terça-feira, junho 18, 2013

Em 1ª audiência na Justiça, pastor preso por estupros no Rio nega crimes

O pastor Marcos Pereira da Silva participa de culto da igreja evangélica Assembléia de Deus dos Últimos Dias, em São João de MeritiO pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, preso desde o dia 8 de maio, acusado de estupro, foi ouvido em juízo pela primeira vez na segunda-feira (17), na 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. No depoimento, o pastor negou o estupro e acusou pessoas ligadas à ONG Afroreggae de convencer a suposta vítima e outras que foram ouvidas a fazerem as acusações.

Segundo informações do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), quatro testemunhas de acusação foram ouvidas na audiência e confirmaram terem sido vítimas de abusos sexuais por parte do pastor, sendo que duas delas eram menores de idade na época.  

As testemunhas relataram que viam o pastor como um "homem de Deus" e se sentiam obrigadas a obedecê-lo, deixando, inclusive, de visitar suas famílias e participando de orgias organizadas por ele. De acordo com o TJ-RJ, no entanto, nenhuma delas conseguiu confirmar os fatos narrados na denúncia do processo.

A primeira e a segunda testemunhas de defesa foram a mulher do acusado e outra suposta vítima que estavam arroladas como testemunhas de acusação, mas voltaram atrás nas denúncias de estupro e acabaram depondo como testemunhas da defesa. A mulher do pastor chegou inclusive a ser indiciada por denunciação caluniosa no último dia 12.

Apesar de a vítima do processo ter se retratado, ele continuará a correr devido a uma súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que diz que quando o estupro é cometido com violência real, a ação penal passa a ter como autor o Ministério Público, independentemente da vontade da vítima. 

Foram ouvidas, ainda, mais três testemunhas de defesa, que afirmaram serem falsas as acusações contra o pastor. No final da audiência, a defesa pediu o relaxamento da prisão de Marcos Pereira, o que foi negado pelo juiz.

Em entrevista ao UOL, por intermédio de seu advogado Marcelo Patrício, Pereira já havia negado as acusações de estupro, homicídio, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.

O pastor começou a ser investigado há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado algumas fiéis. Ele é investigado ainda por supostas participações em homicídios e por organizar orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da igreja.

Reprodução Cidade News Itaú

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