conseguir remédios do serviço social. A mulher conseguiu fugir em outubro do ano passado, após ser presa por furto de um doce em um supermercado.

Quando prestava depoimento à polícia, a vítima revelou o caso aos policiais e disse que preferia ser presa a voltar para casa. Várias testemunhas confirmaram a história da mulher, embora vizinhos tenham se mostrado surpresos com as acusações.

O procurador federal em Ohio, Steve Dettelbach, disse que a mulher e sua filha estão bem e se recuperam lentamente do sequestro. "Elas foram tratadas com tanta crueldade que é difícil de entender. Eles tentaram tirar qualquer tipo de dignidade humana que a vítima tinha".

DEFESA

A defesa dos suspeitos, no entanto, diz que eles vão se declarar inocentes e considerou as declarações ridículas. O advogado que representa os acusados, Andrew Hyde, afirmou que eles não podem ser acusados de tráfico de pessoas porque a mulher poderia entrar e sair da casa a hora que quisesse.

"Ela nunca foi forçada a fazer nenhum trabalho ou ficar na casa. Ela usou essa história para poder se livrar de uma acusação de que ela abusava de sua filha", disse o advogado, que acusou assistentes sociais de entregar a menina sequestrada à mãe enquanto ela morava com os suspeitos.

A mãe de um dos acusados, Becky Callaham, disse em entrevista à agência Associated Press que a acusação era uma mentira. Para ela, seu filho é uma vítima e tentou ajudar a mulher mantida refém porque ela não tinha uma casa.

Reprodução Cidade News Itaú

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